Era uma vez um mercador que, para sua surpresa e desgosto, descobriu que seu filho mais velho devia uma enorme quantia, sobre a qual pagava juros elevadíssimos. Bom pai, e preocupado com a reputação, o mercador decidiu que deveria ajudá-lo. Já que seu crédito era melhor que o do rapaz, tomou emprestado a juros menores o montante que o filho devia e pagou os credores. Porém, para que o rapaz aprendesse a lição, obrigou-o a pagar-lhe de volta a dívida, mas com juros literalmente de pai para filho, isto é, inferiores àqueles que pagara para obter os recursos com que quitara a dívida.
Para a família como um todo não foi um mau negócio. A taxa de juros que incidia sobre a dívida ficou menor, reduzido o montante que pagaria caso o velho não tivesse interferido. Olhando, no entanto, cada membro da família, a distribuição do ganho foi bastante desigual.
O filho pródigo foi o grande ganhador. Ao invés de pagar a taxa de juros cobrada de quem tinha crédito ruim na praça, acabara pagando uma taxa ainda menor que a cobrada do pai.
Já o resto da família não achava a situação tão positiva. Por um lado tivera que assumir a dívida do filho, o que piorou o crédito do patriarca. Caso quisesse tomar mais dinheiro emprestado o velho teria que pagar uma taxa de juros mais elevada. Não bastasse isto, ainda tinha que assumir o subsídio ao filho estróina, isto é, a diferença entre os juros que a família pagava aos seus credores e o juro que o filho pagava ao pai. Os demais irmãos tiveram que trabalhar mais (ou, de forma equivalente, receber menos do pai) para cobrir a quantia, na prática pagando pelo destempero do mais velho.
Com o passar dos anos, porém, o patriarca se recuperou. Conseguiu pagar a dívida e seu crédito voltou a melhorar. A evolução foi tanta que o mercador conseguiu tomar dinheiro a taxas menores do que aquelas que cobrara inicialmente do filho. No entanto, ao anunciar, orgulhoso, que conseguira refinanciar a dívida a juros inferiores aos cobrados do filho o velho deflagrou uma crise familiar.
O rapaz, agora um homem, exigiu do pai que lhe repassasse os ganhos, reduzindo também os juros sobre sua dívida para com o mercador, “senão passaria a subsidiar o resto da família”. Se dependesse do velho, isto teria ocorrido, mas uma das irmãs não permitiu. Por que, perguntou, quando era ele o subsidiado, onerando os demais membros da família, o irmão não se oferecera para pagar uma taxa de juros igual à cobrada do pai? Além disto, se no futuro a situação da família voltasse a exigir taxas de juros mais altas, o irmão estaria disposto a continuar pagando a taxa que seria cobrada da família, ou exigiria a volta à situação anterior?
O conto se encerra aqui, sem conclusão, porque não conhecemos ainda o seu final. Sabemos que o custo do financiamento da dívida federal ameaça – passados mais de 10 anos da assunção pela União da dívida dos estados e municípios – atingir patamar inferior à taxa de juros cobrada na reestruturação de suas dívidas. Sabemos também que estados e municípios já se mobilizam para tentar novamente renegociar suas dívidas com o governo federal, convenientemente esquecendo o enorme subsídio que obtiveram da União (ou seja, dos habitantes dos estados e municípios não beneficiados pelos acordos de reestruturação de dívidas) ao longo dos últimos anos. Só não sabemos se o governo federal irá se curvar à demanda do filho mais velho, ou se apontará sua iniqüidade gritante e dará aos demais brasileiros a parte que lhes cabe dos negócios da família.
(Publicado 01/Abr/2009)
204 comentários:
«Mais antigas ‹Antigas 1 – 200 de 204 Recentes› Mais recentes»Proiba o governo de emitir titulos públicos,em um instante você verá que a divia caira.
Claro, claro... É assim mesmo...(Psiu, gente, não é para contrariar...)
O Sr. acha que a solução é abandorar o filho mais velho à sarjeta?? Não é "dever" da União "proteger" sempre seus filhos??
Não acredito que o melhor seja simplesmente manter o custo do financiamento aos Estados.. Dado que estamos em queda de taxas de juros deveriamos beneficiar a todos...
Parabéns pelo Blog.
Alex,
Lendo o texto pensei que você se referia às empresas que tomam crédito pelo BNDES pagando TJLP ...
"O Sr. acha que a solução é abandorar o filho mais velho à sarjeta?? Não é "dever" da União "proteger" sempre seus filhos??"
Só não acho correto sempre subsidiar o mais velho. Tem que deixar um pouco para os mais novos, que estão pagando a conta dos mais velhos desde 1997.
Alex se o governo fosse proibido de emitir títulos públicos,ele seria obrigado a cortar gastos.
A divida era de 577.450 bilhões em janeiro de 2001 e foi para 1.356.335 bilhões em janeiro desse ano,isso mostra que houve uma piora na divida pública brasileira.
Alex, você poderia ser específico a quais estados você se refere?
Quem são os estados mais "novos" e os mais "velhos"? Vários estados renegociaram suas dívidas, mas obviamente alguns tem se comportado melhor que outros.
Não tenho dúvida que o RS seria um dos estados problemáticos, quais seriam os outros?
Alex,
uma vez li um texto do Gustavo Franco explicando o crescimento da relação dívida/PIB durante o governo FHC. Ele incluía a assunção da dívida dos estados (inclusive bancos estatais) e sua consolidação na dívida federal como um dos motivos.
Mas olhando a dívida pública como um todo (federal+estadual+municipal) ela também não cresceu? Sendo assim o simples fato de transferir dívida do estado para a federação não teria efeito.
Havia dívidas não contabilizadas antes? Passivos não reconhecidos?
Obrigado e um abraço. E parabés pela excelente metáfora.
BobFields
Sobre o texto do IPEA sobre funcionalismo:
Concordo que o Pochmann gosta de escolher a dedo suas estatísticas. Já vi ele apresentando uns dados muito esquisitos a respeito de desemprego.
Mas dessa vez o IPEA está aparentemente certo. Supondo que os números sobre Funcionalismo/PEA ocupada apresentados no trabalho estejam certos (não tenho tempo nem paciência para checar), não me parece um absurdo o número de funcionários públicos no Brasil, ainda mais se considerarmos que uns 4/5 da população do País depende do Estado no provimento de educação e saúde, que, pelo menos em tese, são universais.
Vamos devagar com andor: o Pochmann fala muita bobagem, muitas vezes é intelectualmente desonesto, mas NEM TUDO que ele fala é besteira.
Querer levar a discussão para o custo do funcionalismo sobre o PIB é tergiversar.
Alex,
dessa vez eu concordo com você. Não é justo Estados que se beneficiaram do endividamento dividirem a conta, mais uma vez, com quem não se endividou (tanto).
"Querer levar a discussão para o custo do funcionalismo sobre o PIB é tergiversar."
De forma alguma: tergiversar é NÃO mencionar que o funcionalismo brasileiro custa MAIS que seus congêneres.
Bob:
O argumento do Gustavo está errado. Ao assumir a dívida dos estados o governo federal aumentou seu endividamento reduzindo simultaneamente o endividamento dos estados pelo mesmo montante, i.e., aumentou a dívida mobiliária da União com queda da dívida dos estados(mobiliária e junto aos bancos - estaduais principalmente).
Na metáfora, a dívida da família não aumentou. E, como na metáfora, o custo de financiamento caiu, pois a União se financia mais barato que os estados.
Houve reconhecimento de dívidas ants fora do balanço (os chamados "esqueletos"), mas isto foi relativamente menor e não relacionado como a dívida estadual (e municipal, is esquecendo).
Abs
Alex
"Quem são os estados mais "novos" e os mais "velhos"? Vários estados renegociaram suas dívidas, mas obviamente alguns tem se comportado melhor que outros."
Os "velhos" são os que obtiveram o refinanciamento (SP, RJ, MG e RS, principalmente). Não é tanto pelo bom comportamento pós-renegociação, mas sim quem obteve o subsídio lá atrás.
Abs
Alex
Prezado Alexandre,
Segue uma outra versão da história para sua consideração.
