Rabi, enlighten me. Rumours tell you aced the soccer games when you sojourned in alien lands. Is it true the cheerleaders resented you for grabbing all the balls?
Peço ajuda na seguinte questão, pois eu não consigo contra-argumentar muito bem:
tenho um professor que diz que a teoria neoclassica é irrealista nos seus pressupostos.
Mas li dois textos que dizem que os heterodoxos confudem algumas hipóteses da teoria neoclassica como se eles fosse pressupostos, e não são, como o caso da convexidade.
Ou seja, não se pode considerar uma hipotese com os pressupostos.
E outra questão é a controversia do capital.
Segundo ele, a teoria neoclassica não possui uma teoria do valor coerente, e nem resolver o problema da distribuição, ou seja, da remuneração dos fatores.
E há também a dificuldade de incorporar o papel do dinheiro na teoria.
Eu entendi a forma como foi superado o debate, em que a macro não viu problema em trabalhar com um modelo de um único bem para fazer a agregação. E a função cobb-douglas tem mostrado bastante aderência aos dados.
Eu tenho outras questões para perguntar.
A minha principal dificuldade é estar sozinho num centro heterodoxo, e isto parece que fragiliza a teoria.
Citando só um pequeno trecho, que resume a essência do argumento (grifos meus):
"Such a theory cannot be tested by comparing its "assumptions" directly with "reality." Indeed, there is no meaningful way in which this can be done. Complete "realism" is clearly unattainable, and the question whether a theory is realistic "enough" can be settled only by seeing whether it yields predictions that are good enough for the purpose in hand or that are better than predictions from alternative theories.
Quanto às questões de (1) convexidade; (2) distribuição; e (3) moeda.
1) Hoje a teoria neoclássica possui formas de lidar com retornos crescentes (ver toda "nova" teoria do comércio, "nova" teoria do crescimento, por exemplo)
2) Já foi discutida aqui. Ou trabalhamos com modelos de um bem, ou com modelos de equilíbrio geral sem agregação;
3) Modelos "cash-in-advance" ou "shopping-time" já resolveram a questão há décadas.
eu não leio muito bem em inglês, mas li um trecho de um artigo que disse algo que arrematou bem a questão: apesar da crítica contundente que os ingleses e italianos fizeram à teoria neoclássica, os economistas pos keynesianos e neo-ricardianos não conseguiram criar nada relevante nos últimos 40 anos, enquanto os neoclássicas criaram inúmeras inovações (expectativas racionais, possibilidade de bancarrota, RBC, etc).
Ou seja, independente de os neoclássicos terem ou não uma teoria do valor e da distribuição convincente, isto não impediu avanços na ciência.
Mas vou tentar ler o artigo. Mas é dificil conviver com heterodoxos.
E há uma outra questão, que eu não sei nem como apresentar.
Eles tentam representar a teoria neoclássica como se fosse também uma teoria da sociedade.
Eu entendo que grande parte da teoria neoclássica é uma forma de entender como as pessoas reagem a incentivos.
Mas há uma abordagem histórica também, como aquela que se debateu aqui sobre a industrialização em SP e que o Monastério sempre apresenta no blog dele. Em que você aplica certos princípios.
Não lendo muito bem em inglês e convivendo com heterodoxos, é dificil bancar o heroi da resistência.
"2) Já foi discutida aqui. Ou trabalhamos com modelos de um bem, ou com modelos de equilíbrio geral sem agregação;"
Caro Alex, trabalhar com modelos de equilíbrio geral sem agregação não resolve nada.
1) Por causa do teorema Sonnenschein-Mantel-Debreu (pra quem não conhece: http://en.wikipedia.org/wiki/Sonnenschein-Mantel-Debreu_Theorem), as funções de demanda não são bem comportadas, e qualquer coisa pode acontecer (o Mas-Collel tem um artigo sobre isso interessante).
