teste

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Political Credit Cycles

Um dos artigos mais interessantes que li recentemente é o “Political Credit Cycles: The Case of the Euro Zone”, de Jesús Fernández-Villaverde, Luis Garicano e Tano Santos.

Neste artigo, os autores comparam a trajetória de quatro países periféricos da Europa (Espanha, Irlanda, Grécia e Portugal) com a Alemanha, e argumentam que a crise ocorrida nestes países se deve em grande parte a problemas de política econômica que foram exacerbados pelo acesso ao crédito barato que a adoção do euro engendrou.

A idéia é que o acesso ao crédito barato removeu a urgência de se adotar reformas modernizantes e pró-competitividade, causou uma deterioração das instituições, e assim reduziu as perspectivas de crescimento. Em contraste, a Alemanha, cujo custo de crédito não foi barateado pelo adoção do euro (já era barato antes), adotou um processo de reformas e emergiu mais competitiva.

Um paralelo pode ser traçado. No Brasil as reformas econômicas morreram justamente quando a restrição de crédito foi relaxada. Então cá estamos nós ainda sem um tratado de livre comércio e investimento com os EUA, flertando com os controles de capitais e condenados à mediocridade soberba dos idiotas.


- (Foto: Reprodução)

Esses alemães são entreguistas!

67 comentários:

Irlanda adotou reformas "liberais".Hoje o receituário Europeu deveria ser adotado pelos EUA.

"Irlanda adotou reformas "liberais".Hoje o receituário Europeu deveria ser adotado pelos EUA."

O Jacozinho do CSA tinha pouco mais que metro e meio.

Enquanto os Europeus adotam medidas de austeridade fiscal,os EUA fazem o caminho inverso.


O governo cada vez mais interfere na vida do cidadão comum, por meio de déficits gigantescos,socialização da saúde por meio do "obama-care".

para comentários:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/1258649-abenomics-e-dilmanomics.shtml

Nunca tinha visto um texto tão NASSIFICAGADO assim antes...

"Nunca tinha visto um texto tão NASSIFICAGADO assim antes..."

Poxa vida, nunca havia lido o Clovis Rossi antes?

Acho muito mais um problema de câmbio fixo junto à inflação maior nos periféricos. Dizer que eles viraram vagabundos porque tinham crédito mais facil, deteriorando as instituições é meio sei lá....

Porra, espanhois sempre fizeram a ciesta.. como que aquela merda iria dar certo?

India, China, Mexico (só para citar alguns) estão na rabeira deste teu quadro...

Crescem tanto e protegem tanto também. Não seria, no mínimo, algo para desconfiar de suas proposições liberalizantes?

Abs

Qual seu problema com o Fernando Nogueira da Costa?

Infelizmente o governo deixa de lado, todas as estatísticas disponíveis e em consequência disso o mau comportamento que estamos presenciando na economia já há alguns anos, e de um modo geral, simplesmente para focar todos os esforços em garantir a sua "boa imagem" com a população mais carente e alienada, que é o patrocínio através da Bolsa Família entre outros mecanismos (copa do mundo, olimpíadas), bem como também mantendo os aliados com o aparelhamento do estado. Por mais que não tenha experiência na área econômica, fico com pena do cidadão que vai governar o país daqui uns 10 anos, pois tenho a má impressão de que toda essa manobra politica, que vem se estendendo nos últimos anos, vai nos trazer ainda uma grave crise e que teremos que pagar essa conta.

Este comentário foi removido pelo autor.

Ok, concordo com o espirito - mas a Alemanha tambem esta em uma posicao confortavel para ser uma das economias mais abertas, com o euro operando em desconto comparado a onde um hipotetico deutsche mark seria negociado hoje... muito parecido com o boom Frances dos 1920. Vinganca?

Mais importante que a Alemanha para a causa proposta me parece ser o exemplo do Japao - nao esta atras dos germanicos na mao de obra qualificada, regime legal, tecnologia, capital etc. mas tem perdido muito em crescimento. Uma economia mais aberta em todos os sentidos (imigracao inclusive) lhe fariam muito bem.

Não sei se reformas solucionariam o problema de um endividamento excessivo. Para mim, a pergunta é porque não adotar políticas de restrição do crédito em determinadas circunstâncias (Europa há dez anos atrás e nóis agora). Surpreendo-me por ler pouco sobre problema de excessivo endividamento no Brasil.

"Qual seu problema com o Fernando Nogueira da Costa?"

O que quer dizer? Além dele ser um imbecil acima de qualquer suspeita?

"Qual seu problema com o Fernando Nogueira da Costa?"

Não tenho problema algum de âmbito pessoal, exceto o fato dele ser um exemplo acabado da idiotice reinante em Banânia e que nos leva a – entre outras batatadas – não ter um acordo de livre comércio e investimento com os EUA em 2013.

“Crescem tanto e protegem tanto também. Não seria, no mínimo, algo para desconfiar de suas proposições liberalizantes?”

