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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

2014: o ano que já acabou

Não que eu acredite muito nisto. Se aprendi algo ao longo dos anos, é que eventos inesperados têm o péssimo hábito de ocorrer justamente quando não se espera e cenários que parecem dados - como baixo crescimento e alta inflação em 2014 - podem tomar rumos surpreendentes. Isto dito, para ser sincero, creio mesmo que este ano não será muito diferente de 2013, mas o verdadeiro objeto do título não é exatamente o desempenho concreto da economia, mas sim a percepção que, apesar dos problemas, são baixas as chances de mudança na política econômica, pelo menos até 2015.

Não há economista sério que não esteja, em algum grau, preocupado com os desenvolvimentos recentes. Mesmo os que, até há pouco, faziam da defesa da política econômica um estilo (quando não um meio) de vida já começaram, cautelosamente, a recuar de suas trincheiras.

A expansão medíocre do produto, a inflação mal e mal contida a golpes de controles diretos de preços, o crescente déficit externo, somados ao desempenho pífio da produtividade, sugerem que o atual arranjo de política é insustentável.

Há, a bem da verdade, exemplos de países que mantiveram (ou mantêm) situações insustentáveis por períodos até bastante longos, alguns do quais desconfortavelmente próximos, mas não há casos de economias que hajam prosperado sob estas condições. Pelo contrário, há sempre um momento em que a farsa se desfaz e a crise sobrevem. 

Sabe-se, portanto, ser necessária uma mudança nos rumos de política econômica para evitar que o país atinja um estado do qual não conseguirá sair sem consequências dolorosas. É cada vez mais claro, em particular, que o governo precisa encarar um considerável ajuste fiscal, principalmente no que se refere às suas despesas.

Não se requer, contudo, nenhum conhecimento político mais profundo para concluir que - tendo evitado fazê-lo sob condições eleitorais mais favoráveis - não parece nada provável que o governo possa se engajar num esforço de austeridade às vésperas da eleição. Ainda que Brasília acene timidamente com promessas de não piorar adicionalmente seu já lamentável desempenho, os estados, crescentemente livres das amarras previamente impostas pela União, devem aumentar ainda mais seus gastos.

Por outro lado, o BC sinaliza com a interrupção do processo de aperto monetário ainda no primeiro trimestre, mantendo a taxa de juros em níveis que seus próprios modelos apontam ser incompatíveis com o retorno da inflação à meta até pelo menos o final de 2015.

É neste aspecto preciso que o ano que hoje se inicia parece já ter terminado. Foi cruzado o Rubicão e os dados da política econômica estão lançados: o que irá ocorrer em 2014, portanto, está determinado deste ponto de vista. O ambiente externo e outros fenômenos imprevisíveis terminarão de dar forma à economia este ano, mas a contribuição do governo foi feita.

A dúvida (talvez a esperança) que persiste refere-se a 2015. Um novo governo se instalará (muito provavelmente a continuação do atual) e terá a oportunidade de promover os ajustes requeridos livre da camisa de força eleitoral. Resta saber se a aproveitará.

Confesso meu pessimismo. No cenário político mais provável, isto é, continuidade, a vitória nas eleições dificilmente poderia ser interpretada como pedido de mudança, muito pelo contrário.

A menos que alterações sejam impostas por desenvolvimentos desfavoráveis no front externo (por exemplo, um rebaixamento das notas do país, ameaçando o grau de investimento), a tendência, creio, seria a de redobrar a aposta fracassada: piora fiscal, descaso com a inflação e intervenção indiscriminada, predominando a ideologia onde deveria governar o pragmatismo.


