Alguns dias atrás houve uma discussão neste blog e em outros adjacentes na blogosfera econômica brasileira sobre a teoria quantitativa da moeda (TQM).
Este que vos escreve explicou que MV = PY não é de muita utilidade como teoria para a inflação, enquanto outros retrucaram que o crescimento da base monetária nos EUA levaria a um aumento da inflação.
No último número da American Economic Review, que se tornou disponível eletronicamente ontem, Thomas J. Sargent (New York University and Hoover Institution) e Paolo Surico (London Business School and CEPR) [1] revisitam um artigo clássico de Robert E. Lucas Jr [2] que validava a teoria quantitativa da moeda como relação de longo prazo para dados da economia dos EUA de 1955 a 1975.
Sargent e Surico estenderam a amostra para o período 1875-2005 e mostram que a TQM só funcionou aproximadamente para o período estudado por Lucas, enquanto foi violada durante os outros períodos. No período mais recente, de 1985 a 2005, a relação de longo prazo entre crescimento do estoque de moeda e inflação é negativa: mais crescimento de moeda é associado com menos inflação no longo prazo!
Sargent e Surico então executam um exercício bem convincente para demonstrar que a relação de longo prazo entre crescimento do estoque de moeda e inflação depende dos parâmetros da política monetária: a TQM só é válida quando a política monetária não responde agressivamente a pressões inflacionárias.
Nas palavras do próprio Lucas em seu artigo seminal:
... each of these laws appears as a characteristic of solutions to explicit
‘theoretical models of idealized economies, models which give some guidance as
to why one might expect them to obtain in reality, also as to conditions under
which one might expect them to break down.
[1] Sargent, Thomas and Paolo Surico: “Two Illustrations of the Quantity Theory of Money: Breakdowns and Revivals” – American Economic Review 101 (February 2011): 109-128.
[2] Lucas, Robert E. Jr: “Two Illustrations of the Quantity Theory of Money: -- American Economic Review 70: 1005-1014.
46 comentários:
Esperem até o tal de Francis chegar...Sargent & Sunico que se cuidem!
Extenderam? Ou estenderam?
Extenderam!
O Saschida vai ter que brigar com o Sargent hehehehe . . . E viva o monetarismo de quermesse
Este é o destino de todos os modelos que tentam explicar moeda em uma economia sem trocas. Detalhes em:
research.stlouisfed.org/publications/review/10/07/Williamson.pdf
Abraço,
Roberto
Nao adianta evidencia empirica. A turma monetarista tem uma fe insuperavel.
Extensão é com X,mas o verbo é estender...
"A turma monetarista tem uma fe insuperavel."
Monetaristas sérios não tem o entendimento do Adolfo sobre economias monetárias.
Caros “O” e Alex
Na leitura matinal dos jornais, constatei que de um modo geral os variados economistas citados em reportagens fecham com a primorosa síntese de Mansueto Almeida.
Alex acrescentou que a âncora cambial resta perdida.
Isto posto, e considerando a estreita margem de manobra do governo para o tal "forte ajuste fiscal", eu fico me perguntando a respeito do que pode acontecer. A situação preocupa-me porque sobrevivo exclusivamente com a renda do meu trabalho que, todos sabemos, é fortemente tributada direta e indiretamente no Brasil.
Enfim, de acordo com o IBGE o INPC (até 8 SM) dos últimos 12 meses já estourou o teto da meta: 6,53%. O IPCA (até 40 SM) acumula alta de 5,99%. O viés, ainda de acordo com o IBGE, é de alta.
Pergunto
É paranoia imaginar que o governo vai "arrumar a casa" com auxílio de "um pouquinho mais de inflação"? É mistificação imaginar que a "arrumação" ao final se fará via aumento da carga tributária?
Não são perguntas retóricas. É paúra mesmo. Sou do tempo que o grande lance da economia doméstica era, no mesmo dia em que o salário caísse na conta, correr ao supermercado para fazer as compras do mês e, se possível, estocar excedentes. Minha memória registra que essa maldita situação durou um longo tempo. Sou testemunha ocular do desfile, pelos jornais e Tvs, dos magos da quermesse com seus truques de freak show. Eu e tantos outros em situação semelhante sabemos de fato o que é o horror. Recém-casados, minha esposa e eu decidimos investir nossa poupança (duas linhas da Telesp que alugávamos para terceiros) em um terreno. O velho sonho da casa própria... Começamos a construir e durante a empreitada subitamente nossa renda perdeu 50% do seu valor em dólares (na época, era estratégico “dolarizar” a renda para efeito de cálculo contábil doméstico. Era um parâmetro e não uma conversão real da moeda). Paro por aqui. Digo apenas que foi de foder, ao ponto do desespero. A fase Zélia não me afetou pelo simples fato de eu não ter mais nada que pudesse ser surrupiado pelo governo.
