A comunicação das autoridades monetárias no mundo, bem como no Brasil, desenvolveu seus próprios códigos. Há expressões relativamente consagradas nos escritos dos bancos centrais que informam como os responsáveis pela gestão da política monetária veem determinados fenômenos, ou qual é sua postura face aos problemas que possam enfrentar. Dominar este código, ainda que não seja exatamente uma arte esotérica, é tarefa delicada, a que os analistas se dedicam no afã de antecipar os próximos passos das autoridades.
Entretanto, às vezes tão importante quanto o que possa estar escrito é o que deixou de ser dito. Parece paradoxal – afinal de contas, como poderíamos saber o que está ausente? – mas a comparação e a evolução da comunicação pode dar pistas importantes acerca da atitude dos bancos centrais. Obviamente, entro nesta discussão motivado por um exemplo bastante concreto e recente: em sua última Ata, o Copom retirou a menção que fazia à convergência tempestiva da inflação para a meta, “tempestiva” no caso tomada como equivalente a trazer a inflação de volta à meta no ano que vem.
Não bastasse isso, em que pesem as afirmações do Copom acerca do “cenário prospectivo para a inflação mostrar sinais mais favoráveis”, o próprio comitê admite que, em todos os cenários mencionados na Ata, a inflação prevista para 2012 se encontra acima da meta, tendo as projeções se elevado ou, na melhor hipótese, se mantido estáveis desde a última reunião. De fato, as previsões do Banco Central apontam agora convergência para a meta de inflação apenas na primeira metade de 2013, ecoando em certa medida as projeções feitas ao final do ano passado, que então previam reversão à meta em meados de 2012.
Vale notar que, ao final de 2010 o BC não havia explicitado que buscaria a convergência apenas em 2012 (o que só foi reconhecido no começo deste ano), embora suas projeções já sugerissem que esta seria a estratégia adotada. Em face deste histórico, pois, há, para dizer o mínimo, forte suspeita que o horizonte para o retorno da inflação à trajetória de metas teria sido mais uma vez empurrado adiante, uma característica marcante do atual ciclo que, é bom lembrar, começou há mais de ano, em abril de 2010. Se isto for verdade, como desconfio, serão pelo menos 3 anos com a inflação acima da meta, um desempenho que não engrandece nenhum BC no quadrante alfa da galáxia.
Isto dito, o raro leitor pode se perguntar qual o custo real deste processo. Não se trata, é claro, de descontrole inflacionário, pelo menos não como o que tornou o Brasil tristemente célebre em décadas passadas, mas “apenas” certa dificuldade de atingir a meta. Qual seria, então, o problema?
À parte o descumprimento da tarefa institucional do BC, conforme definida pelo Decreto 3.088/99, o problema se materializa na dinâmica de formação de expectativas, com efeitos precisamente sobre a capacidade do BC manter a inflação próxima à meta.
Há, em primeiro lugar, desconfiança crescente quanto ao real compromisso com a meta. Mais de uma vez integrantes do governo (não do BC, diga-se) se manifestaram favoravelmente no que se refere às perspectivas de uma taxa de inflação acima da meta, desde que contida no (enorme) intervalo de 2 pontos percentuais. Em outras palavras, se a inflação ficar abaixo de 6,5%, não parece haver descontentamento. À luz disso, suspeita-se qual seria a verdadeira meta de inflação.
De fato, se o governo se dá por satisfeito com a inflação igual ou superior à meta, ninguém em sã consciência pode esperar que, em média, a inflação seja próxima a meta e, assim, as expectativas tendem a se cristalizar em patamares superiores. Concretamente, tanto trabalhadores como empresários, no momento de decidirem salários e preços, não levarão em consideração a meta, mas tenderão a reajustá-los de forma mais agressiva, alimentando o processo inflacionário e, portanto, dificultando a tarefa do BC.
Adicionalmente, mesmo que as pessoas de alguma forma se convençam do inquebrantável compromisso com a meta, o retorno lento da inflação, expresso no persistente afastamento do horizonte de convergência, também implica mudanças na formação de expectativas.
