Normalmente deixaria
para minha última coluna de 2015 alguma reflexão sobre o ano que passou, ou
algo sobre o que virá, mas, como a usina de más ideias não parece – ao
contrário de tantas outras – estar em férias coletivas, não tenho alternativa que
não examinar mais uma bobagem em gestação. Há, segundo Fernando Rodrigues,
estudos por parte da equipe econômica para elevar a meta de inflação dos atuais
4,5% para 5,5%.
O motivo não poderia
ser menos nobre. O BC já havia deixado claro na Ata do Copom do final de
novembro (e reiterado a mensagem no Relatório Trimestral de Inflação
divulgado na semana passada) que, muito embora tenha (mais uma vez) adiado a
convergência da inflação para a meta para 2017, “adotará as medidas necessárias
(...) [para] trazer a inflação o mais próximo possível de 4,5% em 2016,
circunscrevendo-a aos limites estabelecidos pelo CMN (...)”. Em outras
palavras, não quer permitir que a inflação ultrapasse novamente o limite
superior do intervalo em torno da meta, 6,5%.
Dado, porém, que as
expectativas para 2016 já se encontram em quase 7% (o BC projeta pouco mais que
6%, mas seu histórico de previsões não sugere que devamos acreditar nisto),
entre as “medidas necessárias” se encontra muito provavelmente novo ciclo de
elevação da taxa de juros, a se iniciar em janeiro.
Assim, ao elevar a meta
de 4,5% para 5,5%, o limite superior passaria de 6,5% para 7,5%, esperteza que,
de acordo com os idealizadores da proposta, tiraria do BC o ônus de subir a
taxa Selic.
Como se costuma dizer,
todo problema complexo tem uma solução simples e, obviamente, errada.
A proposta
implicitamente pressupõe que as expectativas dos agentes econômicos se
manteriam inalteradas, mesmo após o anúncio de nova informação, isto é, que,
mesmo sabendo que o BC passaria a perseguir um alvo distinto (e, para deixar
claro, o alvo a que me refiro não é a meta, mas seu limite superior), as
pessoas passivamente ignorariam esta valiosa informação ao negociarem seus
salários ou definirem seus preços.
Posto de outra forma, a
ideia que se pode evitar o aumento de juros através da elevação da meta para a
inflação se baseia na noção que pessoas são incapazes de entender o que está
ocorrendo. Não chega a ser surpreendente, pois vem do mesmo tipo de
“economista” que acredita que indivíduos têm que ser tratados como crianças, tutelados
pelo “papai Estado”.
A adoção de tal medida,
porém, levará justamente ao contrário do esperado pelos autores da proposta. As
expectativas de inflação (e não apenas para 2016) irão subir refletindo a nova
informação. Por conta disto, salários e preços subirão mais do que fariam caso
a meta tivesse sido mantida, acelerando adicionalmente a inflação e o BC será
obrigado a elevar ainda mais a taxa de juros (ou a aceitar inflação mais alta).
Um caso clássico de tiro pela culatra, apenas mais um entre tantos que tivemos
o privilégio de testemunhar nos últimos anos.
O regime de metas para
a inflação está em vigor desde 1999, tempo mais do que bastante para que o
entendimento acerca de seu funcionamento já estivesse suficientemente difundido
de forma a evitar que propostas como esta viessem à luz do sol. Mas, não:
erradicar o analfabetismo econômico é tarefa que não cessa.
(Publicado 30/Dez/2015)
49 comentários:
Eu gostaria aqui de deixar uma mensagem de apoio a Luiz Gonzaga Beluzzo .Beluzzo e uma pessoa honrada,nunca usou o setor publico como "trampolim " para ter uma posição melhor na iniciativa privada,nunca trabalhou para banqueiros corruptos e politicos,nao acessorou Aecio Neves (acusado de receber 300 mil em propina) .
Essa "ideia" de elevar a Meta é ótima! Vou ao meu cardiologista e proporei a ele elevar também a meta do meu colesterol. Paro com essas besteiras de comer legumes e volto às picanhas!
Que burros, basta subir a meta de inflação para 10,5% que teremos finalmente a inflação no centro da meta.
Alex,
Voces fizeram mudança de meta quando eram do BCB, nao foi?
A diferença é que tinham credibilidade, ou seja, a nova meta era vista como uma nova ancora crivel para os agentes.
Me preocupa agora que a mudança de meta seja feita por um Bano Central que prometeu e nao entrou inflacao na meta nos ultimos 5 anos.
Resumo da opera: concordo com voce. Mudar meta sob essa gestão de nada adianta. Teria que mudar junto a Diretoria (em especial o Presidente) do BC.
