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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Momento pedagógico

Ontem escrevi um post entitulado “A conta” que causou a seguinte reação de um comentarista anônimo: 

 "O que estaria causando a recessão atual da economia brasileira e quais seus mecanismos de transmissão???" 

Minha resposta é que a economia brasileira não está em recessão. Crescimento de 1.5 – 2.5 por cento é a nossa velocidade de cruzeiro sob as políticas econômicas atuais. 

 Não me refiro às ações concebidas para afetar a dinâmica de curto prazo (por exemplo, política monetária e estímulos pontuais ao consumo), mas sim ao modelo que enfatiza políticas que reduzem nossa taxa de crescimento de longo-prazo.

Especificamente, refiro-me à proteção a setores industriais que não são competitivos, a recusa de nosso governo em assinar um contrato de livre comércio com os Estados Unidos (ou liberalizar unilateralmente), a contínua existência do BNDES e suas ações que protegem firmas estabelecidas contra a entrada de competidores, as regras de exploração do pré-sal que afastam o investimento não-estatal, os altos salários do funcionalismo público que distorcem as escolhas de carreira de nossos jovens mais talentosos, a política educacional mais interessada em doutrinar as crianças do que prepará-las para ser produtivas, a baixa prioridade dada ao investimento na infra-estrutura etc. 

O Brasil é como aquele proverbial besouro cuja aerodinâmica não permitiria voar. Exceto que o besouro voa.

67 comentários:

Mais uma vez parabéns.
Como contribuinte e consumidor tenho todo o direito de contraditar as absurdas doações feitas por autoridades do governo que estão usando e abusando de poder discricionário (BNDES, BB, CEF). Tenho o direito de duvidar desta turma que é do governo do mensalão? A política cambial é ideológica ou defesa de interesses de minorias? Pode ser tudo.

Eu que fiz a pergunta.

Voce listou uma serie de motivos que supostamente reduziriam nossa taxa de crescimento de longo prazo, mas nao explicou seus mecanismos de transmissao.

Mas, para nao dizer que nao falei de flores, concordo que nao estamos em recessao. Minha intencao era questionar o porque desse dinamismo atual tao mediocre da economia brasileira.

Att,

Economista Y

Voce acredita que as politicas de curto prazo nao guardam relacao (estreita) com o que acontece na economia no longo prazo?

Qual a magica?

Economista Y

Não se esqueça que sendo implantado do jeito que foi concebido, o novo modelo do setor elétrico vai tender a ser viável através de investimentos da Eletrobras, que em função das mudanças sofrerá um golpe mortal em suas receitas e capacidade de investimento.
O setor privado que já vinha participando minoritariamente dos grandes empreendimentos, vai pular fora.
As distribuidoras de energia tendem cada vez mais a voltar para o estado, pois a ANEEL quer isto para ficar coerente com a ideologia do governo de plantão.
E ao querer isto, está inviabilizado este pedaço para o setor privado.
A necessidade de investimento nos próximos 10 anos para o setor é uma conta que pode variar de 25 a 35 bilhões de reais, POR ANO.
Provavelmente teremos uma "Supereletrobras" movida à BNDES, a persistir tal quadro de mudança.

Este comentário foi removido pelo autor.

"Tombini vê inflação na meta com juros estáveis"


Is Tombini on drugs?

Deve estar tomando a mesma substancia que o mantega toma (LSD?) e "vendo" coisa. Soube q se tomar esse negocio vc ve inflacao na meta, desindustrializacao e outras coisas INACREDITAVEIS!!!

Não sou economista, o que me dá algum espaço para falar bobagens. O PIB e sua variação como medidas do que se passa num país me parece incapaz de traduzir, pelo menos no curto prazo, o Brasil. Não cresceremos 4,5%? OK. O jovem brasileiro busca a Petrobrás como um empregador ideal, a educação é ridícula, o ambiente para inovação é adverso, a burocracia boçal, a infraestrutura é ridícula, nossos preços são altos, o governo é gastador com seus amigos, enfim tudo conspira para andarmos como uma tartaruga.
Mas, tem sempre um mas, o emprego se mantém com crescimento do PIB de 2%, os juros baixos propiciam uma melhora fiscal, as commodities permitem um conta corrente sem problemas, o governo mantém aposentadorias e repasses generosos associados à escolas e hospitais ruins como a população pede, as indústrias se mantém mesmo com o consumidor pagando o pato, a coisa vai andando-parada num ambiente positivo para o brasileiro médio. A comparação é ridícula mas não consigo deixar de fazê-la: vivemos uma versão indigente da estagnação japonesa, que tem desemprego baixo e todo mundo tranquilo. Falam da estagnação econômica japonesa como se fosse o fim de um povo...
O risco de uma japaneização no Brasil? Inflação quebrar essa inércia, commodities afundarem, reversão dos investimento estrangeiros por aqui são os óbvios.
Estamos plantando mais 20 anos de marasmo, salvo qualquer perturbação externa. A demografia nos permitir esquecer os problemas por algumas décadas.
Maradona

Meus caros,
Só um comentário em relação ao comentário sobre a nova regulamentação do setor elétrico. O comentário está correto a não ser um pequeno (e muito importante) detalhe. Estas mudanças impactam sim (e muito) o setor elétrico. Mas elas impactam também muito o restante dos setores. Basicamente, se o governo resolveu tungar o setor elétrico, porque ele não tungaria (por exemplo) possíveis investidores em aeroportos? Ou em estradas? Esta mudança assustou muito os investidores externos (e, por óbvio, os internos também). Isto é muito grave e representa um choque negativo assombroso para nossa economia. E o pior, vai ter imbecil batendo palma para isto.
Saudações

Este comentário foi removido pelo autor.