Entre 1970 e 2000, o pai e o filho mais velho não estavam preocupados com suas reputações, ambos gastavam além de suas rendas elevando suas dívidas.
O pai pagava taxa de juros menores do que o filho porque suas posses eram maiores.
De fato, neste meio tempo, por falta de alternativas, o filho recorreu ao pai algumas vezes para manter os pagamentos aos credores. Aliás, o pai também recorreu à ajuda externa em alguns momentos para honrar seus compromissos com os credores.
Ao longo de todo esse período, pai e filho continuavam gastando além das suas posses. Tal situação era possível porque o pai não se preocupava com o valor da moeda que emitia para manter a farra da família.
Porém, quando o pai foi obrigado a colocar um fim à farra, a família toda entrou em crise.
Mais uma vez sem alternativas, o filho recorreu ao pai. Na negociação que se deu, o pai assumiu parte da dívida do filho com os credores; e o filho assumiu o compromisso de viver dentro da sua realidade tendo agora como credor principal o próprio pai.
Mas o pai também tinha que entrar nos eixos perante aos seus credores. A fim de mudar sua reputação e dar o exemplo ao filho, a partir de 2000, o pai deu início a um processo de colocar suas contas em dia.
No entanto, dada a aparição de “esqueletos” de toda ordem, a dívida da família foi crescente, o que obrigou o pai a controlar os gastos e elevar suas receitas.
Desde 2000, as finanças do pai e do filho melhoraram, mas com uma diferença, enquanto o pai pode emitir títulos públicos e assim financiar o seu déficit público, o filho tem que viver, praticamente, dentro daquilo que é arrecadado.
Passados os momentos mais difíceis, as contas do pai e do filho são atingidas por uma crise sem precedentes. Enquanto o primeiro pode se dar ao luxo de cortar impostos e elevar seus gastos correntes, o filho, de maneira tímida, tenta seguir o caminho do pai visando amenizar os impactos da crise mundial na economia regional.
Todo o esforço da família parece ter valido a pena.
No atual contexto, o pai está em condições de emitir dívida a um custo menor, abrindo espaço para uma renegociação da dívida do filho.
Em resposta ao anônimo das 13:25, eu acredito que o problema não esteja nos dados de funcionários públicos no Brasil, mas sim a sua comparação com os dados da OCDE. Pois é a partir desta comparação que os ilustres senhores do IPEA buscam provar a inexistência de um inchaço.
No site da OCDE eu achei o seguinte estudo:
http://www.olis.oecd.org/olis/2008doc.nsf/LinkTo/NT00000A16/$FILE/JT03239319.PDF
A definição da OCDE para "emprego público" me parece substancialmente mais abrangente que a definição no PNAD. Note que como a OCDE não publica dados para o Brasil, o IPEA usou dados do PNAD - mas só para o Brasil.
A comparação com países Latinos é muito mais interessante pois foi feita pelo mesmo instituto, a CEPAL (notar que a CEPAL dá um peso maior ao emprego público Brasileiro em 2004 e 2006 que o PNAD dá em 2005, o que evidencia o absurdo de comparar um dado com o outro). Veja que o Brasil já não aparece tão na lanterninha assim (ao contrário do que sugere ridiculamente o IPEA). E vejam quem está na nossa frente: VENEZUELA, URUGUAI, ARGENTINA ....
Amigo:
Revelador. Acabei de olhar o trabalho da OCDE (muito superficialmente, confesso). Se usássemos a definição de emprego público deste trabalho no Brasil teríamos que incluir as empresas estatais, as concessionárias de serviços públicos (mesmo as privadas), hospitais que recebem do SUS, por baixo.
Segundo o trabalho:
"The organisations which deliver goods and services in the public domain can thus be public (ministries, public schools, public enterprises) or private (private hospitals funded through social security funding, private schools financed by public funds, sub-contracted private enterprises that are providing goods or services to public units4, concessions of legal monopoly, etc.). Similarly, they can be publicly financed (ministries, schools) or not (publicly owned enterprises but financed by the revenues of the fees paid by the users, concessions of legal monopolies)."
Aí eu tenho que reconhecer: não é possível dizer se se trata de desonestidade intelectual ou pura incompetência.
Abs
Alex
LIDERAU, MATOU A PAU!
Mas que familia do baralho essa, hein, cumpadres!
Seguindo a tradicao politica brasileira, eu acho que o 'excesso de juros' pagos pelos 'filhos prodigos' devam ser utilizados para um 'Fundo de Compensacao da Variacao da Divida dos Estados', que seria utilizado pela Uniao como instrumento arrecadador indireto pro-ciclico. Assim quando as vaquinhas abandonarem a dieta, a Uniao teria mais algum pra torrar em sua sanha estroino-paternalista.
Eu so' queria saber quem foi o filho da fruta que inventou o Governo. E' impressionante o grau de quizumba na vida das pessoas causado pelo dito-cujo. A criacao do Governo equivale a botar um elefante na sala de visitas. Enquanto ele nao se mexe, ate' que da' pra tentar ignorar. Mas a cada movimento do bicho corresponde necessariamente uma certa destruicao. Quando ele fica com diarreia entao, sai de baixo! O 'pobrema' e' que caras como o Keynes (e o Krug, mais modernamente) nao so' defendem mas legitimam o leviatan. Predadores do baralho!
Mudando o assunto, vai ver que o cara de tanguinha era keynesiano, cumpadres, deixa ele pra la'...
Tio "O", manda ae as informacoes do Banxico. Acabei de comer uma enchilada agora no jantar que nao caiu bem. Vou ver se consigo dissolver a vagabunda com um pouco de tequila.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
"Aí eu tenho que reconhecer: não é possível dizer se se trata de desonestidade intelectual ou pura incompetência."
Eu nao tenho duvida alguma que seja falta de vergonha na cara.
Meu sonho de consumo eh me tornar interventor no IPEA.
"O"
“Aí eu tenho que reconhecer: não é possível dizer se se trata de desonestidade intelectual ou pura incompetência.”
Eles merecem, mas o gasto como % do PIB do governo central brasileiro não é o alvo a ser atacado. E sim o gasto com a previdência (do INSS, e não dos servidores), como o Giambiagi diz há muitos anos.
O gasto com pessoal do governo central se manteve estável (na média) como % do PIB desde 1995 até 2007, como vocês podem ver na pag 8 do livro Reforma da Previdência (5% do PIB).
“Notavelmente ausente do estudo é o custo do funcionalismo. O federal custa 4,7% do PIB (12 meses até Fev09). Estados e municípios (dados de 2007) custavam 9,7% do PIB (hoje deve ser mais, mas não tenho os números - alguém tem algo mais recente?).
Ou seja: 14,4% do PIB com funcionalismo nos três níveis. A Argentina, este paradigma de política fiscal, gasta em torno de 8% do PIB com funcionalismo. E o Porkman vem a público dizer que o Estado não é inchado...”
Eu tenho os dados (mas você tb pode ter -> http://www.tesouro.fazenda.gov.br/estados_municipios/index.asp): 8,64% do PIB com estados e municípios, perfazendo o total de 12,64% do PIB com as três esferas em 2007. Não é pouco, mas o que pressiona mesmo a carga tributária é o gasto com o INSS, que vem crescendo descontrolado de 2,5% do PIB para quase 8% em 2007.
PS: 2,5% do PIB em 1988
"Eles merecem, mas o gasto como % do PIB do governo central brasileiro não é o alvo a ser atacado. E sim o gasto com a previdência (do INSS, e não dos servidores), como o Giambiagi diz há muitos anos. "
A questão não é atacar, mas sim notar que - ao esgrimir os números (errados) de funcionalismo - o trabalho do Ipea convenientemente deixa de lado o quanto o funcionalismo custa (obrigado pelos dados): perto de 13% do PIB. Isto é gasto de gente grande, não de "estado raquítico" e outras baboseiras.
Quanto à Previdência, 100% de acordo.
Abs
Alex
Alex porque tecnicos como joaquim levy e Marcos Lisboa tiveram tanta dificuldade em implementar um ajuste fiscal (ou tentar controlar gastos do governo).
Se cada estado fosse independente,não teríamos esse tipo de problema.
Deveria separar SP,Minas do Brasil não teríamos problemas de "excessos de gastos públicos".
