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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cenário para os próximos 20 anos

Estava pensando: alguém de nós consegue imaginar um cenário plausível e não-catastrófico em que a economia brasileira cresça mais que a economia do resto do mundo nos próximos 20 anos?

Comentários são bem-vindos.

73 comentários:

Com qual quadro político? Com o atual esqueça. Se em algum momento conseguirmos diminuir o peso do estado, seu custo e suas amarras burocráticas, quem sabe. Mas via BNDES e Luciano Coutinho, "o sábio" não tenho a menor esperança, infelizmente.

Descobre-se uma plantinha que só nasce no Brasil e cura câncer, impotência, colesterol alto, diabetes, faz nascer cabelo, acaba com a celulite e emagrece.

Leia o artigo do Chico Lopes no VALOR de hoje, talvez possa ajudar vc.

Cenários para 20 anos são assintóticos a um eixo de leviandade.

"Com qual quadro político? Com o atual esqueça."

Quero sua expectativa incondicional, incorporando a probabilidade de se mudar o quadro politico.

"Quero sua expectativa incondicional, incorporando a probabilidade de se mudar o quadro politico."

Vc está sem o que fazer, né?

E por que o brasil teria que crescer mais que o resto do mundo?

"...que a economia brasileira cresça mais que a economia do resto do mundo nos próximos 20 anos?"

Só o advérbio "mais" na pergunta já impede qualquer análise. Acho que será mais do mesmo, ciclos de Kondratieff de 8 em 8 anos e torcer para que a China não se afunde em alguma crise. A histerese por aqui impede qualquer avanço, independente que venhamos a ser governado pelo MST ou pelo Instituto Millenium.

abs

Imbroglio arrastado na reagião do Euro, dificuldade de crescimento americano e alimentos mais caros no mundo devido a mega massa de emergentes (india, china e talvez indonesia) se alimentando melhor.

Preços altos de commodities seriam chave nesse cenário. É plausível porque a China não parece que vai se desacelerar tão cedo.

Não há grandes esperanças da TFP brasileira dar um salto, então se as taxas de juros caírem mais pode ser (quem sabe?) que a taxa de investimento suba e o crescimento se acelere por essa via.

Não aposto no empreendedorismo brasileiro, nem no ativismo estatal. O Brasil pode até crescer com um boçal como o Luciano Coutinho dando as cartas na política industrial, mas com essas atitudes protecionistas que essa galera defende, só vejo desperdício com subsídios e taxas de juros abaixo das de mercado.

Outra parte de um cenário plausível é uma guinada desenvolvimentista radical que promoveria investimentos públicos financiados com o imposto inflacionário. Essa provavelmente faria o Brasil crescer mais do que o resto do mundo nos próximos 20 anos. Inclusive aumentando a produtividade da economia dramaticamente.

Mas, se a história se repetir, o Brasil ficaria bem abaixo da média mundial nos 20 anos seguintes (depois dos 20 anos propostos pelo O). Ver o período que vai de 1950 - 1990 da nossa história.

"Imbroglio arrastado na reagião do Euro, dificuldade de crescimento americano e alimentos mais caros no mundo devido a mega massa de emergentes (india, china e talvez indonesia) se alimentando melhor."

Mas esse eh o cenario atual. Pelo menos para os proximos 2 anos para os quais existem projecoes feitas pelo mercado, o Brasil esta crescendo abaixo do resto do mundo. Supostamente esses proximos 2 anos sao a nata dos proximos 20, pois condicoes monetarias nos paises avancados devem apertar no medio prazo.

"Imbroglio arrastado na reagião do Euro, dificuldade de crescimento americano e alimentos mais caros no mundo devido a mega massa de emergentes (india, china e talvez indonesia) se alimentando melhor."

boa essa. ainda adiciono alguma probabilidade de extração do pré-sal concomitante a continuidade do aumento do preço de energia no mundo.

Eu acredito que a economia brasileira não irá crescer mais que a economia do resto do mundo, mas vai crescer melhor.

Acho que o quadro institucional está montado de forma a coagir os políticos a buscar a resolver os problemas certos. Decerto, a passos de tartaruga, mas coage e resolve.

Duas ilustrações: inflação e Palocci.

