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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sobre jabutis e jabuticabas


A série de artigos recentemente publicada por este jornal sobre a persistência das altas taxas de juros no Brasil produziu algumas contribuições interessantes (outras nem tanto), mas nenhuma levantou a hipótese que considero mais promissora para explicar essa anomalia, qual seja, um mercado de crédito segmentado, onde parcela dos empréstimos não é afetada pela taxa de política monetária.

De fato, não há como deixar de notar o comportamento peculiar da demanda doméstica privada (consumo mais investimento) no Brasil: a evidência sugere que mesmo altas taxas reais de juros, que provocariam recessões bíblicas em qualquer outra economia do planeta, parecem aqui consistentes com forte expansão da demanda.

Uma “explicação” que nada explica postula que somos impacientes. Apenas taxas de juros exorbitantes nos convenceriam a adiar o consumo presente e que, portanto, estaríamos condenados a conviver com elas, a menos que mudássemos o peso que damos à satisfação imediata das nossas necessidades. Esta explicação, todavia, apenas traz novos problemas. Em primeiro lugar, qual seria a origem da nossa impaciência? E por que motivo ela afligiria apenas brasileiros e não, digamos, colombianos, ou vietnamitas?

Obviamente concordo que parte do problema reflete nossa baixa poupança, tema levantado por Márcio Nakane e Samuel Pessôa, em particular se consideramos o impacto do consumo público sobre a poupança doméstica, destacado também por André Lara Resende. É possível que haja também algum efeito associado aos baixos incentivos à poupança por conta da rede de proteção social, mas faltam ainda estimativas que nos permitam inferir quanto das altas taxas de juros resultam destes fenômenos.

Por outro lado, sou bem mais cético quanto à possibilidade de acharmos a raiz do problema na inconversibilidade do real (se assim fosse, outros países emergentes exibiriam taxas de juros semelhantes à brasileira), ou em histórias mais complexas, como equilíbrios múltiplos.

Isto dito, quando nos referimos à taxa de juros no Brasil, pensamos na Selic, taxa que influencia a maior fração do crédito no país, mas que tem, a bem da verdade, nenhum impacto sobre outra parcela, também considerável: o chamado crédito direcionado, que engloba o BNDES, além do crédito habitacional e rural, e equivale a 35% dos empréstimos bancários no país.

As taxas de juros que balizam estes empréstimos não são apenas tipicamente bastante inferiores à Selic, mas também não costumam se alterar em resposta a movimentos da política monetária, o que traz duas conseqüências associadas.

Em primeiro lugar o nível da taxa Selic afeta menos a demanda privada doméstica do que faria na ausência do crédito direcionado. Isto pode explicar como uma Selic elevada convive com o forte ritmo de expansão da demanda doméstica privada.

Ademais, como as taxas do direcionado não se alteram em resposta à Selic, os movimentos desta última devem ser mais amplos face a choques, já que o canal de crédito se encontra parcialmente obstruído.

A magnitude de ambos efeitos deve estar relacionada ao peso do direcionado no total de empréstimos: se fosse muito pequeno, não deveria ter grande impacto sobre a demanda; se fosse muito grande, provavelmente o efeito da taxa Selic sobre a demanda seria muito reduzido, devido à obstrução do canal de crédito. A este respeito notamos que o direcionado já representou proporções maiores do total de crédito (próximo a 40% no início de 2003), atingindo um mínimo pouco inferior a 30% do total no final de 2008.

Assim, parte da queda estimada da taxa neutra de juros de 2003 para cá pode estar ligada a este desenvolvimento. Todavia, dada sua expansão recente (de volta aos 35%), não se pode ignorar a possibilidade de algum recuo neste front, ao contrário da tese defendida pelo BC na segunda metade de 2010.

Se esta hipótese estiver correta, então novos ganhos na convergência das taxas locais de juros para as internacionais só poderão ocorrer se: (a) o peso do direcionado voltar a cair significativamente; ou (b) as taxas de juros nesta modalidade de crédito se aproximarem das taxas de juros de mercado. Reconhecendo que a primeira alternativa é pouco provável, resta a segunda, ainda mais porque hoje já existe uma curva de juros representativa para o mercado doméstico, que poderia balizar o custo do direcionado de longo prazo.

A eliminação do subsídio no crédito direcionado elevaria seu custo, possibilitando, porém, uma queda mais expressiva da Selic. Muitos seriam beneficiados, mas alguns, os mais vocais, seriam bastante prejudicados. Por conta disto, não nutro ilusões sobre os formidáveis obstáculos políticos que tal medida teria que enfrentar (se alguém acha que a FIESP é estridente em suas críticas à Selic, aguarde até a elevação da TJLP).

Entretanto, se precisamos explicar uma “jabuticaba”, me parece claro que devemos procurar outra, no caso o grande peso do direcionado e o elevado subsídio, peculiaridades nacionais.

Jabuticaba, ao contrário de jabuti, dá em árvore. Esta aqui, porém, foi cuidadosamente cultivada.

O jabuti está escondido, comendo jabuticaba subsidiada


70 comentários:

Uma outra componente da explicação não seria uma aversão à poupança por conta da memória de inflação e confiscos repetidos? Talvez não muito racional depois de 2 décadas de mais estabilidade, mas não menos concreta, pelo menos para quem busca empréstimos no setor não direcionado.