Com efeito, num cenário como esse, também não faz sentido que os agentes econômicos adotem a meta de inflação como expectativa. Se desconfiam que a inflação só retornará muito lentamente à meta, provavelmente esperarão um valor entre a inflação observada no período imediatamente anterior e a meta. Em outras palavras, a inflação passada contamina as expectativas.
Para observadores pouco atentos a este desenvolvimento, trata-se de indexação, que deveria ser proibida por lei (será que mandarão caçar os indexadores no mercado como os bois no pasto na época do Plano Cruzado?). Para quem busca entender o comportamento dos agentes, trata-se, porém, de reação absolutamente racional face à extensão contínua do horizonte de convergência.
Se o objetivo das autoridades é eliminar a persistência inflacionária, é bom que saibam que só o farão quando finalmente encontrarem seu horizonte perdido.
Aqui a inflação converge para a meta |
(Publicado 4/Ago/2011)
63 comentários:
Alex os preços estão subindo muito além da meta, não fosse a importação e os preços explodiriam, veja o que está acontecendo com os serviços.Acabar com indexadores? Quem voltou a indexar o salário mínimo?
Pra que serve o Banco Central do Brasil (será?): http://www.youtube.com/watch?v=LC2wnNRKOgQ
Está provado: Esse BC é muito ruim.
Tombini:
SÃO PAULO - A inflação acumulada em 12 meses vai recuar cerca de 2 pontos percentuais até abril ou maio do ano que vem, caminhando para um cenário mais condizente com o objetivo de levar o IPCA para a meta central de 4,5% em 2012, apontou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
“Em agosto, a inflação acumulada em 12 meses ainda vai subir, mas no último trimestre [deste ano] cai com firmeza. Chegaremos em abril ou maio do ano que vem com inflação 2 pontos menor e daí para frente vamos em direção aos 4,5%”, disse Tombini no programa "Bom Dia Ministro".
“O BC está sempre vigilante e, se for preciso, tomará decisões para que a inflação convirja para a meta.”
Valeu Tombini, a gente acredita em você!
Alex, a crise de 2008 quando atingiu o Brasil produziu uma desinflação de 2pontos percentuais, trazendo a inflação de 6,5% para 4,5%. De lá para cá as importações aumentaram em proporção do PIB, o gasto público também, estamos com o salário mínimo indexado e lotados de compromissos de gastos governamentais pelos próximos anos. Sendo assim eu pergunto a você: se a crise se ampliar, rolar um credit crunch, fly to quality, crash nas commodities, poderíamos esperar novamente uma desinflação?
Fernando A.
Alex, estão rodando com a inflação no teto, isto sem choques de oferta, o que por sinal deveria ser absorvido pelo intervalo de tolerância...agora imagine que mesmo com este câmbio derretido estamos em 6,5% ao ano, se por exemplo vem uma diarréia mundial e o câmbio dispara, como acomodar?
Muito fraquinho este Tombini.
Abs.
M.
"Para observadores pouco atentos a este desenvolvimento, trata-se de indexação, que deveria ser proibida por lei (será que mandarão caçar os indexadores no mercado como os bois no pasto na época do Plano Cruzado?). Para quem busca entender o comportamento dos agentes, trata-se, porém, de reação absolutamente racional face à extensão contínua do horizonte de convergência."
mas e quando o próprio governo atrela o reajuste do salário mínimo a variação do INPC, é indexação ou reação de um agente em face da extensão contínua do horizonte de convergência?
"uando o próprio governo atrela o reajuste do salário mínimo a variação do INPC, é indexação ou reação de um agente em face da extensão contínua do horizonte de convergência?"
Aí é burrice mesmo...
"..se por exemplo vem uma diarréia mundial e o câmbio dispara, como acomodar?"
Isso que é raciocínio ceteris paribus!
"Isso que é raciocínio ceteris paribus!"
Difícil entender seu raciocínio, escreva mais...
M.
