russia foi p mim a surpresa positiva, se um dia conseguirem diminuir a corrupcao vao longe. Ja o Brasil como sempre nao pensa no futuro. Vivemos num pais com custos de 1 mundo e infraestrutura , educaçao e segurança de 5 mundo.
Se bem entendi, o gráfico vale para 2009. Gostaria de ver isso no tempo e relacionado a crescimento demográfico.
Os dados coreanos mostram que o disparate entre "velhos" e "novos" é produto de investimento correto e persistente em educação na segunda metade do século XX. Fico com a impressão do salto quantitativo e qualitativo coreano ter ocorrido no intervalo de uma ou duas gerações.
A Korea soube aproveitar o que aqui, nos anos 70, foi denunciado como "demantelamento".
Refiro-me aos acordos coreanos com a USAID nos anos 70, cuja história é muito bem contada por uns caras que dizem ser uma das referências da turma de Campinas. Não sei se é ou não. É certo que no artigo os autores ressaltam as medidas protecionistas que teriam atuado favoravelmente ao catch-up. Mas é mais certo ainda o destaque no artigo para os investimentos em educação, ao analisarem o caso coreano.
"Public research institutions and economic catch-up" [2007] Roberto Mazzoleni (a); Richard R. Nelson (b) a) Department of Economics and Geography, Hofstra University, Hempstead, NY 11549, United States b) The Earth Institute, Columbia University, New York, NY 10025, United States
Compare-se isto:
Consider the origins of the Korea Institute of Science and Technology (KIST). Its establishment in 1966 was the result of several years of negotiations between the Korean and the U.S. governments, during which plans were laid out for creating an organization charged with carrying out contract research for industry and government, along the lines of the Battelle Institute in the U.S. […] In doing so, KIST together with other public research institutions and, later on, private enterprises strengthened the demand for scientific and engineering talent. Around the early 1970s, the graduates of the Korean universities did not adequately meet this demand for the reasons highlighted earlier. Such weakness prompted a U.S. based Korean scientist, Chung KunMo, to submit a proposal (supported by the Korean Ministry of Science and Technology) to the U.S. Agency for International Development [USAID] for the creation of a specialized institution offering graduate level education in science and engineering focused on the emerging needs of industrial development. Upon recommendation of a committee headed by Frederick Terman (earlier president of Stanford University), USAID loaned the funds for creating the Korea Advanced Institute of Science (KAIS). The scope of KAIS’s educational programs was narrow and focused on the needs of industrial firms like Samsung, Goldstar, and local affiliates of foreign companies, as they had been articulated in a series of interviews conducted by the Terman committee.
Com isto:
Para a implantação do programa [MEC-USAID], o acordo impunha ao Brasil a contratação de assessoramento Norte Americano e a obrigatoriedade do ensino da Língua Inglesa desde a primeira série do primeiro grau. Os técnicos oriundos dos Estados Unidos criaram a reforma da educação pública que atingiu todos os níveis de ensino. O MEC-USAID, na verdade tinha como proposta inicial privatizar as escolas públicas, como não deu certo eles resolveram sucatear a mesma. Antes dele o ensino público era de qualidade depois ficou péssimo como podemos constatar ainda hoje.
Fonte: Wikepedia. Verbete: Acordos MEC-USAID
O conteúdo do verbete é, ao mesmo tempo, uma caricatura e uma clara tradução da cacofonia “de esquerda” a respeito da USAID até hoje, e ajuda a entender a nossa diferença no gráfico em comparação com o país asiático “lambe-botas do imperialismo americano”.
Há evidências (estudos de causalidade) de que a demanda de ensino superior segue o crescimento econômico. Já a educação básica parece ser pré-condição. Contudo, há poucos estudos sobre essa hipótese.
No gráfico, seria interessante incluir China e Cuba. Esses países, assim como a Rússia, seriam evidências corroboradoras das hipóteses. Mais interessante ainda é a hipótese, subscrita certa vez pelo Paul Samuelson em artigo sobre a revolução iraniana, de que um crescimento muito rápido da educação superior facilita revoluções, como também ocorreu na Rússia já em 1917, para os padrões educacionais da época. Desempregados com nível superior, fortes em ideologia, são verdadeiras bombas políticas.
Se essas hipóteses forem verdadeiras, o negócio é investir na qualidade da educação básica e garantir ambiente institucional para a rápida reação do setor educacional.
Aqui um outro exemplo, que corrobora a caricatura anterior:
MEC-USAID [Glossário. Ver fonte abaixo]
Série de acordos produzidos, nos anos 1960, entre o Ministério da Educação brasileiro (MEC) e a United States Agency for International Development (USAID). Visavam estabelecer convênios de assistência técnica e cooperação financeira à educação brasileira. Entre junho de 1964 e janeiro de 1968, período de maior intensidade nos acordos, foram firmados 12, abrangendo desde a educação primária (atual ensino fundamental) ao ensino superior. O último dos acordos firmados foi no ano de 1976.
