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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Freddy Krueger, importação e inflação

Uma constante em filmes de terror para adolescentes é o vilão imortal: não interessa quantas vezes o herói (ou heroína) mate o abantesma, no filme seguinte ele reaparece forte e cruel, como se nada houvesse ocorrido. O mesmo ocorre em debates econômicos, das propostas para fechar a economia à opinião que “um pouquinho de inflação ajuda o crescimento”. Outro exemplo é a ideia que as importações podem prevenir indefinidamente a aceleração da inflação, argumento muito empregado, por exemplo, em 2007, quando a inflação estava abaixo da meta e não faltava quem afirmasse, às vésperas de forte aceleração inflacionária, que as importações haviam alterado permanentemente a dinâmica dos preços.

Há, a bem da verdade, dois canais pelos quais o comércio internacional pode afetar os preços domésticos, ambos, porém, sujeitos a limites. O mais direto refere-se à competição entre o produto nacional e o importado, isto é, o preço em reais do produto importado (considerados fretes, impostos, etc.) funcionaria como um teto para os preços locais, mesmo que a importação não se efetive.

Contudo, o limite para o funcionamento deste mecanismo é óbvio. No caso de produtos que não sejam sujeitos à concorrência internacional (bens não-comercializáveis) a eficácia das importações para disciplina de preços é virtualmente nenhuma. Aluguéis podem ser muito mais baratos em Karachi do que em São Paulo, mas ninguém viajaria diariamente para o Paquistão por este motivo.

Esta questão se torna ainda mais relevante quando lembramos que, mesmo no caso de bens que podem ser importados e exportados a custos reduzidos (bens comercializáveis) há uma fração significativa de não-comercializáveis. A carne comprada em supermercado, para ficar num exemplo, contém uma medida considerável de serviços como aluguéis, transporte, etc., cujos preços não são sujeitos à competição internacional. Posto de outra forma, é provável que o preço da carne no atacado siga de perto preços externos, mas, quando chega no varejo, esta ligação se torna bem mais tênue.

Resta, porém, o segundo canal, menos intuitivo, mas ainda relevante. Numa economia aberta ao comércio internacional nem todo aumento da demanda doméstica precisa ser atendido por expansão correspondente da produção. Isto significa que capital e trabalho (mais o segundo que o primeiro) que seriam utilizados na produção de bens substituídos pelas importações são postos à disposição dos setores produtores de bens não-comercializáveis. Mesmo que as importações não possam substituir diretamente bens não-comercializáveis, elas permitem um aumento da produção destes bens ao liberar recursos que seriam usados em outros setores.

Assim, é possível que a demanda doméstica cresça mais rápido do que seria permitido pela disponibilidade de recursos e tecnologia locais, isto é, acima do crescimento do produto potencial da economia, sem que isto se traduza necessariamente em pressão sobre a utilização dos recursos e, portanto, em aceleração inflacionária. Concretamente, numa economia aberta, a oferta adicional de importações reduz a pressão sobre o mercado de trabalho e, portanto, sobre os salários, implicando menores tensões inflacionárias.

Entretanto, é absolutamente necessário traduzir este argumento em números para saber seu exato alcance. Vamos supor que o Brasil possa sustentar indefinidamente uma taxa de expansão do produto da ordem de 5% ao ano, algo superior à maior parte das estimativas do crescimento do PIB potencial (incluindo as nossas), que tipicamente se situam entre 4% e 4,5% ao ano. Dada a expansão da demanda doméstica (relativamente ao PIB potencial), a que ritmo deveriam crescer as importações (relativamente às exportações) para evitar pressões inflacionárias?

O gráfico sugere a resposta: grosso modo, cada ponto percentual a mais de crescimento da demanda doméstica além do crescimento potencial requer que as importações cresçam de 8% a 9% ao ano mais rápido que as exportações, essencialmente porque importações equivalem a apenas 10% do PIB. Não é por acaso, pois, que as importações crescem aceleradamente e que a insistência em fechar ainda mais o país ao comércio é, na verdade, uma proposta oportunista de setores que pretendem aumentar seus preços.