Definitivamente, o Tombini não merece uma sexta chance.
Abs
Economista X
Po, mataram a Luzia?
A Folha deveria publicar também as imagens que vem junto com os textos. Sempre dou muitas risadas delas e o contexto.
Mudamos sim, mas alguns aspectos eram distintos.
Em primeiro lugar deixamos claro que, caso a inflação ameaçasse cair abaixo do objetivo intermediário (5,1%), não tomaríamos nenhuma medida, mas aproveitaríamos para fazer a convergência mais rápida para 4,5%. Segundo, fizemos a mudança no início do ciclo de aperto, para deixar claro a trajetória que queríamos para a inflação. A credibilidade era maior, verdade, mas menos por mérito nosso que por demérito da atual gestão. Demorou até 2006-2006 para convencer as pessoas que a meta era para valer.
O engraçado na história é ouvir quermesseiro propondo um horizonte maior de convergência como se fosse uma inovação e cura para todos os males da política monetária.
dude
we know you are not our beloved X. You are fake.
it is widely known that, despite X being pro in portuguese, he despises this language as it is a guarani stupid language made for/by fools in economics. The finance language is english modafok. Also, X is not polite as you. HE DONT GIVE CHEERS
bring back the real X
Eu só queria deixar um comentário sobre a pessoa que se diz a favor do Belluzo, talvez vocês não saiba mas o Sr Economista da Unicamp da muitas palestras e desde que a Sra Dilma começou requisita-lo ele aumentou o número de suas palestras.
Então não venha dizer que ele não se beneficiou na posição que teve ou tem no governo. Bom, não acho isso errado, afinal se estão querendo seus serviços é a vida, tem louco pra tudo.
Mas esse espaço é do AS e serve para informar e de maneira muito qualificada e de graça a todos.
Aproveito e lembro que nosso anfitrião sofreu retalhações por opinar contra a Sra Dilma e o Gabrielli num evento na FGV, isso sim é louvável. Se a economia fosse tocada por pessoas como ele não estaríamos como estamos, com povo sofrendo dessa forma.
Os PTistas devem pensar no povo, seu semelhante que está num país quebrado e parar com esse papo de discutir por discutir. A pessoas que formularam a politica economia do governo Dilma deveria estar na cadeia, não pode ser legal fazer isso com o povo. Onde já se viu cortar juros e preços de energia na marra?
Bom obrigado AS pelos posts são ótimos!
Abraços,
“as pessoas passivamente ignorariam esta valiosa informação ao negociarem seus salários ou definirem seus preços.”
O senhor realmente acredita que o trabalhador brasileiro médio, muitos nem registrados ou vivendo de “bicos”, considera a meta de inflação do BC quando vai pedir aumento para o chefe, agora com o desemprego podendo bater nos 10%?
É muito mais plausível a hipótese de que, no Brasil real, a grande maioria ignora passivamente essa "valiosa informação".
eu também gostaria de manifestar meu apoio ao Belluzzo por nunca se envolver nas guerrilhas da Colômbia, nunca ouvir sertanejo universitário e nunca torcer pelo Corinthians, embora nada disso diga lhufas sobre seus méritos (ou falta deles). Devo, entretanto, condená-lo por assessorar (dois "s", por favor) Dilma Rousseff, acusada de fajutar números fiscais, amordaçar a política monetária, quebrar o setor energético, fazer empréstimos extremamente generosos a grandes empresários e contribuir para o quadro econômico de maneira geral.
"É muito mais plausível a hipótese de que, no Brasil real, a grande maioria ignora passivamente essa "valiosa informação"."
Verdade? E você chegou a esta conclusão por introspecção, num momento íntimo, como sua visita mais recente ao banheiro, ou você tem alguma evidência sólida?
O senhor foi para Berkeley como bolsista da Capes?
Verdadeiro X,
Se você é bom pra caralho no inglês, me explica o porquê de escrever "HE DONT GIVE CHEERS" ao invés de "HE DOESENT GIVE CHEERS".
Sossega a piriquita, aqui tem espaço pra geral. Se ficar de gracinha vai levar outra...
Economista X
Alexandre, leu esse artigo? O que achou?
http://www.bcb.gov.br/pec/wps/port/TD413.pdf
Abração!
Laura
"Verdade? E você chegou a esta conclusão por introspecção, num momento íntimo, como sua visita mais recente ao banheiro, ou você tem alguma evidência sólida?"