Sobre a inflação, o governo está claramente analisando o trade-off entre crescimento e alta de preços, com seu impacto nas pesquisas de opinião. Decerto, está cometendo erros já cometidos, mas vai aprender que merda custa caro e não duvido nada que voltará a tomar as rédeas logo. Como diz o Carlos Alberto Almeida, a Dilma vai cometer erros aleatório. Dizem que o brasileiro perdeu a memória inflacionária... balela, inflação não tem memória, dói no bolso. O que nos impedia de combatê-la antes era a ignorância extrema e generalizada, somada a instituições raquiticas.

O caso Palocci, apesar de ter sido uma vontade até de muita gente do PT, também é mostra de que um instituto em particular,a reeleição, funciona bem. A Dilma tirou não só porque queria mostrar sua independência em relação a Lula, como dizem alguns, mas principalmente porque não quer perder votos. Todos previam a queda, mas na velocidade que veio - diga-se, logo após pesquisa de opinião, foi surpreendente.

Enfim, tem muita coisa ruim que está voltando, como a mentalidade PT/PMDBista de desenvolvimento dirigido. Mas a realidade tem se imposto de maneira drástica,impedindo que merdas perdurem perpetuamente como antes, e o brasileiro não é mais tão burro.

Sou otimista. Vamos crescer, mas não igual a China - o crescimento mais lixo que já se viu. E isso é bom.

Abs


Leo

Talvez com o petróleo do pré-sal (que ainda precisa sair lá de baixo) e assumindo que o Mundo não encontrará outra coisa pra substituir um pouco do uso da commodity (o que me parece pouco provável) podemos crescer na média mundial, mas nossa sociedade caminhará para a barbárie se seguirmos elegendo o PT.
Se tiver alguma mudança na próxima eleição talvez levemos mais uns 10 anos pra apagar o PT de nossa vida mas quem sabe voltamos a crescer com um mínimo de desenvolvimento humano/moral...
Senão seremos o país dos mamadores de tetas, que infelizmente devem seguir cheias...

Felipe

Mesmo achando que a sua pergunta era somente retórica, segue a minha sugestão de cenário positivo: após uma piora grossa na economia brasileira no biênio 2012/2013, fazemos uma reforma tributária que reduza os encargos na salário, os pais das classes B, C e D passam a valorizar mais a educação dos seus filhos, o eleitor médio percebe que a corrupção é um mal que pode ser vencido e demandam leis mais duras, 2 governos liberais economicamente produzem amarras fiscais pra valer, juros convergem à media dos desenvolvidos, a população da China continua comendo, em 2022 a América latina desiste do ideário chavista e vira um pólo de desenvolvimento.
Aí, pimba!, acordamos num Chile melhorado e um pouco mais animado.
Fernando A.

* Alberto Carlos de Almeida

Fácil: Ampliar o Bolsa Família e manutenção das políticas de aporte no BNDES. Manda outra!

Recentemente, alguns economistas tem defendido uma espécie de "desindexação" (não acho o termo bem apropriado), para a dívida pública. Sair de uma dívida atrelada à Selic.

Bons textos tem sido escritos, embora todos concordado com isso. De modo geral, acreditam que essa medida reduziria os juros reais no Brasil de modo o torná-los mais competitivos comparados internacionalmente.

Pegar todas as leis instituidas, decretos e medidas administrativas abrangentes e fazer tudo ao contrário. 180 graus. Ai a coisa vai. Este aqui é um país ao avesso.

Eu consigo, O.

>> Os EUA, pós crise imobiliária, acumulando crescimento de 2% na década, ou até menos que isso (vide japão pós 90)

>> EU, salvo grande inovação ou ganho de produtividade, vai levar um bom tempo para se recuperar e limpar o balance sheet

Mesmo tropeçando, com um PIB médio de 4,5% na década, conseguiremos crescer mais que uma média de 3% mundial..



Doutrinador


PS: Alguém também viu o Octavio de Barros hoje elogiando a 'sadia' política fiscal brasileira?

Se a pergunta fosse feita aos analistas do Itau diriam que o Brasil deve crescer a 4,5 % nos próximos 15 anos. Já o Banco Mundial credita aos emergentes (incluso Brasil) mais da metade do crescimento mundial até 2025 . . . Acho que a maioria aqui é mais pessimista que estas duas fontes de informação . . . Há um excesso de ideologia nos comentários diga-se de passagem . . . fica apenas um detalhe não me parece que exista a minima condição institucional/politica no país para a existência de um governo liberal nos moldes que muitos desejariam, a oposição esta anos luz disso . . .

