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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Coerência acima de tudo

25/10/2010 - 18h02

Governo não cogita ajuste fiscal para atenuar câmbio, afirma ministro

BRASÍLIA - O governo não cogita um ajuste fiscal para atenuar a questão cambial, disse, hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Os gastos públicos não têm impacto inflacionário no Brasil", afirmou ele. "É um equívoco essa visão, porque a inflação está subindo por causa dos alimentos e não por gastos governamentais", continuou ele.

Ao ser questionado sobre a posição de analistas que defendem maior controle fiscal, de forma que o governo contribua para a redução dos juros pelo Banco Central, já que os juros elevados atraem o investidor externo ao país, Mantega rebateu: "Acho que não tem nada a ver uma coisa com a outra. Se fosse assim, os Estados Unidos, que têm um déficit fiscal enorme, deveriam estar com os juros lá em cima", continuou ele.

(...)

MANTEGA:GOVERNO ESTÁ PRONTO P/TOMAR MEDIDAS P/IMPEDIR ALTA DO REAL

Brasília, 4 - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou há pouco que a valorização do real acendeu o sinal de alerta do governo, que, segundo ele, está pronto para tomar medidas para conter esse processo. “Não mediremos esforços para impedir que o dólar derreta, seja direta ou indiretamente”, afirmou.

O ministro disse que não anunciará medidas hoje, mas destacou que o governo já está trabalhando em uma “ação fiscal forte” que, no médio prazo, tende a contribuir para reverter o processo de valorização do real. Isso porque, argumentou, um ajuste fiscal reduz a demanda na economia, o que deve abrir espaço para, no futuro, quando o Banco Central julgar que é possível, os juros caírem. Mantega lembrou que o juro alto é um fator de atração de capital externo e sua redução contribui para conter a valorização do câmbio.

- O ajuste fiscal não tem nada a ver com câmbio!
- Tem sim! Vamos fazer o ajuste!
- Tem não!
- Tem sim!
- Hoje é terça ou quarta? 

19 comentários:

Todo mundo comete deslizes, mas, o Mantega está perdidinho igual a amendoim na boca de banguela,... kkkkk
Hilariante!

Já que estamos por aqui em uma jornada religiosa, vou ficar com 2 frases do saudoso Bob Fields;

“Deus errou, limitou a inteligencia e não limitou a burrice.”

" Deus não é socialista. Criou os homens profundamente desiguais.”

Se ele falou uma coisa para ganhar uma eleição, e faz outra para não perder a próxima, talvez não seja tão bobo assim.....

"Se fosse assim, os Estados Unidos, que têm um déficit fiscal enorme, deveriam estar com os juros lá em cima", continuou ele."

HAHAHHAA Meu deus!!!

É mais facil fazer um ajuste fiscal no Brasil do que nos EUA.Embora a situação fiscal não seja das melhores,ela é facil de reverter basta vontade política.

Os EUA precisam de um forte ajuste fiscal,reverter um deficit de 10% do PIB não é facil.

concordo com o pait, acima. ia escrever a mesma coisa.

aproveitando a deixa, vcs nao vao comentar o artigo do safatle hoje? ou acham que ele mesmo já se estabanou suficientemente? (http://tinyurl.com/3yjavfg)

abs
sgold

Ou usando o formato de conhecido analista de costumes: "O que me espanta nesse rapaz, com todo o respeito, não é a sua formação defeituosa de economia, mas essa burrice altiva, orgulhosa, provocativa, inquieta, desafiadora, soberba, auto-suficiente… orgulhoso e voluntarioso da própria ignorância"
A frase se aplica aliás à equipe da Dilma "de fond en comble".

Pô, o cara só quer garantir o emprego. Na realidade a coisa da desorientação começou em dezembro. De lá para cá ele ficou sem saber direito para que lado atirar. A culpa é da Dilma. Com o Lula era bem mais simples...

"burrice altiva, orgulhosa, provocativa, inquieta, desafiadora, soberba, auto-suficiente… orgulhoso e voluntarioso da própria ignorância"

Espetacular: quem é o autor?

A quem eles pensam que enganam falando uma coisa e fazendo outra?

"É mais facil fazer um ajuste fiscal no Brasil do que nos EUA"

Felipe:

Os EUA estão com quase 10% de desemprego quando a NAIRU deve ficar ao redor de 5%. A valer a lei de Okun, isto seria consistente com um hiato do produto da ordem de 10%. O resultado fiscal americano com a economia a potencial é algo ao redor de 5% do PIB.

A valerem as projeções do CBO (http://www.cbo.gov/budget/budget.cfm) já em 2012 o déficit americano terá caído para pouco mais de 4% do PIB, próximo ao que o Brasil apresenta hoje (limpando o dado fiscal da contabilidade criativa, o déficit seria pouco superior a 4% do PIB).

Fora isso, a carga tributária nos EUA é menor que no Brasil e o orçamento muito menos amarrado.

Quem você acha mesmo que tem as melhores condições para reduzir o déficit?

* * *

Dito isto, sua intervenção mostrou que você também não consegue entender o que está escrito no post o que lhe dá o título de "analfabeto funcional do dia". Parabéns. Mande um foto para que possamos publicar.

Caro Alex,


saindo um pouco dessa discussão do ajuste fiscal(que claramente tem efeito, mas mais percebíveis no médio/longo prazo ...). Gostaria de apresentar uma idéia bem simples e perguntar por que é que ainda não foi aplicada: aumentou-se os impostos sobre o capital estrangeiro, mas o que não se fez foi aumentar principalmente sobre o capital especulativo de curto prazo: simplesmente taxando os capitais que saíssem em menos de x dias, por exemplo, ou essa taxa podia ser inversamente proporcional ao tempo que o capital permaneceu aplicado. Seria uma boa medida pra ter sido anunciada hoje, não seria?

Abraços

Gá:

O IOF funcional (ou não funciona) exatamante assim. Como ele é pago "upfront", ele "come" proporcionalmente mais o rendimento de uma aplicação curta e é "amortizado" na aplicação longa.

Ainda assim, fracassou miseravelmente, como eu e a Tatiana mostramos aqui:

http://www.funcex.com.br/downloadexterno/rbce/105-ASTP.pdf

Abs

Alex

O folclore nacional já tinha a Mula sem cabeça, agora criamos a Mula com duas cabeças. Seria cômico se não fosse trágico!

Ouvi em algum lugar uma frase muito boa: o Brasil não quer que US$100 bilhões entrem no país, mas não pode viver sem US$50...
O governo está cansado de aumentar reservas e gastar muito com isso, mas não pode atender ao mesmo tempo a indústria ("dólar está barato demais pooorra!"), o consumidor ("oba! vamos pra Orlando!") e as demandas "republicanas" ("oba! aumento de salário!" ou "oba! trem bala e Olimpíadas!"). Temos esperança de ver essa curva reverter conduzida por um pragmatismo do PMDB ou mesmo do PT pós-Lula?? Acho difícil. Inflação mais alta e conta corrente mais furada acertam isso no curto prazo. Parece que inevitável que a política vá jogar a macroeconomia sempre pro limite de tolerância. O problema que o limite hoje é um, mas amanhã poderá outro bem mais restritivo. Aí a festa acaba num hard-landing.
Fernando A.

Minha campanha seria: Alex para Ministro da Fazenda!

"O problema que o limite hoje é um, mas amanhã poderá outro bem mais restritivo. Aí a festa acaba num hard-landing."

Assino embaixo.

"O"

Como diz o grande poeta brasileiro:
"É melhor cair em contradição
do que do oitavo andar."

Alguém está misturando pinga no capim do Mantega.