Na Turquia a inflação disparou, eles acham perfeitamente normal.
Acho algumas coisas engraçadas, o pessoal do mercado financeiro ainda não se tocou de algumas coisas: fly to quality? Que quality cara palida? Esse é o novo paradigma, com os EUA em séria dificuldade, economica e política, e a Europa toda encalacrada,Japão ídem, o que sobra? Tá o pessoal foge para a "segurança" dos títulos do tesouro americano e daí? Bom enquanto tiver papel e tinta verde....
- A meta explícita de inflação: 4,5%
- A meta implícita, agradando o min. da fazenda: 5,5% (entre o teto e a meta)
O 4,5% é o floor para a inflação, disso não passa...
The Anchor
Aliás,
Quando você precisa vir a público para afirmar que está comprometido com a meta do ANO SEGUINTE, é porque alguma coisa não tá certa..
A começar pela comunicação (que falta faz o Mário M.)
TA
Burrini, Coutini e Tombini sao a versao economica-tupinamba' dos Tres Patetas.
Agora o Brasil passara' a sentir as consequencias do governo energumeno-apedeuta do passado, herdado por alguem de igual categoria.
Esperem ate' o final do ano...
Um abracao
Vamos acabar com todos os papeis linkados à Selic! Se quiserem, só título sintético agora!
Em breve, numa escola heterodoxa perto de vocês... o novo sistema de combate à inflação...
As Metas Assintóticas de Inflação.
Os ajustes serão feitos para que a expectativa de inflação quando t tende a infinito entre na meta.
"As Metas Assintóticas de Inflação."
Muito boa!
Inflação (IG Economia)
"Tombini disse que a inflação em 12 meses vai cair dois pontos porcentuais entre agosto deste ano e abril do ano que vem. Segundo ele, as medidas adotadas pela autoridade monetária para combater a inflação já estão funcionando e seus efeitos serão sentidos com mais força no último trimestre de 2011.
Ele reafirmou que a autoridade monetária vai perseguir o centro da meta de inflação em 2012, de 4,5% - compromisso reiterado outros duas vezes na sequência."
COMENTO: parece que o Tombini mudou o discurso.
Galego,
eu não ficarei surpreso se este tema estiver sendo discutido neste exato momento do congresso da AKB, na Praia Vermelha.
Viram a formação do novo Komintern? É uma ótima denominação pro 4º Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira.
http://www.valoronline.com.br/impresso/especial/101/467629/bresser-pereira-recomenda-depreciacao-a-frio-do-cambio
Ilustríssima presença do renomado economista Jan Kregel, da Estônia (pasmem...). Nada como começar uma bela sexta-feira gelada com uma piada..
Att,
Joao Bosco
Daria um ótimo (e bastante irônico) título para um artigo: "As Metas Assintóticas de Inflação."
Genial!
Eu devo ser um pouco bobo porque eu nao entendo porque quase ninguem esta prevendo inflacao de 8% para 2012.
Que a comunicação (essencial no regime de metas) do BC deixava dúvidas sobre se buscava orientar as expectativas do mercado para a meta de 4,5% ou para 6,5% era evidente (difícil acreditar que era incompetência).
O Alex postou esta notícia dia 4 às 06hs:42min. A declaração do Tombini no IG saiu às 10hs:13min. (uma resposta?). Deve ter saído também em outros veículos (não tive tempo de procurar).
Se a comunicação do BC melhorar, se o COMPROMISSO com a META for explícito (muito e não deixar dúvidas), ainda assim será difícil atingir os 4,5% (só se a crise externa ajudar e o MF não atrapalhar).
"Tombini disse que a inflação em 12 meses vai cair dois pontos porcentuais entre agosto deste ano e abril do ano que vem."
Como uma porra de um banqueiro central fala uma coisa dessas?
Para descontrair..
http://www.sensacionalista.com.br/2011/08/01/obama-contrata-palocci-para-aumentar-arrecadacao-dos-eua/
O Marcelo Kfoury (CITI) falou em IPCA de 5% em 2012 (considerando a redução das atividades mundiais).