E aí sim iremos testar os limites da sustentabilidade e atribuir nosso fracasso à "guerra psicólogica"…



(Publicado 1/Jan/2014)

27 comentários:

Bom dia Alexandre!
O que voce acha da visão abaixo para as próximas eleições?
Olavo de Carvalho: Esta eleição não tem a mais mínima importância. Por quê? Porque o PT e seus partidos aliados, não é que eles dominam o governo. Eles dominam o Estado através de todo o funcionalismo público. Então qualquer sujeito não petista que for eleito está na mão deles. Então ou vai dançar conforme a música, ou vai ter o destino do Collor. A prioridade não é eleger um presidente. É criar uma militância que possa dar sustentação a um presidente quando for conveniente elegê-lo. O PT sempre soube disso. Mas o pessoal da direita é tudo amador. A esquerda está cheia de profissional. A direita só tem amador e palpiteiro. Quem é a direita hoje? A direita hoje são indivíduos. Sou eu, é você, é o Reinaldo Azevedo, não tem nenhuma organização pelas costas, não tem verbas, não tem p… nenhuma. Esses caras são loucos: eles estão lá montados no dinheiro, e dizendo que nós é que somos o poder econômico. Na época do Imbecil Coletivo, teve um sujeito chamado Muniz Sodré que disse: “Esse cara é um covarde, porque ele se apoia no poder econômico.” Você veja: na época eu morava num prédio do Rio de Janeiro – o prédio era tão bom que o apelido do prédio era o Favelão. Eu morava num quitinete, não dava nem pra me mexer, eu estava numa m… desgraçada, não tinha nem onde cair morto, e ele achando que eu era o poder econômico, meu Deus do Céu! Quer dizer: aí é a histeria mesmo, é o mundo da imaginação. Agora você veja que nós como indivíduos isolados, nós estamos tendo uma repercussão e uma força que eles não são capazes de ter. Eles não entendem a força da personalidade humana. Eles não entendem a força da autenticidade. Eles não entendem a força da sinceridade. Porque nunca tiveram. E nunca vão entender. E é por isso mesmo que eles levam susto com a gente. Porque nós estamos indo lá para falar o quê? Nós não estamos tentando parecer melhores do que nós somos. Nós estamos simplesmente dizendo o que nós estamos vendo, meu Deus do Céu! E isto eles nunca fizeram na vida! Eles não sabem o que é isso.

Prefiro o modelo Public Choice - é mais completo - tem eleitores (a maioria semianalfabeta e descontando pesadamente o futuro) tem políticos ( espertos empresários de votos)e obviamente essa burocracia. Essa taxa de desconto alta significa: um pássaro na mão etc... Esse modelo se aplica a uma democracia e não a uma ditadura burocrática.



























(

Ótima análise! Infelizmente, bastante realista, a meu ver.
Um comentário sobre:
" A dúvida (talvez a esperança) que persiste refere-se a 2015. Um novo governo se instalará (muito provavelmente a continuação do atual) e terá a oportunidade de promover os ajustes requeridos livre da camisa de força eleitoral. Resta saber se a aproveitará. "

Um governo de continuação do atual (mais provável) não promoverá os ajustes necessários simplesmente por não dispor de quadros com a competência indispensável para efetivá-los.
A razoável era Palocci, excepcional, foi uma continuação do governo FHC, interrompida quando o lulo-petismo se julgou forte o suficiente para adotar sua agenda esquerdo-sindicalista original. O fracasso do governo Dilma comprova essa insuficiência de quadros: quem poderia, competente e confiavelmente, substituir Mantega?
A única competência do lulo-petismo&dilmismo, inegável, direciona-se para a conquista e manutenção do poder, via a destruição do adversário político por não importa quais meios.
Mesmo admitindo a hipótese de uma improvável alternância de poder, o comentário anterior, ao citar a opinião de Olavo de Carvalho, me parece mais realista quando reconhece a dificuldade de superar o grande obstáculo gerado pelo aparelhamento de Estado perpetrado nos últimos onze anos: há que se construir uma militância democrática com capacidade de derrotar nas urnas e substituir a atual composição esquerdo-sindicalista ditatorial.

Vocês estão acompanhando a violencia praticada pelos assistidos ao cidadãos de bem, os assistentes ?

Como se não bastasse na Venezuela de H. Chaves, com o latrocinio da Miss 2004, aqui tivemos aquele casal na Serra do Cipô. Em ambos os casos, roubaram uns 200 reais e celulares - isso em um (dois, né.) país com bolsa disso, bolsa daquilo. Está adiantando ?

São índole(s) muito más dessas pessoas; muito más, mesmo ! E nào é coincidencia estarem ocorrendo nos dois paises mais socialistas da AL.