"É paranoia imaginar que o governo vai "arrumar a casa" com auxílio de "um pouquinho mais de inflação"? É mistificação imaginar que a "arrumação" ao final se fará via aumento da carga tributária?"
Não. A inflação deve ficar persistentemente acima da meta neste ano e no próximo e eu não descartaria uma CPMF ressuscitada.
Agora espetemos que Aécio nao implore para chupar o pau do Lula e a oposição faca tudo que for possível para bloquear o CPMF.
Algumas questões pairam no ar:
(i) O que é moeda, afinal?
(ii) Como estimar a velocidade da moeda?
(iii) Qual nível de preços utilizar?
(iv) A que ponto as proxies comprometem o teste da teoria?
PS. Se for votação, tb fico com o "estenderam"
Alex
Grato pela resposta.
Abuso da consultoria grátis e faço uma outra pergunta:
É possível, hoje, estimar alguma medida para o "persistentemente acima da meta"? O IBGE informa que o teto furou. Vai-se ficar por aí ou o caldo tende engrossar? Se vai engrossar, em qual medida?
Abs.
Os macroeconomistas são engraçados (uns -- aqueles que não sabem escrever "estender" -- mais que outros, é verdade). Imaginem um microeconomista teórico que estabeleça o seguinte resultado: em competição (o objeto não está definido caso contrário, quando se-lhe-dá o nome de conduta), a curva de oferta é positivamente inclinada. Entusiasmado, pensa em um nome pomposo: "Lei da Oferta"
Aí, um impoluto ser com acesso a dados de quantidade e oferta de um mercado comp[etitivo regride preços em qtdes e obtém um zero. Wow, exclamam os incautos, "a Lei de Oferta não vale". E um longo e, ao menos do ponto de vista conceitual, inútil debate se instaura...
Algo análogo se dá em nessa questão da TQM. De duas, uma: ou esses caras são clueless (e, obviamente, não é o caso. Trata-se de gigantes da profissão), ou a discussão é vazia conceitualmente.
Meu amigo (imaginário?) JuanPa coloca os pingos nos is:
http://www.bcentral.cl/conferencias-seminarios/seminarios/pdf/jp_nicolini.pdf
O governo decidiu brincar de expectativas sem entender o que eh solução fundamental. Ninguém minimamente informado acredita no corte. Em 6 meses esse governo não terá mais credibilidade alguma.
Ciro Obama Gomes
Resumindo o argumento do Nicolini:
[1] Inflação é menos volátil nos dados que money growth.
[2] Vamos assumir que inflação é igual a money growth mais uma variável não-observável (que provavelmente não é independente de money growth).
[3] Então o coeficiente de uma regressão de inflação no money growth tem que ser menor que 1 (tautologicamente, porque [1] é verdade).
[4] Ergo, a teoria em [2] deve ser correta.
Mas isso seria verdade se ao invés de money growth estivéssemos falando de qualquer variável cuja volatilidade fosse maior que a volatilidade da inflação!
Então até o slide 43, Nicolini não disse nada que não fosse ou óbvio ou tautológico.
Mas as coisas pioram...
Daí no que ele chama de tricky exercise, ele tenta mostrar que money growth seria negativamente correlacionado com a expectativa no período anterior do negativo do crescimento em real money balances (projetado em dummies sazonais), sem controlar por sazonalidade...
Mein gott.
Completou-se o círculo completo.
Já que money growth tem covariância negativa com a projeção de seu negativo em dummies sazonais, Nicolini vê evidência que existe uma demanda por moeda estável e que bancos centrais estariam explorando essa relação para estabilizar a inflação.
Mein fukking gott.
Ótimo post, "O"!