Aos catedráticos: "Tanto faz o caminho a seguir se não se sabe para onde tem de ir."
Criei mais uma,... ihihih
8%, tio O?
Mesmo com o reajuste de salários já encomendado para o ano que vem, 8% não me parece not even close..
Um jantar valendo o meu 5.5% contra seus 8%...vc escolhe o local
TA
Se quiserem aprender economia internacional de verdade, leiam isto:
http://7138823339400433981-a-1802744773732722657-s-sites.googlegroups.com/site/utdtemi/home/documentos-1/EconomiaMonetariaInternacional.pdf?attachauth=ANoY7codclEJ9iUwhj81X8eURew32DxO_IPmMjvPM6FEw191JrtJ6-znEmDJBztc7H7-q1QvfLunGnKG61ATZ124jOn2IRn2vPUxKggQCXJoXuYqDmOL4ccQdGnKoJL-8fN44hS-80ZbqNrApuZT-D6H2tgYHHXx3aDMbBD07NuecZ83ooKGH8Qz0SKqWBjqQh6GrfLDWOfrrgrRLPkdxsliCjGg5yKCR_mC_HYIO7rEwxTtTbi7ahNy947rP6QGjTyWwcQOG28r&attredirects=0
8% não é meu cenário central. Mas está dentro de meu intervalo de confiança e eu me surpreendo que poucos estejam levantando essa possibilidade publicamente.
Primeiro, eu não subestimo o efeito inflacionário do aumento programado do salário mínimo.
Segundo, existe um risco não insignificante de uma grande depreciação do Real se a gringada passar a entender melhor os fundamentos de longo prazo do Brasil, ou se os preços de bens primários, que são voláteis, despencarem. Hoje em dia estamos recebendo fluxos de capitais e cobertura positiva na imprensa internacional, a despeito de nossa incapacidade de gerar níveis altos de investimento, baixa poupança, crescimento medíocre e política econômica inconsistente.
Digo mais: o fenômeno da forte alta nos preços de imóveis retrata a pobreza das oportunidades de investimento privado.
"Segundo, existe um risco não insignificante de uma grande depreciação do Real se a gringada passar a entender melhor os fundamentos de longo prazo do Brasil, ou se os preços de bens primários, que são voláteis, despencarem."
O,
Em 2008 tivemos uma depreciação brutal do real. Junto com uma reversão de expectativas que jogou a economia brasileira na lona naquele trimestre. Desemprego em alta e tal. Depois o BC baixou os juros pra 8,75%
Por que a inflação não disparou, como em 2002?
" Digo mais: o fenômeno da forte alta nos preços de imóveis retrata a pobreza das oportunidades de investimento privado."
Gostei...conhece algum trabalho nessa direção?
TA
“Por que a inflação não disparou, como em 2002?”
A inflação não disparou em 2009 devido à credibilidade adquirida em vários anos de operação do regime de metas de inflação, que coordenou as expectativas dos agentes nos 4.5 por cento.
Diria até que em nenhum momento no primeiro semestre de 2009 passou pela minha cabeça – e aposto na cabeça de cada um dos leitores desse blog – que a inflação descolaria substancialmente da meta.
Na realidade, apesar da evidência ao contrário, o Bacen ainda tem alguma credibilidade, e por isso mesmo não vemos muitos comentaristas admitindo a possibilidade de inflação de 8 por cento em 2012. Mas a credibilidade não dura para sempre se a evidência contrária se acumular.
“Gostei...conhece algum trabalho nessa direção?”
Apenas meu empiricismo casual. Eu não vejo meus amigos sentados no cash discutindo oportunidades de investimentos em novos negócios, mas sim comprando apartamento.
"O", pq a tx. de juros no Brasil é tão alta?! Não fuja do assunto...
Concordo com o "O" nesse empiricismo casual (hehehehe) resta saber até quando dura essa farra dos imóveis no Brasil.