Depois desse belo texto, me resta estudar.

Isso sem falar da informalidade que é muito difícil de ser captada por qualquer modelo. Haveria uma forma de quantificá-la e colocá-la em algum modelo matemático?

Alex,

Se as taxas de juros que balizam os empréstimos direcionados fossem feitos como % da SELIC, isto acabaria por "desobstruir" o canal de crédito?

Eu penso mais nas taxas de longo prazo, mas, dado que estas refletem, em alguma medida as expectativas da trajetória da Selic, analiticamente não é diferente.

Mas, sim, se as taxas do direcionado refletissem a política monetária o canal de crédito se tornaria mais forte o que, em tese, exigiria menos da política monetária.

O 40% de crédito direcionado em 2003 era bem menos problemático do que os 35% atuais, dado que o mercado de crédito se desenvolveu nos últimos anos e o volume cresceu significtivamente. Falo isso sem checar os números, mas em percentual do PIB o crédito direcionado deve estar no high. Correto?
Fernando A.

existe no Brasil um descompasso entre a política do BACEN e do BNDES. Só não sei qdo isso vai estourar

Como diria o Jules (Samuel L. Jackson) no "Pulp Fiction": correctamundo

muito bom, primou pela clareza.

alguém acha que a indexação de parte ainda relavante dos contratos tb tem sua importância?

;^/

Infelizmente, os acadêmicos brasileiros tão muito preocupados com o sexo dos anjos do jabutis em cima das árvores para utilizar esse experimento quase-natural para estudar a política monetária...

O mais próximo de um estudo sobre efeitos do crédito direcionado é esse artigo do Ricardo Hausmann, ele diz:

The reason the SELIC rate is high is because the BCB tries to limit aggregate demand. The higher the interest rate set by the BNDES on its loans, the lower the SELIC the BCB would need to set in order to achieve its inflation target. Hence, a strategy of not responding to SELIC easing with reductions in the BNDES lending rate would accelerate the decline in the SELIC and the improvement in the nominal deficit.
This result emerges through several channels. First, the SELIC is set endogenously considering the conditions of aggregate demand in the economy. The more expansionary the BNDES, the more contractionary the BCB needs to be. Second, the cost of the public debt is highly affected by the SELIC and not by the TJLP or the lending rate of BNDES. Third, the higher the interest rate charged by BNDES and the higher the proportion of its assets invested at market rates, the better would be its financial results, thus helping public savings. In other words, BNDES operations are a form of tax expenditure where
resources that could be used to retire public debt are used instead to provide below-market loans to the private sector. This reduces overall savings, which has the general-equilibrium effect of reducing private investment even if it is done with the idea of increasing it.
Also, a strategy to reduce the differential between the BNDES lending rates and the private market rates would allow the banking system to get increasingly involved in long-term lending, an activity that was stunted during the high inflation period and that has been taken over by the public sector through its subsidized lending. A strategy that would achieve “normal” interest rates in Brazil should also permit a “normal” long term credit market.

Alex,

Sempre pensei que essa fosse uma importante peça da explicação, mas tenho uma dúvida. O fato de termos parte das decisões de consumo e investimentos "isoladas" da Selic não seria paenas uma justificativa para que a volatilidade da taxa Selic fosse alta, mas não que seu nível fosse alto? (Tudo bem que uma expectativa de maior volatilidade vai acabar afetando o nível da taxa, mas esse efeito deve ser marginal). Ou, em outras palavras, essa linha de argumentação não confunde "potência" da política monetária com taxa de juros de equilíbrio?
Ou esse argumento não vale por que, aonde quer que achemos essa "jabuticaba" do crédito direcionado, ela sempre atua como um subsídio implícito. Ou seja, o Brasil do crédito livre acaba sempre pagando a conta do Brasil do Brasil da bolsa BNDES?

Uma outra idéia interessante que tive ao ler seu post foi a seguinte: será que o aumento na potência da PM e a (aparente)redução do juro real de equilíbrio que ocorreu nos últimos anos não está relacionada ao fato de que, depois de muito tempo, o "cap" de juros do SFH deixou de ser relevante (hoje é relativamente fácil encontrar crédito pelo SFH bem abaixo de 12%+TR), fazendo com que com isso, uma importante parte do mercado de crédito e das decisões de consumo das famílias passasse a responder a movimentos da taxa Selic?

" essa linha de argumentação não confunde "potência" da política monetária com taxa de juros de equilíbrio?"

Acho que os dois efeitos coexistem, tanto nível como volatilidade. É um pouco simplificado demais, mas podemos pensar como se a taxa de política monetária fosse uma média ponderada da Selic e da TJLP. Uma TJLP baixa demais, requereria uma Selic mais alta.

E, em reação a choques, isto implicaria uma volatilidade maior da Selic.

Faz sentido?

Alex,

Não concordo com a sua explicação, pois a parcela grande de crédito do BNDES implica em menor eficiência da política monetária (ok, isso eu concordo), mas isso implica que o Bacen teria uma reação à inflação maior, e não que a taxa natural de juros seria maior. Como consequencia os efeitos seriam de transição e não no equilíbrio, como você argumenta.

