Quando o
Ministro da Fazenda anunciou a nova rodada de medidas protecionistas, elevando
o imposto de importação para 100 produtos, avisou também que não toleraria
abusos: indústrias que se aproveitassem das alíquotas de importação mais altas
para aumentar seus preços seriam punidas pelo cancelamento da medida, isto é, o
retorno à alíquota anterior, mais baixa.
Parece uma
medida sensata, mas trai um desconhecimento atroz de princípios elementares de
economia. Como pretendo mostrar, para aumentar a produção, objetivo último das
medidas de proteção, os preços terão que subir, fenômeno que parece se
encontrar além do entendimento da Fazenda, mas que não escapará dos escassos
leitores desta coluna.
Considere os
setores muito expostos à concorrência internacional, como o de manufaturas:
neste caso, o preço interno deve ser aproximadamente o preço internacional (por
exemplo, em dólares), multiplicado pela taxa de câmbio (“x” reais por dólar) e
acrescido de tarifas de importação e custos de transporte. Se a empresa tentar
elevar seus preços além deste valor, perderá mercado para os importados; caso,
pelo contrário, fixe seu preço abaixo disso deixará dinheiro na mesa.
Uma vez
estabelecido o preço, precisamos determinar o volume produzido.
Imagine que
o preço seja R$ 10/unidade e a empresa possa produzir a R$ 8/unidade. Neste
caso, cada unidade adicional produzida gera um lucro de R$ 2 e há, portanto,
incentivos para aumentar a produção. Estes permanecem até que o custo das novas
unidades chegue a R$ 10/unidade. A partir deste valor não faz sentido a
empresa produzir mais: a um custo de, digamos, R$ 11/unidade ela perderia R$ 1
a cada nova unidade e, assim, tomará a decisão de não produzir além do volume
ao qual custo de cada nova unidade se iguala o preço interno.
Considere,
por fim, as consequências de uma elevação generalizadas dos custos do país,
seja por aumentos de salários acima do crescimento da produtividade, seja pelos
efeitos da deterioração da infraestrutura, ou qualquer uma das causas tão bem
compreendidas pelo empresariado local. Se, por exemplo, o custo da nova unidade
subir para R$ 11/unidade, a empresa local cortará a produção até que este caia
a R$ 10/unidade, restabelecendo seu equilíbrio financeiro.
É claro que,
para atender à procura, a menor produção local terá que ser compensada por
importações mais altas, levando certas lideranças a gritarem “desindustrialização”
e o governo a tomar medidas para proteger o setor industrial, elevando as
tarifas de importação, de modo que o preço interno, sob as novas tarifas,
alcance agora R$ 11/unidade.
Caso, porém,
a empresa, atemorizada pela ameaça da Fazenda, tenha que manter seu preço em R$
10/unidade, ela seguirá sem incentivos para retomar os níveis anteriores de
produção. Pelo contrário, manterá o nível consistente com o custo de R$
10/unidade. Ela só voltará ao volume inicial de produção (que vigorava sob
custos mais baixos) se seu preço subir a R$ 11/unidade, ocupando o espaço
deixado pelos produtos importados.
Em outras
palavras, a decisão de produção está inapelavelmente ligada ao preço a que a
empresa pode vender seus produtos no mercado interno. Políticas de limitação
aos preços apenas se traduzem em quantidades reduzidas, lições que a história
econômica em geral, e a brasileira em particular, mostram à exaustão.
À luz disto,
podemos concluir que o Ministro da Fazenda reduzirá as alíquotas caso os preços
subam? Para respondermos à questão precisamos saber o que mais desagrada as
autoridades: elevação de preços ou queda da produção?
Tudo que
ocorreu até agora sugere que prioridade é o crescimento, não a inflação (como
magistralmente exposto na última Ata do Copom), ou seja, a ameaça ministerial
permanece como possibilidade muito remota e as empresas sabem disso. A válvula
de escape, como sempre, será a inflação.
(Publicado 12/Set/2012)
30 comentários:
Alex, custo a crer que eles não saibam disto! Espero que estejam apenas se fazendo de bobo!
Parabéns pela análise que esta " equipe econômica " teima a entender.