2) Já foi totalmente demostrado que não importa o nível de agregação, comportamentos estranhos acontecem de qualquer jeito, como disse o Fabio Petri:
Yet there finally came a third very curious phase, which should appear rather strange, given its weak theoretical and empirical underpinning, but which was greeted with relief by the theorists of mainstream economics.The essence of this third phase can be summed up with the following proposition: the criticisms of the traditional theory of capital raised by the phenomenon of re-switching (and consequent reverse capital-deepening) are valid, but only with reference to the neoclassical model conceived in aggregate terms. They do not apply to the neoclassical case of the general economic equilibrium model, conceived in disaggregated terms and based on the behaviour of individuals maximising inter-temporal functions of profits and of utility.
This proposition actually has no objective foundation: phenomena of non-convexity, re-switchings of techniques and badly-behaved production functions, to take an expression that has been widely used ('behaving badly' meaning simply that they behave in a way as not to obey the assumptions of neoclassical economics), are not as has been amply demonstrated a consequence or a characteristic of any particular process of 'aggregation'. They may occur at any time and in any context, aggregated or disaggregated. Various authors have continued to demonstrate this point (e.g. Kurz 1987, Schefold 1997, Garegnani 1998, and others). But so things go. The contrary conviction had taken root and has continued to spread.
However, Hahn claims that the scheme should be immune to the criticisms prompted by the re-switching phenomenon.
But how? The point is precisely here. According to Hahn, in a system with manifold production techniques, equality would still hold between the return on each capital good and the derivative of its production with respect to its input, namely the 'marginal productivities' (in physical terms), although no causal relation could ever be asserted, since all the solutions emerge from a system of simultaneous equations. Hahn admits that there might, of course, be some 'non-convexities' and 'badly-behaved' production functions, in other words that cases of re-switching might occur. So Hahn admits cases of re-switching after all! But here is the ruse: while admitting such cases, Hahn relegates them to the category of difficulties concerning the zones of 'instability'. Now, zones of instability of the system can always occur, in models with heterogeneous capital goods, even in the case of perfectly convex and well-behaved production functions. Indeed, Hahn himself had demonstrated precisely this in an earlier article of his (Hahn 1966) an article, it is to be it noted, written as a critique of dominant theory. Here is therefore how the confusion has been generated a confusion between two different phenomena, namely: a) instabilities, that can in general arise in all neoclassical models with heterogeneous capital goods, and b) the particular phenomenon of re-switching, which by being re-classified as generating instability (a characteristic which is not incorrect, since, among other things, re-switching also generates instability in the capital goods market) is restrictively associated (and confused) with the case previously considered by Hahn.
depois que você postou, eu pesquisei e encontrei dois artigos do Marco Lisboa sobre a MIseria da Heterodoxia e peguei na biblioteca uma tese da FGV sobre o realismo dos pressupostos na economia (Valdir Ramalho).
Venom, conforme eu falei antes, problemas com a teoria neoclássica não dependem do nível de agregação, ou desagregação, apesar do que diz o Marcos Lisboa (a dissertação de mestrado dele é interessante). Essa conversa de que o Hahn demonstrou que em modelos de equilíbrio geral a crítica não se aplica é só uma mentira, que, de repetida, acabou se tornando verdade.
fabio petri:
phenomena of non-convexity, re-switchings of techniques and badly-behaved production functions, to take an expression that has been widely used ('behaving badly' meaning simply that they behave in a way as not to obey the assumptions of neoclassical economics), are not as has been amply demonstrated a consequence or a characteristic of any particular process of 'aggregation'. They may occur at any time and in any context, aggregated or disaggregated. Various authors have continued to demonstrate this point (e.g. Kurz 1987, Schefold 1997, Garegnani 1998, and others). But so things go. The contrary conviction had taken root and has continued to spread.
"Mas pelo pouco que eu li, mesmo com as críticas à agregação contida na função de produção, ela tem se mostrado bem consistente com os dados.
E este não seria o critério mais relevante?"