“Voce listou uma serie de motivos que supostamente reduziriam nossa taxa de crescimento de longo prazo, mas nao explicou seus mecanismos de transmissao.”

Precisa explicar? Temos uma das taxas de investimento mais baixas entre países emergentes. Eu não consigo me lembrar de uma única firma brasileira que tenha criado um produto inovativo que tenha um alcance de mercado global. Nosso crescimento de produtividade é baixo e nossa infra-estrutura de péssima qualidade. Quer mais?

“Voce acredita que as politicas de curto prazo nao guardam relacao (estreita) com o que acontece na economia no longo prazo?”

Em termos gerais, não acredito. Políticas de curto prazo podem afetar a economia no longo prazo, mas não me parece uma preocupação relevante para a economia brasileira agora (por exemplo, uma nuvem de gafanhotos carnívoros sedentos por sangue bovino decimaria a economia de Goiás, mas esta não está entre minhas principais preocupações por vários motivos, entre eles a inexistência de tais criaturas no presente momento).

"Eu não consigo me lembrar de uma única firma brasileira que tenha criado um produto inovativo que tenha um alcance de mercado global."

Embraer 190

Tentando de novo.

O Brasil é um país fechado, somei os dados de exportações e importações como % do GDP (Banco Mundial) e ficamos em último lugar (22,77%) em 2010, atrás de EUA (29,05%) e Japão (29,18%). Mas daí a dizer que a ALCA é solução seria confiar demais no velho Ricardo. Segundo o Banco, de 2004 para cá a pobreza no Mexico aumentou...

A educação é um baita problema mesmo. Mas quem aponta soluções? Acabar com uma suposta doutrinação é delírio da Veja y otros. Tem a proposta dos 10% do PIB, se vierem os royalties do petróleo talvez dê.

Com esse dinheiro novo eu defendo turno integral e um tablet por criança (com carregador solar), sem nenhum tipo de instrução ou treinamento. Funciona.

"Em termos gerais, não acredito. Políticas de curto prazo podem afetar a economia no longo prazo, mas não me parece uma preocupação relevante para a economia brasileira agora (por exemplo, uma nuvem de gafanhotos carnívoros sedentos por sangue bovino decimaria a economia de Goiás, mas esta não está entre minhas principais preocupações por vários motivos, entre eles a inexistência de tais criaturas no presente momento)."

"O" Anonimo está doidâo?

O texto está péssimo e o comentário pior. Além de não ter respondido nada.

Falar trivialidades e senso comum é muito fácil...

“ Mas daí a dizer que a ALCA é a solução vai uma longa distância, por exemplo, segundo o Banco a pobreza no México aumentou de 2004 para cá.”

Acho que você está confundindo condição necessária com panacéia.

Se o Brasil liberalizar o comércio, eu não garanto que convergiremos aos níveis de bem-estar e renda dos países avançados – existem vários outros fatores que são importantes também.

Mas se não liberalizarmos, posso garantir, tão certo quanto qualquer outra proposição de política econômica, que não iremos além do patamar medíocre em que estamos.

“Quanto a educação acho que todo mundo concorda que é um grande desafio. A questão é propor algo substantivo. Esse papo de doutrinação é coisa da Veja, que vive num mundo paralelo. Outra ideia é gastar 10% do PIB. Concordo, mas falta "combinar com os russos", a Câmara não manteve a vinculação dos dinheiros do pré-sal à educação...”

O problema da educação como doutrinação ao invés de treinamento para a produtividade é real e vem de longa data. Se a Veja aponta tal problema, acerta na mosca.

“Basicamente, se o governo resolveu tungar o setor elétrico, porque ele não tungaria (por exemplo) possíveis investidores em aeroportos? Ou em estradas? Esta mudança assustou muito os investidores externos (e, por óbvio, os internos também). Isto é muito grave e representa um choque negativo assombroso para nossa economia. E o pior, vai ter imbecil batendo palma para isto.”

Concordo 100%.

“O risco de uma japaneização no Brasil?”

Eu não penso no Japão, mas sim uma combinação do dinamismo econômico da França, a situação de segurança pública da Guatemala e uma renda per capita aproximadamente igual a 1/4 da renda per capita americana.

Me identifico plenamente com esse seu post. Resumiria no seguinte: precisamos é de economia de mercado efetivamente funcionando, ou seja, ambiente competitivo a rodo.

Infelizmente quem criou essa economia distorcida foram aqueles ministros e burocratas da ditadura militar que a chamada nova republica acabou por consagrá-la.Então o nosso grande problema não é econômico. É político!

"O", deu um problema nos comentários e acabei apagando o original e criando outro muito semelhante.

Acho que confundi com panacéia mesmo. Liberalização funciona para os dois lados, X e M, em importações somos o último (11,9& do GDP) e em exportações (10,82%) ficamos a frente apenas de Burundi, Nepal e Ruanda. Não dá para focar no comsumo de importados sem pensar no que será exportado.

Quanto a educação e a suposta doutrinação isto está mais para folclore, pelo menos não tenho visto pesquisas na área apontando o contrário. Além do mais, os estados tem uma baita autonomia curricular. Por fim, como mostra o caso dos tablets na Etiópia, Educação (maiúscula) não é para a produção e sim para o desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas. A produtividade vem como consequência.