Alex você faz parte da equipe econômica de Aécio Neves ou Eduardo Campos?

nao sou economista, mas o salario real, e o nível de pobreza não vem diminuindo apesar do crescimento baixo? não sou de esuqerda ou direita, apenas estou levantando um ponto

Olá,

Discordo levemente quando o texto diz que a eleição signifique apoio à continuidade e que isso leve à uma manutenção dos atuais rumos.

Entendo que o jogo populista atual implica "enganar" a população, de forma que haveria uma "reversão" de política em prol da sobrevivência de longo prazo do grupo no poder, ainda que o discurso permanecesse o mesmo. Mais ou menos o que hoje se dá com as concessões.

Devo reconhecer, todavia, que eu já tinha essa mesma expectativa para 2011. Estava totalmente equivocado.

Abraços

"Alex você faz parte da equipe econômica de Aécio Neves ou Eduardo Campos?"

Nenhum dos dois (mas fiz parte da equipe econômica do Lula; serve?).

Meus caros,
A grande dúvida hoje é o cenário de 2015 no caso de uma reeleição da Dilma (muito provável). O pragmatismo petista (ou, especialmente, lullista) não permite descartar um ajuste fiscal forte e uma mudança de rumos. Existe um grande grupo de bons economistas no país não diretamente vinculados à oposição (em termos de imagem). E estes poderiam assumir o Ministério da Fazenda e fazer um bom trabalho. Para quem não se lembra, o Meirelles havia sido eleito deputado federal tucano em 2002!!! Mas mesmo assim, ninguém fala que o lulla foi buscar no PSDB seu presidente do BC (curioso, não?). Se fosse o lulla, eu apostaria alto em uma forte mudança de rumos em 2015 (citei o fato acima para lembrar que a inexistência de nomes no PT para fazer isto no MF seria um dificultador). Acho que o grande problema, na verdade, é a Dilma efetivamente acreditar em sua política e dobrar a aposta em 2015 (está na hora de aprofundar o modelo!!!).
Saudações

Pensei que você estivesse afinal você fez parte da equipe que deu continuidade ao "tripé-macroeconômico" ,pensei que os nomes da "oposição" pediria a sua opinião,para um eventual "programa de governo".

Alex, duas perguntas, se puder ou quiser responder

Por que você não ligou no blog o Globo News Painel de 21/12/2013?

"Confesso meu pessimismo. No cenário político mais provável, isto é, continuidade, a vitória nas eleições dificilmente poderia ser interpretada como pedido de mudança, muito pelo contrário."

Sim, os prováveis vitoriosos poderão mesmo apelar ao resultado das urnas e, portanto, dobrar a aposta.

Mas, considerando a alternativa oposta, isto é, a mudança, ou a difícil e amarga tarefa de arrumação, quem, nas hostes do governismo de coalizão, poderia conduzi-la?

E o pau come na quermesse. Curioso debate: um acusa o outro de falso desenvolvimentismo/keynesianismo.

Oreiro, bastante nervosinho, escreveu hoje no blog, a respeito "de mais uma manobra contábil do governo":

"Deve-se deixar claro que esse tipo de política não é nem keynesiana e nem desenvolvimentista, trata-se de pura e simples picaretagem de quem não tem competência para executar uma política fiscal com objetivos claros e bem definidos.[...]

Acho que já passou da hora da Presidente Dilma Rouseff demitir o Ministro da Fazenda."






Meirelles foi um remanescente da "era Palocci", difícil de remover tendo em vista o sucesso de sua gestão no BC durante o período conturbado a partir do final de 2008. Entretanto, nem ele conseguiu resistir ao aparelhamento de Estado continuado pela facção dilmista que sucedeu o grupo lulo-petista, este mais pragmático e menos ideológico.
Não vai ser fácil reorientar a economia com essa turma de segundo e terceiro escalões dominando a máquina administrativa.

Anônimo 09:47

"Existe um grande grupo de bons economistas no país não diretamente vinculados à oposição (em termos de imagem). E estes poderiam assumir o Ministério da Fazenda e fazer um bom trabalho."

Poderia nomeá-los?

A alternativa seria repetir 2002 e chamar os “neoliberais” de volta?

Mas como poderão fazer isso? Vamos lembrar que a "ponte Palocci" foi dinamitada pelo petismo. E, até prova em contrário, a "ponte Delfim" não parece transitável ao petismo.

