Mark Weisbrot acaba de lançar mais um ensaio sobre as maravilhas do bolivarianismo econômico na Venezuela.
Gostaria de abrir a caixa de comentários para que os leitores debatessem qual a passagem mais desonesta, estúpida ou nassífica do texto do rapaz. Ao leitor que primeiro identificar a melhor passagem nassífica (isto é, aquela exemplar de estupidez ou falta de caráter, ou ambos), o blog vai oferecer o prêmio Sargento Mario Terán por contribuição ao bem-estar da América Latina.
Gostaria de abrir a caixa de comentários para que os leitores debatessem qual a passagem mais desonesta, estúpida ou nassífica do texto do rapaz. Ao leitor que primeiro identificar a melhor passagem nassífica (isto é, aquela exemplar de estupidez ou falta de caráter, ou ambos), o blog vai oferecer o prêmio Sargento Mario Terán por contribuição ao bem-estar da América Latina.
19 comentários:
Faz mal pra sanidade mental ler um texto desses.. Li somente o Summary e quase gorfei
O que me deu mais medo durante a leitura desse texto é de estar tendo um flashforward...
Indico o bom texto do Ronald Hillbrecht
http://escolhaseconsequencias.blogspot.com/2010/08/soma-de-todos-os-medos.html
Parei na introdução.
O prêmio deveria mudar para o "estômago de ouro", para quem conseguir ler essa imbecilidade até o fim.
O pior é que a sigla gera confusão com o cepr sério (http://www.cepr.org)
Ganhei. Olhem essa preciosidade na pag.12!
"The probability of any investor losing money to expropriation in Venezuela remains very small; it is
doubtful that this is a serious practical consideration for most private investment decisions, as
compared to the normal risks associated with uncertainty over prices of inputs and output, and
demand conditions."
Rodrigo
Caramba, o show de horror continua. Olhem essa na pag.13:
"Figure 3 shows monthly year-over-year inflation at 30.9 percent. This is high inflation, although there are no signs that it is accelerating: inflation over the last three months is running at an annualized rate of 26 percent, and core inflation has been declining since last September. So long as it does not accelerate, Venezuela’s inflation is not by itself necessarily a significant impediment to future economic growth, and can be lowered gradually."
Nos últimos 3 meses a inflação não se acelerou na Venezuela. Portanto, não há aceleração inflacionária!
E o cara tem um PhD em economia por Michigan! Não é possível, tem que ser comprado...
Rodrigo
Como assim comprado, o diploma ou a consciência?
Eu quase engasguei quando li esta passagem:
“One possibility is that the government has created an unfavorable investment climate, and that this will severely limit the country’s growth and development. Private capital formation as a percentage of GDP had declined significantly, even before the 2009 recession. The question is whether this necessarily means that the Venezuelan economy, which grew very rapidly in the last expansion from 2003-2008, is likely to face significant constraints on its future growth due to negative investor sentiment.
The answer to this question is, most likely, no. As can be seen in Figure 3, private capital formation rebounded very rapidly as the economic recovery began in 2003, despite intense hostility toward the government on the part of the most powerful business interests This indicates that many domestic investors, when there are profitable opportunities to invest within the country, will take advantage of them.”
Resumindo, temos que “Private capital formation as a percentage of GDP had declined significantly, even before the 2009 recession” (Por que será? Talvez seja maldade dos capitalistas! Ou culpa dos judeus?), mas como Mr. Weisbrot quer mostrar, podemos ver na Figura 3, que fraqueza no investimento privado não deve ser uma restrição ao crescimento da Venezuela porque...
Bem, a Figura 3 (página XX) mostra que o investimento privado está agora no mesmo nível em preços constantes que estava em 1997. Isto é, mais de 12 anos de crescimento zero para o investimento privado. Ou crescimento negativo em termos per capita. Mas tudo bem, não há de ser restrição alguma para o crescimento econômico...
The biggest shock to the economy in 2008 ... that had already begun, this ...pushed the economy into recession.
Venezuela is not in danger of a foreign exchange crisis... approximately 1/2 of
imports for 2008 ... .
Furthermore, Venezuela probably does not need as much of a reserve cushion than most countries,
because of its currency controls.
Hahahahahahah, a Vênusreguela tem em caixa o suficiente para pagar 1/2 das importações (ano de crise) e não necessita de caixa por causa dos controles cambiais.......hahahahah.
O prêmio é meu!!!
Brados
Martins
"aquela exemplar de estupidez ou falta de caráter"
O índice para um paper de 19 páginas...
Mas gosto do Che, dispenso o prêmio!
O pior não é ver o think-tank de um esquerdista radical (no contexto dos EUA) publicando isso, e sim ver um prêmio Nobel dizendo, em 2007, que a Venezuela não devia se preocupar com a inflação e que o desempenho econômico deles era impressionante.
Venezuela obviamente está numa situação catastrófica, é muito triste saber que um imbecil no poder pode fazer tanto estrago.
Se você está se referindo ao Stiglitz, ele pode ter sido o maior economista desde o Paul Samuelson, mas depois que ele se meteu em política, tornou-se um imbecil de marca maior.