Fonte: estimativas do autor a partir de dados do IBGE


Isto dito, os limites para a ação antiinflacionária das importações ficam claros. Além da questão dos bens não-comercializáveis, a pouca exposição do país ao comércio internacional requer taxas de crescimento da importação provavelmente insustentáveis a médio e longo prazo. A verdade é que, mesmo no caso de uma economia aberta, a demanda doméstica não pode se distanciar indefinidamente do PIB potencial. Importações ajudam no curto prazo, mas não resolvem o problema universal da escassez.


“Importações resolvem tudo”, afirma Freddy.

(Publicado 2/Set/2010)

51 comentários:

O verdadeiro Freddy Krueger da economia brasileira é a relação entre câmbio e crescimento. Não é de hoje que os exportadores pedem que o governo "leve a taxa de câmbio para seu verdadeiro equilíbrio" falando que estão defendendo o Brasil. Eles querem é um novo convênio de Taubaté, isso sim. F*&%$ o povo às custas de mais dinheiro no bolso de meia dúzia.

um bate e assopra danado...

A descrição que vc fez sobre a transferencia de recursos(M.O) para o setor de serviços é exatamente o que ocorre quando se substitui produção interna por externa.

Se, por um lado as importações permitem aumentar a produção de bens não comercializáveis pela disponibilidade de recursos para o setor, o inverso ocorre naqueles setores que tem a produção substituida por importações.

Para ser um pequeno tratado sobre a desindustrialização faltou vc completar o racicínio.

"KY"

"A descrição que vc fez sobre a transferencia de recursos(M.O) para o setor de serviços é exatamente o que ocorre quando se substitui produção interna por externa."

Hããã...

Hablas português? etc, etc.

A economia está operando no potencial. No caso, se você está preocupado com a taxa real de câmbio, é necessário reduzir a demanda por não-comercializáveis, i.e., fazer ajuste fiscal.

"No caso, se você está preocupado com a taxa real de câmbio, é necessário reduzir a demanda por não-comercializáveis, i.e., fazer ajuste fiscal."

É o cachorro perseguindo o próprio rabo: Então vc quer aumentar os preços da economia?^

Explique melhor

KY

"É o cachorro perseguindo o próprio rabo: Então vc quer aumentar os preços da economia?"

De que planeta você está escrevendo?

Mas, Alex..

Intuitivamente só poderia ser isso. Afinal, é o seu receituário básico: de 6 em cada 3 problemas econômicos na literatura malucosiana a solução é aumento geral do juro básico (preços).

Saberia lá eu que vc estava, dessa vez, falando da redução da tributação e dos gastos do governo?

Não engoliu o gardenal hj,hein...?!

Parabéns! Pelos adesivos da nave vejo que visitou a alegre cidade de vaiscaindo na real.

PQP!
Para esse KY, diminuição de demanda gera aumento de preços. Esse cara só pode estar tentando ser o substituto do Pochmann no IPEA.

Alex

Enviei a um amigo queniano os links dos dois últimos posts. Ele não é fluente na escrita, mas lê bem o português. Respondeu-me com este comentário:

Vizuri sana posts na Alex mwanauchumi. Kwenda kutembelea blog Lakini.

Kuwa guy ni wajinga "KY"! Ni Brazil na hawawezi kusoma Kireno?

"Parabéns! Pelos adesivos da nave vejo que visitou a alegre cidade de vaiscaindo na real."

Você anda vendo naves? Ah...Isto explica muita coisa. A burrice é incurável, mas, parando com os alucinógenos, você poderia até arrumar um empreguinho de porteiro, ou até diretor do Ipea.

Paulo:

Hii ni wajinga sana hata KY.

