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sábado, 2 de outubro de 2010

19 comentários:

Alexandre, nada a ver com o post.
Gostaria que o senhor me respondesse, por gentileza, por quais razões a expectativa do focus para o IPCA difere tanto da inflação implícita?
Abraços,
Daniel

Um dia eu faço um post completo a respeito Daniel, porque parta da resposta envolve CAPM.

Grosso modo, são três os motivos:

Um é técnico. Não são todos os contribuintes do Focus (uns 150 , mais ou menos) que mantêm as projeções em dia. Isto faz com que a mediana demore para se ajustar.

Outro também é técnico, mas mais para o lado de mercado. A inflação implícita é, como você sabe, a diferença entre a taxa pré e a taxa pós dos títulos indexados. O pré, mercado mais profundo, se ajusta mais rápido que o de títulos indexados, o que promove algumas distorções.

O terceiro é o CAPM. Há prêmios de risco na taxa pré que devem necessariamente fazer a inflação implícita desviar da "verdadeira" expectativa, o que involve também a desigualdade de Jensen (você não sabe quantos anos esperei para escrever isto no blog.

Abs

Alex

Obrigado Alexandre.
Vou aguardar o post completo.
Um dos motivos da minha pergunta é que podemos pensar as expectativas do focus sob o ponto de vista de jogos. O incentivo pro agente ao responder à pergunta do focus é dizer aquilo que ele gostaria que o BC pensasse que fosse sua opnião sobre o IPCA, por exemplo.
No entanto, a inflação implícita mediria qual a inflação que de fato os agentes estão apostando seu dinheiro.
Evidentemente, é o senhor que assina as respostas do Santander para o focus, de modo que, seja lá qual for a estratégia do banco, talvez não seja estratégico revelá-la.
Então, afora os outros pontos que o senhor mencionou, faria uma outra pergunta, de ordem mais prática.
Os operadores de títulos de um banco, tomam suas decisões balizadas pelo número que o departamento de pesquisa macro fornece, ou há alguma independência, dissonância? (perdão pela ignorância)
Abraços e obrigado novamente.
Daniel

"O incentivo pro agente ao responder à pergunta do focus é dizer aquilo que ele gostaria que o BC pensasse que fosse sua opnião sobre o IPCA, por exemplo."

Na verdade não Daniel. Vale alguma coisa dar o seu melhor número (no sentido de ser o que você realmente acha que vá ser o IPCA); caso você entre nos Top5 e se mantenha por lá, isto ajuda no seu valor de mercado.

Quanto a operadores x economista, isto depende muito de cada instituição. No meu caso, em particular, pelo arranjo do Santander, eu cuido de clientes; a Camila Faria Lima atende a mesa. Ela poderia responder.

Entrando no assunto, já avisando que sou leigo na questão técnica, para mim o relatório Focus é uma brincadeira de pançudinhos.
Tudo pensado e proposital, a exclusão de alguns segmentos na pesquisa, a demora para o ajuste na mediana e o 'risco da certeza'.
A fórmula de cálculo e da precificação é conhecida pelos especialistas, então, é só ajustar a expectativa e, às vezes, mudar o tempero.
Remuneração de capital frente ao deflator inflacionário e custos.
Daniel, o Alexandre tem um senso de limitação responsável, intrínseco à personalidade. No melhor estilo juiz de futebol tecendo comentário sobre jogos: você fala sobre a regra. O 'game' é para os 'players',...
Nada impede que ele venha a me chacoalhar e me tirar de lado da conversa; não sou interlocutor, nem escudeiro. Só desejei ajudar.
Mudando e complementando, o Henrique Meirelles foi banqueiro e é uma pessoa ouvida pelo presidente; vide a novela que se passou quando ele (Henrique) cogitou sair como candidato político. Você acha que ele não sabe qual a cirscuntância necessária para que venha a haver um ajuste na taxa de juros a patamar razoável (pelo padrão internacional)?
Vão usar o ditado de que 'só uma andorinha não faz verão'. Vontade política, custo Brasil, reformas, filosofia de governo indutor de crescimento, a lista é longa,...
Alex, qualquer dia, se possível, você poderia escrever ou dizer onde pode ser lido algo sobre os motivos para as cotações recordes no preço do ouro, na atualidade?
Não se trata de mensurar apostas no ativo ou especular até onde ele pode ir e a curva seguinte. Somente lançar ponto de vista sobre alguns fundamentos sobre tal escalada. Outra coisa que não entendo e não gostaria que fosse assim: o fim do padrão-ouro como lastro nas moedas.
Acredito que o patamar econômico que seria atingido pela humanidade com o lastro em ouro, seria muito menor do que o atual, portanto, desfavorável a todos; este pode ser um dos motivos. Aproveitaram até o choque do petróleo.
A economia tem umas coisas absurdas ao leigo pé-no-chão, uma é esta, a outra é o uso do dólar como moeda-padrão, atualmente.
Veja que esquema interessante, o próprio produtor e vendedor empresta o dinheiro para o comprador adquirir a sua mercadoria. Japão e China, principalmente, financiando aos gafanhotos americanos, endividados até a quarta geração.
Outra coisa fantástica, a avaliação de preços de qualquer coisa. As coisas são vendidas pela expectativa futura, necessidade premente, relatividade e consenso de valor. Maravilhoso isso,...
Por preço nas coisas (moedas, títulos, imóveis, salários, impostos) é algo, 'rebuscadamente' dito, 'bem' capitalista,...
Hoje, dia de eleição, estou com a funda e a pedra na mão. Estou de mal com o mundo,... rs, rs, rs
Brincadeira e abraço.

Se alguém tinha sentido falta de um comentário cretino, ei-lo acima.