Sem comparação com os comentarios sobre o que se produz nos subterrâneos heterodoxos. Temos muitas questões importantes a serem debativas na internet para ficarmos perdendo tempo sobre o que a mulher de 2 cabeças ou o engolidor de espadas tem a dizer. Sobre o câmbio, o Alex, sempre tem dado excelentes contribuições. Talvez uma boa idéia fosse discutir sobre o acúmulo de reservas do Brasil e a gestão da dívida pública...
Abç
Tb Anonimo
Alex
Terminei de ler agora o texto de sua autoria para o Simpósio. Sublinhei estas passagens:
Por qualquer ângulo que se olhe, não há como identificar desvios sistemáticos para baixo com relação à meta no Brasil; se houve algum desvio sistemático no período 2004-2010, ele parece ter sido para cima da meta. (p.26)
Resta, é claro, a questão do porquê de taxa neutras tão altas, para a qual não parece haver resposta definitiva. Parcela da história pode, como vimos, estar relacionada à expansão fiscal persistente observada desde a estabilização da economia em 1994. (p.28)
Ao final de 2010, porém, as expectativas para a inflação de 2011 mostram-se bastante acima da meta (entre 0,6% e 0,7%), mesmo havendo tempo hábil para que o Banco Central possa tomar medidas que revertam a trajetória da inflação. (p. 34)
Concluímos, portanto, que temos vivido nos últimos anos uma mudança, não tão lenta, nem tão imperceptível na orientação geral de política econômica. Minha visão é que estas alterações vieram para ficar e que, portanto, o melhor guia para a política econômica dos próximos quatro anos é o ocorrido nos últimos dois. Espero estar errado, mas não contaria com isto. (p. 34)
Depois de ler e reler o texto, e com a dificuldade de quem padece de pouca familiaridade na matéria, acho que encontrei a resposta e entendi melhor o que você quis dizer com "persistentemente acima da meta".
Abs
Ih, além de não saber escrever "estenderam", achar Dave Matthews genial e usar anglicismos (assumir não existe em Português, amigão), V. parece estar um pouco enferrujado em termos lógicos (há quanto V. saiu da Top 10?).
Eles NÃO dizem que a Teoria [2] deve ser correta (sic). O ponto do Nicolini é: mesmo num mundo em que a TQM vigore, identificá-la nos dados pode ser tricky. (Assim como a Lei da Oferta vale -- é um Teorema -- e identificar os parâmetros de oferta não é fácil). Em particular, os dados são CONSISTENTES com a TQM quando os BCs têm determinadós objetivos (não sei avaliar o quão razoável esses supostos objetivos são de fato).
Voce que nao entendeu. O teste do Nicolini nao tem poder nenhum. Zero. Uma pena que você não consiga ver isso enquanto eu vi na primeira leitura. Digo, uma pena para você.
Por exemplo, se o Nicolini tivesse usado qualquer variável nominal, digamos o preço do aldfce, ao invés de moeda, ele nao teria conseguido rejeitar a teoria quantitativa da verdura. A lambança que ele parece ter feito na parte final da apresentação teria concluído que o BC determina o preço do alface olhando para sua própria expectativa do preço relativo do alface no trimestre seguinte :)
Que perna de pau.
teste do que, meu amigo? Me diga: qual o teste que eles fazem? O que V. entendeu antes dos outros, Austin Powers da Blogosfera? V. é um prego, O...
O JuanPa é perna de pau? Quantas publicações comparáveis a ele V. tem, meu querido?
PS.: Seu doutorado foi financiado por dinheiro público (o meu não foi)? Espero que não. Terá sido uma pena para o contribuinte...
"O JuanPa é perna de pau? Quantas publicações comparáveis a ele V. tem, meu querido?"
A CAPES e seu critério qualis fizeram mais mal a economia no Brasil do que todos os campineiros juntos...
Anônimo das 16:37,
Não adiante debater. "O" é teimoso até com ortografia...
Deve ser ortografia heterodoxa...
Caro anônimo,
Se um cachorro é magro, reumático e sem dentes, continua sendo um cachorro, ainda que você chame de gato.
O fato do Nicolini ter sido incapaz de desenhar um teste decente para a TQM não impede que nós chamemos de teste sua tentativa burlesca. Infelizmente, Columbia no começo da década de 90 aparentemente não ensinava os alunos a desenhar testes que permitem uma hipótese alternativa e a refletir se o teste tem algum poder antes de se embaraçar publicamente.