"Então o nosso grande problema não é econômico. É político!"
Concordo. Vejo o brasileiro, que vota, muito feliz com a perspectiva criada pela extrapolação dos últimos 10 anos. Se "a conta" é essa, crescer 1,5% e ter esse nível de emprego, não haverá pressão política para nenhuma mudança. Nem hoje nem daqui há 10 anos. A alegria abunda fora dos círculos que pensam no que poderíamos ser.
Maradona

“Se "a conta" é essa, crescer 1,5% e ter esse nível de emprego, não haverá pressão política para nenhuma mudança.”

Tenho um colega que chama isso de 'vocação nacional para a mediocridade'.

O governo além do setor elétrico, já tungou os poupadores (são poucos eu sei, mas eles ainda existem no Brasil), o setor ferroviário, os produtores agrícolas, os trabalhadores que compraram ações da Petrobras e da Vale com o FGTS, os consumidores, os bancos, os planos de saúde, até o Alex foi tungado!

No fim das contas são poucos os que se beneficiam com o atual regime (no sentido negativo da palavra claro). Depois algumas mentes brilhantes do nosso país, não entendem porque o investimento privado não decolou, mesmo com o BNDES cobrando juros negativos

disse quase tudo... olhe a minha estratégia de desenvolvimento:

o governo deveria financiar o encontro da AKB em navio luxuoso com direito a uma parada em uma ilha paradisíaca e deserta no Caribe (aposto que eles iriam adorar tal estímulo). Seria ótimo para o desenvolvimento do país se todos akbistas fossem deixados em tal ilha para sempre.
Perfeito não é???!!! Duvido que alguém tenha melhor estratégia que essa!!

Ainda melhor... O governo deve criar um sistema de incentivos à pesquisa acadêmica que remunera a quantidade de trabalhos publicados ao mesmo tempo que subsidia a criação de novas revistas acadêmicas. Em pouco tempo veremos um substancial aumento na “produção acadêmica”. Ao mesmo tempo, as agências financiadoras de pesquisa devem fazer vista grossa com relação a pesquisadores que publicam o mesmo artigo mais de uma vez ou que traduzem e republicam artigos co-autorados com alunos como se fossem próprios.

"O" Anonimo,
Em meu entendimento a taxa de crescimento da economia brasileira deve ser um pouco maior do que a sua crença em um intervalo de 1,5 - 2,5.
Considero que todos que fazem crítica ao atual ritmo de crescimento da economia brasileira não se dão conta que este ritmo foi desejado pelo governo para poder emprender as mudanças que foram feitas nos dois anos de governo de Dilma Rousseff. E não levam em conta também que o ritmo de crescimento está mudando.
A impressão que se tem quando se vêem críticas à política econômica é que os críticos avaliam que Dilma Rousseff estaria no mesmo contigenciamento de tempo e de fatos a que esteve submetido o governo de Lula para eleger Dilma Rousseff.
De todo modo esta questão de se ter taxas de crescimento mais elevadas mereceria uma abordagem mais detalhada. Lembro dois pontos. Primeiro, apesar de todas as externalidades negativas, quanto mais rápido o crescimento melhores são as condições para se ter uma ótima qualidade de vida. Sobre isso recomendo o artigo “Crescer é se desenvolver” de autoria de Marcelo Miterhof e que fora publicado na Folha de S. Paulo na quinta-feira, 11/10/2012. O endereço do artigo “Crescer é se desenvolver” no site da Folha de S. Paulo é:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelomiterhof/1167583-crescer-e-se-desenvolver.shtml
E segundo não se pode esquecer que no Brasil, tendo que se conviver com uma democracia, é muito difícil dar um ritmo acentuado de crescimento sem acirrar os graves problemas de desigualdade social e espacial já presentes na nossa economia.
Para crescer mais rápido, o Brasil terá que privilegiar a eficiência e isto vai privilegiar São Paulo tornando o Brasil espacialmente mais desigual. Não podendo estabelecer aqui no Brasil um sistema educacional com dedicação exclusiva como a ditadura militar da Coreia do Sul estabeleceu naquele país, a busca da eficiência na educação vai privilegiar os brasileiros já mais privilegiados e tornar os brasileiros ainda mais desiguais.
Assim, penso que nos próximos dois anos, o Brasil poderá crescer em taxas próximas de 3%. Esse novo patamar de crescimento induzirá um aumento de investimento e talvez ai o Brasil consiga uma taxa de crescimento na faixa de 4% a 5%.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 08/11/2012

"Ainda melhor... O governo deve criar um sistema de incentivos à pesquisa acadêmica que remunera a quantidade de trabalhos publicados ao mesmo tempo que subsidia a criação de novas revistas acadêmicas. Em pouco tempo veremos um substancial aumento na “produção acadêmica”. Ao mesmo tempo, as agências financiadoras de pesquisa devem fazer vista grossa com relação a pesquisadores que publicam o mesmo artigo mais de uma vez ou que traduzem e republicam artigos co-autorados com alunos como se fossem próprios."


pô "O", assim o Oreiro ia ta perdido!!!

fiquei sabendo que o Oreiro ameaçou um aluno de doutorado de reprovação em uma disciplina caso este não o colocasse como segundo autor...

Fantástico Alexandre. É o choque de realidade que poucos querem ouvir.

O "O" nao esquece nunca do Oreiro ne...

" Eu não penso no Japão, mas sim uma combinação do dinamismo econômico da França, a situação de segurança pública da Guatemala e uma renda per capita aproximadamente igual a 1/4 da renda per capita americana. "

O,

A aprovação do governo por aprox. 70% da população não legitimam o status quo? Qual o incentivo para mudar isso, atingir 125% de aprovação popular?

Aprovação do político é o P&L do trader, the way we keep score.