Para os fins práticos, talvez sim. Vai um pequena lista de estudos empíricos mostrando que essas funções podem nem sempre representar muito bem a realidade:
Empirical results that economists have explicitly connected to my favorite controversy in economics can be thought of as falling into three categories:
* Case studies of particular industries o Albin, Peter (1975). "Reswitching: An Empirical Observation, A Theoretical Note, and an Environmental Conjecture", Kyklos, V. 28: 149-153. o Asheim, Geir B. (1980). "The Occurrence of Paradoxical Behavior in a Model where Economic Activity has Environmental Effects", Norweigan School of Economics and Business Administration Discussion Papers. o Barnes, Trevor and Eric Sheppard (1984). "Technical Choice and Reswitching in Space Economies", Regional Science and Urban Economics, V. 14: 345-352. o Hartwick, John (1976). "Intermediate Goods and the Spatial Integration of Land Use", Regional Science and Urban Economics, V. 6: 127-145. o Ozanne, Adam (1996). "Do Supply Curves Slope Up? The Empirical Relevance of The Sraffian Critique of Neoclassical Production Economies", Cambridge Journal of Economics, V. 20: 749-762. o Prince, Raymond and J. Barkley Rosser, Jr. (1984). "Environmental Costs and Reswitching Between Food and Energy Production in the Western United States", James Madison University mimeo o Prince, Raymond and J. Barkley Rosser, Jr. (1985). "Some Implications of Delayed Environmental Costs for Benefit Cost Analysis: A Study of Reswitching in the Western Coal Lands", Growth and Change, V. 16: 18-25. o Schweizer, U. and P. Varaiya (1977). "The Spatial Structure of Production with a Leontief Technology-II: Substitute Techniques", Regional Science and Urban Economics, V. 7: 293-320. o Scott, A. J. (1979). "Commodity Production and the Dynamics of Land-Use Differentiation", Urban Studies, V. 16: 95-104. * Analysis of input-output data from national income accounts o Han, Zonghie and Bertram Schefold (2003). "An Empirical Investigation of Paradoxes (Reswitching and Reverse Capital Deepening) in Capital Theory" (draft) (Sep). * Simulation and analytical results on the likelihood of reswitching and capital reversing. o Bidard, Christian and Lucette Carter (2000). "Comment", in Critical Essays on Piero Sraffa's Legacy in Economics (ed. by Heinz D. Kurz), Cambridge: Cambridge University Press. o Mainwaring, Lynn and Ian Steedman (2000). "On the Probability of Re-switching and Capital Reversing in a Two-Sector Sraffian Model", in Critical Essays on Piero Sraffa's Legacy in Economics (ed. by Heinz D. Kurz), Cambridge: Cambridge University Press. o Petri, Fabio (2000). "On the Likelihood and Relevance of Reverse Capital Deepening", University of Sienna working paper N. 279 (Feb). o Salvadori, Neri (2000). "Comment", in Critical Essays on Piero Sraffa's Legacy in Economics (ed. by Heinz D. Kurz), Cambridge: Cambridge University Press. o Zambelli, Stefano (2004). "The 40% Neoclassical Aggregate Theory of Production", Cambridge Journal of Economics, V. 28, N. 1: 99-120.
As pessoas que pesquisam economia matemática e equilíbrio geral não acham que fazem um trabalho sem propósito. São ramos bastantes ativos.
19 comentários:
O que as pessoas não fazem pra maximizar o lucro...
Caro "O",
A mensagem aqui não tem relação com seu este tópico, desculpe-me.
Mas não poderia deixar de compartilhar com vocês a participação do Gala nesta discussão:
http://www.youtube.com/watch?v=1zrYwNU92yg&feature=player_embedded#!
Gosto do Marcos Elias. Mas não gosto quando ele bota tanta fé nesses caras, como o Gala.
Abraço,
Eduardo.
Da Brahma?? Só pq é o mesmo dono?? Então a gente devia fazer um comercial aqui lamentando a ausência da Belgica na copa?
Por muito menos tem uns chamando os outros de "quinta-coluna"
Rabi, enlighten me. Rumours tell you aced the soccer games when you sojourned in alien lands. Is it true the cheerleaders resented you for grabbing all the balls?