Os MEC-USAID inseriam-se num contexto histórico fortemente marcado pelo TECNICISMO educacional da teoria do capital humano, isto é, pela concepção de educação como pressuposto do desenvolvimento econômico. Nesse contexto, a “ajuda externa” [eu observo: as malditas aspas indicam que o autor quer dizer: "abaixo o imperialismo americano!", como se pode ver na continuação do texto] para a educação tinha por objetivo fornecer as diretrizes políticas e técnicas para uma reorientação do sistema educacional brasileiro, à luz das necessidades do desenvolvimento capitalista internacional. Os técnicos norte-americanos que aqui desembarcaram, MUITO MAIS do que preocupados com a educação brasileira, estavam ocupados em garantir a adequação de tal sistema de ensino aos DESÍGNIOS da economia internacional, sobretudo aos INTERESSES das grandes corporações norte-americanas. Na prática, os MEC-USAID não significaram mudanças diretas na política educacional, mas tiveram influência decisiva nas formulações e orientações que, posteriormente, conduziram o processo de reforma da educação brasileira na Ditadura Militar. Destacam-se a Comissão Meira Mattos, criada em 1967, e o Grupo de Trabalho da Reforma Universitária (GTRU), de 1968, ambos decisivos na reforma universitária (Lei nº 5.540/1968) e na reforma do ensino de 1º e 2º graus (Lei nº 5.692/1971).
Para o estudo dos acordos MEC-USAID, é fundamental consultar as obras de José Oliveira Arapiraca, A USAID e a educação brasileira: um estudo a partir de uma abordagem crítica da teoria do capital humano (1982); Ted Goertzel, MEC-USAID: ideologia de desenvolvimento americano aplicado à educação superior brasileira (1967); Márcio Moreira Alves, O beabá dos MEC-USAID (1968).
Sobre os impactos históricos dos MEC-USAID na educação brasileira, ver: Otaíza Romanelli, História da educação no Brasil (1978); Luiz Antônio Cunha e Moacyr de Góes, O golpe na educação (1985); Francis Mary Guimarães Nogueira, Ajuda externa para a educação brasileira: da USAID ao Banco Mundial (1999).
Verbete elaborado por Lalo Watanabe Minto para subsidiar o presente projeto.
Fonte: Navegando na História da Educação Brsileira [FE-Unicamp]
PS: O objetivo dos comentários não é colocar em debate o MEC-USAID. Trata-se apenas de confrontar algumas visões a respeito das ações da USAID aqui e na Korea.
Passei outro dia na frente na UNICID e da SÂO JUDAS. Carros com pancadões (milhares de decibéis), todos bebendo, fumando e dançando, bem no meio da rua, em frente aos portões da faculdade. Em plena terça -feira; Estes "alunos" farão parte dos 10% com curso superior no Brasil. Gostaria de saber quais os critérios para venda de bebidas na frente de faculdades nos países sérios, e se isto tem alguma relação com a taxa de cambio.
Eu estudei em uma faculdade considerada "centro de excelencia" no Brasil onde os professores eram tao desmoralizados que os alunos jogavam truco durante a sala de aula e os professores nao tinham os testiculos para toca-los para fora da sala de aula ou reprova-los sumariamente.
Educação,né? Japão intervém periodicamente no câmbio, Suiça fixou sua moeda perante o euro, Noruega tem fundo para aplicação no exterior dos dólares gerados pela exportação de petróleo, Austrália acaba de taxar o minério de ferro que é seu maior produto de exportação e por aí vai. Todos eles bem situados no ranking de educação. Pra que intervir no câmbio, então?
Da última vez que olhei, os números da China ainda eram bem piores que os do Brasil. Apenas para ilustrar o fato, em 1993 o governo estabeleceu a meta de 4% do PIB para a educação, até hoje isso não foi atingido. Com exceção dos centros de excelência (Tsinghua, Peking University, Jiaotong e mais umas duas ou três), o ensino superior na China é precário. Do nível Sáo Judas para baixo. O segundo grau também deixa bastante a desejar, principalmente fora das grandes cidades das províncias costeiras.Na zona rural, onde cerca de 50% da poplação vive, a coisa é ainda pior. Pelo menos 20% da crianças estão fora da escola (o governo até aboliu a taxa escolar na zona rural, mas até agora nada).
Alexandre Schwartsman, Um gráfico impressionante. De cada ponto dele um bom acadêmico poderia encontrar tema para uma tese. A evolução educacional de Portugal e da Espanha depois que entraram na Comunidade Européia é algo fantástico. E deve ser bem avaliado o fato de que no período anterior os dois países tinham regimes ditatoriais de direita. Admirável também o nível educacional de Israel. Agora, se é admirável o nível educacional de Israel como se referir aos Estados Unidos que com uma população quase cinqüenta vezes maior do que a de Israel tem nível muito próximo de escolaridade para qualquer faixa de idade. E a Coréia do Sul e a Polônia podem indicar que para se ter melhoria educacional fora de uma comunidade de nações como na Comunidade Européia, ou se tem uma ditadura de esquerda que canaliza recursos para a educação como prioridade e ai você pode ter um câmbio valorizado e dar mais destaque para o mercado interno no processo de crescimento como na Polônia durante o regime comunista ou se tem um câmbio desvalorizado como na Coréia do Sul e a desvalorização vai trazendo o crescimento econômico e com isso a sede do saber e com ele mais produtividade e crescimento econômico. Aliás, talvez seja por isso que Roberto Campos sempre mencionava a Coréia do Sul como uma alternativa à política de substituição das importações do governo de Ernesto Geisel. Se o indício sobre a Coréia do Sul for correto (Ajudaria na interpretação do gráfico a presença de dados para a Coréia do Norte), para melhorar o ensino no Brasil ou adotamos uma ditadura de esquerda ou desvalorizamos o câmbio (Ou entramos para a Comunidade Européia, atual União Européia). E aqui vale uma outra observação. Seria interessante uma pesquisa que sem mostrar o gráfico, levantasse, para um determinado nível de escolaridade, o percentual de pessoas contrárias a desvalorização da moeda. Não seria surpresa que as pessoas com maior nível de escolaridade em defesa própria fossem as mais contrárias à desvalorização da moeda. E não seriam contrárias por egoísmo, mas por instinto de sobrevivência capitalista. Aliás pode até ser que na classe de maior escolaridade, supondo nela o maior percentual contrário a desvalorização da moeda, ao se mostrar o gráfico e alertar para este possível indício de desvalorização ser instrumento impulsionador de maior escolaridade, houve a maior mudança de opinião. Clever Mendes de Oliveira BH, 09/04/2012
Alexandre Schwartsman, Gostava muito do filósofo do Méier. Dizem que ele plagiava muito. Não tanto como dizem que o Paulo Francis, de quem eu também gostava muito, plagiava. Não sei se a crítica era criação do grande Millôr, mas ele questiona a frase “Uma imagem vale mais do que mil palavras” pedindo para que se dissesse isso com imagens. Faço então um tanto um plágio, um pouco uma paráfrase ou mesmo uma paródia e pergunto se uma imagem vale mais do que mil palavras por que o gráfico veio com um título em cima e um questionamento em baixo? É talvez não seja o título ou o questionamento o que a imagem queria dizer. É vamos ter que ir atrás dessas mil, milhões de palavras. Clever Mendes de Oliveira BH, 09/04/2012
ha 10 anos estava morando na Australia e um dia encontrei um professor americano com varios alunos coreanos. Ele era professor de ingles na Coreia e foi pago para levar os alunos conhecerem a australia. Segundo ele, aquelas crianças estudavam simplesmente das 7 da manha ate as 23h diariamente. escola publica de manha e privada a tarde.