Dando uma olhada no tal de CAPM mencionado aqui, pela Wikipédia.pt (sei da precariedade da fonte), vi no final da fórmula que há uma variante que:
"é por vezes chamada de prêmio de mercado ou prêmio de risco, e representa a diferença entre a taxa de retorno esperada do mercado e a taxa de retorno livre de riscos."
Ora, se mesmo o 'dinheiro vivo' possui risco e tem custo (traça e ladrão, local para a guarda e proteção, entre outros), deduz-se que:
- não existe ativo/investimento sem risco, mesmo a caderneta de poupança ou os títulos 'triple A' americanos. O que existe é um consenso sobre risco sistemático: de 'baixíssimo risco' frente a outras classes.
É o que entendi.
Uma questão de credibilidade; você empresta dinheiro ao banqueiro acreditando receber seu dinheiro e uma quantia a mais e o banqueiro faz o mesmo junto ao mercado (PFs e PJs).
Tal qual ir ao médico, farmácia, supermercados, postos de gasolina, trabalhar, investir, estudar, etc. Credibilidade e confiança.
Parametrização, custo, 'consenso' e a taxa (para estar 'dentro' ou 'fora'). É isto o que os operadores/investidores normalmente utilizam, Daniel.
Normalmente, pois, existem algumas sutilezas que podem surgir no decorrer de uma precificação, dependendo de quem, o que, quando, como e onde e as circunstâncias. Eh, eh.

O comentário pode mesmo ter sido cretino e/ou medíocre, Alex; só desejei expressar a opinião de quem paga pelos altos juros embutidos nos impostos exponenciados pela incompetência e malversação governamental, vis-a-vis outros países de comportamento semelhante e com taxas mais palatáveis.
Um abraço.

Alex, o comentário cretino está lá para ser tosquiado.
Estou incentivando-o; porém, o desejo é teu. Talvez não lhe seja interessante destrinchar o comentário ou seja aborrecedor. Então, não o faça.
Aplico na vida algumas 'fórmulas' que uso para obter conhecimento: estudar com alguém perito; pedir, pedir e pedir para aprender e escrever jocosamente (ou cretinamente, como você ponderou) sobre o que não sei.
A experiência é outra forma de aprender, mais rica, mas precisa-se de uma base.
Um abraço e bom domingo.

Novamente, obrigado Alexandre.
Aguardo ansioso o post completo.

Ângelo, agradeço a disposição, mas na posição de leigo (como o senhor afirma ser) seria mais proveitoso perguntar àqueles mais estudados, em vez de fazer colocações, digamos, "ousadas".

Daniel

Daniel, estas colocações, são só para fazer pensar e às vezes, extrair, alguma lição proveitosa. Sou totalmente leigo e nem possuo formação acadêmica alguma.
Eu acharia interessante se você lesse sobre o Salomon Brothers (conceito primary dealer), Paul Mozer e os bonds do Tesouro Americano.
Ali, poderão ser percebidas algumas peculiaridades de mercado, títulos fixos, taxas de juros, formação de preços, risco, expectativa de taxa de inflação e taxa de inflação implícita, etc,... (Na verdade, não será nada disso).
Um balanceamento de teoria e prática.
Algumas pessoas em posições especiais não podem expressar-se totalmente para não serem mal-compreendidas ou impossibilitadas devido ao cargo que ocupam. Tal como um ministro da Fazenda; tem que ser responsável, pois, há sempre uma expectativa, uma antecipação e maximização de tendência, entre outras coisas.
Sinceramente, só quiz ajudar.
Um abraço genuíno a você e ao Alex. Bom domingo.

Boa noite,
Apenas venho felicitar o Alex pelo conhecimento e a desenvoltura na entrevista recente na Exame.

Rodolfo

"Sinceramente, só quiz ajudar."

Agradecemos a ajuda, Angelo. Continue azzim.

Caros, leio na capa do Valor de hoje:

"há consenso na área econômica do governo sobre a necessidade de agir, de imediato, para frear a apreciação do real..."

Por um lado, a afirmação é mentirosa: sabemos que não há consenso. Por outro, é alarmante: apesar de não haver consenso, sabemos que esta é a opinião da maioria da equipe do governo, exceto, talvez, BC.

Será que 2011 nos agurado com uma política cambial mais forte? Controles de capitais estão por vir? Sinceramente: temo.

Pai Alex.

Alex, você poderia comentar um pouco mais sobre a desigualdade de Jensen e a relação com o skew do B/E sobre a projeção FOCUS?
Obrigado.
Bruno

Bruno:

Prometo postar, mas vai dar um certo trabalho, até porque os recursos de edição de texto do blog são limitados.

Abs

Alex

Em relação as diferenças entre a inflação implícita e expectativas de inflação, o seguinte trabalho para o caso americano é bem interessante:
http://www.bilkent.edu.tr/~refet/gsw_tips_revised.pdf

No mercado americano, além do prêmio de risco, existe também um prêmio de liquidez no mercado de títulos indexados a inflação. Esses prêmios impossibilitam a interpretação da inflation compensation como uma medida de inflation expectation. Se no mercado americano de títulos indexados a inflação existe um prêmio de liquidez significativo, eu imaginaria que esse prêmio também não deva ser nada desprezível no Brasil.

De resto, acho que o trabalho está super bem escrito e didático, e responde a várias perguntas levantadas nos posts acima.

Abs,
Rodrigo

IOF elevado a 4% sobre investimento externo em renda fixa, somente.
Nem um pouco surpreso. Deram uma boa sinalizada antes. Não acho que seja tão má idéia assim,...
Acho que vai dar uma estancada na arbitragem câmbio x taxa de juros; se não bolarem um desvio.