A proposta (a rigor um balão de ensaio, como de praxe) do ministro da Fazenda – definir um novo índice de preços, o IPCA sem alimentos e combustíveis, como meta para a política monetária – tem sido atacada como mais um casuísmo para, pretensamente, ganhar espaço para uma redução artificial da taxa de juros. Trata-se de uma injustiça inominável: a valer a experiência recente, caso tivesse sido adotada, esta nova definição do índice referencial para o regime de metas teria, pelo contrário, impedido a queda mais acentuada da taxa de juros no Brasil. Assim, me parece que, ao propor a nova medida, o ministro quis, na verdade, se mostrar ainda mais severo no combate à inflação do que o próprio Banco Central.
É bom que se diga que a ideia em si, se não presenciou o Dilúvio, certamente pisou na lama. Desde a adoção do regime de metas no país tem havido uma discussão profunda sobre os prós e contras da definição de um índice para a meta de inflação que fosse menos sujeito às variações acidentais de preços do que o IPCA “cheio”. Não por acaso, ainda nos primeiros anos de vigência do regime o Banco Central definiu três medidas distintas do “núcleo” de inflação (o núcleo por exclusão de alimentos e preços administrados, o núcleo por médias aparadas, e o núcleo por médias aparadas com suavização de preços administrados), precisamente para obter uma visão do processo inflacionário que refletisse de forma mais clara os desequilíbrios entre demanda e oferta agregadas.
Mais recentemente, às três medidas originais o Banco Central adicionou duas novas definições, aumentando seu arsenal analítico: o IPCA-EX (que exclui do cálculo alguns bens e serviços mais voláteis) e o IPCA-DP (que modifica os pesos do índice, reduzindo aqueles associados a produtos cujos preços que apresentem maior volatilidade).
Realçando, pois, obsessão nacional com a inflação, hoje temos nada menos que cinco medidas de núcleo, além dos oito índices normalmente divulgados (14 vezes) ao longo de um mês, já descontando os menos famosos, assim como algumas medidas locais. Não que nós, economistas que ganham a vida acompanhando minuciosamente cada divulgação, estejamos reclamando, mas eu não descartaria a possibilidade de haver certo exagero na coisa.
De volta, porém, à vaca fria, como teria se comportado um índice de preços que excluísse o preço de alimentos (no domicílio) e combustíveis nos últimos anos? O gráfico mostra o comportamento desta medida relativamente ao IPCA “cheio” de 2004 para cá, revelando que, à exceção de período de meados de 2007 ao segundo trimestre de 2009, o IPCA sem alimentos e combustíveis acumulado em 12 meses superou o índice “cheio”. De fato, este fenômeno ocorreu em cerca de 70% das observações naquele período.
Fonte: IBGE |
Mais grave, porém, é que, ao contrário do índice “cheio”, que ficou pouco abaixo da meta nos últimos meses de 2009, justificando a política monetária praticada pelo BC, o IPCA ex-alimentos e combustíveis ficou persistentemente acima dela. Vale dizer, a redução da taxa de juros ocorrida em 2009 não teria acontecido caso a meta tivesse sido definida nos termos defendidos hoje pelo ministro. Se restava ainda alguma dúvida acerca de sua severidade inabalável no trato com a inflação, creio que esta proposta seja suficiente para dispersá-la.
Isto dito, é possível argumentar que, além dos preços dos alimentos em casa, deveríamos também deduzir os preços dos alimentos consumidos fora do domicílio, mas isto não alteraria muito as conclusões. Concretamente, ao invés de uma medida de inflação que supera o IPCA “cheio” em quase 70% das observações, teríamos uma medida que faz isto apenas 63% dos casos.
Ademais, a alimentação fora do domicílio apresenta uma dinâmica muito diferente da alimentação em casa. Não é incomum, por exemplo, observarmos valores muito baixos para a inflação de alimentos no domicílio (0,59% em 2005, -0,13% em 2006, e 0,88% em 2009) acompanhada de observações bastante distintas fora do domicílio (6,90%, 5,92% e 7,75% respectivamente), revelando que a alimentação fora do domicílio apresenta características mais próximas à inflação de serviços, incluindo o hábito condenável de se manter invariavelmente acima da meta.