Interessante a posição da Alemanha; pouco menos de 30% de graduados, tanto entre os mais idosos quanto entre os mais novos; Sendo uma potencia industrial, parece-me que ali os com curso profissionalizante de segundo grau conseguem boas colocações de trabalho; seria interessante comparar os conhecimentos destes secundaristas alemaes com os nossos graduados brasileiros, penso que eles ganhariam de goleada; Tambem as melhores cabeças russas e do leste europeu, a despeito de esforço e capacidade, tendem a ser absorvidos por economias e empresas de outros paises. Seria covardia que os nossos graduados médios tivessem que competir com os russos, se estes aqui viessem; por aqui aparecem apenas alguns espanhois e portugueses, e olhe lá...
Realmente a educação explica todo o sucesso Koreano...
Eles nunca fizeram política industrial, eles nunca mantiveram o cambio desvalorizado, o Estado smpre deixou o mercado funcionar livremente.... Ou seja : um caso clássico de um emergente que aplicou fielmente os preceitos liberais...
Vou pra casa queimar os livros do Ha joon chang e da Alice Amsden
Deve ter tudo a ver com taxa de câmbio, sim. Quanto valerá, em qualquer moeda, um estudante universitário brasileiro que, de segunda até sexta, frequenta o boteco ao lado da "facu" e no sábado vai relaxar na praia?
Se a moeda for enroladinho de salsicha do boteco, tal estudante valerá no máximo uns dois.
E caindo, se for flutuação suja. Ou subindo, se for flutuação limpa.
È impressão minha ou tem um cara defendendo política industrial e moeda desvalorizada para o Brasil virar Coréia? Eu defendo prender uns ex-presidentes para o modelo ficar mais parecido. E mudar o esporte nacional para karaokê. Maradona
Além de não avançarmos nada em termos quantitativos, você deveria ressaltar a perda de qualidade, a maioria da universidades particulares o nível de ensino e a qualidade dos alunos é nula. A OAB reprova 90% dos bacharéis em seu exame de ordem semestral, se outras carreiras fizessem um exame semelhante o resultado seria identico ou pior. Uma lástima.
“Eles nunca fizeram política industrial, eles nunca mantiveram o cambio desvalorizado, o Estado smpre deixou o mercado funcionar livremente.... Ou seja : um caso clássico de um emergente que aplicou fielmente os preceitos liberais...”
Não entendi... Você está tentando dizer que a Coréia do Sul teria seguido políticas muito diferentes do Brasil em termos de intervenção do Estado na economia e controles cambiais?!?
Lamento mas isso não bate com a história.
Se política industrial fosse o fator de sucesso da Coréia do Sul, então por que não funcionou no Brasil?
Se déficits em conta corrente gigantescos nos anos 60-70 foram o fator de sucesso na Coréia do Sul, então por que não funcionaram no Brasil?
Existe sim uma grande diferença entre a estratégia de desenvolvimento coreana e a brasileira, a atitude com relação à educação.
“Eles nunca fizeram política industrial, eles nunca mantiveram o cambio desvalorizado, o Estado smpre deixou o mercado funcionar livremente.... Ou seja : um caso clássico de um emergente que aplicou fielmente os preceitos liberais...”
Não entendi... Você está tentando dizer que a Coréia do Sul teria seguido políticas muito diferentes do Brasil em termos de intervenção do Estado na economia e controles cambiais?!?
Lamento mas isso não bate com a história.
Se política industrial fosse o fator de sucesso da Coréia do Sul, então por que não funcionou no Brasil?
Se déficits em conta corrente gigantescos nos anos 60-70 foram o fator de sucesso na Coréia do Sul, então por que não funcionaram no Brasil?
Existe sim uma grande diferença entre a estratégia de desenvolvimento coreana e a brasileira, a atitude com relação à educação.
Comparando os números de Brasil e Coreia entre 1930 e 1980, a economia brasileira cresce bem mais que a coreana. A principal diferença depois de 1980 esta muita mais ligada com a incapacidade brasileira de lidar com a inflação do que simplesmente acreditar que a educação explica tudo. O desenvolvimento coreano e prova sim de que políticas industriais e cambias corretas fazem e fizeram sentido em países de desenvolvimento retardatário. O mérito da política industrial na Coreia foi cobrar a contrapartida dos setores escolhidos. Ridicularizar política industrial e cambial enaltecendo somente educação para explicar o desenvolvimento coreano nao corresponde a realidade histórica.... Quanto a eventual incapacidade de queimar livros ????? Nada como apelar para a deselegância e nao para argumentos......