Eu usei uma heurística com base na minha experiência em pequenas empresas (ou seja, na Índia da Belindia), mas pela sua resposta, suponho que o senhor possa me informar qual o percentual de brasileiros que sabe o que é regime de metas do BC e que usa essa “valiosa informação” para negociar preços/salários?
Houve alguma pesquisa nesse sentido no Brasil?
" Eu usei uma heurística com base na minha experiência em pequenas empresas"
Ou seja, chutou, exatamente como desconfiava.
Isto dito, se se interessa mesmo pelo assunto, pode ler, por exemplo, Taming Inflation Expectations, do Afonso Bevilaqua e Mário Mesquita
"Regular surveys of market expectations on inflation, taken amongst some 100 PROFESSIONAL FORECASTERS, mainly FINANCIAL INSTITUTIONS"
Pág. 5 do "Paper"
Não dá para entender a defesa de alguém acusando os outros, aspecto que parece sem dúvidas, esporte nacional. Um leitor defende o economista Belluzzo, mas deixa uma dúvida ao acusar Aécio Neves. Parece caso de defender os meus, seja lá o que façam, acusando os outros em função de criações metricamente estudadas.
Assim, jamais chegaremos a lugar algum.
Exceto a quem mente mais ou menos, independente de como estão as contas públicas e a gestão do País. Lamentável
Parece que passou a ser esporte nacional, um maledicente "nós e eles". Um comentarista elogia justamente o economista Belluzzo, porém sem deixar de deixar algo negativo e sem provas ao senador Aécio Neves. Co pode ter tanta certeza de um, como justamente honesto e alfinetar o outro, sem provas?
Isso coloca o Brasil na rabeira dos Países sem noção de o que fazer para melhorá-lo. Que tal apresentar a prova do que foi dito?
""Regular surveys of market expectations on inflation, taken amongst some 100 PROFESSIONAL FORECASTERS, mainly FINANCIAL INSTITUTIONS""
E daí?
"E daí?"
Onde vai mensurada a expectativa racional que leva à antecipação da inflação por parte da "main street", não das equipes de profissionais dos bancos ? E mesmo que haja, é limitada à inflação que a taxa de juros corrente não é suficiente para conter.
Se a inflação "tolerada", e não "perseguida como meta", como você parece sugerir, for suficientemente grande, a probabilidade de "antecipação" é mínima.
Mesmo se tomarmos "meta" como "alvo", a sua afirmação não se sustenta. Vide BOJ e o BCE (o FED eu não entendi até agora porque elevou os juros), que estão se matando para elevar a inflação, com meta, juro negativo e tudo, e não conseguem de jeito nenhum.
"Onde vai mensurada a expectativa racional que leva à antecipação da inflação por parte da "main street", não das equipes de profissionais dos bancos ?"
Se eu colocar a expectativa FOCUS no meu modelo a capacidade de previsão aumenta e esta variável é tipicamente significativa. Faz diferença se vem do mercado financeiro ou do "main street"? Faz diferença se eu suponho que um jogador de bilhar é uma máquina de calcular ou não?
Já sua afirmação sobre BOJ e BCE simplesmente não se segue do que estamos discutindo aqui... É também "heurística"?
i ain the real x
i am just a lost child built to destroy the heterodox scum
but i am lost, X is lost, he is long time gone, i think he is just like Luke Skywalker. Antoninho is gone too, dont know when they r coming back, i miss them
now I follow Alex, despite the language (portuguese, from the same creators of ASSINATURA AUTENTICADA) that he uses in this blog
and i dont follow gramatical rules, I am too busy making money in the markets with the lessons that I learned in Introduction to Economics with X
DONT WORRY M I LIKE YOU ALSO
"Faz diferença se vem do mercado financeiro ou do "main street"?"
Você não entendeu. O que eu quis dizer é que o "paper" que você sugeriu ao (outro) comentarista não diz nada acerca da influência das "metas" sobre a expectativa do (ou da) "main street". Aliás, não diz nada acerca da influência dessas "metas" sobre as expectativas dos próprios bancos que municiam o "focus". O que esse "paper" faz é apontar uma (suposta) convergência entre as expectativas inflacionárias (dos bancos) e a inflação verificada posteriormente, de forma que controlar a inflação (segundo o "paper") é controlar as próprias expectativas (dos bancos) acerca dela. O que não quer dizer que uma majoração da meta (do limite tolerado) implique necessariamente numa expectativa de inflação maior.
Portanto, o que você diz acerca do reflexo da mudança da meta (majoração da inflação tolerada) em atitudes mais assertiva dos sindicatos, empregados e "que tais" em busca de maiores ganhos nominais, não se sustenta. O "chute" foi seu, não do rapaz que postou acima.
