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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Muito obrigado, Professor Luiz Gonzaga Belluzo!


Um dos prazeres deste humilde analista é ver suas previsões confirmadas pelos fatos.

Melhor ainda quando as previsões confirmadas são tão deliciosas como estas:

Verdão erra quatro pênaltis e cai diante do Atlético-GO

Depois da campanha pífia no Campeonato Paulista, o Palmeiras fracassou em mais uma competição na temporada 2010.

Lincoln reforça atrasos, mas inocenta direção alviverde

Na semana passada, o Palmeiras havia anunciado que todas as pendências financeiras com o elenco estavam definidas. Só que o meia Lincoln desmentiu essa notícia nesta segunda-feira e deixou claro que tem valores a receber. Ainda assim, ele deu um voto de confiança aos dirigentes do Alviverde.

"Tenho a receber uma parcela do meu passe (direitos federativos) e um mês de direitos de imagem. Mas, por favor, não quero que criem polêmica com isso. Tenho certeza de que vai ser resolvido da melhor maneira possível", afirma o camisa 99.

(...)

Nos últimos anos, o Palmeiras encontra dificuldades para manter a estabilidade financeira. Só no mês de março deste ano, o déficit do clube chegou a R$ 2,5 milhões.

Vamos falar sério: existe alguma pessoa mentalmente sadia que teve em algum momento dúvida que a gestão de um acadêmico incompetente, pedante e quermesseiro na presidência de um clube de futebol só poderia dar nisso, ou pior?

Digo, por que alguém pode ter achado que Belluzzo seria mais bem sucedido como dirigente de clube de futebol do que em suas passagens como administrador público ou pesquisador de economia?

Adendo: As contas de abril de 2010 da gestão Belluzzo foram rejeitadas pelo Conselho de Orientação Fiscal... Já pensaram como o Brasil poderia ter sido um país melhor no fim da década dos 1980s se tivéssemos tido durante o governo Sarney um tribunal de contas da União tão alerta quanto o COF do Verdão?

2 comentários:

O medo é o Palmeiras afundar e desaparecer. Depois de perder do Mengo, é só a briga com o Palestra que mantém o corintiano vivo.

Prezados, peço licença para um post mas alongado do que o normal.

Só posso comemorar o fracasso da administração belluzista.

É a vitória do trabalho duro, da seriedade e da humildade sobre um certo grupo de pseudo-intelectuais que se acha acima dos outros, detentor de uma suposta verdade absoluta e que despreza e julga intelectualmente inferior qualquer outro que pense diferente, assim como profissionais do mercado e da vida prática em geral.

Belluzzo sempre se achou um gênio. Viu no marxismo a mais complexa e profunda ciência que um homem poderia assimilar. A única explicação verdadeira da realidade econômica, política e cultural. Tamanha grandiosidade intelectual não poderia, naturalmente, ser acessível a qualquer mente humana. Desta forma, Belluzzo, por se julgar conhecedor de tal ciência em suas maiores sutilizas, sempre se considerou acima dos outros. Qualquer um que pensasse diferente não poderia ser outra coisa que não burro, ou então, vilão.

Jamais um intelectual de seu calibre, pensa Belluzzo, poderia se submeter ao exercício de atividades práticas da vida diária, que qualquer idiota bem treinado seria capaz de exercer. Não. Ele deveria se reservar para atividades mais nobres. À pesquisa acadêmica, à investigação das chamadas leis universais de movimento da economia capitalista.

No entanto, o coração alviverde um dia falou mais alto e o pseudo-intelectual cedeu. Aceitou um cargo político-administrativo em um (pasmem!) clube de futebol.
Em seu íntimo, sempre teve a convicção de que tiraria a tarefa de letra. Impossível um intelectual de alto nível não ser capaz de executar com primor uma atividade de homens comuns. O plano era perfeito. Julgou que o trabalho seria fácil, que mudaria os rumos do Palestra Itália e que, de quebra, entraria para o rol dos grandes presidentes da história do clube. O apoío da imprensa e dos torcedores só fez aumentar sua certeza de que sua administração seria, em uma palavra, diferente. "Belluzzo é diferente" foi a frase que mais estamparam jornais e revistas durante muito tempo. Diferente para melhor, evidentemente. Muito melhor do que o amontoado de dirigentes incompetentes, corruptos e ignorantes que atualmente estão à frente dos demais clubes brasileiros. O roteiro estava pronto, e seu final era feliz.

No entanto, a história se vingou.
Os resultados não vieram dentro de campo. Fora dele, as finanças saiam de controle. A impressa toda se questiona: "Mas ele não era um grande economista?. Eu, quando recebo tal idagação de colegas ou parentes, não exito em responder: "Não, nunca foi."

Não bastasse tudo isso, Belluzzo extrapolou ainda mais. Baixou o nível do discurso. Aterrorizou torcedores e jornalistas, que viam nele uma pessoa culta e bem-educada, diferente, que jamais seria capaz de afirmar que um juiz é ladrão ou incentivar seus torcedores a "matar os bambis".

Que Belluzzo entre para a história do Palmeiras. Mas que se faça justiça, e que ele figure no capítulo das administrações fracassadas.

Seria querer demais esperar que Belluzzo aprendesse, e quiça reconhecesse que gerir um clube de futebol é, sim, difícil. Quem sabe mais difícil do que compreender os meandros da sociedade capitalista na tradição da pseudo-ciência fundada pelo barbudo de Treves.

Não, Belluzzo jamais reconhecerá. Homens de sua estirpe são assim. E ponto.

Teria muito mais o que vomitar aqui neste post, tamanho o meu desprezo por Belluzzo, mas fico por aqui.

Peço desculpas por ter me alongado. Entenderei se o Alex ou o "O" não publicarem meus comentários.

Abraço do Pai Alex.

PS: Juvenal na veia!