Alex e O,

A inércia inflacionária age somente quando a inflação está acima da meta ou também vale para o contrário?

Se no regime de metas a inflação tende a orbitar a meta, a inércia não teria efeito nulo, i.e., 'ajudando' quando a meta fechar abaixo de 4,5% e 'atrapalhando' quando acima disso?



The Anchor

“O”

Estava pensando: alguém de nós consegue imaginar um cenário plausível e não-catastrófico em que a economia brasileira cresça mais que a economia do resto do mundo nos próximos 20 anos?

Eu pensei a pergunta.

O que confere a qualidade de plausível à coisa é que ela é razoável em si, isto é, que a coisa é aceitável pela razão e que ela age de maneira racional.

O que confere a qualidade de catastrófica à coisa é que ela é funesta em si, isto é, que a coisa não é aceitável pela razão porque ela age de maneira irracional.

Então, não é logicamente possível que a coisa seja ao mesmo tempo plausível e catastrófica. Ou seja um cenário imaginado plausível é necessariamente não-catastrófico.
Portanto, a proposição deve de ser formulada sem redundância, isto é, sem o termo “não-catastrófico”: “alguém de nós consegue imaginar um cenário plausível em que a economia brasileira cresça mais que a economia do resto do mundo nos próximos 20 anos?”

Na proposição você indica de modo contraditório que a plausibilidade da coisa deve estar em relação com um elemento que não é plausível. A saber, a plausibilidade do cenário é posta em relação com um termo de comparação que é em si incognoscível: “crescimento da economia do resto do mundo nos próximos 20 anos”.

Se o termo de comparação é incognoscível, então ele não pode entrar em relação com o cenário plausível. Portanto, da pergunta deve ser retirado seu elemento incognoscível: “alguém de nós consegue imaginar um cenário plausível em que a economia brasileira cresça mais?”

Assim, restaria investigar a respeito da qualidade dos crescimentos plausíveis para a economia brasileira, isto é, perguntar a respeito da plausibilidade dos crescimentos sustentado, acelerado, distributivista etc.

Da vida prática, eu recolhi que o crescimento sustentado é plausível e que o tripé macroeconômico estabilizador lhe é inerente. O tripé é condição sine qua non da sustentabilidade.

Os elementos de prova e de confirmação do que afirmo podem, ainda, ser recolhidos na nossa história recente e na história de outros países que adotaram semelhante plausibilidade. E nesses termos, o marco comparativo é de caráter institucional, portanto perfeitamente cognoscível. Ou seja, o crescimento sustentado da economia está, a meu ver, em íntima relação com o meio politécnico-científico [o cultural, o social, o político] em que vivemos, e este pode ser mais ou menos hostil, ou mais ou menos favorável, ao crescimento material e espiritual sustentado dos coletivos humanos.

"O" cabe à sociedade escolher qual futuro político e por consequência econômico deseja, ao analista basta apontar as alternativas.

"A inércia inflacionária age somente quando a inflação está acima da meta ou também vale para o contrário?"

Eu tendo a acreditar que há simetria no processo, ou seja, se há alguma inércia, ela se manifestaria também quando a inflação estivesse abaixo da meta [minha crença pode ser otimista; basta ver debate sobre o mínimo quando a regra de correção implicou reajuste baixo].

Neste sentido, manter a inflação flutuando ao redor da meta minimiza os custos da indexação.

Adicionalmente, estou convencido que indexação surge endogenamente caso o compromisso com a meta perca força. No caso, quanto mais lento for o ajuste de juros para trazer a inflação de volta à meta, tanto maior passa a ser o peso ótimo a ser atribuído à inflação passada na formação das expectativas de inflação.

Abs

Somente fora da dimensão Z, para usar um termo que você aprecia...

