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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Conflito entre israelenses e palestinos

É verdade que enquanto para muitos entre nós que pertencem à diáspora, discutir o conflito entre israelenses e palestinos é um tema carregado, para outros é bem fácil escolher o lado que merece ser apoiado.

Se algum dia houver uma guerra final, tenho uma clara visão moral de que lado devo ficar. Entenda minhas razões aqui.

Doença holandesa x evidência holandesa

A persistência dos nossos keynesianos de quermesse em tentar demonstrar a inexorável destruição da indústria brasileira merece um estudo sociológico. Eu, mero economista, não consigo entender como ainda exista quem defenda tenazmente uma tese que os dados insistem em refutar, mas talvez algum colega da área de humanas (um psicólogo, quem sabe?) obtenha êxito onde os treinados sob o pressuposto da racionalidade enfrentam dificuldades.

Não se trata apenas de notar, por exemplo, que nos últimos 15 anos a participação da indústria de transformação no valor adicionado tem se mantido ao redor de 16,5% , mesmo porque, em prazos mais longos, seria de se esperar que tal participação caísse, refletindo o fenômeno universal do aumento da demanda por serviços quando a renda per capita se eleva. Apontar que a indústria perdeu participação no PIB ao longo de 40 anos como prova de “desindustrialização” implicaria concluir que potências industriais como a Alemanha também teriam se “des industrializado”.

Uma outra forma de abordar o problema pode lançar, contudo, nova luz sobre o assunto. Haveria evidência mostrando que a fração brasileira na produção industrial global tem caído de forma sistemática? A resposta, adianto, é negativa.

De fato, o Netherlands Bureau for Economic Policy Analysis (CBP ) divulga mensalmente séries da produção industrial global baseadas numa amostra de países desenvolvidos e emergentes que representam cerca de 97% do comércio internacional. Com base nestes números é possível conferir se o país tem mesmo ficado para trás na corrida industrial.

Antes, porém, há uma questão técnica. Para se chegar a um índice de produção global, é necessário ponderar os índices de cada país da amostra e, para tanto, o CBP utiliza dois conjuntos de pesos: um fundamentado na participação de cada país na produção industrial mundial e outro que se baseia na participação sobre as importações globais. O primeiro é teoricamente melhor, mas mais sujeito a erros de estimação, enquanto o segundo, embora não exatamente correto, produz estimativas menos ambíguas. Como ambos apresentam vantagens e problemas, os cálculos foram feitos com as duas medidas, mas as histórias que ambas contam são semelhantes.


Caso o Brasil estivesse perdendo participação na indústria global, a relação entre a produção brasileira e a mundial deveria estar se reduzindo ao longo do tempo, mas não é isto que observamos. Pelo contrário, a razão construída a partir da estimativa baseada nas importações sugere um ganho modesto, isto é, a indústria local teria crescido mais do que o resto do mundo. Já se utilizarmos a medida baseada nos pesos da produção de cada país, a relação Brasil-Mundo mostra estabilidade, ou seja, a produção local teria crescido em linha com a global. Como os 17 leitores já devem ter concluído, é muito difícil reconciliar esta evidência com a noção de decadência industrial.

Indo mais fundo descobrimos também que o Brasil tem uma atuação muito superior ao dos países desenvolvidos, mas que fica atrás dos chamados emergentes. No entanto, dentro deste grupo, o país só perde mesmo para os asiáticos, tendo crescido mais rápido que latino-americanos e países do Oriente Médio e África, suplantando também, nos últimos anos, o desempenho do Leste Europeu.

Na pior das hipóteses, portanto, o Brasil tem mantido seu peso na produção global e, exceção feita à Ásia, apresentado um crescimento mais forte que o de diferentes grupos de países, a despeito de flutuações de curto prazo, evidência que se soma ao conjunto de dados negando a “desindustrialização”. Caso dados holandeses fossem páreo para as demais substâncias liberadas naquele país, seria o fim da polêmica; infelizmente, porém, não parece ser o caso. Há um psicanalista na plateia?