Nem tudo está perdido, porém. Se o que precisamos é de uma medida de inflação que justifique juro baixo, não faltam candidatas. Minha favorita é parente (distante) do núcleo por médias aparadas. Enquanto este descarta as variações exageradas para cima e para baixo, o núcleo por altas aparadas excluirá tudo o que sobe num determinado mês. No caso bastante provável (se tal medida for adotada) em que todos os preços subam, o núcleo será necessariamente zero.
Com isto garantimos inflação e juros baixos e, de quebra, uma passagem só de ida para Buenos Aires. Não é bem mais vantajoso que o rigor antiinflacionário do ministro?
Aqui não vejo inflação alguma |
25 comentários:
Bom pra caralho Alexandre.
Parabéns!
Uma pergunta:
Se o BC adquiriu credibilidade, e uma das grandes vantagens de uma política de compromisso crível (vs discricionária) é poder responder a choques de maneira mais suave, por que não alongar o tempo de convergência da meta?
Caso o BC seguisse de fato a lei, frente a um choque em outubro, por exemplo, deveria colocar a taxa de juros nas nuvens para entregar a meta em dezembro. Na prática ele segue uma meta para 12 meses a frente. Mas se ele tem credibilidade, não há espaço para uma meta de 18 meses, por exemplo?
Abraços
Daniel
Alexandre,
Excelente análise!
A sua explicação mostra o quanto míope é o ministro Mantega que procura desculpas para não condenar sua política fiscal expansionista totalmente desequilibrada.
A conta é sempre paga pela viúva. Quando a política governamental não é bem sucedida, os "louros" do governo são conquistados pela fazenda e o vilão sempre é o Banco Central.
Infelizmente teremos mais quatro anos de Mantega na fazenda.
Como agora ele diz que fará uma política fiscal austera? Parece com pessoas que tem alguma dependência química e que faz um tratamento em curto prazo e acha que está curada. Na abstinência ou se mata ou detona todo mundo à volta, ou seja, a população brasileira. É isso que o ministro pretende fazer com a população brasileira.
Mas uma vez parabéns. Ficou muito bom o seu artigo.
Abraço!
Sérgio Ricardo
Alex, excelente artigo.
Nas últimas semanas o Ministro virou alvo de críticas fáceis vindas de todos os lados da sociedade. Nessas horas, é importante alguém da sua posição tomar partido e tentar mostrar os nobres motivos que dão suporte à recente proposta do Ministro. Vê-se que, no fundo, ele está tenazmente comprometido com o controle dos preços.
Abraço, Pai Alex.
Na verdade o Mantega quer um índice criado pelo Delfim o IQQ, o Índice que eu quero, sua análise leva em conta uma metodologia estatistica e científica, ele gostaria mesmo é de manipular o indice e a taxa básica, tal qual faz a Argentina, com inflação na casa de 30%a.a e câmbio 4x1, tá bom para umas comprinhas lá e comer um carninha no Cabana Las Lilas. O que me intriga quanto aos combustíveis é se ele não quer expurgá-los e aumentar os preços para artificilmente fazer superávit das contas via Petrobrás.A conferir
Caros,
Sempre levanto a questão de como é limitada a autonomia do BC e da grande volatilidade da inflação brasileira, que faz do BCB um mero agente reativo à inflação: a inflação começa a estabilizar e os juros param de subir; se estão abaixo da meta vai caindo a Selic; Selic sobe quando os números da inflação corrente começam a mirar o teto da banda e o "homi" de Brasília entende que "tá quente" e libera a alta da Selic. O início da alta dos juros em abril deste ano foi atrasado pois o BCB esperou a inflação chegar; paramos os juros em setembro, dedo demais, na primeira "barriga" da inflação e vamos subir em janeiro quando o teto está próximo. Até mesmo na crise o BCB esperou a inflação começar a ceder para cortar os juros. O BCB tem um timing que não parece nunca o ideal, olhando muito pouco os indicadores antecedentes, por não tem liberdade maior para tomar um pouco de risco. Concordam ou eu estaria criticando o timing das decisões com os números na mão?