Abs

Alex

Alex, sensura não dá...

A fala do Vladvostok no outro post foi tão engraçadinha...

Abs, KY

A que nível esse blog está chegando: "sensura"!

Só falta começar a publicar artigo do Oreiro pra rebaixar totalmente.

souberam da última do orelho? Ele acha q por causa da entrevista dele no monitor mercantil, q o "O" tratou aqui, o governo desistiu da securitização e capitalizou a Caixa...

"sensura"

Cada um com a sua "sessura". Mas que o Pastor Alex vetou meu poster anterior isso ele vetou...

KY

"Mas que o Pastor Alex vetou meu poster anterior isso ele vetou..."

Só nos seus delírios, ou seja, 100% do tempo.

Ok Pator, então foi a mão invisivel. Ou seja, o espirito santo que dá base para a crença igreja invisível.

Amém... Já estamos nas elições, vc não vai destribuir seus santinhos?

KY

Como eu suspeitava, trata-se de caso grave de excesso de capim com agrotóxico. Tente tirar as patas dianteiras do chão e você se sentirá melhor...

Estava com saudades de um post como esse... Muito bom.
KY, utilize o corretor ortográfico do word e depois copie e cole seus comentários. "Destribua" seus comentários apenas depois desse procedimento.

Frase do Oreiro:

"...o professor defende que seja efetuada uma mudança da política cambial de flutuante para flutuação controlada. No seu entendimento, isso traria um regime “sem meta estipulada, mas que garanta uma moeda competitiva”, conforme explicou."

O que é uma moeda competitiva? É aquela que vem com direção hidráulica, ar condicionado e ABS de fábrica?

Será que só mudar a forma de flutuação do Real vai permitir que ele substitua o Dolar ou Euro?

"Sensura"?

Não. O menino quis dizer "sensuar". Apenas invertue as duas urtimas letrinhas, sô! Mardade.

Tudo isso se acreditando que o Brasil teria capacidade de importar tanto, coisa que a má qualidade de nossa infraestrutura impede.

Alex, o comentário acima sobre "flutuação controlada"... de certa forma, isso não vem sendo feito pelo BC de maneira informal? (Claro que se for formalizado será alvo de ataques especulativos)

Artigo dos professores Pedro C. Ferreira e Renato Fragelli publicado no Valor de hoje:

Desindustrialização e o Pato Donald

Como o Pastor Alex pediu, segue a resposta aos moldes cepalinos.

A indústria nos países em desenvolvimento é heterogênea, com suas cadeias estruturais horizontalmente e verticalmente pouco relacionadas. Assim, com relação ao comércio, haverá setores muito e pouco expostos, dependendo do grau de desenvolvimento das cadeias produtivas.


Ah, mas esqueci que na escola da maçonaria astroreligiosa da igreja invisível do planeta psicomalucosiano eles não ensinam a economia desses países.

Afinal, a melhor realidade é a ideal, que só existe na astropirosféra.

Vai ver que é por isso que não sai nada que presta dessa igrejinha.

Não sabem nem mesmo interpretar a economia do país que vivem e trabalham.

"KY"

Deve ser contagiante....um vírus que desanda a falar "tanta" bobagem!

“Tivemos uma desnecessária alta de juros e, agora, essa tendência é suspensa pelo organismo do Banco Central. Restam os ganhadores e os perdedores de sempre. Ganharam os que recebem rendimentos financeiros e perderam os consumidores e empresas que pagam mais pelo crédito utilizado para fazer o país crescer, gerando emprego e renda.” (B. Steinbruch, presidente em exercício da FIESP - extraído do G1)

Brados
Martins

Não tive o prazer de ler os posts acima, ainda.
Eu creio que adicionalmente aos dois canais por você citados, há um terceiro, embora sejam um só. A percepção de tais canais.
Verdade também, que tais canais, atuam na contraparte inflacionária, podendo 'desregular' os preços internos a maior. Mitocondrial.
A boa, velha e persistente máxima da oferta e demanda e da harmonia natural de todas as coisas.
Vou pedir a vocês, que possuem conhecimento sobre economia, indicações de livros sobre análises de empresas, que valham a pena serem lidos e assimilados.
Preparado, poderei vasculhar, e quiçá, no estágio inicial, encontrar alguns 'cases' tais como Lojas Hering, Renner e Marisa que se valorizaram muito, nos últimos 20 meses.
Acredito também, agora, em menos ouro e mais prata.