O Banco Central só aumenta a divida pública com essa politica de juros altos.
Ano passado o Brasil teve inflação de custoso Banco Central vai e aumenta o juros aumentando o custo da divida.Se a inflação fosse de demanda poderia até fazer sentido a subida do juros.
MEXICO
O Mexico esta ameacando ir ao FMI tomar uma linha de credito da modalidade mais seletiva disponivel naquela instituicao.
Entao, existem varias interpretacoes que sao possiveis, mas eu gosto de uma delas em particular:
Tal linha de credito foi criada para que paises com boas politicas macroeconomicas e solventes (por exemplo: Venezuela, Equador, Argentina hahahaha estou tirando onda...) possam dispor de uma linha de liquidez rapida.
Entretanto, devido ao estigma de ir ao FMI, eh do interesse geral e bem publico da comunidade internacional que um pais com reputacao de seriedade, acesso aos mercados, bem longe de ter uma crise financeira fosse o primeiro usuario...
Entao o Mexico seria o equivalente do machao que sai de camisa cor de rosa para provar que eh ok torcer para o Palermo (http://www.ilpalermocalcio.it)
Explicando um pouco melhor...
Eh do interesse da comunidade internacional que os paises emergentes nao sigam o caminho da Argentina de 2002.
Entao a comunidade internacional estah pronta para prover mundos e fundos para que paises "bons" nao se estrepem.
Entretanto, eh politicamente complicado prover ajuda bilateral; os parceiros comerciais ricos dos emergentes em crise gostariam de diluir os custos. Portanto, existe uma forte preferencia que os emergentes batam na porta do FMI, Banco Mundial e outros multilaterais, ao inves de bater na porta da Alemanha, EUA, Arabia Saudita, Suica etc.
Concretamente, eh bem mais facil em varios sentidos para o Sarkozy emprestar para o FMI e o FMI socorrer a Ucrania, do que a Franca ter que lidar com os ucranianos pessoalmente ou dentro de um consorcio de paises.
"Alex porque tecnicos como joaquim levy e Marcos Lisboa tiveram tanta dificuldade em implementar um ajuste fiscal (ou tentar controlar gastos do governo)."
Porque tecnicos em geral nao tem poder de decisao. Eh como se voce disser que o Tenente Schmitt eh o perfeito soldado, mas afinal por que entao eles invadiram o Iraque?
"Ano passado o Brasil teve inflação de custoso Banco Central vai e aumenta o juros aumentando o custo da divida.Se a inflação fosse de demanda poderia até fazer sentido a subida do juros."
A demanda só estava crescendo 9,5% no terceiro trimestre contra um PIB de 6,8%. Não podia ser demanda. Era só o feijãozinho e o leitinho, se bem que o aumento dos preços dos remédios contra cretinice acaba resultando em maior incidência de afirmações imbecis como esta do Ruy.
Coma mais peixe. Dizem que aumenta a inteligência.
Alex,
Moro em brasília e fico preocupado com o repasse do fundo constitucional. Ou seja, grande parte dos recursos que circulam por aqui advem desse fonte.
Como sabemos que o direito adquirido e subjetivo, dai nasce a minha preocupação, acredito que o DF sofrerá muito com um futuro corte nesse repasse.
Diante disso, entendo que brasilia seria enquadrado como um dos "filhos mais novos" que vive as custas da contribuição dos seus congêneres.
Marcos
Houve aumento de preços no feijão,leite,soja.Foi uma inflação de custo em geral,tanto que a queda nos preços das materias primas ajudou a baixar a inflação.
Brasil tinha uma demanda reprimida,por causa de varias decadas perdidas.Brasil so veio a crescer em 2007/2008,a inflação jamais seria de demanda.
Você mesmo sabe quando a inflação é de cuto não se deve aumentar o juros.
"Houve aumento de preços no feijão,leite,soja.Foi uma inflação de custo em geral,tanto que a queda nos preços das materias primas ajudou a baixar a inflação."
Claro, na Dimensão Z inflação de serviços não se acelerou de 5% para 7% e a inflação de não-comercializáveis não veio de 5,5% para 8,5%. E a inflação ex-alimentos não subiu de 3% para mais de 5%.
Alexandre,
Publicamos hoje um post que veicula o vídeo extraído do Dr. Negociação Tv, especificamente do quadro semanal dedicado à blogosfera. Neste vídeo o seu Blog é destaque. Espero que goste!
Obrigado Nacir. Fico lisonjeado.
Abraço
Alex
Alex,
seus largos conhecimentos de teoria economia e sua capacidade analitica acima da média, esses eu já conhecia a algum tempo. Porém, fiquei agora admirado também com sua profunda habilidade literária. Esta parábola foi realmente muito boa.
Parábola: do grego, parabole, (para: ao lado; bole: lançamento), ou seja, um "lançamento paralelo", trata-se de uma história fictícia protagonizada por seres humanos (portanto, não é o mesmo que uma fábula) que objetiva transpassar ao interlocutor, indiretamente, algum tipo de ensinamento moral.
Abraço, Billy the Kid
Valeu Billy!
Abs
Alex
Alex, está se fazendo muito alarde sobre a falha do governo em conseguir um superávit primário. Mas isso já não era de se esperar? Políticas expansionistas são as que aumentam o déficit. A discussão deveria girar em torno de que gastos são esses (aumentos permanentes não são o melhor caminho) e não uma manchete do Globo ressaltando simplesmente o déficit primário de fevereiro.
PS: Por que o programa piloto de investimento não entra no cálculo do superávit primário? É para forçar o governo a investir para fazer política anticíclica e não afetar no superávit prima´rio?
Pedro
Pedro:
O problema é exatamente este (eu tratei do assunto dois "posts" para baixo). Houve aumento do gasto permanente, o que só é sustentável no contexto de uma expansão persistente da arrecadação, coisa que o ciclo econômico obviamente não permite. E não há o que fazer agora (deveria ter sido feito nos últimos anos).
Quanto ao PPI, a justificativa é bem mais prosaica. Não havia expectativa de muito espaço fiscal em 2003/04, mas se reconhecia a necessidade de investimento em saneamento e o FMI concordou com a experiência.
Só que: (1) o aumento da arrecadação (já em 2004, diga-se) criou o espaço; e (2) nunca conseguiram se organizar para fazer os tais gastos. Não houve nada relacionado à questão de políticas anticíclicas.
Abs
Alex
TIO ALEX
Num acho que essa de comer peixe ta' muito certa. Tem um sujeito por aqui que come peixe ate' no cafe' da manha e e' burro que nem uma porta. Eu acho que o unico remedio estatisticamente viavel para burrice e' reencarnacao.
Tio "O"
Eu tinha medo que essa era a razao pra parir um dinheirinho pro Banxico. Nao acho que o Mexico tenha feito 'licao de casa' que preste. Ta' na mao de petroleo e remessa de xicano. Tequila ta' em baixa e taco nao e' exportavel. Mas vamuae dar um voto de confianca so' pela cara-de-pau.
Um grande abraco
Kleber S.
"Eu acho que o unico remedio estatisticamente viavel para burrice e' reencarnacao."
Que o Ruy não te ouça Kleber. Pode dar umas ideias esquisitas pro rapaz...
Abs
Alex
Alex a conclusão que se pode tirar é que acordo de livre comercio nunca é bom.
O México pediu ajuda ao FMI por causa do NAFTa que trouxe problemas para o pais.
Brasil é uma economia fechada e não precisou de dinheiro do FMI,diferente do Mexico.
Gabriel:
Não seja egoísta. Deixe o "Jumento de Ouro" para os outros.
Alex isso é um fato,México é uma economia aberta e sofreu mais que o Brasil,eles tem menos dólares em reservas e precisaram pedir dinheiro ao FMI,coisa que o Brasil não fez 9vamos até emprestar dinheiro).
Hoje os títulos públicos brasileiros,tem uma classificação melhor que a do México.
Não insista Gabriel. Você não vai ganhar um segundo Jumento de Ouro, Não adianta pedir.
Alex a confusão que se pode criar é que aborto livre de néscios nunca é bom.
O mé ajuda o fementido por causa da naftalina que trouxe problemas abdominais para o pais.