Não, este seria o caso se eu fosse um cabra ignorante, daquele tipo que não sabe que (a) a Índia só começou a crescer mais rápido depois que liberalizou o seu comércio, em particular a importação de produtos intermediários e bens de capitais; (b) o crescimento da Índia deu uma brecada recentemente devido à relutância das elites políticas que mandam naquele inferno a céu aberto de continuar o processo de reformas; (c) a China somente acelerou o crescimento quando se abriu; (d) graças ao livre comércio e proximidade com os EUA, o México é um país mais rico que o Brasil, apesar de ser um pardieiro institucional ainda pior que a Banânia.

“Acho muito mais um problema de câmbio fixo junto à inflação maior nos periféricos. Dizer que eles viraram vagabundos porque tinham crédito mais facil, deteriorando as instituições é meio sei lá.... “

O problema de ter o câmbio fixo é importante também. Caso tenha deixado transparecer diferentemente, digo agora: não acho que este artigo seja a verdade absoluta. É um artigo interessante e traz alguns insights que merecem ser examinados.

“Porra, espanhois sempre fizeram a ciesta.. como que aquela merda iria dar certo?”

Primeiro, é ‘siesta’; segundo, deu certo por três décadas antes da entrada do euro.

"O",

Você é evangélico! Aprendeu uma coisa e vive pregando a mesma sem o menor senso crítico.

A Índia, a China e o Máxico são tão liberais, mas tão liberais, que figuram na vizinhança do Brasil no teu ranking.

Você pode até achar que eles cresceram por causa de reformas, mas utilizar este seu gráfico não é nada corroborador da sua hipótese.

Quis atacar o Brasil com essa "evidência" e acabou se dando mal...

Os posts do Alexandre são infinatamente superiores ao do "O"...

Esse "O" é o Reinaldo Gonçalves ortodoxo... uma mula pouco pensante e muito apaixonada...

Resultado: análises distorcidas!

"O",

Não conheço o assunto mais do que lia na grande imprensa da época (pré-2004, acho). E já nem lembro direito o que era... Por isso pergunto: o que ganharíamos com os acordos da ALCA? Os americanos não estavam empatando o que nos interessava, que vinha a ser, basicamente, exportar commodities (até camarão tínhamos condição de exportar, mas parece que os pescadores do Golfo do México bloqueavam um acordo)?

Aproveito para perguntar também: o México não era mais rico que a gente em 1990 ou mesmo 1980, ou seja, antes das liberalizações ocorridas nos dois países?

O e Alex, sem dogma o que acha de manter o cambio fixo,icentivar a inflação trazendo a taxa de juro a 0,sobre taxar importações para aumentar o preço de produtos,desta maneira trazendo a inflação para 30% ao ano,partindo desse ponto o governo vai pegando emprestimos do exterior na casa de 200 bilhões de dolares ao ano ,que ira se pagar automaticamente com taxa de inflação de 30% e cambio fixo,esses 200 bilhões injetados diretos na economia em forma de obras publicas ira girar na economia na forma de empregos,que por si mesmo realizar consumo.

Refute essa formula crescimento economico,sendo que eu sei as implicância do cambio fixo e da inflação.

“Você é evangélico! Aprendeu uma coisa e vive pregando a mesma sem o menor senso crítico.”

Não entendi por que raios eu não teria senso crítico. Podes explicar?


“A Índia, a China e o Máxico são tão liberais, mas tão liberais, que figuram na vizinhança do Brasil no teu ranking.”

Sim, e daí? Qual deles figura abaixo do Brasil? Faze também o favor de me explicar por que essa informação seria relevante.


“Você pode até achar que eles cresceram por causa de reformas, mas utilizar este seu gráfico não é nada corroborador da sua hipótese.”

Por quê? Ainda que estivesses correto (não estás!), por que raios o gráfico deveria corroborar alguma hipótese?


“Quis atacar o Brasil com essa "evidência" e acabou se dando mal...”

Atacar o Brasil? És fulo or parvo?

"O e Alex, sem dogma o que acha de manter o cambio fixo,icentivar a inflação trazendo a taxa de juro a 0,sobre taxar importações para aumentar o preço de produtos,desta maneira trazendo a inflação para 30% ao ano,partindo desse ponto o governo vai pegando emprestimos do exterior na casa de 200 bilhões de dolares ao ano ,que ira se pagar automaticamente com taxa de inflação de 30% e cambio fixo,esses 200 bilhões injetados diretos na economia em forma de obras publicas ira girar na economia na forma de empregos,que por si mesmo realizar consumo."

Amigo: procure uma dominatrix (ou o equivalente masculino - alguém sabe como se chama? - se seu jogo for outro); eu tenho mais o que fazer...

