prezado Alex, encontrei esse comentário na blogosfera e pensei imediatamente em vc. Faz sentido isso?
Se eu fosse economista escreveria um artigo desses simples que tbm fosse impossível contradizer explicando que a renda não pode crescer acima do pib pelo simples fato que se isso acontecer o dinheiro para comprar todas as coisas cresce mais que a produção de todas as coisas, ainda piorado pelo efeito multiplicativo do crédito resulta que se isso acontecer os bens vão se tornando cada vez mais escassos em relaçao ao dinheiro para comprá-los, então ou se cobre a diferença com importação, ou com inflação no caso de produtos impossíveis de importar, como imóveis.
Se essa merda de realocação de renda da classe produtiva pros nem-nem se mantiver por tempo muito longo o país fica inviável, não adianta chamar isso de redistribuição de renda, não é, não adianta distribuir renda se tudo fica mais caro, vira uma falácia de justiça social, na verdade está se distribuindo miséria crescente.
Discordo do Teco. O Brasil está vivendo uma ressaca pós período de festa sim, em que a economia buscou cada vez mais ultrapassar o pleno emprego, ignorando que a disponibilidade de trabalho fosse uma restrição. Como resultado, colheu inflação elevada, déficit externo e incerteza forte.
Em suma, a ressaca é real e decorre de uma festa que, de fato, ocorreu!
É verdade: a festa (para alguns, "orgia") de fato ocorreu. Carros, motos, casas, apartamentos, importados, turismo (no exterior!), e por aí afora. Ganhou-se (vide o aumento real do salário mínimo) e comprou-se como nunca dantes nesta pobre terra de Abrantes. O Estado realizou obras em todos os setores (vide as 50 universidades com dezenas de milhares de alunos), financiou outros tantos, implementou programas sociais, acumulou reservas internacionais. Nem por isso, a dívida/PIB deteriorou. Quem sofreu foi a indústria, mas não se pode fazer omelete... Gerou-se um desajuste evidente, com a crise de 2008. Agora, a necessidade de ajuste é fera: se correr, o bicho pega, se... Mas, a meu modesto ver, essa não é a questão. O que ocorre é que uma parte da população não viveu a época das vacas magras, outra parte dela se esqueceu. O que foram os anos 80, 90, com desemprego, inflação, desesperança... Fome a céu aberto, miséria exposta, um continente inteiro apodrecendo, nas casas, nas cidades, no campo! Crise econômica, moral, política, grave crise de autoestima. O padrão com que se mede a qualidade de vida é, hoje, a média dos últimos 12 anos. Então, caríssimos, se as considerações acima não são um ataque de insanidade, o ajuste (desemprego,redução de renda, queda de serviços públicos) não vai descer goela abaixo. Nem a direita, nem a esquerda, nem terceiras vias (que nunca foram além da esquina!), conseguirão tirar o burro da sombra, da faustosa sombra dos últimos tempos. Vai ter coice para todo lado. Sempre se pode sonhar com a bonança de um Pré-sal, mas com o dito cujo a $50, também não vai dar... Quem viver verá! O cheiro, porém, é de sangue e lágrimas. Kýrie, eléison!
Nao foi a crise mundial que deteriorou as contas públicas. Haja visto o PIB de 2010! O que ferrou as contas públicas foi que a quermesseira Dilma destruiu o tripé macroeconomico que o Lula, muito esperto, não mexeu! Dilma mexeu em contratos, manipulou índices e atraiu a desconfianca de investidores. O Lula gastou respeitando o superávit primário, deixando o BC trabalhar. Mesmo quando mexeu no superavit fez de maneira coerente com o mercado, e todos aceitaram. Colocar Dilma e Lula no mesmo saco é não saber nada de economia. Foram dois opostos.
5 comentários:
prezado Alex, encontrei esse comentário na blogosfera e pensei imediatamente em vc. Faz sentido isso?
Se eu fosse economista escreveria um artigo desses simples que tbm fosse impossível contradizer explicando que a renda não pode crescer acima do pib pelo simples fato que se isso acontecer o dinheiro para comprar todas as coisas cresce mais que a produção de todas as coisas, ainda piorado pelo efeito multiplicativo do crédito resulta que se isso acontecer os bens vão se tornando cada vez mais escassos em relaçao ao dinheiro para comprá-los, então ou se cobre a diferença com importação, ou com inflação no caso de produtos impossíveis de importar, como imóveis.
Se essa merda de realocação de renda da classe produtiva pros nem-nem se mantiver por tempo muito longo o país fica inviável, não adianta chamar isso de redistribuição de renda, não é, não adianta distribuir renda se tudo fica mais caro, vira uma falácia de justiça social, na verdade está se distribuindo miséria crescente.
Alex,
Discordo do Teco. O Brasil está vivendo uma ressaca pós período de festa sim, em que a economia buscou cada vez mais ultrapassar o pleno emprego, ignorando que a disponibilidade de trabalho fosse uma restrição. Como resultado, colheu inflação elevada, déficit externo e incerteza forte.
Em suma, a ressaca é real e decorre de uma festa que, de fato, ocorreu!
Abs
Djow X
É verdade: a festa (para alguns, "orgia") de fato ocorreu. Carros, motos, casas, apartamentos, importados, turismo (no exterior!), e por aí afora. Ganhou-se (vide o aumento real do salário mínimo) e comprou-se como nunca dantes nesta pobre terra de Abrantes. O Estado realizou obras em todos os setores (vide as 50 universidades com dezenas de milhares de alunos), financiou outros tantos, implementou programas sociais, acumulou reservas internacionais. Nem por isso, a dívida/PIB deteriorou. Quem sofreu foi a indústria, mas não se pode fazer omelete... Gerou-se um desajuste evidente, com a crise de 2008. Agora, a necessidade de ajuste é fera: se correr, o bicho pega, se... Mas, a meu modesto ver, essa não é a questão. O que ocorre é que uma parte da população não viveu a época das vacas magras, outra parte dela se esqueceu. O que foram os anos 80, 90, com desemprego, inflação, desesperança... Fome a céu aberto, miséria exposta, um continente inteiro apodrecendo, nas casas, nas cidades, no campo! Crise econômica, moral, política, grave crise de autoestima. O padrão com que se mede a qualidade de vida é, hoje, a média dos últimos 12 anos. Então, caríssimos, se as considerações acima não são um ataque de insanidade, o ajuste (desemprego,redução de renda, queda de serviços públicos) não vai descer goela abaixo. Nem a direita, nem a esquerda, nem terceiras vias (que nunca foram além da esquina!), conseguirão tirar o burro da sombra, da faustosa sombra dos últimos tempos. Vai ter coice para todo lado. Sempre se pode sonhar com a bonança de um Pré-sal, mas com o dito cujo a $50, também não vai dar... Quem viver verá! O cheiro, porém, é de sangue e lágrimas. Kýrie, eléison!
Nao foi a crise mundial que deteriorou as contas públicas. Haja visto o PIB de 2010!
O que ferrou as contas públicas foi que a quermesseira Dilma destruiu o tripé macroeconomico que o Lula, muito esperto, não mexeu!
Dilma mexeu em contratos, manipulou índices e atraiu a desconfianca de investidores.
O Lula gastou respeitando o superávit primário, deixando o BC trabalhar. Mesmo quando mexeu no superavit fez de maneira coerente com o mercado, e todos aceitaram.
Colocar Dilma e Lula no mesmo saco é não saber nada de economia. Foram dois opostos.
"Colocar Dilma e Lula no mesmo saco é não saber nada de economia. Foram dois opostos. "
O certo teria sido separar.
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