Doutrinador

P.S.: Concordo plenamente com a vocação nac. para mediocridade.

Gostaria de que fossem tratados os mecanismos pelos quais sairíamos de uma situação de pleno emprego para fora dela.

Porque, mal ou bem, crescemos pouco, mas as pessoas estão empregadas.

Acredito que, hoje, boa parte disso se deva à política fiscal e creditícia, aí incluído o habitacional.

Essas políticas públicas são viáveis? Se não, qual o encadeamento lógico que se poderia esperar. Como que isso continua?

Abraços

"Vejo o brasileiro, que vota, muito feliz com a perspectiva criada pela extrapolação dos últimos 10 anos. Se "a conta" é essa, crescer 1,5% e ter esse nível de emprego, não haverá pressão política para nenhuma mudança."


Mas a extrapolação dos últimos 10 anos é muito mais que crescer 1,5%. A "nova classe C" acha que vão ser todos Eikes Batistas até 2020...

E entendi o ponto do "O" que havia perguntado no outro post. Vou pensar a respeito. Obrigado!

Esse post está muito bom mesmo.

Pois é, temos de liberalizar o comércio mesmo.

E pra entender isso, bons livros são:

Krugman-Obstfeld-Melitz

Feenstra's advanced international trade

Feenstra-Taylor

Bowen-Hollander-Viaene

John McLaren

Bhagwati e seus colegas indianos

Jones-Caves-Frankel

Van Marrevijk

Alex e "O",

Há quem diga que a culpa da recessão é da política fiscal contracionista.

http://franklinserrano.files.wordpress.com/2012/08/desacelerac3a7c3a3o-rudimentar-brasil-summa-serrano-2012-20-08-2012.pdf

Acho que vale um diálogo.

Abs
Marcos Pedro

Se o problema é político, não haveria erro de política econômica. Eles estão acertando em tudo - segundo os seus interesses. O problema é que os nossos não lhes interessam e nem achamos canais (fora o esforço cibernético que talvez se perca nas nuvens) para expressarmos nossa discordância óbvia.

"Para crescer mais rápido, o Brasil terá que privilegiar a eficiência e isto vai privilegiar São Paulo tornando o Brasil espacialmente mais desigual. Não podendo estabelecer aqui no Brasil um sistema educacional com dedicação exclusiva como a ditadura militar da Coreia do Sul estabeleceu naquele país, a busca da eficiência na educação vai privilegiar os brasileiros já mais privilegiados e tornar os brasileiros ainda mais desiguais.". WTF?!?!?!

Pagamos uma das energias mais caras do mundo. Isto é Custo Brasil.

O governo vai reduzir o custo de energia para as indústrias entre 19% e 28% e para os consumidores em 16,2%.

Aqui isso virou tunga!

Inacreditável...

San

"A "nova classe C" acha que vão ser todos Eikes Batistas até 2020...".
Se você estivesse certo ficaria muito otimista com o Brasil. Se a classe C tentar fazer com que seus filhos sejam novos Eikes, ficarei certo que o Brasil irá ser uma nova potência.
Maradona

Não se esqueça de combinar isso com o BNJBS!

Pq se tem uma pessoa que gosta muito de lá é o Eike!

"Se você estivesse certo ficaria muito otimista com o Brasil. Se a classe C tentar fazer com que seus filhos sejam novos Eikes, ficarei certo que o Brasil irá ser uma nova potência."

Me expressei mal. Era madrugada, pô...

O que eu quis dizer é que a "nova classe C" tem a expectativa de manter o padrão de crescimento da renda (ou do poder aquisitivo) que teve entre 2003-8. E, para isso, o país precisa crescer bem mais que 1,5%.

"Aqui isso virou tunga!"

Se parece tunga, eh tunga.

Pra quem parece tunga? Para as empresas? Por favor.

Só reclamam do tal custo brasil, chega na hora de uma coisa boa aparecer reclamam também. Ou a energia já está barata demais? Tudo bem ser contra o governo, mas tem que ter limites caramba!

San

San,

se vc comprar um carro com 36 prestacoes fixas de mil reais por mes e dps de 12 meses o vendedor te obrigar a pagar mais 24 prestacoes de 2 mil reais, isso é tungada?

Mudanca unilateral nos termos do contrato. É tungada!!!!


Caro Bisneto
Também não me fiz entender, trabalhar e escrever ao mesmo tempo é duro, acabo fazendo mal as duas coisas. Acho q não precisamos crescer 4%, crescendo 2% os aplausos estarão garantidos, "a conta" está barata. A classe sei-lá-o-que deve estar querendo somente manter o status quo. Doutrinador escreveu coisa parecida. Queremos nossos filhos em escolas, não demandamos educação.
Maradona

San,
boa parte do preço da energia é imposto e é isso que torna a energia no Brasil caríssima. Ao invés de cortar esse imposto o governo quer ferrar com as empresas que geram e distribuem energia, que, não por acaso, são em sua mairia estatais, ou seja, no final das contas quando elas estiverem falindo ou o sistema entrar em colapso por falta de investimento (aliás já está entrando), nós e que pagaremos a conta mesmo...

Até tento, mas nunca entenderei o que se passa na cabeça de uma pessoa que além de votar no PT, acredita que eles estão fazendo a coisa certa.

Coitada da classe-c, não passa de um monte de gente que ainda está na pobreza mas acha que é da classe média...

"crescendo 2% os aplausos estarão garantidos, "a conta" está barata" (Maradona)

Não sei não...