PS: Estou falando apenas na teoria, mundo ideal, é claro que sei das regras do jogo que o BCB está inserido, portanto aplaudo a galera do BCB pela atuação nesses anos todos.
Abraços
Fernando A.
Alex, ao contrario do que você diz no Broadcast, acredito que esse movimento do Compulsório é simplesmente uma tentativa de desacelerar a expansão do crédito, evitar uma bolha principalmente nos bancos médios/pequenos sem subir a Selic para não atrair mais capitais que já vem atraíndo.. não acredito que isso leve a uma piora nas expectativas de inflação,
Um abraço,
Felipe.
Verdade que a imprensa quando não acredita pega no pé (o Mantega é um pouco vítima disto). Mas sempre deixa uma abertura em suas declarações para influenciar negativemente a ação do BC. Parece até que sabota o BC (mas quando lemos as declarações por inteiro vemos que é um descuidado ao falar, impróprio para um MF ou presidente do BC).
Manchete no valor:
"Schwartsman mostra-se cético com ajuste fiscal necessário para o país"
Trecho:
Para o economista, o Brasil tem pouca chance de obter uma aceleração do crescimento potencial além de 3% ou 3,5% caso não sejam feitas algumas reforças estruturais, além do ajuste fiscal
Tão pouco assim? Pq?
Ontem no msm valor Delfim falou algo em torno de 5,5% nos próximos 15 anos
Falei merda. Não foi no Valor q o Delfim falou 5,5%. Foi num evento q a Exame cobriu:
http://exame.abril.com.br/economia/brasil/noticias/frases-de-delfim-netto-que-arrancam-risos-e-aplausos-da-plateia?page=2
Eu falei 4-4,5%. O intervalo 3-3.5% se referia ao passado e o ajuste fiscal seria condição necessária para acelerar o crescimento, permitindo que o investimento se elevasse de 18% para 22% do PIB sem recurso exagerado à poupança externa.
Há erros de português no texto. Não foi revisado por ninguém da folha?
Esse Mantega deve rezar 20 pais-nossos e 10 ave-marias toda noite para, no dia seguinte, não cair e continuar caminhando sobre duas patas. Que jumento!!!
"Não foi revisado por ninguém da folha?"
Acredito que ninguém da Folha revisou o texto; talvez por ter sido publicado pelo Valor.
Alex, você poderia mostrar a expansão créditicia do setor público (via BNDES) x do setor privado?
Estaria o setor privado pagando a conta da expansão créditicia do setor público?
Alex,
Só estou olhando para o gráfico (não tenho os números). Me parece que quando a tendência de inflação é de queda, o índice cheio é menor do que o núcleo (ex alimentos/comb.). No entanto, quando a inflação apresenta tendência de alta a situação se inverte, ou seja, o cheio é maior que o núcleo! Será que podemos dizer que existe uma tendência de inflação alta para o futuro? Faz sentido dizer que o Ministro está atuando com base em uma crença de aumento da inflação e por isso propõe a alteração? É uma pergunta mesmo, não um comentário!!!
Ah, e parabéns pelo artigo!!
Abraços.
"Há erros de português no texto."
Poderia dizer quais?
Minha suspeita é que o Margarina não sabe o que está falando. As usual.
Resumindo o que o Mantega falou, comprem ações da Petrobras pois o preço dos combustíveis vai pagar a conta da mamata instalada no Governo Federal. E não vai influenciar a inflação!
Meus caros,
É óbvio que o Manteiga não tem a mínima noção do que está falando. Mas quero enfatizar outro ponto. O expurgo de preços voláteis das metas de inflação, a princípio, é bom (e não falo mais nada, monetária não é minha praia), mas quero levantar outro ponto: a maior facilidade de se quebrar regras mais complexas. Eu gostaria muito de ver uma autoridade qualquer vir a público e declarar que a inflação verdadeira é muito maior que aquela apontada por determinado índice, que este estaria "artificialmente" baixo devido ao xuxu - poderia, inclusive, criar a expressão "a deflação do xuxu". Isto nós não vamos ver. Fala-se em expurgo somente quando estes preços voláteis estão em alta (nunca quando estão em baixa). Acabaria acontecendo algo assim: quando em alta, estes são exopurgados. Quando em baixa, muda-se a taxa a ser analisada: "não é possível continuar com este índice restrito quando toda a sociedade brasileira sabe que a inflação verdadeira é muito menor que este!!!". Este seria o discurso e teríamos um sem número de analistas econômicos aplaudindo a coragem das autoridades de irem contra esta "ultra-ortodoxia econômica do Bacen".
