Alex, Em alguns debates você tem enfatizado a questão da falta de competitividade de alguns países da zona do Euro. Analisando o ranking elaborado pelo Fraser Institute que mede o grau de liberdade econômica de inúmeros países podemos perceber que países como a Itália, Espanha, França, Portugal entre outros estão muito mal rankeados no sub-índice Regulação do crédito, do mercado de trabalho e dos negócios. Só para ilustrar: a Espanha está na posição 101, Portugal está na posição 122, França está na posição 72 e a Itália está na posição 94. Você concorda com a afirmação de que a excessiva regulação, principalmente, no mercado de trabalho nesses países é um fator que retira competitividade desses países? Abraço.
Sim, sem dúvida. Minha questão é o que pode ter causado a apreciação da taxa real de câmbio pós-unificação., ou, de forma equivalente, o que explica a elevação do custo unitário do trabalho nestes países face à Alemanha.
Parte foi um problema macro (ingressos de capitais apreciaram o câmbio real via inflação); parte pode ser explicado por mercados de trabalho sobrerregulados, que implicam baixo crescimento da produtividade.
Longe de mim a ideia de querer pautá-lo. Embora o formato do programa [2 entrevistados com visões diferentes, quando não opostas] dificulte, gostaria de ouvir mais a respeito da sua resposta ao Cristiano. Você costuma ser claro e didático quando tem tempo para expor seu pensamento, o que é sempre muito bom para os que não têm familiaridade com a matéria.
Nãnãninã... Você só poderá dizer se levou caso a inflação em 2012 fique em 4,5%. Até agora errou, porque as expectativas estão firmes bem acima da meta.
alex, permita-me uma dica: nos seus textos, vc consegue ser mais objetivo que quando dá entrevistas..acho que dá pra melhorar sua objetividade... um abraço
Como leigo, acho inviável a tese do aumento da tal 'competitividade' como fator de estímulo para o aumento da produção e atividade econômica, como se isto fosse a solução definitiva. Alguém sempre terá que carregar o piano; em economia também existem o lado da riqueza e a face da pobreza. Caso todos os países do mundo fossem igualmente extremamente competitivos,....
Alex, eu entendo sua preocupação com a aceitação de que 6,5% está bom, pois dentro da margem de erro. MAs o que insisto é que a redução que está ocorrendo nos jutos não tem refletido na inflação dos meses subsequentes. E além disso, tivemos um trimestre sem crescimento. Não parece uma ótima oportunidade para reduzirmos os juros? Crescimento no trimestre nulo e crise internacional?
"É pensando assim que corremos o risco de estourar mesmo o teto. Vá ler o decreto; a meta é 4,5%."
A coisa está ainda pior. Peguei o bonde andando e não sei quem estava falando, mas ontem no Conta Corrente discutia-se se um IPCA até 6,55% poderia ser arredondado para 6,5%, atendendo ao teto.
19 comentários:
Alex,
Em alguns debates você tem enfatizado a questão da falta de competitividade de alguns países da zona do Euro.
Analisando o ranking elaborado pelo Fraser Institute que mede o grau de liberdade econômica de inúmeros países podemos perceber que países como a Itália, Espanha, França, Portugal entre outros estão muito mal rankeados no sub-índice Regulação do crédito, do mercado de trabalho e dos negócios.
Só para ilustrar: a Espanha está na posição 101, Portugal está na posição 122, França está na posição 72 e a Itália está na posição 94.
Você concorda com a afirmação de que a excessiva regulação, principalmente, no mercado de trabalho nesses países é um fator que retira competitividade desses países?
Abraço.
Sim, sem dúvida. Minha questão é o que pode ter causado a apreciação da taxa real de câmbio pós-unificação., ou, de forma equivalente, o que explica a elevação do custo unitário do trabalho nestes países face à Alemanha.
Parte foi um problema macro (ingressos de capitais apreciaram o câmbio real via inflação); parte pode ser explicado por mercados de trabalho sobrerregulados, que implicam baixo crescimento da produtividade.
Abs
Alex
Longe de mim a ideia de querer pautá-lo. Embora o formato do programa [2 entrevistados com visões diferentes, quando não opostas] dificulte, gostaria de ouvir mais a respeito da sua resposta ao Cristiano. Você costuma ser claro e didático quando tem tempo para expor seu pensamento, o que é sempre muito bom para os que não têm familiaridade com a matéria.
delfim de hj no valor leu seu texto de umas semanas atrás? quase plágio!
Daqui a pouco estão assinando sua carteira na Globo News, Alex!
Paulo:
Tento elaborar um pouco mais a resposta. Para ser sincero há alguns efeitos que preciso modelar para ter mais certeza da resposta final.
Abs
"Daqui a pouco estão assinando sua carteira na Globo News"
Pelo menos uma vaga permanente no estacionamento...
Morreu André Urani. Uma perda!
O BCB acertou em reduzir as taxas de juros.
Apostou alto e levou.
Nãnãninã... Você só poderá dizer se levou caso a inflação em 2012 fique em 4,5%. Até agora errou, porque as expectativas estão firmes bem acima da meta.
alex,
permita-me uma dica: nos seus textos, vc consegue ser mais objetivo que quando dá entrevistas..acho que dá pra melhorar sua objetividade...
um abraço
É verdade Fabio. Eu me dou melhor com a palavra escrita: dá tempo para pensar, reescrever, lapidar; ao vivo ainda preciso melhorar.
Abs
Alguém avisa o Antonio Lopes ali que a Inglaterra nunca saiu do Euro..
The Anchor
Como leigo, acho inviável a tese do aumento da tal 'competitividade' como fator de estímulo para o aumento da produção e atividade econômica, como se isto fosse a solução definitiva.
Alguém sempre terá que carregar o piano; em economia também existem o lado da riqueza e a face da pobreza.
Caso todos os países do mundo fossem igualmente extremamente competitivos,....
Alex,
Dei uma olhada nos dados e realmente parece haver um desequilíbri de produtividade.
A inflação em todos os países do euro foi maior do que na Alemanha.
Além disso, a maioria tem déficit na conta corrente.
Mas será que isso é realmente relevante? Déficit em conta corrente não é um problema em si. Por que seria nesse caso?
Ao que tudo indica, o ajuste vai ser por deflação nos periféricos.
É claro que isso terá um impacto no PIB.
A minha dúvida é se o efeito da diminuição da demanda interna com o problema da produtividade pode ser fatal para as contas públicas?
É possível mensurar isso?
Abs
"Você só poderá dizer se levou caso a inflação em 2012 fique em 4,5%."
A meta é até 6,5%.
"A meta é até 6,5%"
É pensando assim que corremos o risco de estourar mesmo o teto. Vá ler o decreto; a meta é 4,5%.
Alex, eu entendo sua preocupação com a aceitação de que 6,5% está bom, pois dentro da margem de erro. MAs o que insisto é que a redução que está ocorrendo nos jutos não tem refletido na inflação dos meses subsequentes. E além disso, tivemos um trimestre sem crescimento.
Não parece uma ótima oportunidade para reduzirmos os juros? Crescimento no trimestre nulo e crise internacional?
"É pensando assim que corremos o risco de estourar mesmo o teto. Vá ler o decreto; a meta é 4,5%."
A coisa está ainda pior. Peguei o bonde andando e não sei quem estava falando, mas ontem no Conta Corrente discutia-se se um IPCA até 6,55% poderia ser arredondado para 6,5%, atendendo ao teto.
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