(Publicado 29/Mai/2010)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Três histórias

I



II




III




domingo, 16 de maio de 2010

A macro moderna e seus desafios

Vi esta referência no blog do Greg Mankw. É um artigo do Narayana R. Kocherlakota, Presidente do Fed Minneapolis sobre evolução da macro.  Muito interessante.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Comercial da Brahma para a Copa do Mundo

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Timeo Danaos et dona ferentes

É impossível não falar da atual crise grega (europeia), seja para discutir suas causas, seja para, como pretendo hoje, pensar nas suas possíveis consequências, em particular para a economia brasileira. Será que, como em 2008, a crise externa pode descarrilar a retomada do crescimento observada nos últimos cinco trimestres? Para responder a esta pergunta, temos antes que saber quais são seus potenciais canais de transmissão para o Brasil.


O primeiro deles é o fenômeno conhecido como “fuga para a qualidade”. Em que pese o epicentro da crise de crédito de 2008 ter sido a economia americana, tanto naquela época como agora observamos que investidores, num cenário de turbulência, preferem manter seus recursos sob a forma de ativos americanos. Não se trata apenas da percepção que estes embutem um baixo risco de não-pagamento; também o mercado destes papéis é muito líquido, o que permite a investidores montar e desmontar rapidamente suas posições, sem os custos proibitivos que costumam aparecer em tempos de crise em mercados menos profundos.

Não por acaso, portanto, na semana passada, todas as principais moedas flutuantes (exceto o iene) se desvalorizaram frente ao dólar, assim como o real. Isto é, uma das formas de transmissão da crise é o fortalecimento global do dólar, que implica, é claro, enfraquecimento do real.

Além deste efeito é possível mapear outro, relacionado ao primeiro, mas que atua de forma indireta. Como expliquei em meu artigo de 31/03/10 (Síndrome da China), há uma clara relação negativa entre o valor do dólar e o preço das commodities: o fortalecimento do primeiro costuma ter repercussões negativas para os últimos. Por outro lado, o real tende a andar em linha com as commodities, de modo que o dólar mais forte traz uma razão adicional para a desvalorização do real (bem como das demais moedas-commodities).

Resta saber se o presumível aprofundamento da crise teria, como em 2008, efeitos nefastos sobre a atividade econômica, provavelmente por uma depressão adicional do crédito. É uma possibilidade, mas hoje acredito ser muito difícil uma repetição, mesmo em escala menor, dos eventos do último trimestre daquele ano.

Estima-se que as perdas associadas à crise de crédito tenham atingido cerca de US$ 1,8 trilhão e possam chegar, ao final do processo, a US$ 2,5 trilhão. Ao mesmo tempo, havia forte incerteza sobre a distribuição das perdas naquele momento, pois tanto os títulos lastreados em hipotecas como os derivativos a eles associados eram transacionados em mercados de balcão, o que manteve todas as instituições financeiras na defensiva por não saberem exatamente a saúde das suas contrapartes, levando à paralisia nos fluxos interbancários e no crédito em geral, e, portanto, ao colapso do comércio internacional e da atividade econômica.

Em contraste, pelo menos no caso da Grécia, falamos de valores consideravelmente menores e de um conhecimento bem mais claro da exposição de cada instituição, vale dizer, sem a mesma incerteza quanto às contrapartes. Daí meu ceticismo quanto à reprise do episódio Lehman Brothers e da parada súbita de fluxos financeiros que se seguiu.

Por fim, ao contrário daquele período, não parece haver uma exposição das empresas brasileiras aos derivativos cambiais que exacerbaram a desvalorização da moeda e, também por conta da incerteza, travaram a concessão de crédito no país. Assim, o impacto mais provável da crise parece ser no sentido de enfraquecimento do real, mas sem a queda abrupta de atividade sofrida há um ano e meio.

(Publicado 12/Mai/2010)

domingo, 9 de maio de 2010

A entrevista ao Blomberg

May 10 (Blomberg) - It is Mother's Day for most people. But for an investigative reporter like me, that is the day to go undercover, travel to faraway lands and, who knows, do the footwork that will earn me a Pulitzer. For this is the day when cognoscenti as well as commoners return to their ancestral grounds to pay homage to their mothers, and as Professore Aprile Uno wrote in the classic “The Idiot’s Guide to Stalking”: 'it is stake out time!'

So off I went to a small town in an old coffee producing area of South America, hopeful to find the story of my lifetime: the hunting of Mr. “O”.

Yesterday I may or may not have accomplished it, but for the sake of my own physical well-being, I publish the transcript of my interview with the man I believe to be a famous éminence grise of global finance.