É no mínimo bizarro que alguém com PhD em economia precise rodar uma regressão de m(t) em E(t-1)[P(t)/M(t) | X] para saber que o coeficiente é negativo (como diz Krugman, it is the dark ages of macroeconomics). Mais bizarro ainda foi o Nicolini ter rodado essa regressão sem nem ter ciência do que se tratava e clamar que isso validava seu raciocínio.
Repito, se Nicolini ao invés de moeda (que como bom representante da Dark Ages of Macroeconomics, ele nem define o que seja: base? M1? M2?), tivesse escolhido qualquer variável nominal mais volátil que a inflação e sujeita a variação sazonal, ele teria encontrado o mesmo resultado (beta menor que um e correlação negativa com o componente sazonal de seu próprio valor). E daí poderia clamar a validade da teoria quantativa do preço do alface.
Caro "O" anônimo,
De duas, uma: ou V. não é muito atormentado pela inteligência, ou -- mais provável, uma vez que V. é PhD por uma escola Top 10 -- está querendo eStender uma discussão que não tem sentido.
Pegue, por favor, a terceira lâmina e leia o último ponto comigo em voz alta:
"Pode ser o caso que a QT não seja útil para se pensar em política monetário (i.e., não vigore). Nosso ponto é que a ausência de relação positiva entre dinheiro e preços não é evidência contra a QT"
No seu ("O") linguajar, pode-se intrepretar seu (Nicolini) ponto como: testes da hipótese de que a QT NÃO vigora podem ter poder zero (pode-se contruir uma economia na qual a QT vigora e o processo gerador de dados dessa economia induz uma relação entre dinheiro e preços que é nula. Portanto, usando-se uma regressão OLS de moeda e preços não se consegue rejeitar a hipótese nula ('beta diferente de 1) quando ela é falsa). Em bom português: achar evidência contra a QT pode não ser trivial (Sachida, meu bom: estou de seu lado pela primeira vez)
Alternativamente, pode-se intrepretar (assim o faria um microeconomista) que, para se recuperar uma parâmetro estrutural, algum tipo de variação exógena é necessária (para se recuperar um parâmetro de demanda, algo como um cost shifter precisa ser usado). Se, além da equação da QT, houver uma outra equação com portamental, estimar a equação da QT vai requerer um reboldado.
A dificuldade é encontrar variações exógenas em Macroeconomia...
PS.: Columbia? V. parece confundir o Nicolini com o Velasco. Espero que V. não faça o mesmo com os vinhos que bebe.
PS1.: Chicago representa a Dark Age? Quem são os iluministas? O pessoal de Cambridge, MA? Acho que os obscurantistas invadiram aquela praia...
PS2.: Austin Powers ou Dr Evil?
Ao contrário do "O", eu achei o paper do Nicolini interessante...
Gostei da lógica dele...
- Quero ver se há relação de 1 para 1 entre M e P.
- Porém, estou num mundo onde o Bacen reage a choques de demanda de moeda.
- Como o Bacen tenta estabilizar a inflação e reage a esses choques, usar um "OLS" para estimar vai viesar o resultado para baixo, não sendo válido.
O problema é um monetarista de quermesse querer usar esse paper. O próprio pressuposto do modelo desse paper, de choques na velocidade da moeda e de um Bacen que reage a esses choques de maneira eficiente já e a negação da fé em que mudanças gerais de preços são SOMENTE causadas por alterações no estoque de moeda.
"Pode ser o caso que a QT não seja útil para se pensar em política monetário (i.e., não vigore). Nosso ponto é que a ausência de relação positiva entre dinheiro e preços não é evidência contra a QT"
O meu ponto é que o Nicolini, por ser um analfabeto de econometria como a vasta maioria dos macroeconomistas de Chicago (não sei porque lapso mental escrevi Columbia), não notou que o teste que ele formulou não tem poder algum para rejeitar a TQM. Nada é evidência contra a QT pelo teste do Nicolini. Vejam os fatos que Nicolini usou para concluir que não pode rejeitar a TQM:
[1] M tem uma tendência comum com P (assim como o preço do alface).
[2] M é mais volátil que P (assim como o preço do alface).
[3] M é negativamente correlacionado com seu inverso projetado em dummies sazonais (assim como qualquer variável com sazonalidade).