Concordo com o post do "O" do dia 6, 19:50. É o medo de todos de bom senso.
Olha aí "TIO ALEX" o resultado de jogar mais "demanda",EUA perderam o AAA.
Humildemente concordo com o "O", apenas um pitaco; O BC TEM DE SER AUTÔNOMO!
Eu sei que é difícil para você Ivo, mas leia o comunicado da S&P.
Na realidade, o governo atual já carregaria de 4,5%aa. a 6,5%aa., só por ser governo e em crise. Com as expectativas deteriorando-se rapidamente, ao invés dos dois pontos do Tombini, para baixo, ter-se-iam dois pontos para cima e chegar-se-ia aos 8%aa.
(CORRECAO)
Existem condicionantes de economia política e macroeconômicos.
Os juros altos cumprem uma função: evitar o desenvolvimento dos mercados de capitais no Brasil e a conseqüente democratização das oportunidades econômicas. Isto interessa primordialmente a Brasília, que assim pode decidir quem vão ser os campeões e exigir que a classe empresarial seja apolítica ou governista; e aos plutocratas, que assim podem usar a combinação de juros altos para os outros enquanto se beneficial dos juros baixos via BNDES – que são o prêmio de sua conivência com Brasília – como barreiras a entrada.
Ao mesmo tempo, a SELIC alta também é o resultado de um equilíbrio macroeconômico, mas é importante entender que este equilíbrio é condicionado pela atuação regulatória e instituições vigentes. Primeiro, a SELIC tem um piso dado pela remuneração da poupança; segundo, nossa taxa de poupança é baixa porque temos um governo gastador que gera um viés inflacionário e um sistema previdenciário que cria incentivos contra a poupança; terceiro, nossa economia é levada a ciclos de superaquecimento e apreciação cambial porque nossos fundos de pensão e investidores de varejo são severamente restritos em sua capacidade de comprar ativos externos.
Com o benefício de ter assistido o desenrolar dos últimos meses, está cada dia mais evidente que nossa política anticíclica em 2009 foi desastrosa. Crises são oportunidades que não devem ser perdidas. Poderíamos ter acabado com o piso na SELIC, ter executado política monetária agressiva de verdade e cortado os juros reais para perto de zero (assim como fizeram Chile, México etc.) ao mesmo tempo domar o ímpeto fiscal deficitário. Mas somos governados pelos governantes que temos, não os que queremos: não tínhamos e ainda não temos liderança intelectual na Fazenda, nem liderança reformista na Presidência. Estamos agora no corner com juros altos, carry trade, problemas fiscais não resolvidos, e perspectiva de crescimento medíocre.
Enquete não-científica: a quanto estará a inflação (medida em 12 meses) em junho de 2012?
Depois publico os resultados.
O post "correção" do O vai no ponto, perfeito.
Acrescento apenas que o momento onde o desastre começou a ser construido foi em 2006, no segunto mandato do Lula. Especificamente quando o Brasil trocou a agenda perdida pelo PAC.
Abraço,
Roberto
P.S. Creio que Adolfo Sachsida andou prevendo inflação de 8%, não estou certo.
Alex, você teria as contas relacionadas a este post http://maovisivel.blogspot.com/2011/05/anais-da-imbecilidade-hors-concours.html ? Foi quando você recalculou o núcleo da inflação. Queria usar o exemplo do erro da apresentação do Mantega em um controle de leitura sobre inflação dos meus alunos de Introdução à Economia na UnB nesse semestre. Pela apresentação do Mantega não estou conseguindo reproduzir as contas, e a segregação que o MF faz do índice é diferente da do IBGE. Abs.
5.5%
The Anchor
Na meta: 6.5%
"Com o benefício de ter assistido o desenrolar dos últimos meses, está cada dia mais evidente que nossa política anticíclica em 2009 foi desastrosa. Crises são oportunidades que não devem ser perdidas. Poderíamos ter acabado com o piso na SELIC, ter executado política monetária agressiva de verdade e cortado os juros reais para perto de zero "
NO final de 2008, o Alex defendia o aumento dos juros por causa do impacto da desvalorização das commodities sobre o saldo em transações correntes e o pass through para a inflação. É só procurar nesse blog. Não sei quem fala mais besteira, o Alex ou o "O", com essa economia política de hospício.