"A indústria nos países em desenvolvimento é heterogênea, com suas cadeias estruturais horizontalmente e verticalmente pouco relacionadas. Assim, com relação ao comércio, haverá setores muito e pouco expostos, dependendo do grau de desenvolvimento das cadeias produtivas."

Ah, entendi. É uma questão complexa, multifacetada e cheia de nuances. Tem uns que sim, outros "quinão" e uns "quissim e quinão". Realmente uma análise rigorosa, pelo menos para padrões de quem sofreu com os metais pesados utilizados nos agrotóxicos.

Só a inclusão do termo indefinidamente já revela o absurdo do argumento. Mas estou pouco me lixando para esse negócio de termos um pouquinho mais de inflação e importação. O comércio tem que ser livre. Inflação é assunto para moeda e dívida pública (moeda sob disfarce).

"Não sabem nem mesmo interpretar a economia do país que vivem e trabalham."

nda pessoal, mas a frase acima me lembra aqueles papos do Darcy RIbeiro, sobre os brasileiros serem uma raça especial, e que alguns desses autoproclamados desenvolvimentistas abraçam.

e aliás, a tese racialista é bem coerente com suas teorias econômicas. afinal, não dá mesmo para extrapolar modelos teóricos e experiências empíricas de eventos humanos, para qualquer tipo de ser.

trata-se naturalmente de gente especial.

Eu sempre procuro ver o melhor nas pessoas e nas instituições, então, vou dizer algo positivo sobre a CEPAL:
- perto de sua Sede, há uma loja de vinhos, chamada Wain, que é espetacular... 3 andares, vários vinhos de qualidade para degustação, imperdível!

Bom artigo. Há um artigo sobre o mesmo assunto a ser publicado pelo prof. Rubens Cysne. (Disponível em seu site)
Mudando um pouco de assunto, mais alguém acha que o Brasil é o "This time is different" da vez?

O professor Oreiro respondeu ao artigo dos professores Pedro C. Ferreira e Renato Fragelli publicado no Valor (Desindustrialização e o Pato Donald).

Mas ele faz um exercício de retórica e cria uma confusão para ver se consegue voltar à superfície e pegar um último fôlego de ar antes de se afogar de vez, novamente.

Primeiro ele reafirma um conceito de desindustrialização que está correto, mas não é dele. Se a indústria está perdendo espaço para o setor de serviços, ou melhor, cresce a taxas menores que o setor de serviços, estamos diante de uma situação de desindustrialização. Mas este conceito não é pejorativo, é apenas descritivo.

É a descrição de como a economia está alocando os seus recursos. Não é bom e nem ruim. A dificuldade é que o termo"desindustrialização" trás a idéia de algo ruim (estamos perdendo indústrias!)

Mas não é a este conceito que o mesmo professor Oreiro se refere quando dá suas entrevistas aos jornais. O que ele e outros tem dito é que a indústria está desaparecendo e que em dois anos teremos uma crise no balanço de pagamentos.

Não teremos mais fábricas e sem elas não há dinamismo na economia (Israel e as empresas de software mostram o contrário, mas estes casos não interessam a eles).

E sem intervenção no câmbio e redução dos juros não há salvação para a indústria nacional. Este é o cenário caótico que eles traçam.