“Mas gosto do Che, dispenso o prêmio!”
Mas qual ângulo que você mais gosta: o torturador, o líder de pelotão de fuzilamento, o sociopata que foi posto para correr de Cuba ou você sucumbiu ao charme do argentino?
"Mas qual ângulo que você mais gosta: o torturador, o líder de pelotão de fuzilamento, o sociopata que foi posto para correr de Cuba ou você sucumbiu ao charme do argentino?"
Não sei, gosto do mito, da ideia de rebeldia... Até do filme da motoca...
Sobre a pessoa em si, não tenho opinião formada, pois é difícil achar uma fonte confiável (ou seja, que não tenha interesses em criar ou destruir o mito). Também não acho que seja muito importante saber "a verdade" sobre um único indivíduo. Sua própria conversão em um símbolo midiático já dá a medida de como a imagem do Che se tornou anti-cheguevárica...
De todo modo, o que certamente NÃO gosto é da execução de prisioneiros políticos, sejam americanos idiotas escalando a montanha errada, sejam guerrilheiros comunas embrenhados na selva.
"Se você está se referindo ao Stiglitz, ele pode ter sido o maior economista desde o Paul Samuelson..."
Acho que se trata de um bom tema para discussão, neste momento de falta de assunto do blog, onde até Che virou pauta.
Quais seriam os candidatos a maior economista pós-S.? (Sugiro que nos restrinjamos apenas aos economistas da dimensão Z-complementar, ok?)
Lucas? Krugman? Sargent? Blinder?
Uma lista:
http://ideas.repec.org/top/top.person.all.html
Pai Alex
Ah sim, a Venezuela vai bem. Provavelmente os gênios do CEPR devem achar que o país ferrado na América do Sul é o Chile, não a Venezuela.
Na boa, o cara tem que ser pago para dar um parecer destes,...
Uma pessoa honesta consigo mesma não pode escrever aquilo, não sob sã consciência. Acreditar em dados econômicos fornecidos por instituições sob a batuta de uma 'ditadura' populista e não-imperialista...
A parte escolhida é esta, na página 7: "The data from the
Central Bank of Venezuela, for the first two quarters of 2010, are not seasonally adjusted; this may
have contributed to the slowness of most analysts to recognize the likely economic recovery
underway in Venezuela".
É muito engraçado, muito mesmo,... kkkkkk
Aqui, eu cito um 'causo' ocorrido em um dos sites econômicos que acompanho a alguns anos; o cidadão louvando o castrismo de Cuba, que Cuba era potência na área da saúde e de esportes.
Já que é tão maravilhoso assim, disse a ele para ir residir lá, pois, inúmeros cidadãos daquele 'paraíso' perderam a vida, ao tentar cruzar o oceano para atingir a América.
Fez-se como perfeita 'esquerdista',: irritado, foi-se embora.
Voltando à Venezuela bolivariana, é um péssimo lugar para se investir, não tem garantia de propriedade e vai ter que se endividar sobremaneira, pois, sua vaca leiteira (PDVSA) está caminhando para o sucateamento financeiro.
E tem gente que banca títulos soberanos chavistas,... rs, rs, rs
Não há taxa que pague o risco.
Vai que o 'homi' fique no poder pelo tempo que Castro tem permanecido em Cuba,...
Eu até alertei que a Braskem ia sentar na graça. Não deu outra,... rs, rs
É incrível como tem diretoria, 'estudada', fazendo besteira. Bem, depois dos 3 Nobels no LTCM, tudo pode. Ahuahuahahh
Meus caros,
O maior economista da segunda metade do século XX não seria o Arrow? Em segundo lugar, eu colocaria o Lucas. Posso estar sendo injusto, mas citaria os dois pela quantidade impressionante de contribuições em uma quantidade impressionante de áreas da teoria econômica. Teríamos também outros "monstros" menores, Friedman, Tobin, Coase, Stiglitz, Prescott, Becker, Heckman, alguns econometristas (Hansen, Granger, Hausman), sei lá. São tantos que nos perdemos (graças a Deus).
Mas tenho uma pequena história sobre o Stiglitz (com contribuições efetivamente sensacionais para a teoria) que é impressionante.
Este deu uma palestra no encontro do BID em BH uns dois anos atrás. Nesta, ele ficou defendendo a necessidade de política industrial (com o velho papo de aranha, os países desenvolvidos se desenvolveram devido a políticas industriais e agora querem proibir o desenvolvimento dos países pobres). No final, de forma rápida, ele coloca algumas condições para que a política industrial seja eficiente:
- Não pode haver subsídio ao capital.
- Deve existir política de defesa da concorrência forte e ativa.
- País deve ficar aberto ao comércio internacional.
Notaram o palhaço???????
Saudações
"O maior economista da segunda metade do século XX não seria o Arrow?"
É fortíssimo candidato. Acredito que Samuelson ainda foi muito atuante no período, com contribuições sobre praticamente todos os tópicos de economia (micro, comércio, macro, macro aberta). Ele deu forma a muito do que se faz em Economia, i.e., além das contribuições em si, também mostrou como se faz.
Há também o Hicks, mas as principais contribuições dele foram na primeira metade do século passado.
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