Questão de Macro I:

Considere o modelo IS-LM:

Y = C(Y-T) + I(i - pi^e) + G
M/P = L(Y,i)

a) Suponha que a taxa de juros não afete o investimento, qual o efeito de uma mudança em M sobre o produto e sobre os juros.

b) Mostre que a inclinação da IS depende da sensibilidade do investimento à taxa de juros.

c) Suponha que o BACEN resolva utilizar política monetária para afetar a demanda agregada. Mostre que o efeito da política monetária sobre Y depende da inclinação da IS.

d) O blog Mão Visível relacionou as altas taxas de juros no Brasil à existência de segmentação no mercado bancário, em particular a ação do BNDES. Tomando como referência suas respostas acima, como você avalia esta relação?

___________________________________

Em geral eu não concordo com o Krugman, sou da turma que leva o Prescott a sério e tem o Lucas como referência. Mas tem uma coisa que concordo com o Krugman: antes de procurar explicações complexas e sofisticadas as pesoas deviam olhar os manuais de macroeconomia.

Parabéns pelo post.

Roberto

P.S. E olha que eu sou o cara da idade das trevas.

"se precisamos explicar uma “jabuticaba”, me parece claro que devemos procurar outra"

Claro. Acontece que no Brasil temos um belo punhado de jabuticabas.
- TJLP & BNDES
- Crédito direcionado
- Baixa poupança (incentivos da previdência + gastos públicos e quem sabe uma questão cultural)
- Não só a inconversibilidade, mas todo o comportamento anti-credor destacado pelo texto do Lara-Bacha-Arida e pelo Pait (acima).
- Mecanismos esdrúxulos de indexação, tipo salário mínimo
- Quem quiser mais abra qualquer jornal de economia, qualquer dia em qualquer página.

Algum país tem tantas jabuticabas? Talvez a pergunta deveria ser porque a SELIC é tão baixa...

A

Alex,
Ainda assim, as taxas reais(!) do crédito direcionado aqui não são bem maiores do que em outras economias?

"Uma outra componente da explicação não seria uma aversão à poupança por conta da memória de inflação e confiscos repetidos? "

Eu culparia as aposentadorias generosas para grande parte da classe media/media-alta pela "aversao a poupanca".

"as taxas reais(!) do crédito direcionado aqui não são bem maiores do que em outras economias?"

Hoje, com certeza, não. 6% contra uma expectativa de inflação pouco acima de 5% implicam juros reais abaixo de 1% ao ano.

Abs

"Como consequencia os efeitos seriam de transição e não no equilíbrio, como você argumenta."

É um bom ponto, mas se a demanda doméstica depende de um "mix" da Selic e da TJLP, o efeito se dá também no equilíbrio.

Pense numa IS na linha:

y = -b ( i - Ep - r)

onde i é a taxa de juros nominal, Ep a expectativa de inflação e r a taxa neutra.

e

i = kî + (1-k)i*

onde î é a Selic e i* a TJLP.

O efeito ocorreria também no equiíbrio. O desafio é microfundamentar este insight.

Digamos que o PIB de seu pais cresce a 3-4% ao ano. A demanda do governo sobre este PIB cresce a uns 6-8% ao ano. Isso só é possível se a soma de consumo privado, investimento e exportações líquidas crescerem a uma velocidade menor que o PIB. Então estamos em um dilema: ou as exportações liquidas vão ser mais negativas a cada ano ou consumo e investimento privados vão ser achatados. Daí tanto o câmbio apreciado e os juros altos são o mecanismo de preços se adaptando para solucionar o conflito distributivo entre a demanda pública e privada por recursos. Na ausência dos juros altos, o consumo privado presente explodiria e a válvula de escape seria o déficit comercial e mais tarde uma crise no balanço de pagamentos. Na ausência do câmbio apreciado, a inflação teria que cuidar de reduzir o poder de compra privado.

Ergo, o problema dos juros altos e cambio apreciado é conflito distributivo!!

"O" Quase-Unicampista

Este comentário foi removido pelo autor.

"Eu culparia as aposentadorias generosas para grande parte da classe media/media-alta pela "aversao a poupanca"."

E o Samuel Pessoa chama isso de Estado de Bem-Estar Social... é foda.

Independente do crédito do BNDES que influencia o Investimento e não o consumo a pergunta que realmente deve ser feita é : Como algume se endivida a mais de 50% ao ano para consumir ??
O brasileiro tem uma demanda reprimida monstruosa, demanda esta que não seria afetada (podendo ate mesmo ser ampliada)na sua hipótese de possibiliade de queda da Selic dada a redução do diferencial entre credito direcionado e tx de juros Selic.
Ou seja, pela sua linha de argumentação dado que o consumo privado não diminuiria (iria até aumentar dado a menor Selic) todo o ajuste de demanda recairia sobre a redução do Investimento. Cairíamos então num equilibrio pior: mais demanda pra consumo e menos oferta dado que o investimento vai cair. A inflação vai subir....

Entendeu ???

"mas se a demanda doméstica depende de um "mix" da Selic e da TJLP, o efeito se dá também no equilíbrio.