Com todo respeito, é foda o cara colocar um argumento desses no papel.
Mas o ponto não é apenas sobre a pernice-de-pau do Nicolini em econometria. Ele também é analfabeto de economia monetária também. A equação quantitativa da moeda é uma tautologia que define a velocidade da moeda. Torna-se uma teoria apenas quando podemos estabelecer uma relação de causalidade de M para P. É realmente incrível, mas em nenhum momento ele tentou fazer este ponto.
Diga-se de passagem, o que é M para Nicolini? Ele não define. Esta é outra característica da Macro Dark Ages e que eu encontro frequentemente em artigos da turma de Chicago e Minnesota: o pouco caso com relação aos dados. Nicolini é uma multidão...
”No seu ("O") linguajar, pode-se intrepretar seu (Nicolini) ponto como: testes da hipótese de que a QT NÃO vigora podem ter poder zero (pode-se contruir uma economia na qual a QT vigora e o processo gerador de dados dessa economia induz uma relação entre dinheiro e preços que é nula. Portanto, usando-se uma regressão OLS de moeda e preços não se consegue rejeitar a hipótese nula ('beta diferente de 1) quando ela é falsa). Em bom português: achar evidência contra a QT pode não ser trivial (Sachida, meu bom: estou de seu lado pela primeira vez)”
Cara, você é fraco do entendimento. O problema do teste do Nicolini é que ele é um analfabeto de econometria. O teste é errado. O powerpoint que você trouxe para o debate aqui (que não se tornou um Working Paper porque deve ter tomado bordoada a torto e direito quando foi apresentado) é uma total perda de tempo.
”Alternativamente, pode-se intrepretar (assim o faria um microeconomista) que, para se recuperar uma parâmetro estrutural, algum tipo de variação exógena é necessária (para se recuperar um parâmetro de demanda, algo como um cost shifter precisa ser usado). Se, além da equação da QT, houver uma outra equação com portamental, estimar a equação da QT vai requerer um reboldado.
A dificuldade é encontrar variações exógenas em Macroeconomia...”
Essa é uma desculpa preguiçosa. Não é tão difícil assim achar variações de M exógenas, vide o QE1 e QE2 que certamente não foram instituídos em resposta a variações antecipadas na demanda por moeda. O que me traz a meu comentário final: não é de surpreender que a turma do Nicolini tem tração zero no mundo real.
Mas pior que tudo que eu disse é a constatação de technological regress em Chicago. No artigo de 1980, o Lucas deixava bem claro que TQM era context specific.
Ta... agora qual e a opiniao dos economistas de VERDADE do Santander?, a Tatiana Pinheiro e o Cristian...
Do John Doe e do "um artigo por mes que ninguem serio le" nos ja sabemos.
Que tal um espaco pra quem sabe na pratica e na teoria falar... o pseudo economista chefe e seu "eu" anonimo poderiam dar um espaco para aqueles em que os Espanhoes confiam de verdade.
Abs
"CTO" Anonimo
O que são "Espanhoes"?
Prezado "O",
O professor Adolfo publicou um desafiador artigo no qual formula duas perguntas acerca do seu post. Veja: http://bdadolfo.blogspot.com/2011/02/duas-perguntas.html
Putz
Impressionante o caso patologico do O com Chicago. Se eu nao achasse que vc vem de uma top1 tb, iiria achar que era recalque de top 10. Mas aluno do MIT nao tem motivo pra isso, deve ser outra coisa.
Usar o termo logo do Krugman ( dark age ) para criticar falta de compromisso com dados soa como uma piada de mau gosto.
O proprio Sargent dava aula la no inicio dos anos 90, fora que o melhor econometrista do Brasil estudou la um pouco antes.
Cara, eu também nao tenho ideia do que seja "Espanhoes". Mas baseado nos trechos abaixo, acho melhor você perguntar p o "O" Linguista.
"Extenderam..."
"Vamos assumir que inflação..."
"O fato do Nicolini ter sido incapaz..."
Consulta a "equipe"... explicarao que meu teclado nao deve ter acento... ou que eu sou burro mesmo!! Devo ser um grande analfabeto!, pra que ligar para mim?!
Esse seu banco e uma bangunca mesmo, qualquer banco decente tem normas de conduta pro seu economista chefe, mesmo que ele seja so a rainha Elizabeth.