Sobre energia, se é tungada eu não sei (aliás, nem sei o que é tungada), mas é uma opção: o governo força um preço mais baixo agora, assumindo o risco de afastar investimentos privados no setor.

Acho uma opção bem razoável se lembrarmos que ficamos cumprindo contratos religiosamente por 15 anos e nada acontece sem algum suporte do governo. Se o PT ficar esperando o tal do investimento privado, vai acabar como FHC.

Uma coisa é diminuir encargos e tributos da tarifa de energia. Isto foi feito e é a parte boa da MP 579.
Outra coisa é cortar lucro e capacidade de investimento. E isto foi feito também na MP 579.
Redução de tarifas, provoca elevação de consumo que provoca necessidade maior de investimento.
Mas a turma esquerdista da ANEEL, por ordem da chefia, quer reduzir tarifas.
Para a Aneel, se você investe 100 ela com boa vontade enxerga 60. É por aí.

Adicionando ao meu último comentário, para tirar a questão de eu ser parcial ou não, reflitam sobre uma frase do Luiz Pinguelli que foi presidente da Eletrobras no governo Lula:

"no governo eu descobri que não só DEUS é brasileiro, como SÃO PEDRO é PETISTA".

Caso haja um nível de chuva muito baixo até abril, haja térmica e fragatas para atender o PIBÃO que o manteiga tá esperando.

Como a inventada classe C manterá algum poder aquisitivo, se mantém o consumo e o endividadamento familiar e a inflação rodando acima do ponto médio da meta?
E ainda num modelo que, aparenta, sendo já dito aqui em posts, parece que há certas metas para crescimento e juros, mas não mais para a inflação.
O tripé abandonado, inclusive o superávit primário.
O câmbio "flutua" dentro de um intervalo de R$2,0 a R$2,5/US$1,0.

E o pior, como manter salários acima da produtividade?

Delfim Bisnetto disse...
"...Se o PT ficar esperando o tal do investimento privado, vai acabar como FHC." Claro, os caras transformaram as agências em cabides de empregos pra "cumpunheirada"!

Off-topic

Old but gold:

http://www.youtube.com/watch?v=2G9NZmlSkfg



Doutrinador

Proteu ( 09/11/2012 às 11:10),
Desculpe-me imitar como dizem aqui os ilustres e letrados analistas de grandes costados e altos coturnos, é preciso desenhar?
Bem, o que eu quis dizer é que deixado para ser guiado pela mão visível do mercado, o investimento se direcionará para São Paulo, pois lá há mais capital, mais mão de obra especializada e melhores condições de logística. Se guiado pela eficiência ou perspectiva de retorno e sabendo que os outros estados não podem desvalorizar a moeda é para São Paulo que irá todo o investimento. O Brasil ficará ainda mais desigual.
No curto prazo, haverá mais crescimento se o investimento for direcionado para São Paulo, mas além de ser excludente no curto prazo, ele provoca estrangulamento de crescimento no longo prazo.
A crise de 2008 que se arrasta até os dias de hoje não só foi uma crise oriunda da alavancagem de investimentos como também uma crise decorrente de superprodução. Superprodução que só é superprodução porque a riqueza no mundo é mal distribuída.
Se Estados Unidos e Europa tivesem distribuído um pouco da riquesa deles para a América Latina, África e certos países da Ásia, talvez a crise de superprodução pudesse ser postergada por uns dez a vinte anos.
Se pretendemos fazer um crescimento mais includente, ele terá que se dar em ritmo menor, pois exigirá o direcionamento do investimento para áreas de menor retorno. E o ritmo só aumentará se mais à frente a inciativa privada se sintir encorajada a aumentar a taxa de investimento. Uma parte do encorajamento será decorrente do maior crescimento, mas parte importante vai decorrer de políticas públicas adequadas.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 10/11/2012

Proteu ( 09/11/2012 às 11:10),
Quanta a referência que fiz à educação, eu aproveitei que na educação é visível o efeito de políticas públicas distintas e porque é indubitável a relação da educação com o crescimento e o desenvolvimento. E infelizmente no Brasil, a educação é um setor em que a desigualdade não é só espacial, mas que também se faz presente em cada recanto do país. Desigualdade que só poderia ser resolvida no curto prazo se se adotasse um modelo autoritário como o modelo que o ditador Park Chung Hee implantou na Coreia do Sul.
Um pouco sobre a educação coreana pode ser visto junto ao post "A educação na Coreia do Sul" de domingo, 09/09/2012 às 22:45, no blog de Luis Nassif destacando um comentário de Moraes e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-educacao-na-coreia-do-sul
Tambem no blog de Luis Nassif há ainda o post “General Park, o pai da moderna Coreia do Sul” de segunda-feira, 17/09/2012 às 09:00 desta vez da lavra do próprio Luis Nassif e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://www.projetobr.com.br/blog/luisnassif/general-park-o-pai-da-moderna-coreia-do-sul
E o efeito deste esforço coreano pode ser visto no post aqui no blog de Alexandre Schwartsman intitulado “Mais que mil, vale um milhão de palavras” de segunda-feira, 09/04/2012 e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/04/mais-que-mil-vale-um-milhao-de-palavras.html
Penso que uma política pública voltada para os mais capazes daria resultados no curto prazo bem melhor esdo que o nosso modelo que parece repousar na crença de que quantidade gera qualidade. Espero, entretanto, que daqui a quarenta anos, a maioria dos brasileiros vai encontrar no próprio lar suporte para o aprendizado complementar.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 10/11/2012

Clever,

Um pouco de coreano para ti:

대변​​을 먹고 죽어.