Pense numa IS na linha:... "

A IS é uma log-linearização da equação de Euler em torno do equilíbrio, e não uma relação que determina o juros de equilíbrio.

Eu culparia as aposentadorias generosas para grande parte da classe media/media-alta pela "aversao a poupanca".

E o Samuel Pessoa chama isso de Estado de Bem-Estar Social... é f*da...

Aposentadorias generosas? Você está se referindo a funcionários públicos?
Só pode ser, pois os aposentados do INSS recebem muito pouco com o sistemático achatamento de suas aposentadorias.

"A IS é uma log-linearização da equação de Euler em torno do equilíbrio, e não uma relação que determina o juros de equilíbrio."

Não, mas ela faz parte do sistema que determina a relação entre a taxa de política monetária e a taxa neutra. Uma IS na linha que apontei acima implica uma taxa de política monetária superior à neutra para compensar a taxa subsidiada.

Hitler atacou as tropas sovieticas na Polonia ocupada em 22 de junho de 1941, portanto ainda no primeiro semestre do ano.

Sem a presenca decisiva da URSS os aliados nunca poderiam ter desencadeado a invasao da Europa Ocidental. E' bastante claro que sem a obstinacao russa o nazismo nao teria sido derrotado. As forcas inglesas se retiraram em Dunkirk em 1940 e' somente voltaram em 1944, quando a ofensiva russa estava em franco andamento.


Abracao

Caro Kleber,

O fato é que, contrário a opinião geral da época, a Inglaterra resistiu sozinha aos Nazistas da queda da França até a entrada da União Soviética na guerra (quem gosta de história e é fã do Churchill lembra do "What a neck" em resposta irônica ao comentário que a Alemanha quebraria o pescoço da Inglaterra como o de uma galinha).

Falar por quanto tempo a Inglaterra teria resistido é puro chute. Assim como é chute falar que sem o front oriental a Alemanha teria vencido. O mesmo era dito na Primeira Guerra e a rendição da Russia, com o fim do front oriental, não levou a vitória alemã. O fato é que em nenhum momento os nazistas mostraram que teriam como atravessar o canal e invadir a Inglaterra. Para que isto fosse possível seria necessária supremacia (não apenas superioridade) aérea, o que eles nunca conseguiram, além de superioridade, ou pelo menos esquilíbrio naval (o que os Alemães também nunca conseguiram).

Por outro lado, no terreno do achismo, não é difícil imaginar o que teria acontecido com a União Soviética caso a Inglaterra tivesse assinado um acordo de paz com os nazistas no primeiro semestre de 1941 (os nazistas queriam). Tal acordo teria provavelmente (tudo aqui é suposição) evitado que os EUA entrassem na guerra da Europa. O resultado é que os nazistas poderiam se concentrar no front oriental e a União Soviética não teria o apoio material dos aliados. Para os que gostam de imaginar eventos históricos não seria difícil pensar em Hitler comendo chucrute em Moscow.

Um outro ponto absurdo, que muitos insistem, é comparar a invasão alemã com a de Napoleão. Fica difícil imaginar o que aconteceu o exército francês em pleno século XX (aviões, tanques e etc). Se os aliados, sem os portos da Noruega, conseguiam mandar mantimentos e equipamentos para Moscow, como imaginar os nazistas morrendo para o general inverno em uma retirada atabalhoada de Moscow? Para não falar que o exército soviético não tinha nenhum Kutuzov.

Finalmente é bom lembrar que, do ponto vista moral, Stálin foi vergonhoso. Ao contrário da Inglaterra que decidiu enfrentar o nazismo, a União Soviética se aliou a Hitler e só declarou geurra quando foi atacada. É ainda pior que os EUA, que só entrou na guerra depois de atacado mas que sempre deixou claro de lado estava.

Se existe alguém que pode ser apontado como o homem que salvou a Europa dos nazistas, este é Churchill. Se algum país tem este mérito é a Inglaterra, que mesmo as custas de seu império teve sua finest hour. Os outros foram aliados nesta luta. Importantes? Certamente. Decisivos? Talvez. Mas o prtagonismo é de Churchill e dos ingleses.

Abraço,

Roberto

Pow Alex, falou de Jabuticaba no texto e não citou o FHB (rs) ele curti falar de jabuticabas . . . . Só uma dúvida vc num chamou o velho de burro como fez com o Orelho . . . É pq é GV, largue desse tradicionalismo bobo (kkkk)

Você fez o comentário no lugar errado, e a sua análise sobre a guerra é revisionista, bem ao estilo Stalin. Está com saudades camarada, vá para a Russia!

E qual a participação do bancos de desenvolvimento estaduais e regionais, além das agências de fomento? Eles têm linhas de crédito própria?

Bom demais este teu artigo chê! Um tema de importância para os proximos dias do Brasil e que até agora houve pouca discussão fundamentada.

ROBERTO

1- A comparacao da Russia imperial na WW I com a sovietica na WW II e' descabida. Isso porque a primeira apenas acumulou derrotas incessantes ate' sua retirada. A segunda parou o avanco alemao em Moscow, reverteu em Stalingrad e definitivamente partiu pra cima em Kursk, em meados de 1943.