Ridicularizar política industrial?! Não é questão de ridicularizar, mas sim de olhar para os fatos, interpretá-los e aprender. Acho que como brasileiros, fica bem difícil negar que política industrial não leva ao desenvolvimento, mas sim à concentração de renda e má alocação de recursos. Pois essa foi a principal lição da história brasileira na segunda metade do século XX. Infelizmente a lição não foi aprendida – afinal nunca foi ruim para a carreira de ninguém advogar por mais concentração de renda em um país com alta concentração de renda.
eh muito dificil negar q houve alguma politica industrial e cambial na coreia do sul. ateh facilidades de exportacao para os EUA tiveram. Mas acho q a liçao que fica eh que isso nao adiataria em nada no longo prazo sem uma educacao de ponta. Alem disso, politica industrial nao e recomendado em paises corruptos onde o sistema legal nao funciona, tipo o Brasil.
“eh muito dificil negar q houve alguma politica industrial e cambial na coreia do sul.” Por que ainda estamos batendo nessa tecla? O Brasil também fez política industrial, o Brasil também fez política cambial. Em termos de política comercial, nós aliás fomos sempre mais protecionistas que os coreanos, como ainda somos hoje – a Coréia do Sul acabou de assinar um tratado de livre comércio com os Estados Unidos, algo que parece-me impensável aqui em Pindorama.
Daqui a pouco você vai querer dizer que as dezenas de bilhões que nos custa carregar reservas excessivas para "defender" nossa taxa de câmbio seriam melhor empregados se fossem gastos na educação da população mais pobre? Você é um neoliberal sem coração mesmo...quando é que você vai aprender que a indústria, coitadinha, também é um ser humano!!! kkkk
Mas, a exemplo do tratado de livre comércio entre EUA e Coréia do Sul, pode ser que a recente visita de uma grande comitiva brasileira aos EUA foi para celebrar alguma coisa. Só que do tipo, "eu taxo o vinho da Califórnia, que entra no Brasil e você libera a manguaça do Brasil, que entra nos EUA".
Afinal, exportamos só 1% de manguaça, dizem. O restante é bebido por aqui mesmo. Estimam mais de 600 doses por segundo. E dizem mais de 7 litros/per capita/ano de manguaça por aqui. Procede.
"..."Vou pra casa queimar os livros do Ha joon chang e da Alice Amsden"
Taí uma boa ideia, mas duvido que você tenha inteligência para executar."
ERRADOS OS DOIS!!!! Devemos reciclar papel velho, não queimá-los!!!!
Aproveitando a discussão, peço ajuda a qualquer um e me explique como fazemos para mexer no cãmbio real (devemos valorizar ou desvalorizar o câmbio, etc). Só consigo pensar em mecanismos de desvalorização do câmbio nominal (que acabam compensados pela inflação). Alguém me ajudaria?
Mais um gráfico que vem a provar que educação sozinha não faz milagre. Neste gráfico vemos que México e Polônia possuem populações mais educadas que Itália e Alemanha, respectivamente. E, apesar disso, México e Polônia são países muito mais pobres. A população brasileira entre 55 e 65 anos é ainda hoje mais educada que a de Portugal, basta ver no gráfico, e quando as populações destes 2 países estava no auge de atividade econômica, Portugal acabou se desenvolvendo mais.
Cristovão Buarque criou um factóide no Brasil. Educação sozinha não faz milagre. Educação é só um insumo, exatamente igual a petróleo ou carvão. Se a população educada não possuir empregos e o petróleo ficar embaixo da terra, ambos não servirão para absolutamente nada. Um ambiente propício para a prosperidade das empresas é, de longe, muito mais vital para o crescimento econômico que Universidades e escolas. Óbvio que não estou dizendo que investir em educação não é importante, apenas estou criticando a moda em vigor de colocar a educação em um pedestal absoluto: seria a salvadora geral e absoluta do PIB do Brasil. Mas isso é FALSO.
E se alguém puder me explicar como a Itália se desenvolveu tão mais que a Polônia, que segundo o gráfico tem o dobro de diplomados italianos entre 25 e 34 anos (40% contra 20%), eu agradeço...
43 comentários:
Esse gráfico é genial. Diz tudo. Portugal passou na nossa frente.
Pode garantir que os suspeitos habituais vão dizer que a culpa é do neoliberalismo pró-estadunidense da Korea do Sul.
É a taxa de câmbio coreana que faz os caras passarem horas na frente dos livros...
Mas "agarantiu" que nas olimpíadas de "Circo Escola" ninguém nos bate!
russia foi p mim a surpresa positiva, se um dia conseguirem diminuir a corrupcao vao longe. Ja o Brasil como sempre nao pensa no futuro. Vivemos num pais com custos de 1 mundo e infraestrutura , educaçao e segurança de 5 mundo.
Se bem entendi, o gráfico vale para 2009. Gostaria de ver isso no tempo e relacionado a crescimento demográfico.
Os dados coreanos mostram que o disparate entre "velhos" e "novos" é produto de investimento correto e persistente em educação na segunda metade do século XX. Fico com a impressão do salto quantitativo e qualitativo coreano ter ocorrido no intervalo de uma ou duas gerações.
A Korea soube aproveitar o que aqui, nos anos 70, foi denunciado como "demantelamento".