Brasil é uma economia de fachada e não contratou o padeiro do fementido, diferente do tio Xico.
E depois:
Alex, isso é um pato, o México é uma vasectomia aberta que sofreu mais que o meu tio, eles tem menos colares em cavernas e precisaram pedir que o caloteiro fosse ao FMI, uma moça do Brasil não fez, mas vamos até mandá-la ao estrangeiro.
Hoje os cubículos cúbicos tem banheiros, tem uma classificação melhor no léxico.
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Desculpe, eu não aguento!!!!
Abraço!
Alex você considerou o plano real um plano heterodoxo (antes da gestão de Arminio Fraga),FMI não apoiou o plano Real no começo.
Alex,
A estoria é boa. foi vc que criou?
Mas ai, nao tenho visto mt noticia a respeito, se vc puder passar de noticias a respeito disso ou ate mesmo artigos com dados, numeros etc
Obrigado e abraços
"foi vc que criou?"
É minha sim (eu tentei escrever de outro jeito que ficou muito ruim e joguei fora).
Quanto às notícias, houve algo há uma duas semanas, mas o assunto parece ter sumido um pouco. Em breve reaparecerá.
Alex qual a diferenças de fazer doutorado em economia no Brasil (em uma instituição descente) para fazer doutorado em uma universidade americana?
Algo como ser atendido no melhor pronto-socorro de uma cidade bem organizada (digamos, Franca) e ser atendido no Einstein ou Sírio-Libanês.
Alex 2010 nao era já para o Brasil mudar a meta de inflacao?
Caso a inflacao fique ao redor de 4% já deveria poderia mudar a meta,uma meta de 4,5% e um pouco alta no longo prazo.
"Alex qual a diferenças de fazer doutorado em economia no Brasil (em uma instituição descente) para fazer doutorado em uma universidade americana?"
A diferenca eh que se voce for para uma universidade americana top 5, voce vai conhecer mais gente absurdamente inteligente do que em sua vida inteira se ficar no Brasil. Para alguns, isso eh doloroso (descobrir que ser o melhor aluno da universidade X no Brasil nao lhe leva muito longe...), mas se voce for bem resolvido, eh uma experiencia e tanto.
poupança determina a taxa de juros?
fico muito surpreso com pessoas defendendo a idéia pré-keynesiana
de que as taxas de juros de longo prazo nos eua são determinadas
pela "poupança"..
A idéia de que a grande poupança (externa, chinesa etc. ) compensou
a pouca poupança americana (pública e privada) e manteve os
juros baixos nos EUA só poderia fazer sentido lógico se o mundo fosse um
conjunto de economias de escambo que ainda por cima
produzisse um unico produto tanto como bem de consumo e bem de capital.
Keynes e Kalecki mostraram que numa economia monetária é o investimento
que determina o total de poupança efetiva e que a taxa de juros curta é
decidida pela autoridade monetaria e a longa depende do que o mercado
acha que o governo fara com a curta no prazo relevante.
Já sraffa mostrou que em qualquer economia (s) que tenha capital heterogeneo,
ou seja na qual existam bens de capital diferentes dos bens de consumo e
portanto exista a variável preço relativo dos bens de capital, as mudanças
dos preços relativos que ocorrem quando muda a distribuição de renda impedem
a construção de cuva de demanda por fatores de produção inclusive de investimento.
Portanto depois de keynes e sraffa sabemos que não há base nem pra noção de oferta nem de demanda por poupança mas muitas pessoas infelizmente
interpretam a economia americana (e mundial) como tendendo ao
pleno emprego no longo prazo e tendo moeda neutra.
Nem na teoria nem na prática a taxa de juros de longo prazo nos eua
ou em qualquer outro lugar depende da poupança de ninguem.
A taxa de juros é um fenomeno monetario.
Prezado Alex,
Posso chama-lo de Rabi Alex, a vossa parabola está bélissima, digna do Talmud.
LB
Gabriel,
Você já foi no México alguma vez?
Você procurou entender o México melhor antes de sair falando por aí?
Não tenho as qualidades literárias do Rabi Alex para escrever parábolas mas vou te dar uma rápida visão do que é o México.
1) A Petrobras deles a Pemex não tem liberdade nenhuma, ou seja 100% do que ela fatura entra no cofre do governo, por isso ela não tem investido em pesquisa e em novas tecnologias, resultado ela está defasada com o petroleo a 150 é facil, com o petroleo a 50 fica bem mais dificil.
2) O México é uma economia monopolista e cartelizada em vários segmentos, siderurgia, cimento, telecomunicações e mesmo no varejo.
Só para ilustrar aqui no Brasil na telefonia celular temos 5 empresas (Vivo [29.81%], Claro [25.73%], Tim [24.06%], Oi [16.19%], Brasil Telecom [3.84%], tem ainda CTBC, Sercomtel, Unicel com fatias menores.
No México eles tem 3 operadoras de celular (TELCEL, Telefonica, Unicel) mas quem manda mesmo com 88% do mercado é a Telcel/America Movil.
O mesmo se repete para cada um dos segmentos da economia e onde não tem monopólio privado tem estatal.
O NAFTA já acabou faz tempo pro México, a grande maioria das "maquiladoras" foi embora para a China, que custa muito mais barato, não tem problema com Chiapas, etc...
O México hoje hasicamente vive de petroleo, fabricar carros americanos sem pagar os salários e os direitos conseguidos pela UAW que acabaram ajudando a GM, Ford e Chrysler a quebrar.
Assim hoje o México além de não ter o dinheiro dos migrantes e dos ilegais, não tem muita demanda pra carro americano gastão, a CEMEX tá endividada até onde não pode, o sistema de crédito deles é bem pior que o nosso (o Alex pode explicar isso muito melhor), mas lá não tem Serasa ou seja banco ou empresa lá pra emprestar tem que realmente fazer um grande estudo ou se arriscar muito.
O México é aparentemente uma economia aberta, porque está ali do lado do Tio Sam, mas ela é muito mais fechada do que a economia brasileira, inclusive na distribuição de renda.
Eles tem o número 1 ou 2 ou 3 da Forbes dependendo da edição o FAT SLIM muda de posto com o Bill ou com o Buffet.
Aqui se você somar os Safra, os Diniz, os Batistas, os Constantinos, os Ermirios de Moraes, os Sicupiras, os Telles, os Gerdau, os Furlan, os Fontana e vários outros não dá um FAT SLIM.
Alex,
Podia se conceder Jumentos de Ouro como se concede Oscar ou seja em diferente categorias, vai que o Gabriel tá inspirado ele ganha por Originalidade, por Matemática Imprecisa, por Estatística Furada, por Interpretação Errada, por Grande Contribuição, etc.....
" idéia de que a grande poupança (externa, chinesa etc. ) compensou a pouca poupança americana (pública e privada) e manteve os juros baixos nos EUA só poderia fazer sentido lógico se o mundo fosse um
conjunto de economias de escambo que ainda por cima produzisse um unico produto tanto como bem de consumo e bem de capital."
Anônimo repetidor de coisas que não entende.:
Ou bem você aceita que este produto existe (chama-se PIB; PIB, este é o Anônimo que repete o que não entende; Anônimo, este é o PIB), ou bem você desiste de falar de macroeconomia e vamos todos discutir modelos de equilíbrio geral com n(x)l(x)t produtos (onde "n" é o número de produtos; "l"os diferentes locais onde estes produtos estão; e "t" os diferentes momentos onde estes produtos estão - deixei de lado os "m" estados da natureza). Ou você não entendeu ainda a conclusão da Controvérsia do Capital?
"Portanto depois de keynes e sraffa sabemos que não há base nem pra noção de oferta nem de demanda por poupança mas muitas pessoas infelizmente interpretam a economia americana (e mundial) como tendendo ao pleno emprego no longo prazo e tendo moeda neutra."
Passamos os últimos 25 anos com a economia próxima ao pleno emprego e com inflação controlada e você quer aplicar uma estrutura teórica que trata de economias em depressão para entendê-la?
Sem dúvida, autismo econômico é uma doença incurável?
Luiz livre comércio só traz prejuízos,primeiro que quebra a industria nacional (temos o México como exemplo),segundo desvaloriza o cambio (o que traz mais inflação).
