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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

12 comentários:

Havia escrito o comentário para o post anterior. Mas acho que fica melhor aqui.

Querendo entender

“A política certa para o longo prazo é estimular as pessoas a consumir mais e os governos a gastar mais.”

Não sendo economista, fio-me no bom senso que diz que o estimulo pessoal ao aumento de consumo está diretamente ligado à capacidade efetiva do meu poder aquisitivo, o que no capitalismo se determina com base na relação de troca da minha força de trabalho no mercado. Ou seja, gasto ou endivido-me conforme o que me permite o meu ganho salarial líquido, descontado o que decido poupar com vistas ao gozo do bom ócio na velhice, a qual virá antes daquele famoso término do longo prazo no qual todos estaremos mortos. Obviamente, não planejo nada levando em consideração a hipótese de um acidente fatal encerrar a minha existência neste mundo antes do que gostaria.

Não sou doutrinariamente contrário a que o Estado realize determinados investimentos, sobretudo os clássicos como saúde, segurança, saneamento, educação, C&T e, em certos contextos, as políticas assistenciais de tipo bolsa e obras de infraestrutura. E acho ótimo quando os impostos e os gastos do governo são reduzidos porque isso sem dúvida vem em benefício da minha posição no mercado de consumo de bens e serviços. Mas não é o governo e sim o indivíduo que decide se vai à disneylândia, se compra um Audi, um Kindle DX ou o que lhe mais convier.

O Tesouro não é do governo, mas do Estado. Governos não têm direito a gastar ou investir a seu bel prazer, mesmo que em nome de um intangível bem comum. Governos devem cumprir o que manda a Constituição e evitar ao máximo intervir na vida dos cidadãos.

Tenho um entendimento raso de senso comum que o BC, agência do Estado, não deve se meter ou “ser metido” a fazer a política macroeconômica dos governos, mas conservar sua autonomia na boa condução da política monetária, orientada a preservar o valor da moeda nacional para o bem dos cidadãos contribuintes.

Li a entrevista. Trazer o Chávez para a conclusão no final do artigo somente se explica pelo gosto de criar polêmica e, desse modo, subir a audiência.

Francamente, não captei a relação entre o que se passa na Venezuela, sob os desmandos de Chávez também na economia, e o condenável “papo furado de aumentar a frugalidade das famílias papo furado de aumentar a frugalidade das famílias, via reformas como a da Previdência, ou completar o ajuste fiscal”.

Como eu disse anteriormente, cada um sabe o peso da cruz que carrega... A experiência humana tem uma diversidade espetacular e faz o mundo interessante - lembre-se a imbecilidade não eh imoral ou criminosa.

"O"

O primeiro link aponta para o mesmo texto, tem de mudar.

Já corrigi. Obrigado pela dica.

Desculpe pela confusão, não tinha reparado que o post era seu alex, pensei que era do "O"!

Agora, falando sério... o Oreiro foi irônico... não é possível... essa é a única explicação que me vem à cabeça.

Todo o pensamento (?) dele se fundamenta na crença de que taxa real de câmbio desvalorizada é algo sempre bom, ponto. Por isso ele não entendeu o que "O" disse sobre a relação entre a taxa de poupança doméstica e o câmbio real no longo prazo.
Daí a tentativa de ironia dele.

Prezados, verificando o blog do prof. Oreiro, na postagem "Poupança, Câmbio e Crescimento: entrevista exclusiva para o Monitor Mercantil (12/02/2010)", ele esclarece que a primeira passagem pinçada por Alex acima, em resposta a um comentário de que é uma ironia. Ele cita um trecho maior onde se encontra o trecho destacado por Alex, assim se justificando:

Obviamente que se trata de um comentário ironico as criticas de um certo anônimo (na verdade um conhecido economista brasileiro que trabalha numa instituição internacional). O jornalista que fez a entrevista extraiu essa passagem do meu blog e usou-a fora do contexto o que fez parecer que era um elogio ao Chavez. Assim simples.

Aviso que não conheço o Oreiro, só fui conferir o blog. Não domino economia de forma alguma, mas achei que esse fato relevante para o debate. Como alguém acima se espantou, o dito por Oreiro só poderia ser ironia, tamanha incoerência que se nos apresentaria. Não estou apontando erro ou acerto de um ou outro economista. Só focando esse ponto e ver se há algum sentido.

Flávio S.

Eu fiz um comentário que está para ser aprovado ainda. Peço se possível eliminar aquele e este também, pois o post seguinte do "O" retoma o assunto e parece que essa parte está esclarecida. Infelizmente o post do "O" não me apareceu, o que me fez repisar assunto já morto. Agradeço a atenção.

Flávio S.

Alex,uma moeda única na America do Sul daria certo(com os países tendo metas fiscais).

Praticamente aqui tem as condições perfeitas.Existe um grande fluxo de imigrantes e de comércio.

"Alex,uma moeda única na America do Sul daria certo(com os países tendo metas fiscais).

Praticamente aqui tem as condições perfeitas.Existe um grande fluxo de imigrantes e de comércio."

Nossa, Felipe, seria um desastre absoluto.

Eu estudei um pouco este assunto há uns anos e, seja na integração comercial, seja na integração financeira, seja na mobilidade de mão-de-obra, a América do Sul está a anos-luz da Eurozona. Minha conclusão então (e apresentei num workshop promovido pelo Banco de Portugal) era que a união monetária europeia já era complicada; a da América do Sul seria um convite à catástrofe.

Não sei quem disse "A coerência é o refúgio dos sem imaginação" (embora suspeite que seja de Oscar Wilde). De modo que Oreiro é apenas uma criança muito, muito criativa que vive em um universo particular.

Para Paulo Araújo;
Gostaria de fazer 2 comentários sobre o seu comentário. Primeiro, heterodoxos fazem suas considerações partindo muitas vezes de uma premissa, a de que o consumo de uma família é igual à sua renda, ou seja, eles não consideram que vc irá poupar parte de seu salário.
Além disso, li um artigo de um professor da UFRJ que diz que sua renda é determinada pelo seu gasto, e não o contrário. Ou seja, na visão de Possas (doutor pela Unicamp) quanto mais vc gasta maior será sua renda, já que a única decisão autônoma é a de gastar!