É muito similar à regra onde os times rebaixados seriam definidos com média de três anos de campeonato. Muitos defendiam que esta regra seria ruim para os times pequenos e boa para os times grandes (????). Acho a regra boa (quanto a sua lógica) mas péssima quanto a sua aplicabilidade. O que aconteceria? É fácil demais prever. Em um determinado ano, o Framengo não cairia devido a sua média (mesmo com desempenho bastante ruim naquele ano específico). No ano posterior (quando este carregaria o desempenho ruim do ano anterior), este deveria apresentar desempenho excelente para não cair (o que não aconteceria). Então, inevitavelmente ocorreria uma virada de mesa ("como pode o framengo cair quando ele ficou em 15o. lugar e outros times, com posições piores, não?"). Este é o ponto. Regras um pouco mais complicadas (não temos muito capital humano por aqui) são facilmente quebradas por oportunistas de plantão.
Saudações.
Prezados,
na semana passada topei com um livro volumoso: "O Mundo em Queda Livre". Por estar ele na seção de Economia, por um instante pensei que se tratasse de mais uma análise catastrofista de botequim, típico do pessoal da sociologia econômica barata ou da economia quermesseira de esquerda.
Fui tomado de certa surpresa quando, um segundo depois, percebi que o autor era Joseph Stiglitz.
"O Mundo em Queda Livre"?, pensei. Me pareceu uma expressão demasiadamente exagerada para descrever o cenário atual, vindo de um Prêmio Nobel.
Dei uma breve olhada na contracapa, na orelha, no prefácio; reuni algumas recordações que estavam guardadas no lá no fundo de minha memória; cheguei a um impasse.
Quem, diabos, é Joseph Stiglitz?
Como economista que sou, naturalmente conheço suas contribuições à Economia da Informação e à Teoria da Concorrência Imperfeita. Sei também que foi policymaker e que sustenta fortes posições políticas bastante à esquerda, em temas bastante polêmicos.
Mas diante daquele livro que tinha em mãos, pude concluir que eu não sabia que era Stiglitz.
Uma breve navegada pela internet foi o bastante para que eu concluisse que se travava de uma pessoa muito, muito, muito diferente do que um simples acadêmico que caminha, se me permitem a ingenuidade "da teoria à prática".
Encontrei uma carta aberta a ele dirigida por Rogoff
(http://www.imf.org/external/np/vc/2002/070202.HTM) e cheguei à conclusão de que, no mínimo, um dos dois seria muito mal caráter.
Deixo, então, aqui, a pergunta:
Quem é Joseph Stiglitz?
Prezados,
na semana passada topei com um livro volumoso: "O Mundo em Queda Livre". Por estar ele na seção de Economia, por um instante pensei que se tratasse de mais uma análise catastrofista de botequim, típico do pessoal da sociologia econômica barata ou da economia quermesseira de esquerda.
Fui tomado de certa surpresa quando, um segundo depois, percebi que o autor era Joseph Stiglitz.
"O Mundo em Queda Livre"?, pensei. Me pareceu uma expressão demasiadamente exagerada para descrever o cenário atual, vindo de um Prêmio Nobel.
Dei uma breve olhada na contracapa, na orelha, no prefácio; reuni algumas recordações que estavam guardadas no lá no fundo de minha memória; cheguei a um impasse.
Quem, diabos, é Joseph Stiglitz?
Como economista que sou, naturalmente conheço suas contribuições à Economia da Informação e à Teoria da Concorrência Imperfeita. Sei também que foi policymaker e que sustenta fortes posições políticas bastante à esquerda, em temas bastante polêmicos.