Refiro-me aos acordos coreanos com a USAID nos anos 70, cuja história é muito bem contada por uns caras que dizem ser uma das referências da turma de Campinas. Não sei se é ou não. É certo que no artigo os autores ressaltam as medidas protecionistas que teriam atuado favoravelmente ao catch-up. Mas é mais certo ainda o destaque no artigo para os investimentos em educação, ao analisarem o caso coreano.
"Public research institutions and economic catch-up" [2007]
Roberto Mazzoleni (a); Richard R. Nelson (b)
a) Department of Economics and Geography, Hofstra University, Hempstead, NY 11549, United States
b) The Earth Institute, Columbia University, New York, NY 10025, United States
Compare-se isto:
Consider the origins of the Korea Institute of Science and Technology (KIST). Its establishment in 1966 was the result of several years of negotiations between the Korean and the U.S. governments, during which plans were laid out for creating an organization charged with carrying out contract research for industry and government, along the lines of the Battelle Institute in the U.S. […]
In doing so, KIST together with other public research institutions and, later on, private enterprises strengthened the demand for scientific and engineering talent. Around the early 1970s, the graduates of the Korean universities did not adequately meet this demand for the reasons highlighted earlier. Such weakness prompted a U.S. based Korean scientist, Chung KunMo, to submit a proposal (supported by the Korean Ministry of Science and Technology) to the U.S. Agency for International Development [USAID] for the creation of a specialized institution offering graduate level education in science and engineering focused on the emerging needs of industrial development. Upon recommendation of a committee headed by Frederick Terman (earlier president of Stanford University), USAID loaned the funds for creating the Korea Advanced Institute of Science (KAIS). The scope of KAIS’s educational programs was narrow and focused on the needs of industrial firms like Samsung, Goldstar, and local affiliates of foreign companies, as they had been articulated in a series of interviews conducted by the Terman committee.
Com isto:
Para a implantação do programa [MEC-USAID], o acordo impunha ao Brasil a contratação de assessoramento Norte Americano e a obrigatoriedade do ensino da Língua Inglesa desde a primeira série do primeiro grau. Os técnicos oriundos dos Estados Unidos criaram a reforma da educação pública que atingiu todos os níveis de ensino.
O MEC-USAID, na verdade tinha como proposta inicial privatizar as escolas públicas, como não deu certo eles resolveram sucatear a mesma. Antes dele o ensino público era de qualidade depois ficou péssimo como podemos constatar ainda hoje.
Fonte: Wikepedia. Verbete: Acordos MEC-USAID
O conteúdo do verbete é, ao mesmo tempo, uma caricatura e uma clara tradução da cacofonia “de esquerda” a respeito da USAID até hoje, e ajuda a entender a nossa diferença no gráfico em comparação com o país asiático “lambe-botas do imperialismo americano”.
Há evidências (estudos de causalidade) de que a demanda de ensino superior segue o crescimento econômico. Já a educação básica parece ser pré-condição. Contudo, há poucos estudos sobre essa hipótese.
No gráfico, seria interessante incluir China e Cuba. Esses países, assim como a Rússia, seriam evidências corroboradoras das hipóteses.
Mais interessante ainda é a hipótese, subscrita certa vez pelo Paul Samuelson em artigo sobre a revolução iraniana, de que um crescimento muito rápido da educação superior facilita revoluções, como também ocorreu na Rússia já em 1917, para os padrões educacionais da época. Desempregados com nível superior, fortes em ideologia, são verdadeiras bombas políticas.
Se essas hipóteses forem verdadeiras, o negócio é investir na qualidade da educação básica e garantir ambiente institucional para a rápida reação do setor educacional.
Aqui um outro exemplo, que corrobora a caricatura anterior:
MEC-USAID [Glossário. Ver fonte abaixo]
Série de acordos produzidos, nos anos 1960, entre o Ministério da Educação brasileiro (MEC) e a United States Agency for International Development (USAID). Visavam estabelecer convênios de assistência técnica e cooperação financeira à educação brasileira. Entre junho de 1964 e janeiro de 1968, período de maior intensidade nos acordos, foram firmados 12, abrangendo desde a educação primária (atual ensino fundamental) ao ensino superior. O último dos acordos firmados foi no ano de 1976.
Os MEC-USAID inseriam-se num contexto histórico fortemente marcado pelo TECNICISMO educacional da teoria do capital humano, isto é, pela concepção de educação como pressuposto do desenvolvimento econômico. Nesse contexto, a “ajuda externa” [eu observo: as malditas aspas indicam que o autor quer dizer: "abaixo o imperialismo americano!", como se pode ver na continuação do texto] para a educação tinha por objetivo fornecer as diretrizes políticas e técnicas para uma reorientação do sistema educacional brasileiro, à luz das necessidades do desenvolvimento capitalista internacional. Os técnicos norte-americanos que aqui desembarcaram, MUITO MAIS do que preocupados com a educação brasileira, estavam ocupados em garantir a adequação de tal sistema de ensino aos DESÍGNIOS da economia internacional, sobretudo aos INTERESSES das grandes corporações norte-americanas. Na prática, os MEC-USAID não significaram mudanças diretas na política educacional, mas tiveram influência decisiva nas formulações e orientações que, posteriormente, conduziram o processo de reforma da educação brasileira na Ditadura Militar. Destacam-se a Comissão Meira Mattos, criada em 1967, e o Grupo de Trabalho da Reforma Universitária (GTRU), de 1968, ambos decisivos na reforma universitária (Lei nº 5.540/1968) e na reforma do ensino de 1º e 2º graus (Lei nº 5.692/1971).