“Não conheço o assunto mais do que lia na grande imprensa da época (pré-2004, acho). E já nem lembro direito o que era... Por isso pergunto: o que ganharíamos com os acordos da ALCA? Os americanos não estavam empatando o que nos interessava, que vinha a ser, basicamente, exportar commodities (até camarão tínhamos condição de exportar, mas parece que os pescadores do Golfo do México bloqueavam um acordo)?”

Talvez o primeiro benefício seria mostrar para o resto do mundo que não somos mais governados por imbecis que não conseguem entender conceitos básicos de economia. O segundo seria os tratados de investimento que não permitiriam que os investidores estrangeiros fossem expropriados no Brasil, o que certamente teria o efeito de aumentar o estoque de capital no Brasil. O terceiro seria a maior abertura financeira – abertura financeira esta que permite que países como o Chile e o México sofram menos com volatilidade cambial que o Brasil. O quarto seria a possibilidade de aumentar as escalas de produção na industria brasileira devido à necessidade de competir com a manufatura americana – por exemplo, se veiculos americanos entrassem com tarifa zero no Brasil...


“Aproveito para perguntar também: o México não era mais rico que a gente em 1990 ou mesmo 1980, ou seja, antes das liberalizações ocorridas nos dois países?”

Sim, já era – exatamente porque o México sempre foi mais integrado com os EUA do que o Brasil. Uma das maiores tolices que a esquerda boçal da América Latina fala sobre o México é a afirmação que o México pena por estar perto demais dos EUA. Au contraire, é a proximidade com os EUA que permitem ao México ter uma renda per capita historicamente 20-40% maior que a renda per capita brasileira.

"O" disse: "O quarto [benefício] seria a possibilidade de aumentar as escalas de produção na industria brasileira devido à necessidade de competir com a manufatura americana – por exemplo, se veiculos americanos entrassem com tarifa zero no Brasil..."

Ah! querido "O", todos nós gostaríamos de realizar essa utopia. Mas, sério, V.Ex. acha mesmo que a GM daqui vai investir bilhões para concorrer com a GM de lá? E, da mesma forma, as outras multis? Ponha alíquota "zero", garotão, que até tamanco vai vir de fora! Eu sei você vai citar a China... Eu sei, você é "LIBERAL", mas ser assim ou assado implica necessariamente em ser responsável; neste caso, por exemplo, o risco é a libertinagem, como no outro - o dos teus desafetos - é o anacronismo. Mas, tudo bem: você é um sabe-tudo, e para estes, até boi dá leite...

" Ah! querido "O", todos nós gostaríamos de realizar essa utopia. Mas, sério, V.Ex. acha mesmo que a GM daqui vai investir bilhões para concorrer com a GM de lá? E, da mesma forma, as outras multis? Ponha alíquota "zero", garotão, que até tamanco vai vir de fora! Eu sei você vai citar a China... Eu sei, você é "LIBERAL", mas ser assim ou assado implica necessariamente em ser responsável; neste caso, por exemplo, o risco é a libertinagem, como no outro - o dos teus desafetos - é o anacronismo. Mas, tudo bem: você é um sabe-tudo, e para estes, até boi dá leite... "

As vantagens comparativas do Ricardo discordam de você. Ser mais ineficiente em tudo, caso sejamos, não significa que importariamos tudo.

O exemplo do México ilustra o que poderia ter acontecido com a industria autobilistica brasileira se tivéssemos aberto a economia.

Eles passaram na nossa frente e exportam veículos a torto e direito no mercado americano, enquanto nós só conseguimos exportar para nossos vizinhos e, recentemente, para o mercado gigantesco da África do Sul.

24 anos depois que o collor disse que os automoveis nacionais eram carrocas, eles continuam carrocas, so' que bem mais caros.

Todo liberal é um estupido liberalismo é uma farsa para retirar o carater nacionalista das nacoes em desenvolvimento,como ja dizia o prodessor Bresser o nacionalismo é o caminho para o desenvolvimento e a industria nacional deve ser protegida a qualquer custo e digo mais os bancos devem ser nacionalizados e devem vizar o bem estar do pais e não o lucro o juros,o juros se trata de uma ma locação de recursos.O governo deve centralizar a economia e criar diversas estatais visando o desenvolvimento do pais,essa hisotira de privatizacoes de estradas,portos,ferrovias se trata de uma usurpação indevida do recursos dos Brasileiros vide o lucro absurdo das concesionarias,que tiram dinhero da populacao do setor produtivo para dar ao acionista,que Todo liberal é um estupido liberalismo é uma farsa para retirar o carater nacionalista das nacoes em desenvolvimento,como ja dizia o prodessor Bresser o nacionalismo é o caminho para o desenvolvimento e a industria nacional deve ser protegida a qualquer custo e digo mais os bancos devem ser nacionalizados e devem vizar o bem estar do pais e não o lucro o juros,o juros se trata de uma ma locação de recursos.O governo deve centralizar a economia e criar diversas estatais visando o desenvolvimento do pais,essa hisotira de privatizacoes de estradas,portos,ferrovias se trata de uma usurpação indevida do recursos dos Brasileiros vide o lucro absurdo das concesionarias,que tiram dinhero da populacao do setor produtivo para dar,ao acionista ao rentista,assim enfraquecendo o setor produtivo,todo lucro obtido em cima do pais é um fator de subdesenvolviemnto,assim como dever ser implementado controle de precos e taxa basica de juros zero,sendo isso de extremo valor para desenvolvimento da nação.