"O"

Alex,

poderia detalhar seu raciocinio porque o salario do funcionalismo publico distorce as escolhas dos jovens? Acredito que o setor privado oferece muito mais opcoes e renumera muito melhor os mais talentosos.
E creio que e' fundamental ter gente talentosa no funcionalismo publico. Eu quero sim jovens talentosos no BC, na fazenda, no tesouro, nas agencias reguladoras, no judiciario e etc...

poderia detalhar seu raciocinio porque o salario do funcionalismo publico distorce as escolhas dos jovens? Acredito que o setor privado oferece muito mais opcoes e renumera muito melhor os mais talentosos.
E creio que e' fundamental ter gente talentosa no funcionalismo publico. Eu quero sim jovens talentosos no BC, na fazenda, no tesouro, nas agencias reguladoras, no judiciario e etc...

Clever,
Citou Nassif, perdeu. É o anti-argumento de autoridade.
Só vale citar o blog do Nassif para debochar. Veja um momento clássico da sua obra (em sentido amplo, claro):
"A grande investida da Coréia, nas últimas décadas, deu-se através de um amplíssimo esquema de contrabando, valendo-se de uma estrutura internacional de coreanos que migraram para diversas partes do mundo. Em São Paulo, Promocenter era um exemplo vivo desse jogo." (1/8/2008)

Uma pequena observação ao post do "O". A existência do BNDES é sim fundamental, mas para financiar e tornar mais competitivo e baratos as produtividades que internalizam os custos "socioambientais". Exemplos são as energias limpas como a solar e eolicas, e os transportes de massa com poluição baixa como metro e VLTs. O que está faltando no BNDES é a adoção de criterios mais tecnicos na concessão de emprestimos e menos politicagem, mas isso logo logo acho que vai se resolver.

Quanto à MP 579 - do setor eletrico - digo que, como alguem que ja faz algum tempo acompanha e ja trabalhou no setor, as empresas eletricas, na maioria, foram muito acomodadas. Não digo que a MP é eficiente no seu proposito, mas as empresas de energia também possuem grande parte de culpa no que se encontra o setor eletrico atualmente. Procurou-se muito mais investir em lobby do que em quadros tecnicos e aperfeiçoamento de tecnologia. Mas realmente o governo é o maior culpado por isso, deu o sinal errado.

O San tem um bom ponto. A MP 579 reduz tributos sim, e também a margem de lucro das empresas', considerada alta demais, pelo que sei o pessoal da área técnica do BNDES considera que TIR acima de 8% já é bom negócio.

Concordo que se cair demais as empresas não vão investir e tal. Mas achismo por achismo fico com a proposta da MP, que foi feita por gente que conhece o assunto e não com a , compreensível, choradeira apocalíptica das empresas.

Aos que acham tudo isso uma barbaridade, seria bom apresentarem alguma alternativa. Como está o preço da energia não pode ficar...

Leonardo Monasterio (11/11/2012 às 09:32),
Luis Nassif merece bem umas reprimendas. Eu comento lá com freqüência maior porque considero o Luis Nassif mais de esquerda. E não sendo Luis Nassif um economista, eu percebo que lá há mais espaço para opinião de leigos como a mim. Em um blog não especializado as opiniões não são meras reproduções de livros técnicos que pelo menos até os dias em que a opinião apareceu era de um livro incontestável.
E uma das razões para eu ser mais freqüente em blogs de esquerda é a minha expectativa pretensiosa de que eu possa convencer a esquerda de que muitas teses dela ou de grande parte da esquerda estão erradas.
Há muita gente na esquerda que é contra o aumento dos impostos. Há muita gente na esquerda que é contra o incentivo estatal para a formação de grandes conglomerados empresariais.
E eu sou muito crítico de Luis Nassif. Um dos primeiros comentários que eu fiz no blog de Luis Nassif foi em post dele sobre a escolha do maior economista brasileiros e em que Mario Henrique Simonsem foi escolhido o melhor economista. O post é de agosto de 2007. Para Luis Nassif a escolha teria sido direcionada e ele avaliava que Antonio Delfim Netto seria melhor economista do que Mario Henrique Simonsem. O fato da escolha ser direcionada para mim era indiferente, pois qualquer escolha é direcionada, mas como Mario Henrique Simonsem como ministro de Ernesto Geisel elevou a carga tributária de 24 para 27% do PIB enquanto Antonio Delfim Netto, como ministro de João Figueiredo fez a carga tributária voltar ao antigo patamar de 24% do PIB, eu sempre fui menos crítico de Mário Henrique Simonsem do que de Antonio Delfim Netto.
É claro que aproveitei a oportunidade para elogiar Mário Henrique Simonsem e criticar Luis Nassif e Antonio Delfim Netto (Faço entretanto, uma ressalva, não nego que eu já aprendi mais de economia com Antonio Delfim Netto do que com Mario Henrique Simonsem).
Agora uma coisa boa que eu encontro no blog de Luis Nassif são artigos de outros autores trazido seja por Luis Nassif seja por um blogueiro comentarista. E aqui vale mencionar o post "Estabilidade catastrófica, por Krugman" de domingo, 25/09/2011 às 17:01, em que o comentarista Maurobrasil trouxe o artigo de Paul Krugman "Estabilidade catastrófica". O endereço do post "Estabilidade catastrófica, por Krugman" lá no blog de Luis Nassif é:
http://174.142.210.16/blog/luisnassif/estabilidade-catastrofica-por-krugman
E vale também deixar o link para o post "Os parâmetros da política industrial" de terça-feira, 14/08/2012 às 09:00, também no blog de Luis Nassif e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://advivo.com.br/blog/luisnassif/os-parametros-da-politica-industrial
Não chega a ser uma opinião tão destrambelhada como essa sobre a Coreia do Sul, mas a guisa de comentar o artigo “Comigo ninguém iPod” de David Kupfer publicado segunda-feira, 13/08/2012, no Valor Econômico na página A17, Luis Nassif diz muita coisa sem pé nem cabeça.
Agora, sem querer defender o Luis Nassif penso que o comentário deveria estar inserido em determinado contexto. Embora injustificável, em um post que tratasse do combate ao descaminho a frase que você transcreveu ainda que falha seria menos incompreensível do que a mesma frase em um texto sobre as razões do crescimento econômico da Coreia do Sul.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 11/11/2012