A princípio, 6%.
Mas a incerteza sobre para que lado (em termos de inflação) irá o choque da crise fiscal dos EUA e Europa é muito grande.
"Alex, você teria as contas relacionadas a este post http://maovisivel.blogspot.com/2011/05/anais-da-imbecilidade-hors-concours.html ?"
Pedro:
Escreva para meu e-mail (alexandre.schwartsman@hotmail.com) e te mando as contas.
Abs
“economia política de hospício.”
Sinta-se à vontade para discordar, mas minha economia política gera uma previsão sobre as taxas de juros reais no Brasil: enquanto o Brasil tiver o PT (ou assemelhados como o PMDB) no poder, a taxa de juros real no Brasil não vai cair, salvo em um contexto de crise. Se minha previsão for refutada pelos fatos, serei o primeiro a dar o braço a torcer.
Aliás, dou o braço a torcer se algum governo petista passar a legislação necessária para a redução dos juros reais.
"NO final de 2008, o Alex defendia o aumento dos juros por causa do impacto da desvalorização das commodities sobre o saldo em transações correntes e o pass through para a inflação. "
Se isso for verdade, meio que prova que eu nao sou um pseudonimo do proprio Alex, nao?
Eu não vejo contradição entre a defesa do Alex da elevação dos juros em 2008 e afirmação do "O" sobre a possibilidade de redução do piso da taxa de juros no Brasil em 2009.
Se você olha o indicador de utilização da capacidade instalada em 2008, verá que ele está batendo no teto. E isto, somado a outros fatores, é elemento suficiente para indicar elevação dos juros.
Mas o "O" já apresentou aqui antes o seu argumento sobre a remuneração da caderneta poupança atuar como piso para a Selic, e que isto impediria a redução da nossa taxa de juros para níveis internacionais. E como ele mesmo já comentou, o momento mais favorável a isto foi no segundo semestre de 2009.
Então, são questões em cenários e tempos diferentes. Uma no cenário da política macroeconômica e outro na economia política. Então, cenários e momentos diferentes exigem e possibilitam medidas diferentes.
"Sinta-se à vontade para discordar, mas minha economia política gera uma previsão sobre as taxas de juros reais no Brasil: enquanto o Brasil tiver o PT (ou assemelhados como o PMDB) no poder, a taxa de juros real no Brasil não vai cair, salvo em um contexto de crise."
Claro. Afinal, na época do PSDB a taxa de juro era baixíssíma, correto?
5%. Quase no piso. BC com a faca na mão para cortar os juros.
Herculano Quintanilha.
Um pouco abaixo de 5%. O que mata é o cenário alternativo...
Fernando A.
4.4% para o ipca e 2% para o igp-di. Carlos.
5.1% Daniel
O horizonte é mais ou menos ali, aonde as paralelas se encontram...
O comentário do "o" do dia 07 de agosto de 2011 às 18:12 h, vou copiar e colar nos meus arquivos.
Parabéns, Mr. "O"!
Eu gosto de cenários e de especular sobre eles; acredito que os motivos elencados pelo "o" para não termos uma taxa de juros palatável são bem razoáveis.
Faltaram alguns temperos, entre estes eu cito o 'spread nosso de cada dia' dos banqueiros e outras armadilhas e artimanhas à espreita dos incautos e necessitados a favor do establishment tupiniquim,...
De lamber os beiços e estatelar os olhos é a taxa do FED; poxa vida! Não tem jeito de conseguir, para mim, um empréstimo naquela base negativa de juros?!
É um baita negócio!!!
PS: sei que as palavras estrangeiras deveriam estar em itálico, porém, não consigo fazer isto.
8% "O"
opa errou feio heim..
hhahaha é verdade
8% "O"
aparece aí
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