Rebe Luiz. Obrigado, mas ainda preciso um tanto de feijão para chegar lá.
Abs
Alex
Tio "O"
Se esse pessoal ae das topifaivi e' tao inteligente assim por que baralho que a situacao chegou no ponto em que estamos? Eu ja' tendo a achar que eles nao passam de um bando de arrogantes de cabecinha fraca.
LB
To cuntigo e num abro, cumpadre. O Mechico num ta' cum nada. Como resultado abriu o biquinho e foi buscar dinheirinho no FMI. Que fingiu desinteresse e fez de conta que nao era importante. Vamos aguardar um bocadinho e ver como eles vao pagar esse emprestimozinho 'de leve'.
Um abraco de quebrar costela
PS: A ideia de Jumento de Ouro por categoria e' muito boa!
Alex nessa crise ainda restou algum banqueiro judeu?
Bear Stearns,Lehman Brother's,Goldmansachs,Citi,Madoff.
"Se esse pessoal ae das topifaivi e' tao inteligente assim por que baralho que a situacao chegou no ponto em que estamos? "
Conheci muita gente mais inteligente que eu, mas nao soh em departamento de economia. Alias, parece-me uma tolice ir para os isteites para uma topifaive e ficar soh falando com econonomista, ne?
Tambem tive colega que era a melhor estudante em muitos anos em uma universidade provinciana nos EUA (digamos, U of Oregon como exemplo) e que chegou nas topifaive e nao aguentou o tranco de se encontrar em um ambiente em que ela era uma aluna mediocre.
Uma metafora relevante pode usar o futebol. Deve ter muito juvenil bom na Ponte Preta ou no Vasco, assim como tem no Milan ou no Real Madrid, mas na hora de se profissionalizar, soh cabra fraco da cabeca preferiria jogar para o Vasco do que para o Real Madrid, dada a possibilidade de escolha. Nao eh diferente em economia ou a vasta maioria das outras areas de atividade humana.
"Vamos aguardar um bocadinho e ver como eles vao pagar esse emprestimozinho 'de leve'."
Nao eh um emprestimo. Eh uma linha de credito. Uma aposta, Kleber:
Eles nao vao usar a linha de credito. Alguns dias atras, saiu uma materia no FT explicando a motivacao e o contexto do Mexico solicitar essa linha de credito.
Tio "O"
Entendi o see raciocinio. Estou arenas colocando em questao o conceito de "inteligencia".
Este blackberry novo, o Storm tem o teclado "inteligente".
Mas so atrapalha, viu mocada.
Nao entrem nessa nao.
Inteligencia que traz result ado ruim, num sei nao tio "O".
Abracao
Kleber S.
Olha quando eu fiz mestrado em na Unicamp em Inteligencia Computacional,depois fui para Stanford fazer doutorado.
No aspecto teorico nao existe muita diferenca,eu notava diferenca no aspecto pratico,principalmente na parte de pesquisa(infra estrutura).
Uma coisa curiosa era que durante o curso de doutorado quase nao ve americanos (tirando os professores),a maioria era indianos,coreanos.
Alex quando voce fez doutorado em Berkeley,a maioria dos alunos eram estrangeiros?
Anônimo repetidor de coisas que não entende.:
Ou você não entendeu ainda a conclusão da Controvérsia do Capital?
Passamos os últimos 25 anos com a economia próxima ao pleno emprego e com inflação controlada e você quer aplicar uma estrutura teórica que trata de economias em depressão para entendê-la?
Perae, não entendo o que? Que a controvérsia do Capital nunca foi resolvida, e que Sraffa estava certo? E que conversa é essa de economia da depressão??? Um aumento nos gastos reduz a taxa de desemprego e ponto final.
Quanto ao segundo ponto, por acaso a poupança determina o investimento? Em que planeta a Lei de Say vale? Vou deixar pra você o Krugman e o DeLong em bons momentos
Now anyone who can use their eyes can see that "Say's Law" is in general false. Recall 2003-2006, when capital inflows from Asia, easy money by the Federal Reserve, and promises that financial engineering would cheaply diversify risk spurred homebuilders to spend money building houses. The American unemployment rate fell from 6.0% to 4.8%. Recall 1996-2000, when the assembled investors of America discovered the internet and in response businesses spent money like water on computers and telephones. The American unemployment rate fell 5.6% to 4.3%. In general, spending works to spur the economy, and the government's money when spent is as good as anybody else's.
http://krugman.blogs.nytimes.com/2009/01/27/a-dark-age-of-macroeconomics-wonkish/
Sobre a controvérsia:
Most experts agree that the one capital good version neoclassical production function is simplistic but, as in all models, the simplistic version is often useful, particularly in empirical work. For this reason, the one capital good model continues to be used by researchers, especially in macroeconomics and growth theory. (Anônimo: este é o PIB; PIB: este é o Anônimo que repete o que não entende).
Então o gasto diminui o desemprego. E o que acontece com a taxa de juros e a inflação se a economia estiver próxima ao potencial? Vocês continuam trabalhando num mundo em que a oferta é infinitamente elástica e preços são fixos. Fora daí não tem qualquer relevância. Ergo, economia da depressão, i.e., um caso particular da macroeconomia.
Desculpe, mas a vida é assim mesmo...
Some theorists, such as Christopher Bliss, Edwin Burmeister, and Frank Hahn, responded to the controversy by arguing that rigorous neoclassical theory is most appropriately set forth in terms of microeconomics and intertemporal general equilibrium models.(ou bem você desiste de falar de macroeconomia e vamos todos discutir modelos de equilíbrio geral com n(x)l(x)t produtos)
Então o gasto diminui o desemprego. E o que acontece com a taxa de juros e a inflação se a economia estiver próxima ao potencial? Vocês continuam trabalhando num mundo em que a oferta é infinitamente elástica e preços são fixos. Fora daí não tem qualquer relevância. Ergo, economia da depressão, i.e., um caso particular da macroeconomia.
Ok, então nos EUA dos anos 90 qual era o potencial? Ou melhor, qual era a taxa "natural de desemprego"?
E tudo bem, modelos com um unico bem de capital pode até ser útil, mas não quer dizer que seja certo. Desde que as pessoas mantenham em mente que NÃO HÁ MOTIVO TEÓRICO PARA ACREDITAR NA OFERTA E DEMANDA POR POUPANÇA.
Recall 1996-2000, when the assembled investors of America discovered the internet and in response businesses spent money like water on computers and telephones. The American unemployment rate fell 5.6% to 4.3%. In general, spending works to spur the economy, and the government's money when spent is as good as anybody else's.
Dizer que a oferta não vai se ajustar à demanda agregada em uma economia como a dos EUA é ridículo num prazo mais longo.
Alex a economia americana não está em depressão.Segundo que gasto do governo aumenta o desemprego,se o governo aumenta seus gastos,ele diminui o gasto privado.
A coisa mais correta a fazer agora seria uma contração fiscal para diminuir o deficit publico,EUA não precisa mais de um pacote, o FED já se comprometeu em imprimir 1,5 trilhões para comprar títulos podres.
Mas não se sinta sozinho, tem muita gente famosa que acredita na Lei de Say. O Krugman acha que estamos na Era das Trevas da Macroeconomia.
http://krugman.blogs.nytimes.com/2009/01/27/a-dark-age-of-macroeconomics-wonkish/
ANONIMO REPETECO
Realmente ce num ta' cum nada, meu. Mas nao e' culpa sua, o pobrema e' que voce tem ma' leitura. O Krug e' ruim, cumpadre, sai dessa vida.
Vamos fazer uma pesquisa:
1- Quem dos cumpadres quer um jogador no seu time que "entorte" todo mundo mas no fim xute a bola pra fora?
2- Quem dos cumpadres quer um mecanico com uma caixa transbordando de ferramentas mas que no fim acabe arrebentando com o motor do seu carro?
Na aula inaugural do curso de Engenharia, o mestre aludiu 'a seguinte metafora:
"Nos aqui na Escola Politecnica nao estamos para colocar barreiras entre os senhores e seus diplomas, mas sim para prover ferramentas que os senhores colecionarao em suas caixinhas, e as usarao pelo resto de suas vidas na solucao de problemas de engenharia.'