Quanto a MP 579... começou errada, por ser MP. Sei que nem todos gostam de lembrar, mas deveriamos estar vivendo numa democracia e editar MPs é um camiho das democracias venezuelanas, argentinas e afins. Por que não levar um projeto de lei ao congresso?? Só agora para o governo existe uma urgência em reduzir as tarifas? Ou será que esta nos planos um aumento de preços dos combustiveis, mas precisam de uma compensação para inflação não ultrapassar o teto meta. Aposto que o aumento dos combustiveis, tão pedido pela Graça Foster segundo a imprensa,só sai quando cairem as tarifas de energia.

SLV

"Procurou-se muito mais investir em lobby do que em quadros tecnicos e aperfeiçoamento de tecnologia. "
Quando o governo mete a mão, como vem sendo feito, esse padrão se acentua ou se reduz?
Maradona

Leonardo Monasterio (11/11/2012 às 09:32),
Uma das formas que Luis Nassif achou de ficar livre de muitas besteiras que ele disse foi apagar da internet os posts que ele fez. Não lembrava dessa passagem que você transcreveu e resolvi consultar no google para ver onde ela se encontrava.
Fiz a pesquisa no google e apareceram várias páginas de links. Fui consultando na seqüência dos links.
O primeiro endereço que acessei foi no blog Política Nada Imparcial. Com data de 01/08/2008 lá há a transcrição do post de Luis Nassif “Porque Doha fracassou”. O endereço do post “Porque Doha fracassou” no blog Política Nada Imparcial é:
http://politicanadaimparcial.blogspot.com.br/2008/08/porque-doha-fracassou-por-luis-nassif.html
O segundo endereço é para o jornal Folha da Região de Araçatuba. Lá há a reprodução do post de Luis Nassif com o título “O fracasso de Doha” e datado de quarta-feira, 30/07/2008. O endereço é:
http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=95894
O terceiro endereço é para o post “Um diálogo” de 29/07/2008 aqui no blog de Alexandre Schwartsman e de autoria dele. O endereço do post “Um diálogo” é:
http://maovisivel.blogspot.com/2008/07/um-dilogo.html
Lá há um comentário de Alexandre Schwartsman de quarta-feira, 30/07/2008 às 22:47, destinado a Frodo em que Alexandre Schwartsman faz menção a um post no seu blog em que você transcreve a frase de Luis Nassif. Gostei do texto do post “Um diálogo” de Alexandre Schwartsman, mas achei que ficou a desejar o comentário dele fazendo referência ao seu trabalho de garimpo no blog de Luis Nassif.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 13/11/2012

Leonardo Monasterio (11/11/2012 às 09:32),
Não restringi a pesquisa que fizera no Google sobre a frase que você pinçara no post “Porque Doha fracassou” de Luis Nassif, aos três primeiros endereços que indiquei anteriormente.
E assim, continuando na pesquisa no Google, há em seguida duas chamadas para o seu blog e a segunda chamada vai direto para o post “O sucesso da Coréia ou Prêmio Eço de Ignorança Econômica - versão Desenvolvimento Econômico” em que você transcreve a frase de Luis Nassif. O endereço do post “O sucesso da Coréia ou Prêmio Eço de Ignorança Econômica - versão Desenvolvimento Econômico” é:
http://lmonasterio.blogspot.com.br/2008/07/o-sucesso-da-coria-ou-prmio-eo-de.html
Bem, no seu post “O sucesso da Coréia ou Prêmio Eço de Ignorança Econômica - versão Desenvolvimento Econômico” você não deixa de trazer a frase fora do contexto. Aqui valeria a pena a transcrição da parte inicial do post “Porque Doha fracassou” de 30/07/2008 e saído às 07:00 e apresentado como Coluna Econômica de Luis Nassif. Prefiro deixar a indicação do post original.
Utilizo muito o seguinte link http://web.archive.org/web/web.php para pesquisar posts já apagados em especial no blog de Luis Nassif. Esse post “Porque Doha fracassou” aparece lá no seguinte endereço:
http://web.archive.org/web/20080813111017/http://www.projetobr.com.br/web/blog?entryId=8333
É uma pena que não seja possível acessar os comentários. Provavelmente eu fiz algum comentário lá. Devo ter um arquivo do post “Porque Doha fracassou” em um velho computador e levantando lá ou talvez em algum email antigo, pois na época eu não tinha pendrive e colocava meus comentários no meu email, poderei ver como analisei a frase, se é que analisei. Se tivesse comentado penso que lembraria da frase, mas normalmente não dou relevância a esta falta de dimensão da corrupção, da sonegação (Mesmo entendida no seu sentido mais amplo de evasão fiscal) e outros crimes ou práticas contra o Estado.
O que é notório é que essa falta de dimensão não só é comum na esquerda, como há muita gente de direita que brada números alarmantes dessas práticas. Qualquer estudo mais sério com boa base estatística vai mostrar que em um país como o Brasil, com o sistema de controle que temos, a corrupção não representa 2% do PIB. O mesmo eu digo da evasão fiscal aqui não incluída a lícita elisão fiscal. Como Luis Nassif superdimensiona essas práticas, eu avalio o conjunto do texto em que se encontrava a frase dele apenas como um excesso de retórica. Ele deve pensar que a pirataria para a Inglaterra, o contrabando para a Coréia do Sul e a falsificação de grife para a China tem ou teve relevante participação no PIB desses países. Mas ele parece utilizar essas referências mais para mostrar que não se poderia esperar muito da Rodada de Doha e não com o intuito que você dá ao fazer a transcrição.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 13/11/2012