Não sou economista e talvez a pergunta não seja pertinente, nesse caso ignorem.
Mas por que o único jeito da indústria aumentar sua produção é aumentando o preço? Sempre pensei que o aumento de produção tornava o produto mais barato, pelo rateio dos custos fixos.
Porque o que interessa, do ponto de vista da empresa, é o custo da unidade adicional, não o custo médio. A empresa tem seu lucro máximo quando o custo da última unidade produzida é igual ao preço (na verdade um pouco mais complicado que isso, mas no contexto do artigo é verdadeiro); se o custo da última unidade for maior que o preço ela pode melhorar seu lucro reduzindo a produção, se for menor ela pode aumentar o lucro aumentando a produção.
O Ministro da Fazenda joga para torcida ao avisar "que não toleraria abusos". Medidas de elevação do imposto de importação sempre foram para elevar o retorno das empresas domésticas. Claro que quem paga a conta é o consumidor brasileiro que tem um produto mais caro e de pior qualidade na comparação internacional.
Alex, mais um bom post. Mas estou sentindo falta do "O". Cadê ele?
Alex,
Seu modelo parte de uma serie de pressupostos, tao antigos quanto polemicos, que deveriam ser mencionados a titulo de honestidade (nem que fosse aqui nos comentarios).
Nao acho correto emitir uma opiniao, com base em algo absurdamente polemico, travestido de verdade. Afinal sua analise foi apenas teorica e nao empirica.
Julio
Olá, Alex.
Desculpe-me se minha pergunta for muito tola, mas há um ponto em que não entendi: por que o custo de produção da unidade adicional chega, em algum momento, a este valor máximo que é o preço de mercado de produto? Eu imaginaria leigamente que o preço da unidade adicional reduziria com mais unidades, e o limite da produção seria a demanda. Por que o preço de produção da unidade adicional aumenta?
Até!
"Seu modelo parte de uma serie de pressupostos, tao antigos quanto polemicos, que deveriam ser mencionados a titulo de honestidade (nem que fosse aqui nos comentarios)."
OK. Parto do pressuposto que a curva de oferta é positivamente inclinada (isto é, que empresas produzem mais quando os preços aumentam), sem dúvida uma suposição polêmica...
Vai lá Julio, escreve algo e coloca o link para analisarmos o teu artigo. Vai ser perda de tempo, mas é melhor do que ficar resmungando contra opiniões que divergem da tua.
"Alex says:
13 de setembro de 2012 08:36
...se o custo da última unidade for maior que o preço ela pode melhorar seu lucro reduzindo a produção, se for menor ela pode aumentar o lucro aumentando a produção."
Pois é, mas uma queda no custo total proporciona um custo marginal menor e, supostamente, haverá queda na tarifa de energia, conforme anunciado. Em tese tudo isso faz parte do "pacote", não?
Não que eu acredite nisso para o caso brasileiro atual, mas, se o objetivo não for aumentar a produção, mas apenas impedir que as empresas brasileiras percam participação de mercado para as importações, a afirmação do ministro faz sentido, não?
Que dizer: supondo que a indústria brasileira esteja realmente perdendo espaço para concorrentes externos, um aumento das tarifas de importação sem aumento dos preços internos (o que não deve ocorrer, mas é possível) ainda seria compatível com a redução dessa "desindustrialização" embora não seja capaz de revertê-la. Acho...
É realmente lamentável que 20 anos de péssima condução de políticas econômicas (entre 75 e 95) não tenham deixado claro para muuuuita gente o desastre que coisas como essa causam para o país.
Subsídios, favorecimentos a setores, barreiras comerciais, intervenção governamental, estatização, distorções ... todas medidas com cheiro de naftalina e com cara de (hiper)inflação.
"Se, por exemplo, o custo da nova unidade subir para R$ 11/unidade, a empresa local cortará a produção até que este caia a R$ 10/unidade".
Assumindo deseconomias de escala em qualquer vetor de quantidades. Não seria mais realista assumir economias de escala em pelo menos algum intervalo de produção?
Abs
DM
Meus caros,
Só um pequeno comentário sobre o comentário do Cristiano.