Prezado Alex,
Enviei um e-mail para o Valor Econômico, exigindo (rs) que também você fosse convidado a se manifestar, com um artigo na série que vem sendo publicada sobre a conjuntura econômica atual. E se fosse o último, ainda melhor! Primus inter pares, você, certamente, nos brindaria com um brilhante encerramento, como são de costume seus artigos. Bem... e se não aceitarem meu pedido, você, tenho certeza, não se furtará a fazê-lo, aqui (ou alhures), porque nós que o acompanhamos sabemos que ficaria uma lacuna nessa série.
Com abraços, Carlos.

Ué? Alex não estava na lista do jornal Valor?

Alguém sabe dizer se a lista de nomes renomados [xique nu úrtimo! :) ] convidados foi divulgada previamente pelo jornal?

"E por que o brasil teria que crescer mais que o resto do mundo?"

Eu até tentaria te explicar, mas isso exigiria conhecimentos muito avançados de matemática (leia-se: logaritmos), que vc provavelmente não possui. Se os possuisse, não ficaria zurrando por aqui.

Abc. Pai Alex.

Poxa, mas nem agora que temos menor risco de calote que os EUA vocês acreditam no Brasil?!

Urubus!

Meus caros,
Sou extremamente pessimista em relação a economia brasileira:
1- Jogamos fora disciplina fiscal, metas de inflação e BC independente. Nossa política macroeconômica atual voltou a ser nosso steady-state. Daí que o otimismo relativo à melhora esperada da economia brasileira devido à implantação deste tripé dez anos atrás não se sustenta mais.
2- Com isto, volta o problema grave de crowding-out dos gastos privados em relação aos públicos (principalmente investimentos). Como o investimento público é muito baixo também, voltamos ao ponto onde temos uma taxa de investimento bastante baixa juntamente com uma taxa de juros bastante alta.
3- Isto compromete (olha o bom e velho brasilzão) nossa infra-estrutura (já estamos no limite). Mudanças institucionais que aumentem a participação do capital privado são simplesmente impossíveis (é assim que deseja o povo brasileiro, é assim que defende 100% de nossos políticos).
4- A educação é uma barbaridade. Nossos jovens na oitava série não sabem escrever. Nosso segundo grau abrange só metade de nossos jovens de 15 a 18 anos. E o pior, a sociedade também assim quer e é isto que defende 100% dos nossos políticos (a não necessidade de se priorizar a educação).
5- A necessidade de se fazer investimentos extremamente duvidosos para a Copa e a Olimpíada (juntamente com idéias estúpidas como o trem-bala) compromete ainda mais o quadro. Investimos pouco E INVESTIMOS MAL!!!!!
6- Por fim, enxergo uma forte deteriorização institucional, com forte aumento das práticas de rent-seeking. É pior, uma vez que diversos mercados estão sendo concentrados, o que deve levar a uma piora da produtividade da economia brasileira.
Desculpem-me meus amigos (e olha que estou citando de cabeça), mas se a produtividade não vai aumentar (vai cair, na verdade) e a acumulação de capital físico e humano vai ser pequena, não tem jeito de ser otimista. O pior é que estamos assistindo uma espécie de equilíbrio no mercado político que me parece muito estável (mas eu não sou cientista político), o que diminui qualquer perspectiva de melhora através da ação pública.
Quero estar errado, mas também ser economista AR(1), não dá. Economista AR(1) é aquele que não usa a teoria para fazer esta previsão. Ele acha que, caso o Brasil tenha crescido no último ano, ele crescerá eternamente àquela taxa. Não acho isto correto.
Saudações

Existe uma única possibilidade de o Brasil crescer mais do que a média mundial. Se o mundo sofrer uma catástrofe nuclear, climatica ou sei lá eu... e o único país não atingido no mundo for o Brasil. Aí sim!

Necessariamente para pelo equilíbrio fiscal, pelo investimento na educação e tecnologia, mas não é preciso insistir nestes tópicos...só quero frisar o quase todos evitam: O aumento da Natalidade. Precisamos de mais filhos: a propósito ver em :
www.algosolido.wordpress.com

Artigo: " Mais filhos para o Mundo "

O que significa "deteriorização"?

- Jovem da 8ª série

Aumento da Natalidade. O resto todos sabemos: Ver o artigo " Mais Filhos para o Mundo " em:.www.algosolido.wordpress.com

Eduardo-SP

Alex, obrigado pela resposta.