Mas diante daquele livro que tinha em mãos, pude concluir que eu não sabia que era Stiglitz.
Uma breve navegada pela internet foi o bastante para que eu concluisse que se travava de uma pessoa muito, muito, muito diferente do que um simples acadêmico que caminha, se me permitem a ingenuidade "da teoria à prática".
Encontrei uma carta aberta a ele dirigida por Rogoff
(http://www.imf.org/external/np/vc/2002/070202.HTM) e cheguei à conclusão de que, no mínimo, um dos dois seria muito mal caráter.
Deixo, então, aqui, a pergunta:
Quem é Joseph Stiglitz?
Meus caros,
Há uns dois anos, houve um encontro do BID aqui em BH. VIeram o Stiglitz, o North e o John Williamson (imagine, dois nobeis!!!). Acredito que o Stiglitz seja um dos maiores economistas da segunda metade do século XX (olhando somente suas contribuições acadêmicas). Quando o vi, me arrependi de não ter impresso seus principais artigos da década de 70 (ou pelo menos a primeira página) para pedir um autógrafo.
Pois bem, a palestra dele foi péssima. Ele ficou tecendo loas à importância dos países subdesenvolvidos terem política industrial ativa, ficou elogiando o dirigismo econômico da China e defendeu a idéia que isto seria combatido porque as nações ricas não queriam o desenvolvimento das nações pobres (a la "Chutando a escada"). Toda a platéia adorou.
O problema é que no final, em uma transparência rápida, ele determinou as condições para que isto funcionasse: forte política pró-concorrência (anti-truste), abertura comercial ao exterior e inexistência de subsídio em operações de crédito para as empresas. Claro, mais uma vez, a platéia que estava adorando o discurso, não notou a forte contradição do sujeito. Com estas condições, nada do que se entende como política industrial (basicamente dar o leite de pata do estado para amigos do rei que seriam protegidos da concorrência, seja interna, seja externa) poderia ser aplicado. Nestes termos sobra o de sempre (que nunca fazemos), investimentos em educação e infra-estrutura, reformas microeconômicas, etc. O North, ao falar depois, se mostrou muito indignado (explicitamente perguntou: "Então não existe rent-seeking???"). De qualquer jeito, o episódio me deixou muito triste.
Por fim, para falar bem do sujeito (e atenção, possíveis alunos que leem este blog, É FUNDAMENTAL PARA A FORMAÇÃO DE VOCÊS CONHECEREM AS CONTRIBUIÇÕES ACADÊMICAS - BRILHANTES - DO SUJEITO). Algum aluno conseguiu mandar um email para o Stiglitz falando da dificuldade de se conseguir uma entrada para o evento. Ele, então, exigiu que houvesse, no sábado seguinte, mais uma palestra (dele) aberta ao público em geral (o que ocorreu).
Saudações.
Ele já era doidão assim no seu auge acadêmico (1970, 80), ou só passou a ser o ativista Stiglitz depois que foi para o Banco Mundial?
É, no mínimo, um sujeito muito estranho e, pq não, interessante.
Pai Alex.
Não o conheci antes, mas pelo que eu ouço dizer, ele perdeu a compostura quando passou por Washington. Vale registrar – com o benefício da passagem do tempo – que ele estava, sim, redondamente errado sobre os ajustes macroeconômicos nos países asiáticos no final dos anos 90.
""Há erros de português no texto."
Poderia dizer quais?"
No segundo parágrafo, "ideia" está grafada sem acento. Presumo, portanto, que o texto tenha sido escrito de acordo com o novo acordo ortográfico.
Destarte, deve-se manter a uniformidade. Fato que não ocorreu no último parágrafo ao grafar "antiinflacionário" sem hífen - regra antiga.
Conforme as novas regras, no caso do prefixo anti, usa-se hífen quando a palavra seguinte começar com h ou com vogal igual à última do prefixo. Então, o correto seria "anti-inflacionário". Vale notar que a regra se estende também para os prefixos agro, ante, auto, extra, macro, mega, micro, maxi, semi, entre outros.
Escrever assim na internet não tem problema, porém publicá-lo - seja na folha ou no valor - dessa forma é desleixo do revisor.
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