Para o estudo dos acordos MEC-USAID, é fundamental consultar as obras de José Oliveira Arapiraca, A USAID e a educação brasileira: um estudo a partir de uma abordagem crítica da teoria do capital humano (1982); Ted Goertzel, MEC-USAID: ideologia de desenvolvimento americano aplicado à educação superior brasileira (1967); Márcio Moreira Alves, O beabá dos MEC-USAID (1968).
Sobre os impactos históricos dos MEC-USAID na educação brasileira, ver: Otaíza Romanelli, História da educação no Brasil (1978); Luiz Antônio Cunha e Moacyr de Góes, O golpe na educação (1985); Francis Mary Guimarães Nogueira, Ajuda externa para a educação brasileira: da USAID ao Banco Mundial (1999).
Verbete elaborado por Lalo Watanabe Minto para subsidiar o presente projeto.
Fonte: Navegando na História da Educação Brsileira [FE-Unicamp]
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_mec-usaid%20.htm
PS: O objetivo dos comentários não é colocar em debate o MEC-USAID. Trata-se apenas de confrontar algumas visões a respeito das ações da USAID aqui e na Korea.
Os grifos foram meus.
Ao mesmo tempo, terceiro grau não é garantia de sucesso.
Rússia, Grécia e Espanha melhor que a Alemanha?
Nos alunos, conheço bem os alunos de terceiro grau. Peçam para eles escrever um texto ou fazer divisão de fração.
Valeu Paulo!
Abs
Passei outro dia na frente na UNICID e da SÂO JUDAS. Carros com pancadões (milhares de decibéis), todos bebendo, fumando e dançando, bem no meio da rua, em frente aos portões da faculdade. Em plena terça -feira; Estes "alunos" farão parte dos 10% com curso superior no Brasil. Gostaria de saber quais os critérios para venda de bebidas na frente de faculdades nos países sérios, e se isto tem alguma relação com a taxa de cambio.
Eu estudei em uma faculdade considerada "centro de excelencia" no Brasil onde os professores eram tao desmoralizados que os alunos jogavam truco durante a sala de aula e os professores nao tinham os testiculos para toca-los para fora da sala de aula ou reprova-los sumariamente.
Educação,né?
Japão intervém periodicamente no câmbio, Suiça fixou sua moeda perante o euro, Noruega tem fundo para aplicação no exterior dos dólares gerados pela exportação de petróleo, Austrália acaba de taxar o minério de ferro que é seu maior produto de exportação e por aí vai. Todos eles bem situados no ranking de educação. Pra que intervir no câmbio, então?
Os maiores atritos entre Coréia do Sul e Japão são relativos ao câmbio.
Educação,né?
Realmente faltou incluir a China neste gráfico.
Da última vez que olhei, os números da China ainda eram bem piores que os do Brasil. Apenas para ilustrar o fato, em 1993 o governo estabeleceu a meta de 4% do PIB para a educação, até hoje isso não foi atingido.
Com exceção dos centros de excelência (Tsinghua, Peking University, Jiaotong e mais umas duas ou três), o ensino superior na China é precário. Do nível Sáo Judas para baixo.
O segundo grau também deixa bastante a desejar, principalmente fora das grandes cidades das províncias costeiras.Na zona rural, onde cerca de 50% da poplação vive, a coisa é ainda pior. Pelo menos 20% da crianças estão fora da escola (o governo até aboliu a taxa escolar na zona rural, mas até agora nada).
João
Educação, né?
A educação (ensino superior e médio) na China é precária. Fora Tsinghua e Peking Daxue, as universidades estão no nível da São Judas.
João
Alexandre Schwartsman,
Um gráfico impressionante. De cada ponto dele um bom acadêmico poderia encontrar tema para uma tese.
A evolução educacional de Portugal e da Espanha depois que entraram na Comunidade Européia é algo fantástico. E deve ser bem avaliado o fato de que no período anterior os dois países tinham regimes ditatoriais de direita.
Admirável também o nível educacional de Israel. Agora, se é admirável o nível educacional de Israel como se referir aos Estados Unidos que com uma população quase cinqüenta vezes maior do que a de Israel tem nível muito próximo de escolaridade para qualquer faixa de idade.
E a Coréia do Sul e a Polônia podem indicar que para se ter melhoria educacional fora de uma comunidade de nações como na Comunidade Européia, ou se tem uma ditadura de esquerda que canaliza recursos para a educação como prioridade e ai você pode ter um câmbio valorizado e dar mais destaque para o mercado interno no processo de crescimento como na Polônia durante o regime comunista ou se tem um câmbio desvalorizado como na Coréia do Sul e a desvalorização vai trazendo o crescimento econômico e com isso a sede do saber e com ele mais produtividade e crescimento econômico. Aliás, talvez seja por isso que Roberto Campos sempre mencionava a Coréia do Sul como uma alternativa à política de substituição das importações do governo de Ernesto Geisel.
Se o indício sobre a Coréia do Sul for correto (Ajudaria na interpretação do gráfico a presença de dados para a Coréia do Norte), para melhorar o ensino no Brasil ou adotamos uma ditadura de esquerda ou desvalorizamos o câmbio (Ou entramos para a Comunidade Européia, atual União Européia).