"(..)se há alguma inércia, ela se manifestaria também quando.."

i - Senti certa hesitação..você acredita que não há inércia e sim descrença dos agentes em relação ao BCB entregar a meta?

ii - Parece que no processo de prolongar o ajuste à meta, tentando reduzir o custo em termos de produto, o BCB cria um inimigo adicional em função da inércia/indexação. O que é pior? Parece um bom puzzle...

Por obséquio, a formal ou informal? rs, rs
Brasilzão é maior do que parece, principalmente para os mamadores das gordas tetas públicas.
PS: Botín sendo investigado na Espanha por fraude.

'Eu até tentaria te explicar, mas isso exigiria conhecimentos muito avançados de matemática (leia-se: logaritmos), que vc provavelmente não possui. Se os possuisse, não ficaria zurrando por aqui.

Abc. Pai Alex'

Logaritmo é matéria do ensino médio, quem acha que isso é avançado deve ter algum tipo de retardo mental.

E sarcasmo, é matéria de ensino médio?!

o anônimo das 6:50 andou faltando aulas de português na escola, além de [possivelmente] não saber usar logs ele ignora a figura de linguagem "ironia" . . .

"Logaritmo é matéria do ensino médio, quem acha que isso é avançado deve ter algum tipo de retardo mental."

hahahahahahahaha

E acredito que o conceito de ironia é entendido até por crianças do ensino fundamental.


Abs

Leo

Alex,

Recebeste o livro Macroeconomics in Emerging Markets (2nd Edition), by Peter Montiel? Muito melhorado. Grande leitura...

pelos próximos dois ou tres anos, sim, principalmente por causa do crédito ao consumo e subsídios na economia. Após isso, o peso do Estado e da ineficiência, e o consumo já elevado das famílias vai puxar o crescimento pra baixo. E sem reformas tributária, previdência, etc., (duvido que isso saia algum dia) não tem chance de crescermos mais que o resto do mundo no longo prazo.

Em meados dos anos 80, Affonso Romano de Sant’anna fez uma palestra no auditório de uma grande empresa, no Rio. O tema: “Que país é este”, título de um dos célebres livros do poeta. Mas, antes de iniciar sua preleção, Affonso propôs ao auditório, quase todo ele composto de engenheiros, economistas e advogados, que cada um desse sua opinião, por escrito, num pequeno cartão, que se usava comumente, ao final das palestras, para perguntas. O poeta, então, rapidamente, fez duas pilhas: uma com repostas “otimistas”, outra com as “pessimistas”, ou positivas e negativas, se quiserem.
Pois – Afonso revelaria, depois, já ter feito pesquisa similar em diversos auditórios, e com idêntico resultado –, as respostas negativas deram um banho nas otimistas; algo como 90%.
Vejo que a prestigiada enquete do “O” (Que falta faz essa letra ter um rosto!) lá vai (re)produzindo o conhecido resultado. (Parece que pesquisa similar tem sido feita ao longo da história, desde a Idade Média, pelos mais diversos povos, e com o mesmo sufrágio!)
Em 1987, quando o seleto auditório fez o contrito exercício premonitório, se alguém, após ter visitado nossos dias, revelasse, por exemplo, que haveria anos, seguidos!, com inflação abaixo de 10% , ou que o dólar se desvalorizaria… Ah! meus amigos! Essa empresa de que falo não ficava muito longe do Pinel – esse adivinho doidivanas ia ser sumariamente internado na ala dos malucos deslumbrados.
Dito isso, não vou me arriscar!
Com abraços, Carlos.

O BRASIL ESTÁ EM CRISE

SERÁ QUE NGM PERCEBEU?

O LONGO PRAZO É ASSUTADOR

QUERO VER QUANDO A FARÇA DO PRE-SAL CAIR POR TERRA.

MAIOR ENGODO DA HISTÓRIA

FORA OS OUTROS PROBLEMAS QUE JA FORAM CITADOS.