2- A liberacao de tropas do front russo para o frances em 1917 apenas concentrou tropas ao longo de uma interminavel linha de trincheiras, em um campo de batalha que havia sido taticamente definido pela introducao da metralhadora, que limitava as acoes ofensivas. O exercito alemao nao pode portanto contar com o "momentum" que a liberacao de material humano do front oriental poderia produzir.

3- Mesmo assim, as tropas alemas estiveram por um fio de conseguir um "break-through" em Chemin des Dames, onde uma inacreditavel operacao de gap-plugging em Pas Fini realizada pelos marines americanos barrou o avanco alemao. Isso deu inicio 'a derrocada final do Kaiser.

4- Em 6 de junho de 1944, quando ocorreu a invasao da Normandia, os russos ja' haviam colocado o exercito alemao em franca retirada.

5- Caso eles tivessem sido batidos - como ocorreu na WW I - o alto-comando alemao nao teria que ficar tergiversando sobre onde colocar a reserva de tanques atras da Muralha do Atlantico. Claramente eles nao tinham defesa o suficiente para cobrir a distancia entre Calais e Cherbourg.

6- Mesmo que os aliados conseguissem desembarcar, caso os alemaes tivessem meios de homens e material para cobrir esta distancia, quando os mulberries foram destruidos pelo mau tempo dias depois da invasao, as tropas aliadas teriam sido encurraladas sem combustivel. Sem aqueles portos artificiais, a unica porta logistica possivel para a continuacao das operacoes na Franca foi o porto de Cherbourg.

7- CQD.


Por isso cumpadres, vamos parar com a fantasia de que sem o sangue, suor e lagrimas russo a WW II teria tido o desfecho que teve.

Ah, nao existe ninguem mais anti-comunista do que eu. Mas a verdade e' uma faca que corta dos dois lados.

Cheers

Caro Kleber,

A comparação foi fetia para ilustrar que tudo pode ser dito quando saímos dos fatos, como eu disse no parágrafo que faço a comparação: é chute.

De resto o que se pode afirmar com certeza é que a Iglaterra resistiu sozinha aos nazistas. Coisa que a União Soviética não fez. No terreno das possibilidades tudo pode ser dito, podemos passar horas discutindo o assunto, é divertido, mas não leva a nada.

O outro é fato que Stálin não viu nenhum problema em se aliar aos nazistas. Por outro lado, desde cedo Churchill denunciou Hitler como monstro que era. Não me supreendo que Stálin não tenha se incomodado em se aliar a Hitler, eram muito parecidos.

A história da II Guerra, sem a propaganda Americana e Soviética, pode ser contada como a história da Inglaterra que resistiu sozinha ao nazismo até que União Soviética e Estados Unidos foram atacados e formaram a aliança vencedora. Podem ter sido decisivos, certamente foram importantes. Ninguém pode afirmar como seria o desenrolar da guerra sem a entrada de um ou de outro. As certezas histórica, tão típicas da velha União Soviética, geralmente estão erradas.

Em tempo, cada época e cada guerra tem suas especificidades, portanto a dificuldade de comparar. Por outro lado, em história, assim como em economia, não existe experimento controlado, portanto somos obrigados a fazer tais comprações. Neste sentido posso afirmar que desde a consolidação dos estados nacionais (não quero polemizar aqui, mas alguns diriam que desde Roma) nenhuma potência európeia conseguiu atravessar o canal e conquistar a Inglaterra, não vejo porque acreditar que os alemães conseguiriam.

Abraço,

Roberto

Eu já falei que o livro Macroeconomics in Emerging Markets (2º edition, CUP, 2011), by Peter Montiel, acabou de sair e é muito bom?
http://www.cambridge.org/gb/knowledge/isbn/item6206094/?site_locale=en_GB

Também, o David Romer acabou de publicar a 4ª edição do seu livro Advanced Macroeconomics. Tem um capítulo meio novo sobre DSGE models:

http://highered.mcgraw-hill.com/sites/0073511374/information_center_view0/sample_chapter.html

Alex,

Além do ponto colocado pelo Anônimo de 7 de julho de 2011 11:57, também há questionamentos sobre a validade empírica da sua argumentação.

Alguns colegas levantaram o seguinte ponto (e eu tendo a concordar com eles): Se a sua hipótese for correta, o crédito livre deveria responder aos movimentos da taxa de juros. Concorda?

Todavia, isso não parece se verificar na realidade brasileira. Estou correto?

Obrigado.
Abçs

Caros

O melhor ponto de partida para entender como atuaram os dois países em relação a Hitler nos anos que antecederam o início da II GM são os tratados de Munique [29/09/1938] e de Molotov-Ribbentrop [24/08/1939].

Arthur Neville Chamberlain foi primeiro-ministro do Reino Unido de 1937 a 1940. Participou da conferência de Munique e cedeu à maioria das exigências do III Reich. Em Londres, Chamberlain foi recebido como herói nacional e sob aplausos gerais de "Salve o velho Neville!" e ao som de "He's a Jolly Good Fellow".

Churchill foi voz contrária e completamente isolada. Seu discurso no Parlamento foi vaiado. Os ingleses não faziam a mínima ideia do que o futuro lhes reservava.