Untrue son. My soccer skills are like the veil of the maiden in midnight moonglow: hard to see, but, if you touch it, you will find it hard as well.
Peço ajuda na seguinte questão, pois eu não consigo contra-argumentar muito bem:
tenho um professor que diz que a teoria neoclassica é irrealista nos seus pressupostos.
Mas li dois textos que dizem que os heterodoxos confudem algumas hipóteses da teoria neoclassica como se eles fosse pressupostos, e não são, como o caso da convexidade.
Ou seja, não se pode considerar uma hipotese com os pressupostos.
E outra questão é a controversia do capital.
Segundo ele, a teoria neoclassica não possui uma teoria do valor coerente, e nem resolver o problema da distribuição, ou seja, da remuneração dos fatores.
E há também a dificuldade de incorporar o papel do dinheiro na teoria.
Eu entendi a forma como foi superado o debate, em que a macro não viu problema em trabalhar com um modelo de um único bem para fazer a agregação. E a função cobb-douglas tem mostrado bastante aderência aos dados.
Eu tenho outras questões para perguntar.
A minha principal dificuldade é estar sozinho num centro heterodoxo, e isto parece que fragiliza a teoria.
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/5/14/que-autonomia-deve-ter-o-bc
muito bom.
Doutrinador
Venom:
Sobre o "irrealismo" das hipóteses, sugiro "The methodology of positive economics"
http://academic2.american.edu/~dfagel/Class%20Readings/Friedman/Methodology.pdf
Citando só um pequeno trecho, que resume a essência do argumento (grifos meus):
"Such a theory cannot be tested by comparing its "assumptions" directly with "reality." Indeed, there is no meaningful way in which this can be done. Complete "realism" is clearly unattainable, and the question whether a theory is realistic "enough" can be settled only by seeing whether it yields predictions that are good enough for the purpose in hand or that are better than predictions from alternative theories.
Quanto às questões de (1) convexidade; (2) distribuição; e (3) moeda.
1) Hoje a teoria neoclássica possui formas de lidar com retornos crescentes (ver toda "nova" teoria do comércio, "nova" teoria do crescimento, por exemplo)
2) Já foi discutida aqui. Ou trabalhamos com modelos de um bem, ou com modelos de equilíbrio geral sem agregação;
3) Modelos "cash-in-advance" ou "shopping-time" já resolveram a questão há décadas.
Abs
Alex
Alex,
eu não leio muito bem em inglês, mas li um trecho de um artigo que disse algo que arrematou bem a questão: apesar da crítica contundente que os ingleses e italianos fizeram à teoria neoclássica, os economistas pos keynesianos e neo-ricardianos não conseguiram criar nada relevante nos últimos 40 anos, enquanto os neoclássicas criaram inúmeras inovações (expectativas racionais, possibilidade de bancarrota, RBC, etc).
Ou seja, independente de os neoclássicos terem ou não uma teoria do valor e da distribuição convincente, isto não impediu avanços na ciência.
Mas vou tentar ler o artigo. Mas é dificil conviver com heterodoxos.
E há uma outra questão, que eu não sei nem como apresentar.
Eles tentam representar a teoria neoclássica como se fosse também uma teoria da sociedade.
Eu entendo que grande parte da teoria neoclássica é uma forma de entender como as pessoas reagem a incentivos.
Mas há uma abordagem histórica também, como aquela que se debateu aqui sobre a industrialização em SP e que o Monastério sempre apresenta no blog dele. Em que você aplica certos princípios.
Não lendo muito bem em inglês e convivendo com heterodoxos, é dificil bancar o heroi da resistência.
"2) Já foi discutida aqui. Ou trabalhamos com modelos de um bem, ou com modelos de equilíbrio geral sem agregação;"
Caro Alex, trabalhar com modelos de equilíbrio geral sem agregação não resolve nada.
1) Por causa do teorema Sonnenschein-Mantel-Debreu (pra quem não conhece: http://en.wikipedia.org/wiki/Sonnenschein-Mantel-Debreu_Theorem), as funções de demanda não são bem comportadas, e qualquer coisa pode acontecer (o Mas-Collel tem um artigo sobre isso interessante).