A qualidade da educacao brasileira esta aumentando. Isso nao quer dizer muita coisa, pois partimos de uma base ridiculamente baixa. Ainda assim, pode ser suficiente para gerar crescimento razoavel por uma geracao (dinamica de transicao...). Quem sabe?

abs

A previsão a longo prazo para o Brasil como para o planeta é: Qual rumo irá tomar a Democracia e o liberalismo inventado e aplicado pelos “founding fathers” americanos. Irá descambar para a demagogia rasteira à la OBAMA, ou irá achar meios de se corrigir a fim de manter os objetivos liberais primordiais sempre em aplicação. A forma de como a democracia americana irá reagir e se corrigir é fundamental para o que irá ocorrer no Brasil e no planeta. Mantendo-se a atual tendência o Planeta irá mergulhar numa nova idade das trevas, de granscianismos e ditaduras, de improdutividade, de miséria, do qual somente sairão mediante muito sangue e sofrimento.

O povo por aqui é meio burrinho, não entendeu que a própria resposta 'Logaritmo é matéria do ensino médio, quem acha que isso é avançado...' já é uma ironia.

Ao Delfim Bisnetto disse...
Poxa, mas nem agora que temos menor risco de calote que os EUA vocês acreditam no Brasil?!
DELFIM, V NÃO LÊ BLOGS (MUITO MENOS BLOGS COMO ESTE) LENDO A FSP E A CARTA CAPITAL E VENDO O JORNAL DA GLOBO (NOVO "HORA DO BRASIL") VOCÊ VAI FICAR CANTANDO O HINO NACIONAL ENQUANTO DESCE AO INFERNO!
ESTE BLOG É PARA QUEM PROCURA VER ALGUM TEMPO À FRENTE E NÃO FICA REPETINDO UFANIAS...

Notícias de domingo;

"Pombini" acredita em inflação na meta com crescimento.

"Centralização é a melhor solução para o câmbio", diz Belluzzo

Mas a minha favorita é;

Ex-técnico do Brasil, Dunga aponta Hulk como sucessor de Ronaldo

PQP, por que não o Supermen?

E sarcasmo, é matéria de ensino médio?! (2)

Ninguém aqui dentro gosta de livros de Macroeconomia para o desenvolvimento? Mencionei a 2ª edição do livro Macroeconomics in Emerging Market, do Peter Montiel (CUP, 2011), que é um texto ótimo, muito bom, e ninguém disse nada? Parece que vocês estão mortos ou algo assim. Não tem sangue...

Impressionante a falta de vergonha na ara e senso de ridículo do Belluzzo dando palpite. Mais impressionante ainda que nosso pais seja tão vazio de capital humano que uma mula dessas seja tratada como intelectual.

Hum, por falar nisso, a Folha está entrevistando os campineiros por algum motivo especial? Semana passada foi o Wilson Cano...

Meus caros,
Só alguns comentários:
1- Sobre a tal enquete feita e só deu pessimista. ISTO FOI FEITO, SUPOSTAMENTE, OU EM 1984 OU EM 1987!!!!
Parece que os pessimistas acertaram, não é mesmo? Acho que eles só estavam sendo realistas.
2- Este crescimento sem fôlego sustentado com expansão fiscal e crédito das famílias já fizemos. Já estamos entrando na fase da ressaca.
3- Escrevi um post um pouco pessismita (ou realista) mas existe, sim, um fator importante. Os estudos técnicos tem demonstrado nos últimos anos que grande parte da melhora observada atualmente (crescimento, maior formalização, menor desigualdade) é fruro da universalização da educação básica feita no final dos anos 90 (como o lulla é sortudo, não?). Esta melhora é lenta uma vez que se dá a medida que as antigas gerações (menos educadas) são substituidas pelas novas gerações (mais educadas) no mercado de trabalho. Temos uma má notícia, estamos exatamente no mesmo ponto que estávamos em 2002 (os problemas, que não foram atacados, ainda são melhoria da qualidade e universalização do segundo grau). A boa notícia é que ainda faltam quase 20 anos para que estes efeitos sejam sentidos na totalidade.
Saudações
PS: Em uma banca de monografia neste final de semana, um amigo meu (doutor por Campinas), em uma discussão qualquer (nem me lembro), "isto mostra que educação é importante, mas claramente apresenta limites em seus efeitos...". É impressionante como os caras são radicalemnte contra investimento em educação. Isto deve ter uma explicação psicológica, não é possível.