E aqui vale uma outra observação. Seria interessante uma pesquisa que sem mostrar o gráfico, levantasse, para um determinado nível de escolaridade, o percentual de pessoas contrárias a desvalorização da moeda. Não seria surpresa que as pessoas com maior nível de escolaridade em defesa própria fossem as mais contrárias à desvalorização da moeda. E não seriam contrárias por egoísmo, mas por instinto de sobrevivência capitalista. Aliás pode até ser que na classe de maior escolaridade, supondo nela o maior percentual contrário a desvalorização da moeda, ao se mostrar o gráfico e alertar para este possível indício de desvalorização ser instrumento impulsionador de maior escolaridade, houve a maior mudança de opinião.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 09/04/2012
Alexandre Schwartsman,
Gostava muito do filósofo do Méier. Dizem que ele plagiava muito. Não tanto como dizem que o Paulo Francis, de quem eu também gostava muito, plagiava. Não sei se a crítica era criação do grande Millôr, mas ele questiona a frase “Uma imagem vale mais do que mil palavras” pedindo para que se dissesse isso com imagens.
Faço então um tanto um plágio, um pouco uma paráfrase ou mesmo uma paródia e pergunto se uma imagem vale mais do que mil palavras por que o gráfico veio com um título em cima e um questionamento em baixo? É talvez não seja o título ou o questionamento o que a imagem queria dizer. É vamos ter que ir atrás dessas mil, milhões de palavras.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 09/04/2012
Um debate interesanté é:Se a valorização excessiva não é falha de mercado.
ha 10 anos estava morando na Australia e um dia encontrei um professor americano com varios alunos coreanos. Ele era professor de ingles na Coreia e foi pago para levar os alunos conhecerem a australia. Segundo ele, aquelas crianças estudavam simplesmente das 7 da manha ate as 23h diariamente. escola publica de manha e privada a tarde.
Interessante a posição da Alemanha; pouco menos de 30% de graduados, tanto entre os mais idosos quanto entre os mais novos; Sendo uma potencia industrial, parece-me que ali os com curso profissionalizante de segundo grau conseguem boas colocações de trabalho; seria interessante comparar os conhecimentos destes secundaristas alemaes com os nossos graduados brasileiros, penso que eles ganhariam de goleada; Tambem as melhores cabeças russas e do leste europeu, a despeito de esforço e capacidade, tendem a ser absorvidos por economias e empresas de outros paises. Seria covardia que os nossos graduados médios tivessem que competir com os russos, se estes aqui viessem; por aqui aparecem apenas alguns espanhois e portugueses, e olhe lá...
Realmente a educação explica todo o sucesso Koreano...
Eles nunca fizeram política industrial, eles nunca mantiveram o cambio desvalorizado, o Estado smpre deixou o mercado funcionar livremente.... Ou seja : um caso clássico de um emergente que aplicou fielmente os preceitos liberais...
Vou pra casa queimar os livros do Ha joon chang e da Alice Amsden
"Educação, né?
A educação (ensino superior e médio) na China é precária."
Ai, ai, ai...
PIB per capita (PPP)
Coréia (2010) USD 30,0 mil rank 44
Brasil (2010) USD 10,8 mil rank 102
China (2010) USD 7,6 mil rank 125
"Vou pra casa queimar os livros do Ha joon chang e da Alice Amsden"
Taí uma boa ideia, mas duvido que você tenha inteligência para executar.
Deve ter tudo a ver com taxa de câmbio, sim.
Quanto valerá, em qualquer moeda, um estudante universitário brasileiro que, de segunda até sexta, frequenta o boteco ao lado da "facu" e no sábado vai relaxar na praia?
Se a moeda for enroladinho de salsicha do boteco, tal estudante valerá no máximo uns dois.
E caindo, se for flutuação suja. Ou subindo, se for flutuação limpa.
È impressão minha ou tem um cara defendendo política industrial e moeda desvalorizada para o Brasil virar Coréia? Eu defendo prender uns ex-presidentes para o modelo ficar mais parecido. E mudar o esporte nacional para karaokê.
Maradona
Além de não avançarmos nada em termos quantitativos, você deveria ressaltar a perda de qualidade, a maioria da universidades particulares o nível de ensino e a qualidade dos alunos é nula. A OAB reprova 90% dos bacharéis em seu exame de ordem semestral, se outras carreiras fizessem um exame semelhante o resultado seria identico ou pior. Uma lástima.
“Eles nunca fizeram política industrial, eles nunca mantiveram o cambio desvalorizado, o Estado smpre deixou o mercado funcionar livremente.... Ou seja : um caso clássico de um emergente que aplicou fielmente os preceitos liberais...”
Não entendi... Você está tentando dizer que a Coréia do Sul teria seguido políticas muito diferentes do Brasil em termos de intervenção do Estado na economia e controles cambiais?!?
Lamento mas isso não bate com a história.
Se política industrial fosse o fator de sucesso da Coréia do Sul, então por que não funcionou no Brasil?
Se déficits em conta corrente gigantescos nos anos 60-70 foram o fator de sucesso na Coréia do Sul, então por que não funcionaram no Brasil?
Existe sim uma grande diferença entre a estratégia de desenvolvimento coreana e a brasileira, a atitude com relação à educação.
“Eles nunca fizeram política industrial, eles nunca mantiveram o cambio desvalorizado, o Estado smpre deixou o mercado funcionar livremente.... Ou seja : um caso clássico de um emergente que aplicou fielmente os preceitos liberais...”
Não entendi... Você está tentando dizer que a Coréia do Sul teria seguido políticas muito diferentes do Brasil em termos de intervenção do Estado na economia e controles cambiais?!?
Lamento mas isso não bate com a história.
Se política industrial fosse o fator de sucesso da Coréia do Sul, então por que não funcionou no Brasil?
Se déficits em conta corrente gigantescos nos anos 60-70 foram o fator de sucesso na Coréia do Sul, então por que não funcionaram no Brasil?
Existe sim uma grande diferença entre a estratégia de desenvolvimento coreana e a brasileira, a atitude com relação à educação.