[Saturday night, in the Bar do Rubião, a non-descript bar with red lamps in the façade]

Q: Senhor! I have been dreaming about this interview for so many years! I have so many questions to ask...

A: [with a dismissive movement of his right hand] Un minuto! [After 5 minutes...] What do you want?


Q: An interview, Senhor O! I have so many questions, my research indicates that you are one of the...

A: [interrupting briskly] Do not say that word. Do not write that name. Get it? Now, you are in great luck, because I will grant you three questions, so think thoroughly before asking. There are enormous tectonic shifts happening in the world, much more important than the secret identity of who-the-[expletive]-you-think-I-am. Now make sure you record each word and publish the transcript accurately, or else.

Q: [I pause, I cannot think about how to start, concerned with the consequences...] Senhor, all my readers would like...

A: [interrupting briskly] ... like to know about Europe? So that is what I will talk about. Nowadays I would not waste my time with anything else. Our friends in Europe put themselves in a corner. See, there is an immediate problem, the financing needs in Greece. But that is only the surface. Even if we could make Greece’s debt disappear, there is an underlying problem: the differences in saving patterns between Southern Europeans in one side, and Northern Europeans in the other. When the likes of Greece and Germany joined together under the same monetary policy, interest rates were too high for Germany, too low for Greece. As a result both Mr. Kanopaybackis and his government went into a splurge and ended up with more debt than they are willing to handle. [Sips on his drink, perhaps a martini] As you can see, the fundamental problem is that Germany and Greece should not have the same currency.

Q: So you think that Greece should quit the euro?

A: That was your second question. And the answer is no. If Greece abandons the euro, there would be terrible balance sheet effects as their government would earn revenues in drachmas and still owe in euros. If they convert their debt into drachmas, this would raise all sorts of legal problems besides the hole it would make in the balance sheet of investors in Greek bonds. There is no exit for this corner with Greece abandoning the euro. But a different solution is possible. If the likes of Germany and the Netherlands issue their own currency, the Buba, we could reach a win-win solution. Germans would be able to keep pursuing their goal of low inflation. Greeks and Italians would be able to control their own monetary policy and maybe live with higher inflation if that is what they want. Investors in euro denominated Italian or Greek bonds would have their balance sheet protected. Finally, without German membership, the euro would devalue sharply and Southern Europe would be able to recover its competitiveness and adjust their fiscal position without going through unnecessarily painful deflationary processes and high unemployment.

Q: But is that going to happen?

A: You just got to your final question. I have no idea. Who do you think I am, after all? Now I have to do what I came here for. [He nods to a woman in her twenties] Print this: “I only do it because I love her”. She will know it. Not the girl here, she is only my co-author, a graduate student. Now I have to go upstairs work on my next AER.

Em breve: Blomberg entrevista "O"

quinta-feira, 6 de maio de 2010

À espera de um milagre

A produção industrial cresce no Brasil a um ritmo acelerado. Comparada ao mesmo período de 2009 o produto industrial se expandiu 18% no primeiro trimestre, número certamente muito influenciado pela base de comparação do ano passado, quando o país ainda sofria a influência do colapso da economia mundial. Olhando, porém, para o desempenho do setor na margem, isto é, na comparação com o período mais recente, já caracterizado pela forte recuperação econômica, os números não são menos impressionantes: no primeiro trimestre do ano relativamente ao último de 2009 a produção da indústria de transformação cresceu a um ritmo equivalente a 16% anualizados, chegando a 18% ao ano nos últimos dois trimestres.

É possível manter este ritmo? Segundo lideranças do setor, não há motivos para preocupação, pois “existiria capacidade instalada na indústria para atender à demanda sem que aconteça pressão sobre os preços”. Trata-se de afirmação ousada, entre outras coisas porque parece se basear mais numa declaração de vontade do que em estudo ancorado no que os números têm a dizer sobre o assunto.

De fato, num ensaio recente com meu colega Cristiano Souza, examinamos a dinâmica de ocupação da capacidade instalada do setor industrial no Brasil em resposta à produção e aos investimentos de 2004 para cá e as conclusões não sugerem, de forma alguma, que a taxa de crescimento observada nos últimos meses seja sustentável. Pelo contrário, indicam que, mesmo sob velocidade de expansão bem mais baixa, continuaremos a observar valores crescentes do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI).

