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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Barbooosa (ou O ministro irrelevante)

Nelson Barbosa não tem a menor importância. A ascensão e a queda de Joaquim Levy são prova eloquente que até mesmo um ministro da Fazenda bem intencionado e tecnicamente preparado está longe de ser suficiente para levar a cabo o ajuste requerido pela economia brasileira após anos de maus-tratos (dos quais Barbosa participou ativamente, mas deixemos isto de lado por um...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Um convidado especial: Antoninho de Botucatu

O mestre Antoninho colabora com "A Mão Visível": Short-bio Born in Botucatu a long time ago, grew up in poverty and never met his dad (mother was a local whore). Has a Phd in Economics and in Statistics. Speaks Russian (advanced), English (advanced) and Portuguese (intermediate); Currently living in a dark corner of East Europe, where teaches Ballet classes Admiral Nelson and captain Barbarossa are in charge of the Economy now. Some say they are actually the same person. That I cannot tell. What I know, though, is...

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O Porco e o Cordeiro

Estava o Cordeiro a tocar o Ministério da Fazenda quando apareceu o Porco, de horrendo aspecto, e perguntou: “Que desaforo é este de reduzir meu PIB?”. Ao que o Cordeiro respondeu: “Mas, seu Porco, como é que eu poderia ter reduzido o seu PIB se só cheguei aqui no começo do ano e a economia vem em recessão desde o meio do ano passado?”. “Ah”, disse o Porco, “mas você...

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Depois do véu

Agora que o impedimento da presidente se tornou uma possibilidade (ainda mais) real, a pergunta insistente diz respeito ao dia seguinte, embora, talvez tão relevante quanto o dia seguinte de um evento que poderá (ou não) se materializar, sejam as consequências dos vários dias que precederão esta decisão. Não é segredo que muito do que vivenciamos no momento, da queda do...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Fala muito

Bancos centrais se acostumaram a conduzir a política monetária promovendo alterações na taxa de referência, como o Fed Funds no caso americano. No entanto, quando a crise financeira de 2008 forçou as taxas de juros dos principais países desenvolvidos para próximo de zero, as autoridades monetárias tiveram que inventar (ou reinventar) novas formas de praticar suas políticas. Assim,...

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Dr. Bellezza e as razões humanitárias

Dr. Bellezza é imune à razão. É a única conclusão que posso tirar de sua tentativa de seguir alegando que são os juros nominais (que incluem a inflação), e não os juros reais (que a excluem), os responsáveis pela elevação da relação dívida-PIB. Ele afirma: “a dívida bruta equivalente a 57% do PIB em setembro de 2014, somada ao déficit nominal de 9% do PIB no período de...

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Dr. Bellezza e a aritmética

Fui irônico, claro, ao mencionar o desrespeito do Dr. Bellezza pela aritmética, mas me enganei: ele realmente nada sabe do assunto. Não me espanta, pois, que associe matemática à tortura. Imagino sua infância aterrorizada pela matéria, a ponto de encarar com evidente temor cálculos que um egresso do ensino fundamental não teria dificuldade de entender. Meu argumento é simples....

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dr. Bellezza e a inflação

Nos cursos de Introdução à Economia, ali pela quarta aula, ensinamos aos alunos a necessidade de distinguir entre variáveis reais e nominais. Por exemplo, o PIB de um país, medido em sua moeda, pode ter crescido porque a produção de bens e serviços aumentou, ou porque os preços destes subiram, ou, como é mais comum, por uma combinação destas duas coisas. Separar a parcela...

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Look on my works, ye Mighty, and despair!

O gráfico está ordenado pelo aumento da proporção da população que atingiu grau universitário. Por exemplo, pouco menos de 20% da população entre 55-64 anos na Coreia tem nível superior; já entre a população de 25-34 anos esta proporção atingiu quase 70%. Assim o aumento foi de 50 pontos percentuais, o que coloca a Coreia como campeã absoluta neste quesito. O Brasil aparece...

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Illuminati

Em minha última coluna desmenti um mito comum do que se passa por análise econômica em certos círculos, a saber, que o principal fator impulsionando a piora das contas públicas no país seria a taxa de juros. Como mostrei, uma vez que se considere que o fator relevante para o aumento da dívida relativamente ao PIB é a taxa real de juros (isto é, a taxa de juros deduzida a...

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

#prontofalei

Economistas têm dificuldades sérias para acertar previsões, mas se há uma em que tenho plena confiança é que a coluna de hoje deve ultrajar boa parte dos leitores e, com um pouco de sorte, garantir que minha conta de e-mail seja invadida por pessoas absolutamente furiosas. Afirmo que, ao contrário do que se diz, o salto da relação dívida-PIB (de 55% para 66% do PIB nos últimos...

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Devotos de São Nunca

Pior que a comunicação do Banco Central do Brasil, apenas sua gestão de política monetária. No dia 23 de dezembro de 2014, quando divulgou o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI) daquele ano, o BC, contrariando sua mensagem inicial de “parcimônia” no “esforço adicional de política monetária”, afirmou que iria “fazer o necessário para que [em 2015] a inflação [entrasse]...

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Barbeiro

Na semana passada discutimos “dominância fiscal”, situação na qual um governo incapaz de servir sua dívida levaria a inflação a fazer o serviço que ele não faz, isto é, adequar o valor da dívida àquilo que consegue realizar do ponto de vista de seus gastos e receitas. Concluímos que, sob tais circunstâncias, o Banco Central perderia a capacidade de controlar a inflação,...

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Onde a civilização acaba

Samuel Pessoa já abordou a questão da “dominância fiscal” com a competência de sempre, mas acredito que ainda há o que dizer sobre o assunto, embora a conclusão seja a mesma. A expressão é algo esotérica, reconheço; refere-se, contudo, a um problema que encontramos no nosso dia-a-dia, não apenas aplicado a governos, mas também a famílias ou empresas, a saber, a incapacidade...