Menos de um ano após a assinatura do acordo de Munique, em 1 de Setembro de 1939, os nazistas invadiram a Polônia. Chamberlain foi, por isso, obrigado a declarar guerra ao III Reich. Chamberlain só foi substituído por Winston Churchill em de 10 de maio de 1940.

O Tratado Molotov-Ribbentrop contemplava dois Protocolos secretos, nos quais nazistas e soviéticos decidiram a partilha de territórios na Europa do leste. Pelo tratado, a Polônia deixaria de existir e seria dividia entre ambos. O que de fato ocorreu.

Resumindo, tanto a URSS quanto o Reino Unido somente declararam guerra aos nazistas depois que os tratados foram efetivamente rasgados por Hitler. E os EUA, após ataque a Pearl Harbor.

A aliança entre Roosevelt, Churchill e Stalin ganha sentido se examinada sob esse contexto. Em termos históricos não há dúvida de que essa aliança foi fundamental para a derrota nazista. O que veio depois foram as Conferências de fevereiro de 1945 para decidir a partilha do butim e o que conhecemos como a guerra fria.

No campo histórico que estamos examinando, é preciso sublinhar que a conquista do poder por Hitler não foi considerada ilegal nem para a maioria do povo alemão e nem para os governos estrangeiros que mantiveram com Hitler relações diplomáticas. E isso não mudou até a invasão da Polônia. Isto é, antes de Hitler invadir a Polônia os governos estrangeiros fecharam convenientemente os olhos para a política de aniquilação promovida pelos nazistas na Alemanha.

“Povo alemão” para os nazistas não era uma entidade natural, a qual seria apenas uma falsa totalidade. Para os nazistas, a verdadeira totalidade era a de uma COMUNIDADE política concreta que se formaria com a experiência efetiva da antítese amigo-inimigo.

Estudando a história, ficamos sabendo que a política de aniquilação conduzida pelos nazistas se fez, em primeiro lugar, contra os inimigos INTERNOS ao Estado da “substância homogênea alemã”. Só depois que essa “comunidade alemã” estava formada pela diferenciação entre amigo e inimigo INTERNOS ao Estado alemão é que foi possível fazer a guerra contra os inimigos de fora do Estado. Ou seja, o “povo alemão” se homogeneizou primeiramente na luta de ANIQUILAÇÃO dos inimigos judeu cosmopolita, cigano errante, comunista internacionalista etc.

"Se a sua hipótese for correta, o crédito livre deveria responder aos movimentos da taxa de juros. Concorda? "

Não. Acho que são questões distintas. Imagine que o crédito livre não reaja a alterações na Selic por algum motivo qualquer. Ainda assim haveria outros canais pelos quais a taxa Selic afetaria a demanda interna (escolha consumo-poupança, investimento, etc). Se o crédito direcionado for reagir às taxas subsidiadas, o problema persistiria, independente da sensibilidade do crédito livre à Selic.

Isto dito, não conheço evidência que o crédito livre não responda à Selic. O pouco que vi sugere o contrário, mas, obviamente, isto não impede que se busque nova evidência.

Abs

"Resumindo, tanto a URSS quanto o Reino Unido somente declararam guerra aos nazistas depois que os tratados foram efetivamente rasgados por Hitler. E os EUA, após ataque a Pearl Harbor."

A diferença significativa é que a Inglaterra não foi atacada pelos Alemães. Uma coisa é quebrar tratados, Hitler já tinha quebrado vários antes da invasão da Polônia, outra, muito diferente, é ter o próprio território atacado.

"A diferença significativa é que a Inglaterra não foi atacada pelos Alemães."

Em qual dimensão?

"Não. Acho que são questões distintas. Imagine que o crédito livre não reaja a alterações na Selic por algum motivo qualquer. Ainda assim haveria outros canais pelos quais a taxa Selic afetaria a demanda interna (escolha consumo-poupança, investimento, etc). Se o crédito direcionado for reagir às taxas subsidiadas, o problema persistiria, independente da sensibilidade do crédito livre à Selic."

Obrigado pela resposta Alex.

Alex além do crédito direcionado, e acredito que você deve estar pensando em BNDES, diminuir a eficácia do política monetária, você já estudou o que está fazendo com a dívida pública? Eu não sei a sua opinião, a minha é que é danosa sob qualquer ponto de vista essa política de escolher os "campeões" com esses juros subsidiados. Esse cheiro de anos 70 me causa arrepios!

Caro Alex, gostaria de saber sua opinião sobre isso "O senado, pressionado pelas instituições privadas de ensino, está prestes a aprovar um projeto que dispensará cursos de pós-graduação de qualquer natureza para exercício do magistério superior. Os contratos serão temporários, mas sem prazo definido, ou seja, poderão tornar-se definitivos.
Atualmente o artigo 66 a LDB determina, em seu Artigo 66, que A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.
O PL-220 altera a LDB propondo que nas instituições públicas e privadas, admite-se acesso a contrato de trabalho docente temporário, mediante processo seletivo, a portadores de diplomas de graduação e de pós-graduação lato sensu, bem como a profissionais de notório saber na área de atuação..."

Obrigado

Pessoal,

O uso das Equações Diferenciais é importante na Economia?