Ou seja, se apoiam num fato comum a qualquer economia que a renda se eleva, que é o crescimento da participação do setor de serviços na economia, e fazem uma extrapolação absurda, que é a possibilidade do fechamento de todas as fábricas.

E "o período de maior crescimento sustentado da economia brasileira (1930-1980)" conviveu com o Brasil tendo uma pauta de exportações marcada por produtos primários (em 1971, café, açucar e outros produtos primários respondiam por 70% das nossas exportações). E isto não impediu o crescimento e a industrialização.

E ainda temos de saber se a nossa desindustrialização é precoce ou não...

E no final há um joguinho de palavras, onde que para termos maior produtividade no setor de serviços, temos de industrializar a economia primeiro. Ou seja, a indústria é a santa redentora da economia.

Alex,
Parabéns. Achei seus três últimos posts muito bons, especialmente em termos de clareza e facilidade de entendimento para leigos (tenho recomendado a vários amigos). Além disso, com críticas um pouco mais sutis que outrora, fica mais fácil ter simpatia pelas idéias!
Abs,
Daniel

“Ah, entendi. É uma questão complexa, multifacetada e cheia de nuances. tem uns que sim, outros "quinão" e uns "quissim e quinão". Realmente uma análise rigorosa, pelo menos para padrões de quem sofreu com os metais pesados utilizados nos agrotóxicos.”

Caro Pastor Alex, acho que na sua igrejinha ao invés de hóstias estão servindo a branca pura.

É, de fato, complexo. A maioria das vezes vai além da lógica 123 que vc aprendeu em “Bercklithey”.

Por que vc não consegue compreender, não significa que não seja rigorosa, significa apenas que o burrico aqui é você, que mimado fica esperneando como uma criancinha gritando aos quatro ventos o quanto é especial, e por isso, só fica analisando economias espaciais, dentro de um mundinho altista criado por vc mesmo. Veja: http://maovisivel.blogspot.com/2010/06/moedas-nas-estrelas.html

Leia um pouco menos de ficção cientifica e volte pra realidade.

Faça uma prece na próxima reunião da igrejinha, quem sabe sua dor passa.

Iconoclastas: Ao invés de ler o Darcy continue lendo Hayek e os outros austríacos e alemães inventores de teoria de extermínio e supremacia racial, quem sabe você não ganha um prêmio Nobel do retardatismo intelectual. Da próxima, não desvirtue o assunto para esse tipo de conversa boba...

KY

" A dificuldade é que o termo"desindustrialização" trás a idéia de algo ruim (estamos perdendo indústrias!)"

A dificuldade maior é o português desse baba-ovo do Rogério...

Morgenstern

"Por que vc não consegue compreender, não significa que não seja rigorosa, "

Eu entendi. Mas, como se trata de um caso avançado de cretinice, achei melhor desmerecer mesmo. No hard feelings, mas realmente sua resposta foi muito ruim, primária mesmo.

E, caso você tivesse estudado, reconheceria facilmente o argumento de Moedas nas estrelas. Para um analfabeto em economia pode parecer ficção científica. Para um alfabetizado, é só ciência, sem ficção.

Cara, esse KY é semi-analfabeto. Eu juro que não entendo buhlufas do que ele fala. Vai ver é um dialeto feito por idiotas para idiotas.

"Cara, esse KY é semi-analfabeto. Eu juro que não entendo buhlufas do que ele fala.

Pelo que vejo, o Pastor Alex tem adeptos metidos a advogados. Dudu (D), na escola que vc tá tentando entrar eu sou professor então cale-se, sente-se, e recomece o mobral.

"E, caso você tivesse estudado, reconheceria facilmente o argumento de Moedas nas estrelas. Para um analfabeto em economia pode parecer ficção científica. Para um alfabetizado, é só ciência, sem ficção."

Ah, Alex, por favor.
Já tomou seu diazepan hj? Reduza a alfafa estelar do seu almoço bancário.