Ai' vem entao o Krug, e todos os genios das topifaive do Tio "O". Parentemente a tal da caixinha de ferramentas deles ta' lotada. Mas so' que eles levaram o mundo 'a beira do caos. Que alias ainda nao saiu dali. Que bem isso fez, que vantagem isso trouxe? Economista de pe' murcho? O cumpadre naturalmente nao espera que um genio da medicina mate seu filho com o remedio errado, num e' mesmo? Onde esta' a genialidade dos economistas com seus modelos maravilhosos que nos levaram ao caos? Cuja solucao e' mais do mesmo, ou seja, dinheiro gratis despejado pelo governo.
Dizer que dinheiro gasto pelo governo e tao bom como qualquer outro e' um insulto a todos aqueles que ainda conseguem exercer alguma funcao pensante em sua massa cinzenta. O problema fica ainda mais agudo quando isso e' dito de maneira articulada, onde o sofisma enrustido na "logica" agressora vem acompanhado de citacoes de rebotalhos cientificos politicamente agraciados com a insignia de Au Gore. Nada pode ser mais canalha do que a correlacao entre duas variaveis quaisquer num excerpt de tempo, demonstrando isso ou aquilo.
E viva o Sao Paulo Futebol Clube!
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
"Dizer que a oferta não vai se ajustar à demanda agregada em uma economia como a dos EUA é ridículo num prazo mais longo."
É por este motivo que a taxa de crescimento dos EUA é de 10% ao ano. não é mesmo? Só botar mais demanda que a oferta ajusta.
Aliás, o mundo só não cresce mais porque não quer. Não há restrições de recursos.
A quermesse vive mesmo na Dimensão Z...
Em certos casos a demanda agregada poderia se ajustar com a oferta caso não houvesse um banco central.
É por este motivo que a taxa de crescimento dos EUA é de 10% ao ano. não é mesmo? Só botar mais demanda que a oferta ajusta.
Isso mesmo, a restrição é justamente a demanda agregada. Os EUA não crescem porque a demanda agregada é insuficiente. Quando vierem com um estímulo fiscal decente eles saem da lama... Depois, "botar mais demanda" não é tão simples assim como você parece sugerir, se fosse esse o caso o Fed e o resto do governo americano já teriam "botado mais demanda".
Se conseguissem "botar mais demanda" os empresários pensariam em investir... Como você quer que alguém faça investimentos nesse cenário? Pra criar mais capacidade ociosa? Como você quer que a GM, por exemplo, invista em mais fábricas?
"Isso mesmo, a restrição é justamente a demanda agregada. Os EUA não crescem porque a demanda agregada é insuficiente. Quando vierem com um estímulo fiscal decente eles saem da lama... Depois, "botar mais demanda" não é tão simples assim como você parece sugerir, se fosse esse o caso o Fed e o resto do governo americano já teriam "botado mais demanda".
Ah, sim. Então os EUA não cresceram 10% aa nos últimos anos porque "faltou demanda"?
Do início de 2006 até o início de 2008 o desemprego ficou abaixo de 5%, mas onão cresceu mais porque faltava demanda. Ah, como é fácil ser economista quando não há restrições...
Ah, sim. Então os EUA não cresceram 10% aa nos últimos anos porque "faltou demanda"?
Bom, não sei porque essa obsessão com os 10% aa, mas se você não tivesse apagado o comentário anterior, ficaria mais claro que quando houve a Segunda Guerra e os EUA resolveram gastar de verdade e se endividar muito, somado ao consumo das famílias que na época era baseado em renda e não em dívidas, o crescimento seria muito maior. Se você está falando nesses 10% como se crescer isso seria impossível, eu até concordo que 10% é muito. Mas nenhum esforço genuíno foi feito pra crescer nem metade disso, em especial a falta de políticas keynesianas e a subida dos juros até 5,25% quando não havia nenhuma pressão inflacionária.
"Mas nenhum esforço genuíno foi feito pra crescer nem metade disso, em especial a falta de políticas keynesianas e a subida dos juros até 5,25% quando não havia nenhuma pressão inflacionária."
Ah, a falta de compromisso com os dados. Como isto facilita vida do quermesseiro.
A inflação cheia em meados de 2006 já rodava acima de 4% (e o núcleo acima de 3%), para um objetivo declarado do Fed de manter núcleo do PCE em 2%.
Não por acaso ao desemprego estava ao redor de 4,5% e a utilização de capacidade na casa de 81%. Pois é, você pode ignorar as restrições de recursos, mas elas não te ignoram.
"A inflação cheia em meados de 2006 já rodava acima de 4% (e o núcleo acima de 3%), para um objetivo declarado do Fed de manter núcleo do PCE em 2%."
Depois voce fala que a inflacao nos EUA estava controlada,nota-se que o FED deveria ter subido o juros antes.
Ainda pior foi esse ano que o nucleo cheio aqui rodava perto de 5%,e Bernanke mantendo os juros perto de 2%.
Marcos:
Não chute. Quando o Bernanke assumiu a taxa de juros já era mais alta que isto e o núcleo de inflação só esteve em 5% em 1991.
E, com o aperto de política monetária, a inflação em 2007 já estava na meta.
Apaguei um montão. Se conseguirem, por favor, mandem de novo.
A inflação cheia em meados de 2006 já rodava acima de 4% (e o núcleo acima de 3%), para um objetivo declarado do Fed de manter núcleo do PCE em 2%.
Uau, tava beirando mesmo a hiperinflação.. Se continuasse assim os EUA viravam o Brasil nos anos 80. Aliás, nem assim isso aconteceria, pois eles não tem salários indexados.
Não por acaso ao desemprego estava ao redor de 4,5% e a utilização de capacidade na casa de 81%.
Na década de 90 o desemprego caiu pra menos de 4%... perae, utilização de capacidade em 81%? Quer dizer que ainda tinha 19% de ociosidade nas fábricas? E os investimentos que deixaram de ser feitos com o aperto monetário?
"Uau, tava beirando mesmo a hiperinflação.. Se continuasse assim os EUA viravam o Brasil nos anos 80. Aliás, nem assim isso aconteceria, pois eles não tem salários indexados. "
Quermesseiro sempre se entrega. Toda inflação alta começa com inflação baixa. Basta deixar correr, como, aliás, a história da inflação nos EUA (e não só lá, diga-se) mostra.
Aliás, o ponto é que a inflação acelera quando o hiato de produto fecha, o que podemos ver pelo comportamento das taxas de desemprego e utilização de capacidade, o que ocorreu, desmentindo a tese quermesseira que para crescer basta jogar demanda da economia já que nunca se aumenta a utilização de recursos.
"Quer dizer que ainda tinha 19% de ociosidade nas fábricas?"
Aí eu não sei se é burrice ou fingimento. Quer dizer que ainda tinha 4% de gente para empregar?
Claro que não. Para isto é que temos conceitos como as taxas naturais de desemprego e utilização de capacidade.
Concordo que a demanda acaba criando sua oferta...
Só que, ao contrário do que os quermesseiros acham, a oferta não necessariamente é criada no mesmo país da demanda... e aí temos os simpáticos déficits gêmeos, muito raramente sustentáveis.
"Concordo que a demanda acaba criando sua oferta...
Só que, ao contrário do que os quermesseiros acham, a oferta não necessariamente é criada no mesmo país da demanda... e aí temos os simpáticos déficits gêmeos, muito raramente sustentáveis."
Isso mesmo, Galego.
A demanda cria a sua oferta, como podemos ver no boomlet do Lula no comeco de 2008: estimulo fiscal e afrouxamento do credito causou um boom de consumo que resultou imediatamente em deterioracao da conta corrente externa.
Pintando para os quermesseiros: a demanda criou oferta, sim, mas a oferta foi criada fora do Brasil. Nao muito diferente, alias, do boom americano, do boom espanhol, do boom irlandes, do boom baltico de anos recentes.
"O"
"Não chute. Quando o Bernanke assumiu a taxa de juros já era mais alta que isto e o núcleo de inflação só esteve em 5% em 1991."
Nos Estados Unidos, o nível de preços subiu 5% em relação a junho de 2007, o que representa a maior aceleração anual desde 1991
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/07/080716_inflacao_eua_euro_pu.shtml
Na dimensao Z os tempos podem ser diferentes,mais no planeta terra nao.