Existe uma coisa muito esquisita no ensino da ciência econômica no país. Grosso modo, podemos separar as instituições em dois grandes grupos. No primeiro, os alunos estudam muito teoria econômica moderna (e todo o instrumental necessário - estatística e matemática - para entendê-la). Estuda-se muito pouco história. A bibliografia utilizada são manuais aceitos internacionalmente e papers publicados nas melhores publicações de teoria econômica do mundo (JPE, Econometrica, AER e QJE mais as publicações - excelentes - de campo). No outro grupo, pressupõe-se que teoria econômica é bobagem (na verdade, a imensa maioria dos professores não conhece teoria econômica) e estuda-se muita história (que mostraria a verdade relação entre as variáveis). Não se utiliza os manuais aceitos internacionalmente e raramente se lê um texto de qualquer revista internacional decente (um doutorando pode passar por todo seu doutorado sem ler um único artigo das 4 revistas citadas acima ou de algum prêmio Nobel recente- e isto não é excessão, isto acontece com a imensa maioria dos alunos destes centros).
Pois bem, me identifico muito mais com o primeiro grupo (afinal estamos falando de ciência) mas meu ponto é outro.
COMO ESTES CARAS, QUE SUPOSTAMENTE CONHECEM TANTO HISTÓRIA (TEORIA ELES NÃO CONHECEM) IMPLEMENTAM E BATEM PALMAS PARA SANDICES JÁ IMPLEMENTADAS NO PASSADO E CUJOS RESULTADOS SÃO PÉSSIMOS???? Como isto é possível?
Saudações
Bisnetto do Delfim
Sob o ponto de vista de quem procura examinar o efeito imediato da medida anunciada pela Fazenda, o artigo é cristalino e qualquer um com mais de 50 anos, e que não seja um perfeito imbecil, sabe para onde esse tipo de medida conduz.
O fato novo, e que por óbvio não era efetivo no Brasil ao tempo do do seu bisavô ministro, vem sendo mostrado e remostrado por Mansueto Almeida, que escreveu vários posts bastante esclarecedores a respeito da "desindustrialização".
A questão do Mansueto, reapresentada em post recente: "Sapatos, Proteção e o Consumidor":
"O Brasil poderá ser novamente um grande exportador de calçados? Acho que não. O Brasil é hoje um país caro para a produção de produto intensivos em mão-de-obra como é o caso de calçados e confecções. [...]
"Basicamente, todo o crescimento do emprego no setor de calçados no Brasil de 1985 até 2006 ocorreu no Nordeste do Brasil [ver tabela no post] devido a combinação de quatro fatores simultâneos: (1) baixo custo da mão-de-obra, quando o salario mínimo do Brasil ainda era inferior a US$ 100, (2) custo do treinamento de mão-de-obra bancado pelos governos estaduais e governo federal via recursos do FAT, (3) a formação de falsas cooperativas de trabalho que reduzia o custo de mão de obra das empresas que migraram para o NE; e (4) incentivos fiscais e financeiros concedidos pelos governos estaduais com redução de até 75% do ICMS devido." [...]
"Essa estratégia de reduzir custo com incentivos fiscais estaduais e redução do custo do trabalho deixou de ser efetiva porque":
(i)redução dos incentivos fiscais; (ii)fiscalização levou ao fechamento das cooperativas de fachada.
(iii)salário mínimo que cresceu e hoje passou de US$ 300 (e é quase o dobro para o produtor).
"Dada a estrutura atual de custo no Brasil[...], é provável que haja um aumento ainda maior das importações. E parece que o governo e a associação empresarial do setor, a Abicalçados, não sabem muito o que fazer."
O governo havia estabelecido uma tarifa antidumping de US$ 13,85 para os sapatos importados da China. Depois, lascou sobretaxa de 182% sobre os componentes importados. A Abicalçados chiou "porque, na média, os componentes importados para a fabricação de um par de sapatos dessas empresas era inferior a 60% do custo total dos materiais utilizados por essas empresas". [...]