Faça uma pesquisa entre os leitores desse artigo, tirando os seus 17+1 lambedores de bola e seus comparças da acadêmia psiconeuromalucosiana, que devem ser mais uns 3 ou 4, todos os outros economistas realistas sabem que esse seu artigo é um besteirol só.

Inclusive, vc se perde nele em vários momentos, fazendo com que ele fique estremamente chato de ler, antes mesmo de se chegar a metade do texto.

Mas, certamente, isso é coisa que ninguém da sua igrejinha diria a vc com medo de magoar "seu
égo(centrico)".

Mas esquenta não,

Nós estamos aí pra isso, corrigir as injustiças e por na linha os econopsicóticos.

A propósito, cretinice é um estágio antes da picaretagem. Se, para me comunicar com vc estou descendo a esse nível que vc é mestre, creio que devo parar de visitar esse blog.

Mas certamente perderia a graça. Tenho de continuar a combater a igreja invisivel e os 17+1 comedores de alfaça estelar. Ou o futuro será obscuro para quem vive na Terra.

"KY"

Alex a Alemanha gastou cerca de 1,5% do PIB no seu pacote de estímulo em contrapartida os EUA gastaram 6%.

O desemprego na Alemanha desceu para os níveis anteriores à crise enquanto nos EUA o desemprego esta bem distante aos niveis anteriores a crise.

Você reconhece que errou? Bastava o governo "jogar mais demanda na economia" que ela voltava a crescer.

"Faça uma pesquisa entre os leitores desse artigo, tirando os seus 17+1 lambedores de bola e seus comparças da acadêmia "

"Comparças"? "acadêmia"? Deve ser um bocado difícil digitar com os cascos. Talvez sem as ferraduras português melhore (piorar é virtualmente impossível).

Olhe, na boa, se você não consegue entender,pelo menos perceba o ridículo da sua argumentação. Eu sei que na Dimensão Z as coisas são algo diferentes, mas neste quadrante da galáxia faz bem falar coisa com coisa, respeitar a lógica e a língua pátria, tão sofrida pobrezinha.

Estude um pouco, primeiro português, depois matemática. Aí sim você terá condições de estudar economia e perceber que os zurros que tem escrito.

"Alex a Alemanha gastou cerca de 1,5% do PIB no seu pacote de estímulo em contrapartida os EUA gastaram 6%."

Ivo:

1) Seus números estão errados. A extensão do pacote fiscal na Alemanha foi, pelo menos, três vezes superior ao 1,5% do PIB que você menciona.

2) Na Alemanha houve uma monumental intervenção do Estado para evitar desemprego, envolvendo incentivos fiscais e regulação. Imaginei que você - que se acha liberal - jamais advogaria este tipo de medida, mas posso ter me enganado.

3) O pior: como economista sua argumentação não faz o menor sentido (coisa que não me surpreende). Você teria que me mostrar uma estimativa de como o desemprego teria evoluído nos EUA na ausência do pacote fiscal, Segundo a Cristina Romer, sem o pacote haveria mais 3,5 milhões de desempregados nos EUA. Sem mostrar o contrafactual você não passaria sequer em Econ 1, justamente o curso da Cristina.

P.S. Acabei de checar no WEO: o aumento do déficit na Alemanha entre 2007 e 2010 foi de 5.9% do PIB, ie, quase 4 vezes maior do que o afirmado.

Alex

Vi esta notícia do ESP, no blog Diplomatizzando.

Países criam uma barreira por dia. Medidas protecionistas tomadas em meio à crise já afetaram um fluxo de bens equivalente a US$ 1,6 trilhão no mercado internacional
http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/09/protecionismo-aumenta-no-mundo.html

“A análise é da organização Global Trade Alert, formada por alguns dos principais economistas da Europa e dos EUA e financiada pelo Banco Mundial. Segundo os especialistas, as medidas protecionistas estabelecidas por governos em meio à crise econômica já afetaram um fluxo de bens equivalente a US$ 1,6 trilhão no mercado internacional e as barreiras criadas em menos de dois anos já atingiram 10% do comércio mundial. [...]