Estimamos que um aumento de 10% da produção industrial eleve, tudo o mais constante, o NUCI (medido pela CNI) em 2,7%. Curiosamente esta estimativa da intensidade de resposta do NUCI à produção parece bastante robusta, dado que, mesmo sob diferentes formulações e procedimentos estatísticos, obtivemos sempre valores próximos a esta marca. Assim, a se manter o ritmo de expansão em torno de 14-16% ao ano para os próximos 12 meses, teríamos uma elevação de 4% do NUCI, o que o colocaria na casa de 85% já o primeiro trimestre do ano que vem.

É claro, contudo, que tudo o mais não permanecerá constante. Em particular há investimentos que se transformarão em capacidade adicional em algum momento, atuando, portanto, no sentido de reduzir o NUCI. Resta, porém, saber o “quando” e o “quanto”.

Nosso estudo sugere que a defasagem entre o investimento e a criação de capacidade seja da ordem de seis trimestres. Na verdade, o comportamento recente do NUCI parece corroborar esta estimativa, pois, se ela for válida, os efeitos dos níveis relativamente elevados dos investimentos observados no terceiro trimestre de 2008 estariam produzindo seus frutos agora no começo de 2010, e, de fato, observamos um período de estabilização do NUCI, a despeito da forte expansão da produção.

No entanto, a partir do terceiro trimestre de 2008 os investimentos se reduziram consideravelmente. Em termos dessazonalizados, depois de um pico pouco superior a 18% do PIB, a formação bruta de capital fixo caiu para um nível em torno de 15% do PIB no primeiro trimestre de 2009 e se recuperou parcialmente, atingindo quase 17% do PIB no trimestre final do ano passado. Vale dizer, o ritmo de criação de capacidade entre agora e meados de 2011 não deverá ser tão intenso quanto foi no ano passado, refletindo a queda do investimento que se seguiu à crise. Muito provavelmente, portanto, não observaremos, até o primeiro trimestre de 2012, uma velocidade de geração de capacidade comparável à registrada no começo deste ano.

E quanto precisaria crescer o investimento para sustentar o crescimento da produção industrial mantendo o NUCI constante? Nossas estimativas indicam que cada 1% do PIB a mais de investimento reduziria o NUCI em 0,06%. No entanto, já sabemos que 1% a mais de crescimento aumentaria o NUCI em 0,27%. Isto significa que, para manter o NUCI inalterado, cada ponto mais de crescimento sustentado da produção requereria 4,5% do PIB a mais de investimento (2,7 ÷ 0,6 = 4,5), de preferência com seis trimestres de antecedência.

É tentador fazer a conta inversa, isto é, partir do nível corrente de investimento (17% do PIB) para estimar a taxa sustentável de crescimento usando esta relação, o que sugeriria um número na vizinhança de 4% ao ano. Estritamente falando, todavia, isto não seria correto, pois nosso procedimento gerou uma estimativa da relação marginal entre investimento e produto (isto é, quanto investimento adicional seria necessário para elevar o crescimento do produto em 1%), que não necessariamente seria a relação média entre investimento e produto, implicitamente suposta no cálculo acima.

Independente disto, no entanto, acredito que o leitor já deve ter concluído que as taxas correntes de expansão do produto não são sustentáveis. Basta lembrar que, entre o final de 2005 até a eclosão da crise no terceiro trimestre de 2008, a indústria de transformação cresceu à taxa média de 5% ao ano sob uma taxa de investimento média na casa de 16,5% do PIB. Mesmo se ignorarmos a elevação significativa do NUCI naquele período, para acelerarmos o crescimento da indústria em direção aos 6% ao ano, o investimento teria que atingir 21% do PIB. Ou melhor: teria que ter chegado a este nível há um ano e meio.

Olhando à frente, dado o nível de investimento já observado nos últimos trimestres, bem como sua perspectiva de aceleração para os próximos, é inevitável um aumento relevante do NUCI não só neste ano, mas provavelmente também em boa parte de 2011.