"Todo liberal é um estupido liberalismo é uma farsa para retirar o carater nacionalista das nacoes em desenvolvimento,como ja dizia o prodessor Bresser o nacionalismo..."
Inclusive isto deu super certo em todos os paises desenvolvidos. Nao sei como o "prodessor" Bresser ainda nao ganhou o nobel.

Obrigado pela resposta "O". Também acho que deveríamos ter nos aberto mais. Mas o México não era tão fechado quanto nós em 1980? As mesmas empresas que aqui eram estatais (gás, bancos, petróleo, cias. aéreas, água etc.) não o eram lá? Não será que a maior renda per capita não se deve a que eles produziam petróleo antes de nós (desde os anos 40) e fizeram uma reforma agrária séria nos anos 30 e 40? Também não teve um grande efeito a migração de 1990 para cá, não só diminuindo uma série de gastos mas também pelo efeito da renda enviada pelos emigrantes que foram para os EUA?

qual a moral de ter ALCA com nossa pífia educação e sistema judiciario? A tatica starve the beast não funciona aqui, ninguem ficaria "mais ligado" e faria uma manufatura melhor, simplesmente ela acabaria e ponto

Por que uma maior liberalização financeira diminui a volatilidade cambial?

O que alguns se referem quando falam de "capitais golondrina" ou ciranda financeira?

Eu sou ignorante mesmo, não ha ironia nas minhas perguntas

Anonimo/Alex

nao acham que mesmo com reformas o fluxo de recursos dos principais paises para a periferia em busca de retorno nao teria tido o mesmo impacto? Como o proprio Krugman e outros relataram Espanha por exemplo mantinha balanço fiscal ateh melhor que alemanha antes da crise. O Proprio Alex ja falou que teria que haver inflacao na alemanha e deflacao na periferia para ajustar. Entao reforma ou nao provavelmente teriamos o mesmo resultado

Eu

ALCA = lixo

Vê o que o Brad DeLong achou da NAFTA.. é um scam gente..

http://www.youtube.com/watch?v=TpJGCRb3Jf0

O Brad DeLong diz explicitamente que o advice neoliberal para o Mexico liberalizar o comercio com a NAFTA para entrar num "export merry-go-round" foi errado porcausa da emergencia da China.

Ou seja, pedir ALCA para o Brasil é tão idiota quanto heterodoxos pedindo politicas industriais... O que pra nós (um país baseado em consumo interno) realmente fará a diferença é a melhoria das instituições, por mais generalista que pareça

Retorno do Hegeliano de Niteroi?

“Enquanto os Europeus adotam medidas de austeridade fiscal,os EUA fazem o caminho inverso. O governo cada vez mais interfere na vida do cidadão comum, por meio de déficits gigantescos,socialização da saúde por meio do "obama-care".”

Eu nunca gostei de feijão preto, mas aprecio bastante uma boa bisteca de porco, temperada com sal e limão.

“nao acham que mesmo com reformas o fluxo de recursos dos principais paises para a periferia em busca de retorno nao teria tido o mesmo impacto?”

Leia o artigo. Existem alguns furos, por exemplo, não há menção do efeito assimétrico da ascensão da China e do choque de commodities. Mas no todo, é razoavelmente convincente. Por exemplo, no caso da Espanha – e os autores são espanhóis e devem saber do que falam – a bolha de crédito teria causado uma deterioração das instituições. Em Portugal, permitiu o arrefecimento do ímpeto reformista etc.

“Obrigado pela resposta "O". Também acho que deveríamos ter nos aberto mais. Mas o México não era tão fechado quanto nós em 1980? As mesmas empresas que aqui eram estatais (gás, bancos, petróleo, cias. aéreas, água etc.) não o eram lá?”

Boa pergunta. Eu não tenho acesso aos dados neste momento, mas tenho quase certeza que o México era mais aberto que o Brasil em 1980, seja em termos de nível de tarifas ou volume de comércio. Mais que isso, os mexicanos também já eram mais cosmopolitas que nós brasileiros, tendo uma proporção maior de suas elites estudado no exterior, dominado uma segunda língua.

“Por que uma maior liberalização financeira diminui a volatilidade cambial? O que alguns se referem quando falam de "capitais golondrina" ou ciranda financeira? Eu sou ignorante mesmo, não ha ironia nas minhas perguntas”

A volatilidade cambial acontece porque existe um grande diferencial de retornos entre o Brasil e o resto do mundo. Quanto mais liberalizarmos os fluxos de capitais, mais vamos nos tornar um ‘país normal’ e menores serão os diferenciais de retornos. Em particular, é importante que eu/você possamos comprar ativos no exterior facilmente, assim quando achássemos que o real está forte demais, com um click do mouse moveríamos nossos investimentos para fora (como um chileno pode fazer).