Essa besta do Belluzzo é especialista em quebradeira e prejuízo, a principal, quase quebra o meu time do coração, a outra foi uma moratória idiota que custou uma década perdida e bilhões de U$ ao país.

um cenario onde isto seria possivel:
sociedade passa a reconhecer a importancia da educacao e demanda, qq q seja o grupo no poder, q esta seja tratada com a devida relevancia...
fora isso.. so o cenario da jabuticaba e os seus super poderes parce razoavel...
Abcs
DMC

Fico com a opinião de um operador do JP Morgan, nos EUA, comentando com brasileiros: "O Brasil tem prazo de validade, vai até a Copa. Depois, todo mundo vai rever investimentos lá.
Conclusão: KAPUT!
http://coturnonoturno.blogspot.com/2011/06/brasil-rumo-ao-buraco.html

um executivo francês que trabalha no Brasil e tem família em Santos: "Pelo telefone fixo, é mais caro falar de Santos para São Paulo do que de Paris para São Paulo. Como pode?";
KAPUT
http://coturnonoturno.blogspot.com/2011/06/brasil-rumo-ao-buraco.html

o diretor de uma empresa industrial alemã conversa com possíveis parceiros numa fábrica em São Paulo: "Mas por essas contas, o custo de produção no Brasil é 30% maior que na Alemanha. É isso mesmo?";
KAPUT!
http://coturnonoturno.blogspot.com/2011/06/brasil-rumo-ao-buraco.html

"O Brasil tem tudo para produzir energia - rios, quedas d'água, ventos, petróleo, biocombustíveis e até minério de urânio. E tem também a energia mais cara do mundo. Como pode?";
KAPUT!
http://coturnonoturno.blogspot.com/2011/06/brasil-rumo-ao-buraco.html

Se o Brasil da roda presa voltar (com os tucanos), aí sim, deixamos de crescer. A década de 2000 (mais desenvolvimentista) é de maior crescimento do que a década de 90 (neoliberal). Isto são dados. O resto é desejo, viagem, preconceito. Os momentos de maior crescimento do Brasil foram com políticas desenvolvimentistas (GV, JK, anos 70, Lula...). Com FHC nosso crescimento foi pífio.

"E se a empresa precisar de financiamento? Estou vendo aqui no meu extrato do Banco: taxa 8,75% pré a.m, 173% A.A SEM COMPUTAR O JURO SOBRE JURO, o que pode levar o juro total para 300% a 400% a.a Quem tiver dúvidas dos valores aqui apresentados, que solicite as planilhas que enviarei.
Como se pode produzir com esses juros?
KAPUT!

Alex,

Que tem achado da serie publicada pelo Valor?

Abraço

"Se o Brasil da roda presa voltar (com os tucanos), aí sim, deixamos de crescer. A década de 2000 (mais desenvolvimentista) é de maior crescimento do que a década de 90 (neoliberal). Isto são dados. O resto é desejo, viagem, preconceito. Os momentos de maior crescimento do Brasil foram com políticas desenvolvimentistas (GV, JK, anos 70, Lula...). Com FHC nosso crescimento foi pífio."

Sou grato por viver em um país recheado de pessoas que pensam como este aí.

Me divirto aos montes!

Ainda tem gente que fala mal do FHC... e compara anos 90 e anos 2000 como se o Lula fosse o cara... Putz

Quem quiser se divertir ainda mais, acompanhe a coluna do Ferrari no Valor de hj (Faz sentido controlar a inflação elevando a Selic?).

É rir pra não chorar.

Acho que o pessoal ai do link não pensa como a maioria aqui . . .

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/6/21/agencia-eleva-nota-de-titulos-brasileiros

Estão aconselhando a colocar a grana num pais indo para o buraco??

Como a tendencia demografica do Brasil e' melhor do que a do resto do mundo (GDP-weighted) nao acho que seja impossivel.
Entao se a pergunta e' se alguem "consegue imaginar" esse cenario, eu consigo.
Mas nao acho super-provavel.

Uma analise minimamente isenta mostraria que a política macroeconômica no Brasil esta se deteriorando rapidamente. Essas agencias de risco estão enfiadas ate o pescoço na orgia financeira que esta acontecendo no Brasil. Ao melhorar a nota do pais aumentam o potencial de entrada de dinheiro. Viagra na galera. O lance e aproveitar para ganhar grana agora. Todo mundo sabe disso.... Menos os desenvolvimentistas obviamente.

Deu para entender. Basta tirar o mundo fora...
Dawran Numida