Alex,
Pessoas formam preços e negociam salarios com base na inflaçao passada, muito mais do que qualquer expectativa de inflacao à frente. No setor publico é assim, nos diversos sindicatos é assim, o salario minimo é assim, e assim devem ser outros tantos... Alem disso, pesquisa do BcB sobre formacao de precos no Brasil mostra que empresas olham pra inflacao (ocorrida) para fixar precos.
Acho interessante prever inflacao, acho fundamental, mas no mundo real nao creio que ela seja uma informacao tao valiosa. Certmamente melhora a capacidade preditiva do modelo, pois traz informacao da inflacao passada. Mas daí a tirar conclusoes causais é outra história...
Bjs
Carla
Joaquim Levy com o seu jeito discreto foi para o Branco Mundial,o senhor aqui recebe o título de maior treteiro do Brasil.
Sobre expectativas e alta dos juros, uma parte dos economistas defende o atual patamar, inclusive o Pastore, eu acho arriscado já que me parece que existe uma contaminação do núcleo da inflação.
A minha pergunta seria se o crédito subsidiado representa 50% do mercado, diminuir (ou acabar) levaria ao mesmo resultado que subir a Selic ou seria neutro?
Já procurei trabalhos sobre o tema, queda de subsídios e juros, inflação, e nunca encontrei nada.
Abraço
Marcelo
Apertemos os cintos pessoal, se realmente o Governo tentar elevar a meta para "convergir a inflação para o centro da meta" acho que teremos anos radicais pela frente. E o motivo é simples, obviamente isso não vai dar certo, e não precisa ser nenhum gênio da economia para saber isso, pelo simples fato de que a causa da inflação não é a meta do Governo, portanto aumentar a meta só vai alimentar mais ainda a inflação pois além das pressões inflacionárias continuarem as expectativas vão piorar significativamente.
E ai começa o problema, após os gênios que gerem a economia do Governo Federal perceberem que essa mudança só piorou as coisas qual será a "nova" super ideia? Exatamente, congelar os preços para "segurar" a inflação.
Até porque, lembremos, os mentores intelectuais do plano cruzado foram quem? Exatamente, os economistas da UNICAMP, e aí vejam que desde os anos 80/90 eles já vem destruindo a economia brasileira. E pelo visto só vão parar de tentar quando finalmente alcançarem seu objetivo.
Excelente linha de defesa.
Agora, "colocando mais carne nesse esquelto", como diria um antigo profesor de Economia da minha saudosa UFPE, eis uma provocação: é possível afirmar - por contraponto - que uma redução do centro da meta (obviamente que percebida como crível pelo mercado), seria o remédio menos indolor e mais eficiente para debelar esse preocupante quadro inflacionário? Deixemos de lado a questão fiscal. Tratemo-la como variável exógena, para dificultar as coisas. E aí?
"O que esse "paper" faz é apontar uma (suposta) convergência entre as expectativas inflacionárias (dos bancos) e a inflação verificada posteriormente, de forma que controlar a inflação (segundo o "paper") é controlar as próprias expectativas (dos bancos) acerca dela. O que não quer dizer que uma majoração da meta (do limite tolerado) implique necessariamente numa expectativa de inflação maior."
Ah, e eu que não entendi...
"Joaquim Levy com o seu jeito discreto foi para o Branco Mundial,o senhor aqui recebe o título de maior treteiro do Brasil."
Empreguinho burocrático para um burocrata...
"Faz diferença se eu suponho que um jogador de bilhar é uma máquina de calcular ou não?
Hein?
Ah tá, agora eu entendi !!!
Alexandre, existe alguma explicação relativamente simples para que os não-economistas
entendam o que define qual deve ser o valor da taxa de juros do BC ?
Em um artigo de um tal de Joaquin Cottani da Standard & Poor ("Os desequilíbrios da economia pedem medidas inovadoras") ele fala em baixar os juros de 14% para 7% para fazer o ajuste fiscal. Pelo que vi ele é Phd
por Yale, então não deve ser um total desinformado certo?
"Pelo que vi ele é Phd por Yale, então não deve ser um total desinformado certo?"
Yes, he can!
"Ah tá, agora eu entendi !!!"
Putz, deve ser muito difícil ser tão burro. Como você faz para se alimentar sem o uso das patas dianteiras? Ah, já sei...