"...Ponha alíquota "zero", garotão, que até tamanco vai vir de fora!..."

Além do velho problema de não entender vantagens comparativas (mas o conceito é novo, só 200 anos) tem outra coisa que me intriga muito nestes comentários.
A abertura seria terrível porque não produziríamos mais nada e importaríamos tudo!!! Coitado dos garçons!!!! Isto me parece o paraíso. O resto do mundo nos mandaria tudo que queremos (menos serviços de garçon - não são tradeables) e nós não precisaríamos pagar!!! É uma teoria de trocas onde um lado não troca nada, só recebe!!!! Viveríamos como nababos no Bar (e isto realmente configuraria uma exploração sobre os garçons, não é mesmo?).
Saudações
PS: Estou pensando aqui e acho que me enganei. Será que alguns destes estrangeiros que querem produzir para a gente de graça não poderiam vir aqui trabalhar (como voluntários) como garçons? Nossos garçons merecem uma folga, não?

"Vê o que o Brad DeLong achou da NAFTA.. é um scam gente.. "

Ele estah errado.

"...Todo liberal é um estupido liberalismo é uma farsa para retirar o carater nacionalista das nacoes em desenvolvimento,como ja dizia o prodessor Bresser o nacionalismo é o caminho para o desenvolvimento e a industria nacional deve ser protegida a qualquer custo e digo mais os bancos devem ser nacionalizados e devem vizar o bem estar do pais e não o lucro o juros,o juros se trata de uma ma locação de recursos.O governo deve centralizar a economia e criar diversas estatais visando o desenvolvimento do pais,essa hisotira de privatizacoes de estradas,portos,ferrovias se trata de uma usurpação indevida ..."

Olha aí!!!!
O blog está chique!!!! Até a Dilma está comentando hoje aqui!!!
Saudações
PS: Agora vai, seus reaças!!!! De acordo com os jornais, preocupada com a inflação, Dilma chama Delfim e Belluzo. Nakano também foi chamado. Há, Há, Há, agora vamos ver com quem está a razão, seus reacionários neo-liberais contrários ao pacífico povo norte-coreano e seus bem-intencionados líderes!!!!!

O Senhor nãi vai prestar nenhuma homenagem para Margareth Tatcher no seu blog?

"O Senhor nãi vai prestar nenhuma homenagem para Margareth Tatcher no seu blog?"

Este blog é uma homenagem a Margaret Thatcher (inclusive na grafia do nome).

se veiculos americanos entrassem com tarifa zero no Brasil

Daria um "desinvestimento" geral na nossa indústria automobilística, maquiladora style.
Depois vem a urna, essa ingrata, e corrige.

Quanto a abertura financeira, tanto a India quanto a China são mais fechados que o Brasil, e o México também.
Citando: Apparently China, Indonesia, India, Mexico and Argentina
belong to low level of openness, Austria, Germany, Russia,
Brazil, Saudi Arabia, South Korea, U.S., EU, South Africa,
Turkey and France belong to medium level of openness, and
Italy, Canada and Britain belong to high level of openness.

"No Brasil as reformas econômicas morreram justamente quando a restrição de crédito foi relaxada."

Exato.
Mas isso não é novidade.
O Pastore sempre lança mão de um gráfico que mostra que o conta corrente piora quando aumenta investimento. O diabo que a taxa de consumo aumenta também, dessa vez só o consumo aumentou.
Sempre que o mundo permite a gente se endivida e faz cagada. Mas nem todo país é assim né?

“se veiculos americanos entrassem com tarifa zero no Brasil... (...) Daria um "desinvestimento" geral na nossa indústria automobilística, maquiladora style. Depois vem a urna, essa ingrata, e corrige.”

Primeiro, por que tu achas que a indústria automobilística brasileira teria um ‘desinvestimento geral’? Por acaso tu ignoras o fato que a indústria automobilística mexicana vai bem, obrigado? Ou tu achas que algum problema insolúvel, cultural ou genético, faz que nós brasileiros sejamos incapazes de ter uma indústria automobilística competitiva?

Segundo, se tu estiveres correto e realmente existir algum motivo estrutural para que o Brasil não possa ser competitivo na indústria automobilística, existiria alguma outra explicação além de retardamento mental, defeitos morais ou sado-masoquismo para que nós continuemos a proteger tal indústria?

Terceiro, que raios é essa gosma escorrendo no canto de tua boca, ‘maquiladora style’? Esta expressão tem algum significado além do papel de shibboleth identificando tuas limitações? Qués-qué-sé?