Galego e "O"
Muito bem, o problema é que vcs estão plantando capim no pasto deles...daqui a pouco eles virão com protecionismo,fechar fronteira,etc...rs
RN
Alex,
e essa idéia de flexibilização da marcação a mercado dos títulos podres dos bancos ...
mercado parece que gostou, mas ao menos pra mim, é uma má notícia que vai atrasar todo o processo de tentar arrumar o sistema financeiro.
concorda ?
abraços
Teco
"Ainda pior foi esse ano que o nucleo cheio aqui rodava perto de 5%"e "Na dimensao Z os tempos podem ser diferentes,mais no planeta terra nao."
Marcos:
Que você não sabe escrever eu já sabia, mas que você não sabe ler é uma novidade (não exatamente uma supresa...). Segue abaixo o link para o relatório do CPI de julho de 2008.
http://www.bls.gov/cpi/cpid0807.pdf
Página 3. Table A (última coluna)
All items less food and energy (popularmente conhecido como "núcleo" de inflação, sim exatamente aquele que você afirmou ter atingido 5%): 2,5%.
De agora em diante só terá publicados comentários com dados corretos e sem o uso de "mais" no lugar de "mas". (Um pedido compungido de perdão pode amenizar sua pena).
"e essa idéia de flexibilização da marcação a mercado dos títulos podres dos bancos ...
mercado parece que gostou, mas ao menos pra mim, é uma má notícia que vai atrasar todo o processo de tentar arrumar o sistema financeiro.
concorda ?"
100%. Só vai criar mais incerteza sobre a qualidade do ativo dos bancos. Tapar os olhos não faz o problema ir embora.
O Lara Resende virou quermesseiro? Se trocassem seu nome no trabalho abaixo para o do Belluzzo, não faria a menor diferença em termos de abordagem.
http://www.usp.br/feaecon/media/fck/file/Lara%20Resende%20Em%20plena%20crise.pdf
Para o colega keynesiano autor da brilhante conclusão: "81% de utilização de capacidade => 19% de capacidade ociosa", vai a dica do Sala-i-Martin:
http://www.columbia.edu/~xs23/keynes/keynes1.htm
Aliás, vocês já repararam como tem doido que cisma que a oferta é essencialmente plana até chegar no ponto em que - pluft - ela se torna vertical? Se a capacidade utilizada batesse em 99%, provavelmente a figura ainda iria lembrar que "a inflação tá sob controle, as empresas ainda tem capacidade sobrando... e, aliás, quando bater em 100%, não tem problema, porque elas vão investir. Por que alguém, em algum lugar, haveria de aumentar preços?".
Ah, dizer que a inflação acelera ANTES do NUCI alcançar 150% deve ser coisa de neoliberal malvado.
E ao colega que leu no site da BBC que o núcleo do CPI tava em 2 e poucos por cento e chegou à conclusão de que tava em 5%, eu já sugiro... po, essa é mais difícil. Vamos começar com os 10 algarismos: 0,1,2,3,4... atenção: 2 e 5 são parecidos, mas NÃO SÃO o mesmo algarismo.
Abs
Alex esse negocio de nucleo da inflacao e conversa para boi dormir,ele exclui alimentos e energia.
O ilustrissimo ministro da fazenda afirmou isso ano passado,excluindo o "feijaozinho" o IPCA estava dentro da meta.IPCA inclui precos de alimentos,combustiveis.
Na dimensao Z o galao ter atingido 4 USD o litro nao deve ser contabilizado no IPC.
A demanda cria a sua oferta, como podemos ver no boomlet do Lula no comeco de 2008: estimulo fiscal e afrouxamento do credito causou um boom de consumo que resultou imediatamente em deterioracao da conta corrente externa.
Pintando para os quermesseiros: a demanda criou oferta, sim, mas a oferta foi criada fora do Brasil. Nao muito diferente, alias, do boom americano, do boom espanhol, do boom irlandes, do boom baltico de anos recentes.
Daí as teorias heterodoxas da crescimento com restrição de balanço de pagamentos... Ai, se esses comentaristas soubessem do que se trata a Lei de Thirlwall... O mundo seria melhor pra se viver...
"Alex esse negocio de nucleo da inflacao e conversa para boi dormir,ele exclui alimentos e energia."
Mas foi você quem explicitamente falou do núcleo de inflação [cito mais uma vez:Ainda pior foi esse ano que o nucleo cheio aqui rodava perto de 5%], como domcumentado em TODOS meus comentários. Se você quer botar o boi pra dormir, o problema seu. Se nao queria, não tem porque trazer o núcleo na discussão. Aliás, pelo menos tenha a decência de não tentar desembarcar do argumento no meio da discussão.
"Ai, se esses comentaristas soubessem do que se trata a Lei de Thirlwall... "
Lei de Thirwall para mim eh sinonimo de laxante.
Afinal, nao tem jumentinho que escreva "Lei de Thirlwall" e nao tenha um movimento intestinal explosivo no momento seguinte.
O pior paper que eu vi em 20 anos como economista foi de um jumentinho quermesseiro na revista da Unicamp que rodou regressoes moveis com 3 observacoes. Obviamente "Lei de Thirlwall" fazia parte do texto.
"O"
O Copom deve ser mais agressivo no corte da taxa de juros,Brasil corre risco de deflação pelo estudo que eu fiz.
"Brasil corre risco de deflação pelo estudo que eu fiz."
Gabriel, disfarçado, ganha mais uma vez o Jumento de Ouro, categoria "Não sei do que estou falando"
"Quer dizer que ainda tinha 19% de ociosidade nas fábricas?"
Aí eu não sei se é burrice ou fingimento. Quer dizer que ainda tinha 4% de gente para empregar?
Claro que não. Para isto é que temos conceitos como as taxas naturais de desemprego e utilização de capacidade.
Aham claro, a PEA nunca aumenta e os investimentos nunca maturam.
Lei de Thirwall para mim eh sinonimo de laxante.
Afinal, nao tem jumentinho que escreva "Lei de Thirlwall" e nao tenha um movimento intestinal explosivo no momento seguinte.
Hum, que belo argumento.
"Aham claro, a PEA nunca aumenta e os investimentos nunca maturam. "
Claro. E a PEA sempre aumenta quando falta mão-de-obra (nada como uma oferta infinita de mão-de-obra quando a gente precisa, né mesmo?) e os investimentos sempre maturam quando quando o NUCI aumenta.
Nunca há excesso de demanda e nunca há inflação. Os passarinhos cantam, o sol sempre brilha e é sempre de manhã na Shangrilá quermesseira.
De agora em diante será o Anônimo Polyanna, salatitando pela fazenda...
Como vai ficar o dólar com esses pacotes fiscais todinho?
FED injetou 1 trilhão no mercado,ainda tem 1,5 trilhões para comprar títulos podres, tesouro vai gastar 1 trilhão com o programa de resgate do sistema financeiro,fora o pacote de estimulo econômico.
Juntando isso da quase 30% do PIB americano,teoria econômica é CLARA tudo isso termina em INFLAÇÃO.
"Hum, que belo argumento."
Mais ou menos no mesmo nivel do tipico artigo citando a Lei de Thirlwall...
Alex existe algum impacto na inflação caso a Petrobras decida baixar o preço da gasolina?
Hoje ela tem monopólio no mercado de combustíveis.
Alex, Gaon:
O conto e interessante, mas isso realmente nao e uma questao economica, mas uma questao politica (a ser informada pela economia).
E sobre o carater federalista do estado, e como ele e expresso. Em outros paises que sao federacoes ha uma cassetada de subsidios, implicitos e explicitos, de um estado pro outro.
Isso ocorre tanto nao alocacao de recursos federais (captados sobre atividade economica em estados diferentes), quanto no que toca a emprestimos e refinanciamentos, quanto a subsidios implicitos aplicados atraves de regulamentacao especifica a certas industrias. Um exemplo classico e o subsidio de telecomunicacoes em areas rurais.
Eu pessoalmente acho que nao ha resposta certa nessa questao, principalmente no Brasil, onde as fronteiras das responsabilidades municipais, estaduais, e federais sao tao ma definidas.