Voce esculhamba conselheiro de empresa que movimenta uns 160 mi por ano no seu banco... ainda se a critica fosse construtiva, mas o nivel da baixaria ta cada vez pior.
Teu zelo pelo bom debate so nao e maior que seu amor pelo PT.
Agora seria legal voces serem categoricos. Entao voce e o "O" (tenho duvidas do e) afirmam que a literatura "Paleoliberal" nao comporta as posicoes do Adolfo sobre a TQM? (fiquei realmente curioso sobre isso. E esse o blog adjacente, certo?)
De quebra, poderia explicar se esse conceito "Paleoliberal" e economico, ou apenas politico. Esse sera um esclarecimento util para nos, ignorantes.
abs
"CTO" Anonimo
Eu é que sou burro. Veja só, minha vida inteira pensei que "e" e "i" fossem letras distintas; acabei de descobrir que a única diferença entre elas é a acentuação.
E você está certo: eu não ligo mesmo.
P.S. "Amor pelo PT"? Como está o clima aí na Dimensão Z (de zurro)?
-Não sou aluno do MIT.
-Não só o Sargent foi professor de macro em Chicago, mas o próprio Lucas é brilhante ainda que muito do que ele construiu nos anos 70 não tenha passado o teste do tempo. O problema são os discípulos que comeram o que foi servido lá, e retiveram apenas a ideologia. Mesmo no artigo de 1980, o Lucas deixa bem claro que ele acha que TQM é “context-specific” (como não poderia ser diferente, afinal ele é o pai da “Lucas critique”).
"O professor Adolfo publicou um desafiador artigo no qual formula duas perguntas acerca do seu post. Veja: http://bdadolfo.blogspot.com/2011/02/duas-perguntas.html"
Assustador, nao?
O Galego ja disse tudo a ser dito sobre esse tema (creio que na caixa de comentarios sobre a lista da AER).
O SB matou a pau: o "O" eh da unicamp!!!!!!
http://selvabrasilis.blogspot.com/2011/02/o-efeito-bicicreta-e-infracao-na.html
Um sonoro "Não". A TQM está vivíssima. Aliás, foi ela a responsável pela "Grande Moderação". Esse artigo do Friedman no WSJ em 2003 deixa as coisas claras.
http://faculty.hacc.edu/erandolph/Take_%20Home/Thermostat_2.pdf
Esse pessoal anda chupando bala com casca e tudo . . . vejam a mais nova
http://bdadolfo.blogspot.com/2011/02/toma-la-da-ca.html
Será que o Saschida anda tomando cerveja com o Sicsú e almoçando com o Pochman? Vocês sabem, ninguém resiste a uma boa!!! má influência
Declaro que não volto mais a esse blog porque é só baixaria. Quando a discussão parece interessante, há um desvio para a falta de educação.
Quem diz isso é um doutorando em economia que achava interessante ler este blog, apesar do enorme ataques pessoais que ocorrem.
Diogo, pelo menos coloque o seu lattes aí, já que enche tanto a boca para falar 'doutorando'. Vamos ver as suas publicações.
Como se os que aqui comentam fossem apenas graduandos.
tenta enchergar as coisas com mais leveza. Os toma lá dá cá até que divertem. é sempre um querendo ser mais sabido que o outro e pelo seu comentário vc não é diferente deles.
Se é que me permite dizer isso, Doutor.
Olha, quando disse doutorando não quis dizer no sentido de querer ser mais sabido. Estou apenas tentando aprender economia, sou um mero aluno e não encho a boca para dizer "doutorando", e nem devo fazê-lo. Além disso, as pessoas que realmente possuem o conhecimento sobre alguma área normalmente são as mais humildes.
Foi apenas um comentário. Talvez não devesse ter me expresso dessa maneira, mas o fiz, paciência. Agora o que recebo é um ataque pessoal: seria errado esperar diferente de pessoas que acompanham um blog com muitas ofensas.
Qualquer um sabe que o blog não tem participação só de graduandos, embora muitas pessoas não se identifiquem.
Mas vejo que você é um daqueles do qual me acusa ser, busca ser mais sabido que os outros apenas pela seguinte afirmação: "pelo menos coloque o seu lattes aí, já que enche tanto a boca para falar 'doutorando'. Vamos ver as suas publicações."
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