“Quanto a abertura financeira, tanto a India quanto a China são mais fechados que o Brasil, e o México também.”

Well, well... Este é o problema de saber pouco – às vezes saber pouco (exemplo: Dilma, Jorge Browne) é pior do que não saber nada. Afinal, o saber pouco foi suficiente para tu encontrares um artigo sobre comparações sobre abertura financeira, mas não o suficiente para tu discernires que abertura financeira é apenas uma dimensão do que nos referimos como abertura.

"Por acaso tu ignoras o fato que a indústria automobilística mexicana vai bem, obrigado?" As maquiladoras mexicanas vão bem obrigado (o meu carro que o diga), se tu não te importas com o que significa o conceito de maquiladora, fazer o quê... De qualquer forma isso é imaterial, tem a urna amigo, sempre ela.

"continuemos a proteger tal indústria?" não indefinidamente; mas vai convencer a urna e os operadores políticos (começa pelo Aécio) que os chineses, e agora a BMW, se instalariam aqui no mundo aberto que defendes. Boa sorte.

"essa gosma escorrendo no canto de tua boca" comparando com a baba raivosa no canto da tua declararia empate, mas como pareces não entender do assunto acho que levo pequena vantagem.

"abertura financeira é apenas uma dimensão do que nos referimos como abertura" Ah tá, claro, perdão pela ignorância ò magnum sapiens. Pelo teu conceito multidemensional o Brasil está em que posição mesmo?


“As maquiladoras mexicanas vão bem obrigado (o meu carro que o diga), se tu não te importas com o que significa o conceito de maquiladora, fazer o quê... De qualquer forma isso é imaterial, tem a urna amigo, sempre ela.’

Meu caro, eu sei o que significa ‘maquiladora’. É uma palavra que idiotas que não entendem de comércio internacional ou economia industrial repetem para se posicionar como idiotas em um debate. Tal palavra é frequentemente proferida por idiotas brasileiros quando confrontados com o fato que o México é o país mais industrializado da América Latina PORQUE é aquele que tem as menores barreiras ao comércio na região. Tal palavra é desprovida de significado, é proferida apenas como reflexo.

“"continuemos a proteger tal indústria?" não indefinidamente; mas vai convencer a urna e os operadores políticos (começa pelo Aécio) que os chineses, e agora a BMW, se instalariam aqui no mundo aberto que defendes. Boa sorte.”

Não vejo porque o Brasil não pode se liberalizar. Você realmente acha que somos fadados à mediocridade? Eu imagino que à medida em que lentamente nos educamos melhor, podemos nos livrar da superstição.

“Ah tá, claro, perdão pela ignorância ò magnum sapiens. Pelo teu conceito multidemensional o Brasil está em que posição mesmo?”

Que pergunta? Não é óbvio que o Brasil é um dos países de renda média mais fechados do mundo? Eu pensava que isso fosse auto-evidente para qualquer pessoa que teve o mínimo de contato com o mundo exterior (exemplo: viagem para Orlando já funcionaria se a idiotice for remediável).

"viagem para Orlando já funcionaria se a idiotice for remediável"

No caso do Jorge, para o paraguai funcionaria.

Caro Jorge, só não entendo seu papo de chancela pelas urnas. Sim, o Brasil será governado pelo atual grupo pelos próximos 50 anos, mas e daí? Se Petrobrás ajudar um pobre bilionário, será positivo pois as urnas assim apontarão? Fica meio infantil, querendo esfregar os 85% de aprovação da Dilma, essa gestora tosca.
Protecionismo, rentismo e burocracia corrupta são pontos em comum desde sei lá quando no Brasil, e agora são bons porque as urnas dizem isso?
Dantas

"O", idiotas das mais variadas nacionalidades mas provavelmente o sentimento é recíproco. Xingar não adianta cara.

"Não vejo porque o Brasil não pode se liberalizar." Também não, a questão é como chegar lá, e com que câmbio...

"Não é óbvio que o Brasil é um dos países de renda média mais fechados do mundo?" Exportações e importações é fato. Mas tu afirmastes que o México tem maior abertura finaceira. Tem mesmo é?

Paraguai, lindo país.

Dantas, não é esfregar nada não. Mas alguns parecem esquecer que no meio do caminho tem uma democracia. Ou a Política na melhor acepção da palavra, aquela que trata do impacto na sociedade das medidas econômicas. Quando se fala em livre comércio com os EUA, isso gera um baita desemprego industrial no curto prazo. "Deixa o câmbio valorizar", idem.

O Delfim (o horror... o horror...) tem tocado nesse ponto ultimamente com muita propriedade.

Olha esse Jorge Browne, meu deus.. tinha haxixe nesse Browne

"Mas tu afirmastes que o México tem maior abertura finaceira. Tem mesmo é?"

Hoje em dia, sim. Eles nao tem o IOF/Mantega e tem tambem maior participacao estrangeira no setor de bancos.