2) Já foi totalmente demostrado que não importa o nível de agregação, comportamentos estranhos acontecem de qualquer jeito, como disse o Fabio Petri:
Yet there finally came a third very curious phase, which should appear rather strange, given its weak theoretical and empirical underpinning, but which was greeted with relief by the theorists of mainstream economics.The essence of this third phase can be summed up with the following proposition: the criticisms of the traditional theory of capital raised by the phenomenon of re-switching (and consequent reverse capital-deepening) are valid, but only with reference to the neoclassical model conceived in aggregate terms. They do not apply to the neoclassical case of the general economic equilibrium model, conceived in disaggregated terms and based on the behaviour of individuals maximising inter-temporal functions of profits and of utility.
This proposition actually has no objective foundation: phenomena of non-convexity, re-switchings of techniques and badly-behaved production functions, to take an expression that has been widely used ('behaving badly' meaning simply that they behave in a way as not to obey the assumptions of neoclassical economics), are not as has been amply demonstrated a consequence or a characteristic of any particular process of 'aggregation'. They may occur at any time and in any context, aggregated or disaggregated. Various authors have continued to demonstrate this point (e.g. Kurz 1987, Schefold 1997, Garegnani 1998, and others). But so things go. The contrary conviction had taken root and has continued to spread.
Além disso:
However, Hahn claims that the scheme should be immune to the criticisms prompted by the re-switching phenomenon.
But how? The point is precisely here. According to Hahn, in a system with manifold production techniques, equality would still hold between the return on each capital good and the derivative of its production with respect to its input, namely the 'marginal productivities' (in physical terms), although no causal relation could ever be asserted, since all the solutions emerge from a system of simultaneous equations. Hahn admits that there might, of course, be some 'non-convexities' and 'badly-behaved' production functions, in other words that cases of re-switching might occur. So Hahn admits cases of re-switching after all! But here is the ruse: while admitting such cases, Hahn relegates them to the category of difficulties concerning the zones of 'instability'. Now, zones of instability of the system can always occur, in models with heterogeneous capital goods, even in the case of perfectly convex and well-behaved production functions. Indeed, Hahn himself had demonstrated precisely this in an earlier article of his (Hahn 1966) an article, it is to be it noted, written as a critique of dominant theory. Here is therefore how the confusion has been generated a confusion between two different phenomena, namely: a) instabilities, that can in general arise in all neoclassical models with heterogeneous capital goods, and b) the particular phenomenon of re-switching, which by being re-classified as generating instability (a characteristic which is not incorrect, since, among other things, re-switching also generates instability in the capital goods market) is restrictively associated (and confused) with the case previously considered by Hahn.
Venom:
Há versões deste artigo em portiguês. Só não consegui achá-las na rede.
Abs
Alex
Alex,
depois que você postou, eu pesquisei e encontrei dois artigos do Marco Lisboa sobre a MIseria da Heterodoxia e peguei na biblioteca uma tese da FGV sobre o realismo dos pressupostos na economia (Valdir Ramalho).
Obrigado.
Talvez vcs estejam interessados neste artigo: http://www.minneapolisfed.org/pubs/region/10-05/2009_mplsfed_annualreport_essay.pdf
A
Por coincidência estava lendo o artigo e pensando em por um link para ele. Boa dica.
Abs
Alex
Venom, conforme eu falei antes, problemas com a teoria neoclássica não dependem do nível de agregação, ou desagregação, apesar do que diz o Marcos Lisboa (a dissertação de mestrado dele é interessante). Essa conversa de que o Hahn demonstrou que em modelos de equilíbrio geral a crítica não se aplica é só uma mentira, que, de repetida, acabou se tornando verdade.
fabio petri:
phenomena of non-convexity, re-switchings of techniques and badly-behaved production functions, to take an expression that has been widely used ('behaving badly' meaning simply that they behave in a way as not to obey the assumptions of neoclassical economics), are not as has been amply demonstrated a consequence or a characteristic of any particular process of 'aggregation'. They may occur at any time and in any context, aggregated or disaggregated. Various authors have continued to demonstrate this point (e.g. Kurz 1987, Schefold 1997, Garegnani 1998, and others). But so things go. The contrary conviction had taken root and has continued to spread.