Alex, num outro post vc tinha mencionado q o brasil corresponderia a 3% do PIB global e 5% dos gastos globais. Isto não seria 1 das explicações pra a pm no brasil ser mais exigida no combate a inflação ? Creio não ser a unica, mas nós não temos 1 jabuticaba apenas aqui...

"O uso das Equações Diferenciais é importante na Economia?"

Sim, muito. Toda parte dinâmica se ampara em equações diferenciais, geralmente lineares.

Prezados

Não sei se o tema - debate - link já fora aqui colocado, pois em viagem até recentemente não tive tempo de actualizar a leitura neste e noutros blogs(nem terei! - para mim um clássico exemplo de free disposal).

No entanto, em prol do exelente nível de idéias - debates aqui produzidas, cá vai uma sugestão:

http://www.economist.com/debate/days/view/714

Brados
Martins

Alex, o Krugman e o Stiglitz publicaram colunas defendendo mais gastos do governo, o Krugman sugere que os EUA deveriam contratar um exercito de funcionários públicos. Me parece que o receituário keynesiano tb está em cheque, pq os países endividados não têm condições de captar e rolar maus dívidas. Chegamos a uma encruzilhada econômica?
Abs.
M.

E', o Krugui ta' certo pra baralho! Alias, como eu num faco nada meia-boca, eu ja' sugeriria que todo mundo fosse feito funcionario publico aqui no Barakistao. Pronto, ta' vendo, o Krugui nao passa de um moloide! Um sem-imaginacao.

E um sem-cerebro tambem, porque a minha sugestao nao e' inedita. Foi exatamente o que fizeram na URSS.

E a rigor, torcida, explorando a ideia ate' as ultimas consequencias, a gente deveria abrir as fronteiras para os mechicanos virem trabalhar de barnabes tambem! Ja' pensou que estouro de boom economico que nao iriamos ter?

Agora num venha algum cumpadre ae me dizer que "e' so' pra contratar alguns milhoezinhos, nao e' valido pra todo mundo". A e'? Cade o "modelito" para determinar o numero otimo de funcionarios publicos a serem contratados pelo dinheiro do povo para tirar um pais da recessao?

Este absurdo prova meu ponto de que o Krugui e' um xarlatao e enganador, que somente faz sucesso explorando a ideologia dos energa-revolucionarios keynesianus.

Um grande abraco


Kleber S.

Niguém quer fazer o ajuste isso sim, pois não existe ajuste sem perdas, enormes perdas. Agora ficou mais nítido como era bancado o elevado padrão de bem estar de muitos países. Não sei a opinião do Alex, a minha é que chegamos sim a um beco sem saída. Taxas de juros zeradas ou até negativas e dívidas colossais. Que outros instrumentos sobram de política econômica? Não sei, além do que estamos com padrões tecnológicos definidos a bastante tempo( Schumpeter) sem grandes inovações radicais, aquelas que dão enorme impulso econômico. Bem sempre resta arrumar uma guerra.....

Guardei a página do jornal e só hoje consegui ler. Ótimo. Argumento racional, de qualidade superior, que engrandece o jornal Valor (infelizmente está confundindo contraditório com dar espaço para nulidades).
Já pensou se o valor do subsídio fosse contabilizado como despesa do TN? Será que o Congresso aprovaria? E os contribuintes aceitariam tão mansamente?
Parabéns.

Disse Krugman: "Once again: if you took basic macroeconomic analysis seriously, you predicted that large deficits could and would coexist with low interest rates as long as the economy was depressed. Everyone who claimed the opposite was either ignorant of basic macro, or was making up new doctrines on the fly to justify his prejudices."
Vai encarar?

Disse Kleber S.:

"Todo mundo que entra na chuva com roupa vai ficar encharcado ate' os ossos. Ja' aqueles que entrarem pelados, vao molhar somete a pele. Todo mundo que disser o oposto e' ou um lunatico, ou esta' a caminho da esquizofrenia criando suas proprias realidades."

Vai encarar?


Abracao


Kleber S.

PS: Enquanto isso, funcionalismo para o auditorio!

"Once again: if you took basic macroeconomic analysis seriously, you predicted that large deficits could and would coexist with low interest rates as long as the economy was depressed. Everyone who claimed the opposite was either ignorant of basic macro, or was making up new doctrines on the fly to justify his prejudices."

Assino embaixo. Qualquer economista que apostou em 2009, 2010 ou 2011 que as taxas de juros americanas subiriam por causa do deficit causado pela recessao nao sabe do que esta falando, nao sabe macroeconomia basica, ou escolheu esquecer macroeconomia basica.

Prezado "O"
Pode-se deduzir do seu comentário acima que, a partir de determinado nível de estímulo, a economia será reativada de sorte a resgatar a dívida acumulada com a recessão (redução de arrecadação, montante dos estímulos etc.)? Não há o risco de, em razão de forças ocultas (enfraquecimento da UE e fortalecimento da China & Cia.) os investidores saírem mais fortemente do dólar antes da recuperação e empinarem abruptamente a taxa de juros?

De fato as taxas não subiram, mas tomar esse fato para sustentar o aprofundamento do estímulo fiscal supondo não haver riscos pode ser um erro (não que alguém aqui tenha dito o contrário, mas o Krugman sim). Esse tipo de crise que estamos falando nunca será antecipada nas taxas dos títulos até acontecer um movimento drástico. Sabendo que a retirada dos estímulos deverá ocorrer de maneira muito cuidadosa, mais expansão fiscal deveria ocorrer com mais cautela ainda.