"Mas tu afirmastes que o México tem maior abertura finaceira. Tem mesmo é?"

Resolvi catar os dados...

Um dos índices mais comumente usados - ainda que imperfeito - para medir abertura na conta de capitais é o índice kaopen de Menzie Chinn e Hiro Ito (pode procurar nesse endereço: http://web.pdx.edu/~ito/Chinn-Ito_website.htm).

Aqui vão os valores para o México, Brasil, Venezuela e Estados Unidos em 2010:

year kaopen country_name 2010 2.46 United States USA
2010 0.16 Brazil BRA
2010 1.13 Mexico MEX
2010 -1.86 Venezuela, RB VEN

Como de se esperar, Venezuela tem o índice mais baixo (note que é negativo), e em order de mais fechado para mais aberto, temos em seguida Brasil, México e EUA.

Interessantemente, o México já era mais aberto que o Brasil segundo esse índice em 1980

year kaopen country_name 1980 2.46 United States USA
1980 -1.86 Brazil BRA
1980 2.46 Mexico MEX
1980 1.76 Venezuela, RB VEN

Comparando Brasil e México desde 1970, o México era bem mais aberto que o Brasil em 1970, mas sofreu uma inflexão durante os anos 80 quando se tornou bem fechado assim como o Brasil, mas se reabriu e desde 1987 tem um índice mais alto que o Brasil.

Já nossa abertura foi recente, começou em 1998 e chegou a um pico em 2006-09 e se reverteu um pouco em 2010.

year kaopen country_name

2010 2.46 United States USA
2010 0.16 Brazil BRA
2010 1.13 Mexico MEX
2010 -1.86 Venezuela, RB VEN

year kaopen country_name ccode

1980 2.46 United States USA
1980 -1.86 Brazil BRA
1980 2.46 Mexico MEX
1980 1.76 Venezuela, RB VEN

De fato, de acordo com esse índice somos os mais abertos dos BRICs, mas mais fechados que o Mexico mesmo, e também que o Paraguai...

A melhor coisa que poderia acontecer com o Brasil em séculos seria deixar o Mercosul (essa âncora) e fundar a ALCA.
Melhor que isso, somente se conseguíssemos virar uma colônia americana sem direito a voto (se não, era capaz de estragarmos os EUA).

"O" Anonimo (09/04/2013 às 11:15, 09/04/2013 às 23:37 e 10/04/2013 às 10:36),
Essa sua discussão com o Jorge Browne aqui neste post “Political Credit Cycles” de segunda-feira, 08/04/2013 foi bastante instrutiva. Não creio, entretanto, que você foi feliz na escolha do artigo que corroboraria a sua defesa da abertura econômica para conduzir o Brasil para a via do desenvolvimento. Aliás, você de certo modo reconheceu isso no comentário que você enviou segunda-feira, 08/04/2013 às 15:47 ao afirmar:
“Caso tenha deixado transparecer diferentemente, digo agora: não acho que este artigo seja a verdade absoluta”.
Não conheço a verdade para refutar que ela possa ser relativizada, mas a sua frase vale não só pelo que diz, mas por mostrar um instante de relativa humildade da nossa “elite do pensamento”.
E você não foi feliz também no quadro mostrando o Brasil como o mais protecionista do G20 e que você agregou ao post “Political Credit Cycles” para indicar uma má colocação do Brasil em relação à abertura da economia. Não sei se o meu caso é de alguém que sabe pouco ou sabe nada, mas parodiando alguma referência dita aqui ou ali não resisto e digo que na escolha da idéia onde se apoiar você parece montado em cavalo paraguaio.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 10/04/2013

Clever,

Eu já lhe disse antes: masturbação ou tricô são melhores usos do seu tempo livre do que frequentar este blog.

“O”

"...“Caso tenha deixado transparecer diferentemente, digo agora: não acho que este artigo seja a verdade absoluta”.
Não conheço a verdade para refutar que ela possa ser relativizada, mas a sua frase vale não só pelo que diz, mas por mostrar um instante de relativa humildade da nossa “elite do pensamento”..."

Não sei seo Clever existe mesmo, mas este é um comentário para os leigos (e estudantes) que visitam este blog.
Qualquer economista sério (bem formado) sabe que os modelos não são verdades absolutas, que são simplificações da realidade e só servem para resolver problemas concretos (e que serão substituidos inevitavelmente por outros modelos no futuro). Infelizmente, uma parte da profissão (não tão bem treinada assim) vê algum modelo como uma verdade religiosa imutável. Assim sendo, estes economistas passam a ser sacerdotes de uma religião ruim. E é fácil bater neste povo devido a isto (inclusive com certa dose de má-educação e rispidez).
Saudações