O PT não é diferente dos outros partidos. Explico. Partidos são formados por indivíduos e grupos que não raro se digladiam em lutas fratricidas por posições de poder. No PT, é exemplar o “caso Palocci”. É preciso ser muito militante ou desinformado para não entender que a inevitável demissão de Palocci foi engendrada no interior do PT.

Por mais que esta ideia possa agradar e entusiasmar a República do Ipiranga, a possibilidade de um "volta Palocci" vingar é, até prova em contrário, apenas um desejo com nenhuma viabilidade política.



Convenhamos ... esse Sr. Meirelles é um B@#$%a; o mérito dele foi não ter feito nada - manteve tudo o que o antecessor fez/criou. Deve ser porque veio de um tal Bank of Boston, que quase não existe lá na matriz ... coisa de complex de vira-lata...

Pallocci, Meirelles... - peloamordedeus .. vamos elevar o nível ? Esse blog não merece...

Alguém tem dúvidas de quem é O Rei roncando inverso em '9 de janeiro de 2014, 09:47' por aqui? ;)

O importante é isso,a inflação de 2013 foi menor que 2012.

"O importante é isso,a inflação de 2013 foi menor que 2012."

Yeah!

"...Alguém tem dúvidas de quem é O Rei roncando inverso em '9 de janeiro de 2014, 09:47' por aqui? ;)..."

Há, Há, Há. Será que eu sou tão conhecido? Acho que não (apesar da academia no Brasil ser muito pequena, todo mundo conhece todo mundo).
Quando eu digo que existem bons economistas não diretamente ligados à oposição (em termos de imagem), falo algo sobre repetir o fenômeno Lisboa/Levy (fala sério, alguém defende que qualquer um dos dois seja petista?). Não estou falando do Pallocy.
E a situação é simples. Existe um erro de condução da política econômica brutal no país. E esta opinião é compartilhada por TODOS os bons economistas (bem formados) do país. Politicamente, é impossível fazer parte de um segundo governo Dilma qualquer economista que tenha aparecido muito criticando a atual gestão (como o Alex, por exemplo - e isto não é uma crítica) - críticas todas corretas e, digo de novo, compartilhadas por TODOS os economistas bem formados do país. Mas quem não apareceu muito criticando seria fácil ser utilizado (o exemplo do Meirelles é gritante - ele era deputado federal tucano eleito e mesmo assim, independente de gostar ou não de sua gestão, ele passou a ser visto como quadro petista!!!). Continuo achando que o grande empecilho é a própria Dilma. Ela acredita nesta política e vai dobrar a aposta (até uma crise financeira vinda de fora - fim abrupto da entrada de recursos - nos trazer de volta a realidade).

O que achou do artigo do Oreiro hoje no Valor?


O Alexandre Schwartsman, quando era do BBA, zoou a escolha do Meireles para o BC e ainda assim foi convidado para a equipe. E depois que saiu continua a não aliviar seus ex-colegas.Um amor de menino, mas apenas um exemplo entre muitos que criticaram e ainda assim participaram, inclusive em outras áreas. Não parece que governos tenham esse escrúpulo. A impressão que fica é que o problema é mesmo da visão da presidente, nisso eu concordo.

Tem gente que se entrega tão fácil...

>> Vejam só que reportagem l-i-x-o do EStadÃo!! Me decepcionei .. mas entendo que qq jornal, uns mais do que outros, precisa de verba de publicidade do governo para fazer propaganda das agencias e emoresas do próprio.

Inflação média de Dilma é a mais baixa desde o Plano Real

Fonte:
http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2014/01/10/inflacao-media-de-dilma-e-a-mais-baixa-desde-o-plano-real/

Anônimo 11:10

“falo algo sobre repetir o fenômeno Lisboa/Levy (fala sério, alguém defende que qualquer um dos dois seja petista?). Não estou falando do Pallocy.”

É impossível querer falar algo consequente sobre “repetir o fenômeno Lisboa/Levy” e não querer falar do Palocci:

“Depois do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, e do secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, outro subordinado de peso do agora ex-ministro Antonio Palocci deixou o cargo. Marcos Lisboa enviou carta à Presidência da República nesta terça-feira pedindo demissão da presidência do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). A saída dos três marca uma debandada da Fazenda de economistas oriundos do governo Fernando Henrique Cardoso. Todos foram subordinados a Pedro Malan e mantidos por Palocci em cargos importantes do ministério.” (O Globo, 28/03/06)

Corrijam-me onde estiver errado.