Comparando os números de Brasil e Coreia entre 1930 e 1980, a economia brasileira cresce bem mais que a coreana. A principal diferença depois de 1980 esta muita mais ligada com a incapacidade brasileira de lidar com a inflação do que simplesmente acreditar que a educação explica tudo. O desenvolvimento coreano e prova sim de que políticas industriais e cambias corretas fazem e fizeram sentido em países de desenvolvimento retardatário. O mérito da política industrial na Coreia foi cobrar a contrapartida dos setores escolhidos. Ridicularizar política industrial e cambial enaltecendo somente educação para explicar o desenvolvimento coreano nao corresponde a realidade histórica....
Quanto a eventual incapacidade de queimar livros ????? Nada como apelar para a deselegância e nao para argumentos......
"Nada como apelar para a deselegância"
Tente ler o blog de "Cláudia" então...
Ja que vc enveredou por esse caminho....Blog de "claudia" ???
Referencias clássica de um torcedor do São Paulo
Diz isso quem vem reclamar da "elegância"... hehe
Ridicularizar política industrial?! Não é questão de ridicularizar, mas sim de olhar para os fatos, interpretá-los e aprender. Acho que como brasileiros, fica bem difícil negar que política industrial não leva ao desenvolvimento, mas sim à concentração de renda e má alocação de recursos. Pois essa foi a principal lição da história brasileira na segunda metade do século XX. Infelizmente a lição não foi aprendida – afinal nunca foi ruim para a carreira de ninguém advogar por mais concentração de renda em um país com alta concentração de renda.
eh muito dificil negar q houve alguma politica industrial e cambial na coreia do sul. ateh facilidades de exportacao para os EUA tiveram. Mas acho q a liçao que fica eh que isso nao adiataria em nada no longo prazo sem uma educacao de ponta. Alem disso, politica industrial nao e recomendado em paises corruptos onde o sistema legal nao funciona, tipo o Brasil.
“eh muito dificil negar q houve alguma politica industrial e cambial na coreia do sul.”
Por que ainda estamos batendo nessa tecla? O Brasil também fez política industrial, o Brasil também fez política cambial. Em termos de política comercial, nós aliás fomos sempre mais protecionistas que os coreanos, como ainda somos hoje – a Coréia do Sul acabou de assinar um tratado de livre comércio com os Estados Unidos, algo que parece-me impensável aqui em Pindorama.
Qualé, Alex?
Daqui a pouco você vai querer dizer que as dezenas de bilhões que nos custa carregar reservas excessivas para "defender" nossa taxa de câmbio seriam melhor empregados se fossem gastos na educação da população mais pobre? Você é um neoliberal sem coração mesmo...quando é que você vai aprender que a indústria, coitadinha, também é um ser humano!!! kkkk
Mas, a exemplo do tratado de livre comércio entre EUA e Coréia do Sul, pode ser que a recente visita de uma grande comitiva brasileira aos EUA foi para celebrar alguma coisa.
Só que do tipo, "eu taxo o vinho da Califórnia, que entra no Brasil e você libera a manguaça do Brasil, que entra nos EUA".
Afinal, exportamos só 1% de manguaça, dizem. O restante é bebido por aqui mesmo. Estimam mais de 600 doses por segundo. E dizem mais de 7 litros/per capita/ano de manguaça por aqui.
Procede.
"..."Vou pra casa queimar os livros do Ha joon chang e da Alice Amsden"
Taí uma boa ideia, mas duvido que você tenha inteligência para executar."
ERRADOS OS DOIS!!!!
Devemos reciclar papel velho, não queimá-los!!!!
Aproveitando a discussão, peço ajuda a qualquer um e me explique como fazemos para mexer no cãmbio real (devemos valorizar ou desvalorizar o câmbio, etc). Só consigo pensar em mecanismos de desvalorização do câmbio nominal (que acabam compensados pela inflação). Alguém me ajudaria?
Aperto (verdadeiro) da política fiscal
1) Em tese é possível atingir a mesma meta de inflação com taxa de juros mais baixa
2) Com diferencial mais baixo o câmbio se deprecia, mas - por construção - a taxa de inflação é a mesma
3) Assim a taxa real de câmbio de desvaloriza
Se quiser contar a história como um aumento da poupança doméstica, também é possível
Mais um gráfico que vem a provar que educação sozinha não faz milagre.
Neste gráfico vemos que México e Polônia possuem populações mais educadas que Itália e Alemanha, respectivamente. E, apesar disso, México e Polônia são países muito mais pobres. A população brasileira entre 55 e 65 anos é ainda hoje mais educada que a de Portugal, basta ver no gráfico, e quando as populações destes 2 países estava no auge de atividade econômica, Portugal acabou se desenvolvendo mais.
Cristovão Buarque criou um factóide no Brasil. Educação sozinha não faz milagre.
Educação é só um insumo, exatamente igual a petróleo ou carvão. Se a população educada não possuir empregos e o petróleo ficar embaixo da terra, ambos não servirão para absolutamente nada. Um ambiente propício para a prosperidade das empresas é, de longe, muito mais vital para o crescimento econômico que Universidades e escolas.
Óbvio que não estou dizendo que investir em educação não é importante, apenas estou criticando a moda em vigor de colocar a educação em um pedestal absoluto: seria a salvadora geral e absoluta do PIB do Brasil. Mas isso é FALSO.
E se alguém puder me explicar como a Itália se desenvolveu tão mais que a Polônia, que segundo o gráfico tem o dobro de diplomados italianos entre 25 e 34 anos (40% contra 20%), eu agradeço...
A POLÔNIA COMUNISTA não conseguia se desenvolver, apesar da educação superior???? UAU, que surpresa, fodeu com a teoria... rsrsrs
Leo
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