Anônimo (11/04/2013 às 09:17),
Primeiro destaco que, por não trazer a frase de “O” Anônimo em itálico, a sua transcrição deixou transparecer que todo o trecho transcrito seria meu. Se foi por desconhecimento e não por comodismo, e havendo outra oportunidade, o macete para por um trecho qualquer em itálico é colocar antes do trecho que se deseja italicizar a letra i, compreendida sem espaço pelos símbolos menor que (<) e maior quer (>) e após a frase uma espécie de não i, ou seja, /i também colocado entre os símbolos menor que e maior que. Se a preferência for pelo negrito é só trocar a letra i pela letra b.
Agora, em relação sua observação, além da lição para os leigos como a mim (e estudantes) pareceu-me que você me adverte para minha falha em não perceber que “O” Anomimo na frase “Caso tenha deixado transparecer diferentemente, digo agora: não acho que este artigo seja a verdade absoluta” não cometeu um sinal de relativa humildade, mas apenas teria expressado um truísmo.
Gentileza sua a graciosa e pertinente advertência.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 11/04/2013

"O" Anônimo,
Este seu post “Political Credit Cycles” trouxe-me lembranças recentes e antigas. Em um domingo de fevereiro, 17/02/2013, eu digitambulava pelo blog de Luis Nassif quando vi chamada para o post “O preço do Estádio do Corinthians” saído às 13:35 daquela data e originado de reprodução pelo comentarista Assis Ribeiro de matéria do Brasil de Fato intitulada “Estádio do Corinthians é o mais caro dos últimos quatro mundiais”. Pelo título da matéria, eu imaginei que o autor era mais leigo do que eu em custo de construção e ainda mais leigo em economia. Para mim, era inconcebível que o autor da matéria não percebesse que tudo era questão de câmbio. Bastava uma boa desvalorização do real para que os nossos custos elevados tivessem uma queda e tanto.
Ainda no domingo, 17/02/2013, no blog do Luis Nassif, deparei-me com outro post com o mesmo viés de falha de análise. Intitulado “Brasil é 2º país que mais gasta com parlamentar” datado de domingo, 17/02/2013 e postado antes, às 12:44. Oriundo de comentário de Marco Antonio L. que transcreveu a matéria do site Terra intitulada “Estudo: parlamentar do Brasil é o 2º mais caro do mundo”, o assunto abordado era de novo o custo, mas agora era o custo de deputados. Pensei comigo que tratava de alguém mais leigo do que eu não só em política como também em economia. É preciso mais que ser leigo para não perceber que o custo elevado no Brasil dos nossos parlamentares decorre da valorização do real.
Mais recentemente, eu escutava, na CBN, o Jô Soares, quando me aparece o economista Edmar Bacha afirmando que a economia brasileira era fechada como se evidenciava pela baixa participação do comércio exterior no PIB nacional. É o câmbio, eu queria dizer para o Edmar Bacha, imaginando que ele fosse mais leigo do que eu em economia.
Como Edmar Bacha não é leigo, eu divaguei sobre a razão para os economistas terem tanta ojeriza à desvalorização cambial. Os motivos são vários dentre eles cabe mencionar o fato do curso de economia requerer muitos anos de diligente estudo e isso leva os economistas a ver com desdém medida que pode ser considerada como infantil tal ela é simplória. E segundo porque grande parte dos economistas de destaque são professores e como a desvalorização eleva os preços, eles se sentem como que desapropriados nos seus conhecimentos pela perda salarial que o aumento dos preços lhes causa e pela pouca simpatia que têm em se juntar a plebe ignara e rude para realizar reivindicações salariais.
E lembro de post antigo no blog de Luis Nassif intitulado “Importação e desenvolvimento tecnológico” de segunda-feira, 23/11/2009 às 08:15, Coluna Econômica dele daquele dia e publicado no Último Segundo da iG. Luis Nassif, no post, tentava convencer que Michael E. Porter, autor do livro “A Vantagem Competitiva das Nações” (No Brasil na tradução de Waldemar Dutra, o livro estava na 5ª Edição, em 1989), defendia a desvalorização cambial. Como na época houve série de posts de Luis Nassif que me levaram a o acusar de exagerado depois do quarto ou quinto comentário em que eu batia na mesma tecla, Luis Nassif resolveu cortar meus comentários. Só que eu tinha mesmo que o chamar de exagerado uma vez ser exagero dizer que alguém, se não bastasse ser americano, tendo formação em Engenharia Mecânica e Aeroespacial com MBA e doutoramento em Economia, fosse atribuir somente a mera desvalorização da moeda a razão para o crescimento econômico. Em comentário que creio foi censurado, eu disse para Luis Nassif que alguém como Michael E. Porter não se sujeitaria “a escrever um livro de cerca de 900 páginas para propor uma solução que um aluno do jardim da infância reproduzindo alguma propaganda eleitoral poderia propor dizendo “É o câmbio, idiota””. Enfim, parece-me fadado ao fracasso o argumento de se atribuir a índices dificilmente bem elaborados sobre o grau de abertura de um país, o condão de explicar o estágio de desenvolvimento econômico em que o país se encontra.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 10/04/2013