1. O PT foi obrigado a engolir a Carta aos Brasileiros e para o partido este documento foi considerado apenas um recuo tático imposto pela conjuntura. Não sei se preciso explicar aqui o que, em política, diferencia alvos táticos de alvos estratégicos.

2. Palocci, ex-militante trotskista e fundador do PT, foi o comandante de uma virulenta luta interna ao petismo. Vencedor, ele chefiou as articulações que culminaram na continuidade e aprofundamento da politica econômica “neoliberal” de FHC no primeiro governo Lula.

3. Aos quermesseiros foram entregues o BNDES (Vide: “A Retomada do Desenvolvimento: Diretrizes para a Atuação do BNDES”, divulgado em 23 de maio de 2003) e o Ministério do Planejamento. No entanto, quem de fato apitava era o ministro da fazenda Antônio Palocci e sua equipe de economistas “neoliberais”.

4. Crise dos Correios seguida da crise do mensalão. Aí o céu escureceu para Lula e o PT, que devem profunda gratidão às oposições por terem jogado para debaixo do tapete o pedido de impeachment de Lula, depois que Duda Mendonça disse com todas as letras e números, na CPI dos Correios, que recebeu milhões de dólares “não contabilizados” e depositados em uma conta no Bank Boston nas Bahamas. Os tucanos em punhos de renda apostaram numa inevitável derrocada política de Lula. A arrogância é fatal na política...

5. Início da fritura do Palocci. O caso de Fracenildo, o simples caseiro. Palocci renuncia e Guido Mantega, que havia substituído Carlos Lessa no BNDES, ascende ao Ministério da Fazenda.

6. A pá de cal nos “neoliberais” do PT. Palocci retorna ao centro de decisões políticas do PT. Apadrinhado por Lula é indicado para a Chefia da Casa Civil no governo Dilma. Dilma mantém Guido Mantega na Fazenda. Palocci tem a cabeça entregue em bandeja de prata por obra e graça dos seus inimigos internos ao petismo: “Em 2011, uma série de reportagens da Folha revelou que o ex-ministro Antonio Palocci multiplicou seu patrimônio por 20 atuando como consultor. [...] Desgastado e sem explicar a origem dos recursos e para quem trabalhou, ele teve que deixar o governo em junho de 2011. (FSP, 16/11/2013).

Então, pode-se desejar o retorno de indivíduos comprometidos com o que, na falta de um nome, eu chamo de racionalidade econômica. Mas, infelizmente, as chances políticas de materialização deste desejo são, ao meu ver e até este momento, são diminutas.

Não sei por que Alex não ligou no blog a participação dele e de outros no Globo News Painel. Gostei bastante. Observo apenas que, na história, o imponderável não surge apenas como esperança de dias melhores. A história é pura contingência, para o bem e para o mal.

Aqui:

“GloboNews Painel explora possíveis cenários na política e economia em 2014”
http://globotv.globo.com/globo-news/globo-news-painel/t/todos-os-videos/v/globonews-painel-explora-possiveis-cenarios-na-politica-e-economia-em-2014/3035202/

“Convidados falam sobre os riscos políticos e econômicos para o Brasil em 2014”

http://globotv.globo.com/globo-news/globo-news-painel/t/todos-os-videos/v/convidados-falam-sobre-os-riscos-politicos-e-economicos-para-o-brasil-em-2014/3035201/

"Há, Há, Há. Será que eu sou tão conhecido? Acho que não". Mas claro que é! Todo corredor de pós em economia te conhece, mas não como economista de prima, concordo contigo. Há fama...................................................

Alex, dê uma lida caso tenha tempo:

http://www.forbes.com/sites/kenrapoza/2014/01/05/brazils-poorest-cities-dive-deeper-into-debt/

O que eu achei surpreendente é que existem 417 municípios superavitários no Brasil. Uai, isso é fato digno de nota, vc não acha?
Um abraço do seu 19o leitor