Mas pelo pouco que eu li, mesmo com as críticas à agregação contida na função de produção, ela tem se mostrado bem consistente com os dados.
E este não seria o critério mais relevante?
"Mas pelo pouco que eu li, mesmo com as críticas à agregação contida na função de produção, ela tem se mostrado bem consistente com os dados.
E este não seria o critério mais relevante?"
Para os fins práticos, talvez sim. Vai um pequena lista de estudos empíricos mostrando que essas funções podem nem sempre representar muito bem a realidade:
Empirical results that economists have explicitly connected to my favorite controversy in economics can be thought of as falling into three categories:
* Case studies of particular industries
o Albin, Peter (1975). "Reswitching: An Empirical Observation, A Theoretical Note, and an Environmental Conjecture", Kyklos, V. 28: 149-153.
o Asheim, Geir B. (1980). "The Occurrence of Paradoxical Behavior in a Model where Economic Activity has Environmental Effects", Norweigan School of Economics and Business Administration Discussion Papers.
o Barnes, Trevor and Eric Sheppard (1984). "Technical Choice and Reswitching in Space Economies", Regional Science and Urban Economics, V. 14: 345-352.
o Hartwick, John (1976). "Intermediate Goods and the Spatial Integration of Land Use", Regional Science and Urban Economics, V. 6: 127-145.
o Ozanne, Adam (1996). "Do Supply Curves Slope Up? The Empirical Relevance of The Sraffian Critique of Neoclassical Production Economies", Cambridge Journal of Economics, V. 20: 749-762.
o Prince, Raymond and J. Barkley Rosser, Jr. (1984). "Environmental Costs and Reswitching Between Food and Energy Production in the Western United States", James Madison University mimeo
o Prince, Raymond and J. Barkley Rosser, Jr. (1985). "Some Implications of Delayed Environmental Costs for Benefit Cost Analysis: A Study of Reswitching in the Western Coal Lands", Growth and Change, V. 16: 18-25.
o Schweizer, U. and P. Varaiya (1977). "The Spatial Structure of Production with a Leontief Technology-II: Substitute Techniques", Regional Science and Urban Economics, V. 7: 293-320.
o Scott, A. J. (1979). "Commodity Production and the Dynamics of Land-Use Differentiation", Urban Studies, V. 16: 95-104.
* Analysis of input-output data from national income accounts
o Han, Zonghie and Bertram Schefold (2003). "An Empirical Investigation of Paradoxes (Reswitching and Reverse Capital Deepening) in Capital Theory" (draft) (Sep).
* Simulation and analytical results on the likelihood of reswitching and capital reversing.
o Bidard, Christian and Lucette Carter (2000). "Comment", in Critical Essays on Piero Sraffa's Legacy in Economics (ed. by Heinz D. Kurz), Cambridge: Cambridge University Press.
o Mainwaring, Lynn and Ian Steedman (2000). "On the Probability of Re-switching and Capital Reversing in a Two-Sector Sraffian Model", in Critical Essays on Piero Sraffa's Legacy in Economics (ed. by Heinz D. Kurz), Cambridge: Cambridge University Press.
o Petri, Fabio (2000). "On the Likelihood and Relevance of Reverse Capital Deepening", University of Sienna working paper N. 279 (Feb).
o Salvadori, Neri (2000). "Comment", in Critical Essays on Piero Sraffa's Legacy in Economics (ed. by Heinz D. Kurz), Cambridge: Cambridge University Press.
o Zambelli, Stefano (2004). "The 40% Neoclassical Aggregate Theory of Production", Cambridge Journal of Economics, V. 28, N. 1: 99-120.
As pessoas que pesquisam economia matemática e equilíbrio geral não acham que fazem um trabalho sem propósito. São ramos bastantes ativos.
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