"É mais ou menos assim. A Abicalçados pede mais proteção ao governo, que atende a associação empresarial, mas depois dá uma interpretação que não satisfaz a Abicalçados que pede então para que todas as empresas possam importar componentes para a fabricação de calçados da China sem a sobretaxa.
Enquanto isso, o seu José quer saber apenas uma coisa? Tudo isso vai permitir que ele pague mais barato por um par de sapatos ou tênis para ele e sua família?" [...]
"Se hoje não somos mais competitivos na produção de calçados, como já fomos nas décadas de 1970 e 1980, não tem nada a ver com tecnologia ou com falta de learning-by-doing, mas sim com a estrutura de custo do setor. Será que é tão difícil entender isso?"
PS ao comentário anterior:
Cristiano M. Costa hoje em seu blog mostrou com uma prosaica nota fiscal McDonald's pode dizer muito a repeito do custo Brasil. No post há uma imagem da NF muito instrutiva nesse sentido:
"Ontem fui ao McDonald's. [...]. Entrei no drive-through e no primeiro guichê pedi duas McOfertas do Cheddar, aumentando batata e bebida. Um pedido simples." [...]
"O rapaz levou dois minutos e meio só pra digitar o meu pedido." [...]
"Notem que ele faz 9 cancelamentos de pedidos [porque errou ao digitar os pedidos]. [...] Obviamente que, após efetuar o pagamento e ao chegar no caixa para receber os lanches, o meu pedido veio errado.
Esse é só um exemplo do custo que as multinacionais enfrentam no Brasil. Uma mão-de-obra despreparada para o simples registro de um pedido.
Vamos ter que reduzir muito o custo da eletricidade pra compensar esse Custo Brasil."
http://www.cristianomcosta.com/2012/09/custo-brasil-no-mcdonalds.html
"Porque o que interessa, do ponto de vista da empresa, é o custo da unidade adicional, não o custo médio. A empresa tem seu lucro máximo quando o custo da última unidade produzida é igual ao preço (na verdade um pouco mais complicado que isso, mas no contexto do artigo é verdadeiro); se o custo da última unidade for maior que o preço ela pode melhorar seu lucro reduzindo a produção, se for menor ela pode aumentar o lucro aumentando a produção."
Realmente Alex, você so esta assumindo como hipótese que a curva de oferta eh positivamente inclinada…
Fala serio, ne? Vai ler manual de micro básica vai...
Eu não "assumo" nada; eu "presumo", ou "pressuponho", ou "suponho".
Isto dito, não é nada além de uma curva de oferta positivamente inclinada mesmo, como qualquer manual básico (aquele mesmo que você leu) mostra...
"Realmente Alex, você so esta assumindo como hipótese que a curva de oferta eh positivamente inclinada…
Fala serio, ne? Vai ler manual de micro básica vai..."
Por comentários como esse que eu andei desanimado e longe do blog…
"Pois bem, me identifico muito mais com o primeiro grupo (afinal estamos falando de ciência) mas meu ponto é outro.
COMO ESTES CARAS, QUE SUPOSTAMENTE CONHECEM TANTO HISTÓRIA (TEORIA ELES NÃO CONHECEM) IMPLEMENTAM E BATEM PALMAS PARA SANDICES JÁ IMPLEMENTADAS NO PASSADO E CUJOS RESULTADOS SÃO PÉSSIMOS???? Como isto é possível?"
É uma combinação de burrice com falta de vergonha na cara.
Outro belo artigo,parabéns Alex
Você não gostaria de escrever um pouco mais sobre economia/política americana? Digo isso porque acompanhando editoriais,blogs de lá as opiniões são tão polarizadas que é difícil achar alguem imparcial discutindo o tema.
Se não tiver tempo/interesse, ajudaria muito se indicasse alguém que publique artigos que valham a pena ser lidos.
Abraços, Marcelo
custos internos indexados a inflacao e moeda se valorizando ou seja em dollar temos uma megainflacao,estas medidas so adiam o problema,ja ja ele estara de volta e a choradeira voltara com mais forca.
PRESSUPONDO deseconomias de escala em qualquer vetor de quantidades. Não seria mais realista assumir economias de escala em pelo menos algum intervalo de produção?