Leonardo Monasterio (11/11/2012 às 09:32),
Volto ao tema que você trouxe para discussão para espichar um pouco mais meus comentários.
Primeiro lembro que na segunda página da pesquisa do google há o link para um post aqui no blog Mão Visível. Trata-se do post “Dinheiro vivo” de quarta-feira, 06/10/2010, e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2010/10/dinheiro-vivo.html
O post “Dinheiro vivo” é de autoria de "O" Anônimo e nele há a transcrição da frase de Luis Nassif e se faz menção a você e a outro blogueiro por terem descoberto a pérola de Luis Nassif.
Sei não, mas acho que vocês, com boa formação econômica, poderiam fazer uma crítica mais substanciosa a Luis Nassif. Ele falou bobagem no post “Porque Doha fracassou”, mas trata de bobagem que se lê e ouve a todo momento. E a bobagem dele poderia ser criticada sem precisar de dar conotação diversa da que ele parece ter dado.
E quanto a usar Luis Nassif como argumento de autoridade, eu penso que houve um mal entendido sobre a minha indicação. Eu não menciono o blog de Luis Nassif como argumento de autoridade. Menciono para aproveitar algum escrito meu que tenha transcrição de alguma frase de autoridade. É o caso, por exemplo, do post "Estabilidade catastrófica, por Krugman" que mencionei em meu comentário de segunda-feira, 12/11/2012 às 02:02 aqui neste post “Momento pedagógico”. Em um comentário que faço ao post "Estabilidade catastrófica, por Krugman", eu transcrevo a seguinte frase de Mario Henrique Simonsen:
"De fato, é preciso certa pobreza de espírito para levar qualquer dos três (Marx, Milton Friedman e Friedrich August von Hayck) a sério, pelo menos dentro da perspectiva dos conhecimentos atuais".
O nome dos três colocados entre parênteses ficou por minha conta. A frase saíra em artigo publicado na revista Exame de 05/02/1992, pág. 13.
E não uso muito o argumento de autoridade porque tenho a impressão que a maioria das autoridades apesar do cabedal de conhecimento que possui não transmite a certeza que muitas vezes pretensiosamente deixa a entender que tem. Se estivesse a política econômica não teria tanta variedade. E como leigo que sou não sofro muito prejuízo em fazer a crítica apoiada em meu próprio julgamento.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 13/11/2012

Leonardo Monasterio (11/11/2012 às 09:32),
Volto ao tema que você trouxe para discussão para espichar um pouco mais meus comentários.
Primeiro lembro que na segunda página da pesquisa do google há o link para um post aqui no blog Mão Visível. Trata-se do post “Dinheiro vivo” de quarta-feira, 06/10/2010, e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2010/10/dinheiro-vivo.html
O post “Dinheiro vivo” é de autoria de "O" Anônimo e nele há a transcrição da frase de Luis Nassif e se faz menção a você e a outro blogueiro por terem descoberto a pérola de Luis Nassif.
Sei não, mas acho que vocês, com boa formação econômica, poderiam fazer uma crítica mais substanciosa a Luis Nassif. Ele falou bobagem no post “Porque Doha fracassou”, mas trata de bobagem que se lê e ouve a todo momento. E a bobagem dele poderia ser criticada sem precisar de dar conotação diversa da que ele parece ter dado.
E quanto a usar Luis Nassif como argumento de autoridade, eu penso que houve um mal entendido sobre a minha indicação. Eu não menciono o blog de Luis Nassif como argumento de autoridade. Menciono para aproveitar algum escrito meu que tenha transcrição de alguma frase de autoridade. É o caso, por exemplo, do post "Estabilidade catastrófica, por Krugman" que mencionei em meu comentário de segunda-feira, 12/11/2012 às 02:02 aqui neste post “Momento pedagógico”. Em um comentário que faço ao post "Estabilidade catastrófica, por Krugman", eu transcrevo a seguinte frase de Mario Henrique Simonsen:
"De fato, é preciso certa pobreza de espírito para levar qualquer dos três (Marx, Milton Friedman e Friedrich August von Hayck) a sério, pelo menos dentro da perspectiva dos conhecimentos atuais".
O nome dos três colocados entre parênteses ficou por minha conta. A frase saíra em artigo publicado na revista Exame de 05/02/1992, pág. 13.
E não uso muito o argumento de autoridade porque tenho a impressão que a maioria das autoridades apesar do cabedal de conhecimento que possui não transmite a certeza que muitas vezes pretensiosamente deixa a entender que tem. Se estivesse a política econômica não teria tanta variedade. E como leigo que sou não sofro muito prejuízo em fazer a crítica apoiada em meu próprio julgamento.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 13/11/2012

OH

Nao e' "entitular", filho, o correto e' "intitular". E antes de vir babando bobagem consulte o papai.

Um grande abraco

Kleber S.