"Putz, deve ser muito difícil ser tão burro. Como você faz para se alimentar sem o uso das patas dianteiras? Ah, já sei..."
http://www.herinst.org/BusinessManagedDemocracy/environment/environmentalists/images/revolving-door.jpg
Para baixar a inflação a Anta tem que gastar menos (previdência etc.), os ladrões do Ali Baba tem que dispensar seus funcionários que nada contribuem (e não são poucos os cargos comissionados), as rédeas sobre as empresas tem que ser afrouxadas, os bandidos tem que ir pra cadeia e aí sim as expectativas vão melhorar. Os investimentos voltarão (baixando a pressão sobre o dólar), haverá com isso mais empregos produtivos, os incentivos para diminuir os desperdícios serão maiores e aí poderemos viver num Brasil pouco melhor...
Aí caí da cama, acordei, e lembrei que a Dilma continua no comando e que foi terrorista comunista (e que pouco mudou, pois anda aterrorizando uma nação)...
Alex, Alex, Alex, faz-se urgente a publicação de um "post" de sua autoria tratando exclusivamente desse verdadeiro bombardeio de propostas que tratam do uso das reservas cambiais para combater a crise.
A base da argumentação dessas propostas é sempre que as reservas são excessivas e sua manutenção custa caro.
Alguns têm defendido apenas a venda de parte desses ativos e o uso dos recursos para abatimento da DPMFi, o que permitiria uma redução da SELIC, com as repercussões de praxe na economia. Afirmam que naturalmente o câmbio seria apreciado, o que ajudaria no controle da inflação. O câmbio repercutiria também no caixa dos grandes grupos empresariais com dívidas em Dólar, cujos valores de mercado derreteram com essa brutal depreciação cambial do segundo semestre de 2015.
Outros são mais ousados e propõem o uso mesmo de parte das reservas para estimular investimentos em infraestrutura, por exemplo.
O que você acha?
"Alex, Alex, Alex, faz-se urgente a publicação de um "post" de sua autoria tratando exclusivamente desse verdadeiro bombardeio de propostas que tratam do uso das reservas cambiais para combater a crise."
O Edmar matou o assunto hoje n'O Globo
http://oglobo.globo.com/opiniao/pau-nas-reservas-que-ma-ideia-18452365
Sinceramente, não tenho nada a acrescentar (e fico feliz que tenha escolhido outro tópico para a coluna desta semana)
É por isso que gosto de ler seu blog. Após ler o artigo do Ilustre Edmar Bacha, percebi que estamos lascados:
A demanda aumentaria num ano (de eleição), para reduzir-se novamente no ano seguinte (2014/2015, plano Cruzado etc...) Muito provavelmente, a ponte ficaria pela metade (aqui somos "experts" em pontes e tudo mais pela metade pelo preço total x 2). Perderíamos as reservas e continuaríamos no fundo do poço (oh yeah baby!)
Mesmo quando ele trabalhou do Bradesco ,ele era discreto.Ele nunca confusão com ninguém,etc,cumpriu o seu papel no setor publico de maneira honrada e agora vai trabalhar pelo Brasil no banco mundial.
Alex, entrevista da Zeina criticando um futuro aumento da Selic. Sua posição de continuar elevando a selic para atacar a inflação continua?
"Mesmo quando ele trabalhou do Bradesco ,ele era discreto.Ele nunca confusão com ninguém,etc,cumpriu o seu papel no setor publico de maneira honrada e agora vai trabalhar pelo Brasil no banco mundial."
Então dá pro Joaquim...
"Alex, entrevista da Zeina criticando um futuro aumento da Selic. Sua posição de continuar elevando a selic para atacar a inflação continua?"
Só respondo se você me disser porque minha opinião deveria mudar
Com a Selic deixando de surtir efeito sobre as expectativas de inflação, a elevação da mesma ja não faz sentido. Não?
4 º periodo de Economia. Tenha paciencia, careca!!!
Abraços
Laura
Alex,
Segue sugestão de leitura para o ambiente solitário de seu banheiro, onde a reflexão é mais profunda:
http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2706315##
Bjs
Marcos Junior
E esse artigo aí do Marcos Junior, Alex?
Vai levar pro banheiro? Obvio que a meta de inflacao como guia para os agentes economicos é coisa de economista que ignora o mundo real.
As expecativas de mercado podem ate considerar a meta, mas generalizar isso para o comportamento dos agentes é demais..,
Bjs
Julia
Alexandre, sobre o artigo do Bacha (12/01/2016) no O Globo, tem um trecho que me deixou confuso:
"Como as importações anuais do país são cerca de US$ 300 bilhões, isso significa que as reservas prudenciais de que necessitamos são iguais a US$ 150 bilhões."
As importações do país em 2015 ficaram em US$ 170 bilhões. Que raio de número é esse que o Bacha colocou no artigo dele?
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