Isto dito, nenhum economista sério pensa no NUCI como um obstáculo, digamos, físico à expansão da produção, isto é, não falamos aqui de um gargalo tal que a produção não possa aumentar de forma alguma e que, portanto, leve ao racionamento da oferta existente pela elevação de preços. O mecanismo é bem mais sutil do que isto. Empresas podem, é claro, pagar horas extras e programar novos turnos de produção para aumentar a quantidade produzida, desde que sejam ressarcidas pelos custos adicionais decorrentes destas medidas por preços mais elevados. Não por acaso, nos três últimos processos de aceleração inflacionária no país (2004-05, 2007-08 e 2010-?) observamos também alta persistente do NUCI.

Em resumo, o desempenho recente da produção e dos investimentos sugere que o processo de ocupação da capacidade está longe do fim. Sem adequação do ritmo de crescimento ao volume de investimentos, o resultado deste cenário será a aceleração da inflação, conforme temos observado desde o final de 2009. Mais eficaz do que tentar tapar o sol com a peneira seria um posicionamento político que pressionasse por uma política fiscal que colaborasse com esta adequação, mas tenho a impressão que isto dá muito mais trabalho do que desejar intensamente que nova capacidade apareça miraculosamente do nada.

P.S. Agradeço a Márcio Garcia e Jankiel Santos que notaram um erro de digitação importante na versão original que, se mantido, teria afetado a compreensão do argumento.

(Publicado 6/Mai/2010)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Muito obrigado, Professor Luiz Gonzaga Belluzo!


Um dos prazeres deste humilde analista é ver suas previsões confirmadas pelos fatos.

Melhor ainda quando as previsões confirmadas são tão deliciosas como estas:

Verdão erra quatro pênaltis e cai diante do Atlético-GO

Depois da campanha pífia no Campeonato Paulista, o Palmeiras fracassou em mais uma competição na temporada 2010.

Lincoln reforça atrasos, mas inocenta direção alviverde

Na semana passada, o Palmeiras havia anunciado que todas as pendências financeiras com o elenco estavam definidas. Só que o meia Lincoln desmentiu essa notícia nesta segunda-feira e deixou claro que tem valores a receber. Ainda assim, ele deu um voto de confiança aos dirigentes do Alviverde.

"Tenho a receber uma parcela do meu passe (direitos federativos) e um mês de direitos de imagem. Mas, por favor, não quero que criem polêmica com isso. Tenho certeza de que vai ser resolvido da melhor maneira possível", afirma o camisa 99.

(...)

Nos últimos anos, o Palmeiras encontra dificuldades para manter a estabilidade financeira. Só no mês de março deste ano, o déficit do clube chegou a R$ 2,5 milhões.

Vamos falar sério: existe alguma pessoa mentalmente sadia que teve em algum momento dúvida que a gestão de um acadêmico incompetente, pedante e quermesseiro na presidência de um clube de futebol só poderia dar nisso, ou pior?

Digo, por que alguém pode ter achado que Belluzzo seria mais bem sucedido como dirigente de clube de futebol do que em suas passagens como administrador público ou pesquisador de economia?

Adendo: As contas de abril de 2010 da gestão Belluzzo foram rejeitadas pelo Conselho de Orientação Fiscal... Já pensaram como o Brasil poderia ter sido um país melhor no fim da década dos 1980s se tivéssemos tido durante o governo Sarney um tribunal de contas da União tão alerta quanto o COF do Verdão?

Será que ele volta mesmo?

Muito interessante este artigo da Blomberg sobre a decadência do FC Frankfurt desde o caso Bosman.


Is Der Anker coming back?

It has been more than ten years since the über-reliable defensive midfield Markus Deutsch retired after a long and successful tenure as captain of FC Frankfurt. A player so solid as to deserve the nickname Der Anker (The Anchor), Mr. Deutsch led his squad to international glory and earned multiple accolades.

Now he watches from the sidelines in disgust as the reputation of his old club is shattered by the bickering at the locker room and mismanagement at the board room. “It all began with the Bosman ruling, we were a cohesive unit with common understanding and harmony one day, in the next we were in a no man’s land,” says Mr. Deutsch, referring to the 1995 decision by the European Court of Justice that erased restrictions on international transfers of players.

But not every old man’s reminiscences are rose tinted. In the old days of title winning squads, FC Frankfurt achieved some impressive organizational feats. When their rival club Osten Frankfurt shut off their operation, FCF spent a few years in the red to support Osten’s laid-off players. “We made an organizational decision to take them in, even though they had to be reeducated into new tactics and quite a few of them, well, did not have the ball skills to be successful in the bigger leagues. We even let our salaries fall behind because that was the right thing to do if we wanted to remain at the top,” proudly recalls Der Anker.