“Não há o risco de, em razão de forças ocultas (enfraquecimento da UE e fortalecimento da China & Cia.) os investidores saírem mais fortemente do dólar antes da recuperação e empinarem abruptamente a taxa de juros?”

Não entendi a sua lógica... A única moeda que concorreria seriamente com o dólar americano como possível moeda de reserva é o euro. O país que mais emite títulos em euros em todo o universo se chama Itália. Quanto pior a situação na Europa menos relevante um cenário catastrófico para a curva do dólar. Fugir dos Treasuries para ir aonde, rapá?

Tendo dito isso, reitero: eu não acredito que uma pessoa razoável considere a hipótese do dólar deixar de ser a moeda de reserva no futuro próximo. Portanto, o cenário que você está propondo é de negligível importância – se você estiver pagando hedge contra esse evento, eu quero o outro lado da transação para mim.

“De fato as taxas não subiram, mas tomar esse fato para sustentar o aprofundamento do estímulo fiscal supondo não haver riscos pode ser um erro (não que alguém aqui tenha dito o contrário, mas o Krugman sim). Esse tipo de crise que estamos falando nunca será antecipada nas taxas dos títulos até acontecer um movimento drástico. Sabendo que a retirada dos estímulos deverá ocorrer de maneira muito cuidadosa, mais expansão fiscal deveria ocorrer com mais cautela ainda.”

Não sei onde está a cautela na queda abrupta no emprego público nas esferas municipais e estaduais que tem acontecido nos EUA... Deixar isso ocorrer, isso sim, é ser doidão.

Por exemplo, mesmo onde existem riscos de solvência e sustentabilidade, os estados deveriam estar cortando gastos futuros (exemplo: pensões), não gastos presentes.

Aversão à poupança? Discutir aversão à poupança? Isso é economia? O que aconteceria se cada brasileiro poupasse um pouco mais? A poupança aumentaria? Ainda bem que jogo futebol!

O proprietário do blog deveria ser mais liberal! Sua mão visível censura os comentários?

Alex,

Será que sai uma resposta ao artigo do Damian Fiocca no Valor hoje?

"(..)E note-se que, contrariamente ao que alguns disseram, o crédito direcionado (BNDES, agrícola e habitacional) cresceu menos. Aumentou 17,1% ao ano no mesmo período. Ou seja, foi o crédito livre que os juros reais muito altos não conseguiram conter. A demanda agregada teria crescido ainda mais, exigindo juros ainda mais altos, se o crédito direcionado reagisse como o crédito livre."



Apollo

O barnabe' e' um servidor da comunidade. Caso a comunidade empobreca, eles nao podem manter seu nivel de remuneracao. Isto chama-se etica. O resto e' keynesianismo barato, que por sinal ainda num resolveu porra nenhuma.

Pessoal, no mes que vem sera' o quarto aniversario da reducao inicial de juros por parte do Fede.

O resultado? Uma economia cujo deficit publico e' de 1.65 trilhoes de dolares anuais, e que a cada vez que alguem ameaca reduzir veem os "epecialistas " de plantao esgoelar que isto e' um absurdo.

Ora, mocada, so' o que esse xarlataes sabem fazer e' gastar o dinheiro de geracoes futuras para beneficiar um bando de canalhas que engendrou o maior golpe da historia. A unica solucao que sabem propor e' gasto-publico-com-isso-gasto-publico-com aquilo.

Mas se eles fossem bons mesmo, caso soubessem o que estavam fazendo, o mundo NAO estaria nesta situacao.

Portanto fora com os xarlataes que imperam na economia mundial/


Cheers

"O proprietário do blog deveria ser mais liberal! Sua mão visível censura os comentários?

14 de julho de 2011 21:42"

Caso claro de menino mimado e chiliquento... Postou um comentário babaca às 21:38 e outra estupidez às 21:41.

Às 21:42 estava enfurecida porque os comentários ainda não tinham aparecido.

Francamente...

Po Alex, nao bate na biba que ela gama

"Aversão à poupança? Discutir aversão à poupança? Isso é economia? O que aconteceria se cada brasileiro poupasse um pouco mais? A poupança aumentaria? Ainda bem que jogo futebol!"

O coitado vive no mundo do paradoxo da parcimônia... Vai estudar um pouquinho.

Alex, desculpe ressucitar um post antigo, mas estive ponderando sobre o tema...

Qual o funding deste crédito direcionado? Pois, se for um crédito oriundo de depósito à vista ou de imposto e conteibuições, ele não cria moeda escritural. Dessa forma, tratar-se-ia de empréstimo com lastro em poupança real (redução ex-ante de consumo) e não pressionaria o nível preços. Desta forma, não afetaria a efetividade da SELIC, apesar de afetar a alocação de recursos da economia.

A princípio, me parece que o BNDES se enquadra nesta situação, com recursos de fundos como o FAT, de poupança real, não?

Abs

Não, porque a taxa de juros destes empréstimos não é a taxa de mercado.

Abs