"Por comentários como esse que eu andei desanimado e longe do blog… "
Faz tempoooo que não escreve sobre ECONOMIA.....além disso, não sabia que alguns dos comentários aqui tem tamanha influência sobre a capacidade/disposição de escrever textos econômicos.....
Me choca alguem com a tamanha falta de preparo, capacidade analitica e credibilidade estar tanto tempo na fazenda. Para piorar, monta uma equipe tao mediocre quanto o proprio chefe. E qual vai ser o custo e tempo para reverter todas as trapalhadas?
"PRESSUPONDO deseconomias de escala"
Quem aqui fez suposições acerca de retornos de escala? Quando se fala de custo marginal, por definição o estoque de capital é constante (assim como os demais elementos do vetor de insumos)...
Existe custo marginal de longo prazo, como qlq manual de micro basica mostra
Anônimo (14/09/2012 às 10:09),
Muito interessante o seu questionamento e penso que vale a repetição. Assim o transcrevo a seguir:
“Como estes caras, que supostamente conhecem tanto história (Teoria eles não conhecem) implementam e batem palmas para sandices já implementadas no passado e cujos resultados são péssimos???? Como isto é possível?”
Só posso dar opinião de leigo, pois não sou economista nem historiador, mas me parece que esses economista com formação de historiadores aqui e ali leem um ou outro desses economistas que “estudam muito teoria econômica moderna (e todo o instrumental necessário - estatística e matemática - para entendê-la)” e que utilizam “manuais aceitos internacionalmente e papers publicados nas melhores publicações de teoria econômica do mundo (JPE, Econometrica, AER e QJE mais as publicações - excelentes - de campo)” e se deixam convecer por eles. E assim esses economistas com formação de historiadores convencidos por economistas apetrechados com todo o intrumental necessário passam a imaginar que desta vez seja diferente.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 07/10/2012
Paulo Araújo (14/09/2012 às 11:27),
Não nego que o custo Brasil seja alto. O que eu considero é a reduzida importância do que é chamado custo Brasil. Primeiro há que compreender que o custo país não é uma medida isolada. É mais uma comparação. É nesse sentido que eu dou pouco importância ao custo Brasil. É só comparar com um país com uma economia bem diferente que é o Japão. No Japão o custo Japão também é alto. E está aumentando. E pode subir mais tanto no Japão como no Brasil bastando que se deixe, por exemplo, a moeda nacional apreciar o que é comum no Japão. Ou pode diminuir bastando que se deprecie a moeda nacional. Agora tenho que reconhecer que embora eu não dê importância ao custo Brasil, eu torço para que ele diminua.
Disse que a economia do Japão é diferente da nossa e dou como exemplo a diferença que se tem quando se compara o empresariado brasileiro com o empresariado japonês e se observa que no Japão os empresários japoneses não fazem um escarcéu pelo elevado custo Japão que eles possuem.
Enfim para mim, custo Brasil ou custo Japão ou custo qualquer país é um mote que é utilizado com certa freqüência para defesa de interesses específicos. O mais interessante em relação ao custo qualquer país é saber quem está por traz desse queixume, ou qual é o interesse que a crítica ao custo país representa.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 09/10/2012
Paulo Araújo (14/09/2012 às 11:27),
Em relação ao custo Brasil traduzido no blog de Cristiano M. Costa pelo despreparo da mão-de-obra no McDonald’s para atendimento de um pedido, eu penso que a história de Cristiano M. Costa deva ser entendida em outro sentido.
McDonald's tem um marketing poderosíssimo. Os clientes cativos já não se importam com o mau atendimento. Nos Shoppings não é estranho ver filas enormes diante de McDonald's enquanto a concorrente está vazia.
É de se pensar até que McDonald's faça questão de contratar atendentes despreparados de modo a tornar a fila maior. E tão longo ele adquira mais presteza no atendimento, a McDonald's vai logo dizendo para o atendente ir procurar emprego na concorrente para não deixar a fila da concorrente crescer ou mesmo aparecer.
Talvez a fila seja até um fator de atração da McDonald's.
Clever Mendes de Oliveia
BH, 09/10/2012
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