Good old days indeed. The Bosman ruling opened the borders of Euroland soccer and the Old Guard, confident of having accomplished their mission, retired to the quiet of Bodensee or the buzz of Phuket.

But what an unruly mob came in!

The conspicuous Italian philosopher of science Aprile Uno, a catedratic of La Scuola Nuova de Torino, chimes in wittily: “As European borders dissolved into nihil, so did social norms and the very fabric of society. A truly European soccer powerhouse is more than a collective of quick feet and mental elegance, but also calls for a new language that transcends the verbal and breaks the barriers erected by centuries of domination of common men and women by their masters! But the crux of the matter is that not even hordes of Huns ravaging the countryside connected the poly-Europas into one organic sentient unit! `Cazzo', not even Bush did it!”

If neither Attila nor Bush could unite them, Ludwig Van Dour, the Belgian manager hired to rebuild FFC, fights an uphill battle!

First, Irish goalie Bàil O’Banks made a habit of missing morning practices with lame excuses: “I was off kickin’ some Poles from my property!”

Then young Italian prodigy Giovanni Succhiatette would leave all the running to the veterans and insist that his mamma accompanied him to the locker room. When confronted by his teammates, Il Bambino would dive on the ground, roll in pain and point the finger on his alleged aggressor.

When the team most needed flair, Juan Doles, the Spanish ace, was fit only for half time yet wanted the lifestyle of a ninety-minutes player. His substitute, Nuno Cabeça, a Portuguese footballer, got lost in his way from the airport and, months later, was spotted selling sausages and bread from a VW Kombi near the stadium.

But team morale only hit an all time low when the two Greek defenders, Borrolis Kanotpayakis and Sophoclates Indebitekis, were photographed brandishing their swords while wearing dark leather Speedos before the game against Iranian powerhouse Isfahan. This incident was later called the “300 affair”, perhaps in reference to their country’s true debt-to-GDP ratio.

So all this turmoil begs the question: will the good times ever come back?

While jogging around Bodensee, Markus Deutsch seems as fit as in the day of his retirement.


terça-feira, 4 de maio de 2010

Nem Dédalo pensaria neste Labirinto

Shake me like a monkey

Vamos ver quem vai me convencer que nos últimos 20 anos algum outro compositor de pop-rock escreveu melhor sobre homens e mulheres do que meu compadre Dave (Do you know what it is to feel the light of love inside you?).

The thing I like about you
The way you do what you do
The thing I like
about you

God and the devil alone
Could not have made you up
Two must have
worked as one together

So good just wanna eat you up
Nothing like the real thing
Lick your sticky fingers boy
And sing for your dinner sing

Come on pretty baby
Make me lose my mind
Everybody get together
Gonna make love shine

Do you know what it is
To feel the light of love inside you?
And all the darkness falls away
If you feel the way I feel
Then believe we have the answer
I've been searching for tonight
Love me baby love me baby
Shake me like a monkey baby
Forever I'm yours yours yours
Yeah forever I'm

I, I, I
Can't stop thinking about you
Yeah yeah yeah
Why would I want to

I like my coffee with toast and jelly
But I'd rather be licking
From your back to your belly
I, I, I
Think I'm going to

Do you know what it is
To feel the light of love inside you?
And all the darkness falls away
If you feel the way I feel
Then believe we have the answer
I've been searching for tonight
Love me baby love me baby
Shake me like a monkey baby
Forever I'm yours yours yours
Yeah forever I'm

Cigarettes and coffee
Broken hearts and being lonely
Little girls and ponies
Things that go together

Yes and no
You have to choose
Romeo and Juliet
The hang man and his noose
You and me we go good together

Kiss kiss make a wish
Hope that it comes true
I ain't waiting for the world to change
Gonna change the world for you

Come on pretty baby
Make you lose your mind
Everybody get together
Gonna make love shine

Do you know what it is
To feel the light of love inside you?
And all the darkness falls away
If you feel the way I feel
Then believe we have the answer
I've been searching for tonight
Love me baby love me baby
Shake me like a monkey baby
Forever I'm yours yours yours
Yeah forever I'm

Come on everybody
Make me lose my mind
Everybody get together
Gonna make love shine