Desde novembro de 2008, quando a cúpula do grupo se reuniu pela primeira vez e declarou que não recorreria a barreiras comerciais, cerca de 650 novas medidas protecionistas foram adotadas em todo o mundo para frear importações ou incentivar a produção local para garantir maior competitividade contra bens importados.”

De acordo com os críticos, a análise contradiz o que a OMC afirma:

“O sistema de regulamentação do comércio da OMC contribuiu em larga medida para impedir o retorno do protecionismo, que tanto agravou as condições econômicas no decênio de 1930.” (Relatório OMC).

"A contribuição da OMC está sendo superestimada. As medidas adotadas driblaram as regras da entidade", afirmou Simon Evenett, coordenador do grupo e professor da Universidade de St. Gallen na Suíça. "Os custos das promessas não cumpridas do G-20 aumentam a cada trimestre." (reportagem ESP)

Se quiserem comentar a pendenga, fica a sugestão.

Alguns dados da OMC, que tentei manter na formatação da tabela original. Se chegar aí desmontada não é culpa minha.

Comércio Mundial

Exportações (bilhões/US$ )
Valor Variação % anual
2009 2005-09 2007 2008 2009
(12.147) (4) (16) (15) (-23)

Importações (bilhões/US$ )
Valor Variação % anual
2009 2005-09 2007 2008 2009
(12.385) (4) (15) (16) (-24)

Brasil

Exportações (bilhões/US$ )
Valor Variação % anual
2009 2005-09 2007 2008 2009
(153) (7) (17) (23) (-23)

Importações (bilhões/US$ )
Valor Variação % anual
2009 2005-09 2007 2008 2009
(134) (15) (32) (44) (-27)

Fonte: I- The trade situation in 2009-2010 (18 pages; 843KB)

World Trade Report 2010 da OMC

http://www.wto.org/english/res_e/publications_e/wtr10_e.htm

PS: Paulo R. Almeida respondeu em forma de post ao comentário deixado por um leitor.

http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/09/protecionismo-mitos-e-realidades.html

P.S. 2 O número dos EUA também está errado: é 8,3% do PIB.

Acho muito didaticas suas explicações quando mostram os efeitos de politicas no curto prazo e as consequencias destas no longo; aproveito para perguntar se os juros embutidos nos preços que o brasileiro padrão paga não deveriam, de alguma forma, ser considerados no preço das mercadorias/serviços, dado que os juros pagos pelo mortal brasileiro são absurdamente mais altos que os cobrados no mundo civilizado? de que maneira os agentes economicos mensuram isso? existe um limite de elasticidade e, caso exista, qual o perigo real embutido nisso tudo? De que maneira o equilibrio brasileiro passa a ser frágil?? a conta que costumo ouvir é a de quanto o credito representa em relação ao PIB ser baixo, mas.....O NOSSO CRÉDITO É DEZ VEZES MAIS CARO....fico com a impressão que isto não está levado em conta...

Eu trabalho na área de comércio exterior e posso lhes assegurar, importar no Brasil é algo tenebroso. Licenças, carga tributária, forma de cálculo dos impostos (a fórmula de apuração do PIS e COFINS incidentes no desembaraço da mercadoria é coisa de louco, sem falar em ICMS por dentro, Substituição tributária, MVA ajustado, redução de base de cálculo, tarifa antidumping, PIS/ COFINS monofásico, etc,...) e burocracia ineficiente (se o processo cair em canal vermelho esquece).
Somos do país da autosuficiência. Quem falou que a teoria Mercantilista é coisa do século XVIII ? Praticamos ela com vigor aqui no país.

o brasil hiper proteccionista em tanto sector uma economia aberta?

não vem que num tem

xará....