PIG
PIG
Essa discussao sobre doutorado, TOP 5, e o estado da economia mundial esta focada erroneamente.
Primeiro, a gente pode postular que ha idiotas e imbecis em todo o lugar do mundo. Top 5, bottom 5, EVERYWHERE.
Segundo, fazer doutorado numa top universidade americana e indicado, por varias razoes:
a. Eh um tesao. So quem conhece Berkeley, Palo Alto, ou Cambridge me entende. Nao so ha algo especial nessas cidades, a experiencia universitaria americana e muuuito diferente.
b. Em geral (ha muitas excecoes, mas vale a regra), os professores sao mais competentes, serios, inteligentes e produtivos.
c. Em geral a concentracao de alunos exemplares e bem maior, o que possibilita c.
d. Acesso a ideias novas, em um dado departamento e across departments, recursos fisicos,e bem melhor ou maior.
Nao quer dizer que fazer doutorado numa top university e um aval pro resto da vida (tem muito doutorado e doutorando de merda). Nao quer dizer que nao fazer doutorado numa top 5 e o fim de uma carreira.
But all else being equal...
PIG
"O conto e interessante, mas isso realmente nao e uma questao economica, mas uma questao politica (a ser informada pela economia)."
Estamos na mesma página, PIG, e o propósito foi mesmo de informar exatamente o que está em jogo. Eu acho profundamente injusto que o infeliz contribuinte piauiense pague pelo subsídio ao paulista (e eu sou paulista) e pode ser que outros julguem que é por aí mesmo (i.e., o Piauí subsidie São Paulo). De qualquer forma, isto tem que ficar claro, senão o lobby opera muito tranquilos.
Abs
Alex
" o infeliz contribuinte piauiense pague pelo subsídio ao paulista (e eu sou paulista) e pode ser que outros julguem que é por aí mesmo (i.e., o Piauí subsidie São Paulo). De qualquer forma, isto tem que ficar claro, senão o lobby opera muito tranquilos.
"
O paulista paga pelo contribuinte piauiense,SP deve ter mais direitos do que os outros por que arrecada mais.Se cada estado fosse independente não teriamos esse problema.
Lei por lei, sou mais a Lei do RN, que previu que o que eu e o "O" escrevemos geraria aquele besteirol defendendo protecionismo.
Bem, tirando algumas exceções (como, por exemplo, o Petróleo), a oferta mundial é quase horizontal em termos de variações individuais dos países. Uma China cheia de carinhas doidos para largarem a agricultura de subsistência para ir trabalhar numa indústria é capaz de suprir um aumento da demanda americana, e assim, a demanda americana acabou criando a sua oferta, na China, Índia, Paquistão, etc.. (com os efeitos colaterais que já vimos, déficits gêmeos, deterioração do BP americano, etc..).
Agora, se fecham a economia, os EUA não possuem um porrilhão de chineses trabalhando no campo. A oferta americana não será "horizontal", e o resultado será inflação. Isso sem falar do monte de produtos que seriam fabricados de forma ineficiente nos EUA e, por isso mesmo, vendidos a preços (aí falo em nível, não em variação) bem acima dos praticados no resto do mundo e, assim, os consumidores acabariam sendo prejudicados de forma permanente.
UM NOVO CONCEITO DE INTELIGENCIA
Antigamente inteligencia era definida pela capacidade de aprendizado do individuo, medida de alguma forma pelo QI. La'pela decada de 80 vieram com um troco - que na epoca achei keynesianismo puro - uma tal de ínteligencia emocional'. So'a entendi plenamente quando encontrei um individuo sem nenhuma que acabou devastando uma empresa que conheco.
No mesmo sentido, proponho a criacao do conceito de inteligencia'funcional'. Este conceitop estaria relacionado com a capacidade de realizacao concreta do individuo. Por exemplo, os economistas pseudo-geniais das topifaivi que geraram esse estado caotico em que nos encontramos, nao passariam de indigentes mentais.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
PS: A galera me conhece, nao ha'nenhum desrespeito aos economistas.
Claro. E a PEA sempre aumenta quando falta mão-de-obra (nada como uma oferta infinita de mão-de-obra quando a gente precisa, né mesmo?) e os investimentos sempre maturam quando quando o NUCI aumenta.
Já reparou como é difícil estabelecer qualquer relação quantitativa entre aumento da inflação e aumento do emprego?
Para leitura que contém um resumo da literatura:
http://criticaeconomica.wordpress.com/2008/06/10/curva-de-phillips-aceleracionista-conflito-distributivo-e-inflacao-de-demanda1/
A curva de Phillips aceleracionista é uma mentira.
"Já reparou como é difícil estabelecer qualquer relação quantitativa entre aumento da inflação e aumento do emprego?
Para leitura que contém um resumo da literatura:
http://criticaeconomica.wordpress.com/2008/06/10/curva-de-phillips-aceleracionista-conflito-distributivo-e-inflacao-de-demanda1/
A curva de Phillips aceleracionista é uma mentira."
Para quem não sabe econometria (e este link é prova viva disto - não passaria como trabalho de curso de graudação) é difícil mesmo. Para quem sabe, não é.
Aliás, a relação entre hiato e inflação não vem da versão aceleracionista da CP, mas está presente na visão original (que imaginava ser possível a troca entre inflação e desemprego). A versão aceleracionista incorpora as expectativas...
Não sabe econometria, não sabe macro, mas Pollyana se acha o direito de proferir verdades.
"Se cada estado fosse independente não teriamos esse problema."
Se sua mãe tivesse saco, você teria dois pais...
Na realidade pode-se concluir que inflação aumenta o nível de emprego e melhora o bem estar.
A inflação fechou em 5,9% em 2008,com a economia crescendo 6% e desemprego a 6,8%.Hoje a inflação esta caindo e o desemprego aumentando.
"Na realidade pode-se concluir que inflação aumenta o nível de emprego e melhora o bem estar.
A inflação fechou em 5,9% em 2008,com a economia crescendo 6% e desemprego a 6,8%.Hoje a inflação esta caindo e o desemprego aumentando."
Como eu disse, para chegar a esta conclusão cretina, basta não entender de econometria, nem de macroeconomia (na verdade nem de lógica, mas não preciso nem entrar nesta seara, não é?).
Alguém quer explicar pro Pollyana, ou vocês acham que a mocinha é um caso perdido?
Aliás, a relação entre hiato e inflação não vem da versão aceleracionista da CP, mas está presente na visão original (que imaginava ser possível a troca entre inflação e desemprego). A versão aceleracionista incorpora as expectativas...
Exatamente. Daí segue porque pensar que a inflação irá se descontrolar até se tornar hiperinflação ser uma mentira deslavada. Nós PODEMOS trocar inflação mais alta por mais emprego, esse é o ponto.
Para achar que a inflação crescerá descontroladamente, é preciso supor que o coeficiente da inflação passada na CP é igual a 1 (inércia total). E isso não é verdade em lugar nenhum, logo, podemos trocar emprego por inflação.
Vou dar uma ajuda:
http://cepa.newschool.edu/het/essays/keynes/inflation.htm#expectations
Alex,
Excelente post. E parabéns aos anônimos que vc tem no blog, os post deles sempre rendem umas boas risadas depois do almoço.
"No mesmo sentido, proponho a criacao do conceito de inteligencia'funcional'. Este conceitop estaria relacionado com a capacidade de realizacao concreta do individuo. Por exemplo, os economistas pseudo-geniais das topifaivi que geraram esse estado caotico em que nos encontramos, nao passariam de indigentes mentais."
Mas Kleber, qual economista das topifaive tem culpa nessa bagunca toda? Um nome, por favor? Pelo menos no Planeta Terra que eu conheco, o mercado financeiro eh regido majoritariamente por MBAs...
"O"
"Já reparou como é difícil estabelecer qualquer relação quantitativa entre aumento da inflação e aumento do emprego? "
Nao eh dificil, nao. Como disse o Alex, basta saber fazer. Para o Brasil, 1% de desemprego a mais, voce pode ajustar sua previsao da inflacao uns 1.5% para baixo.
"O"
"Exatamente. Daí segue porque pensar que a inflação irá se descontrolar até se tornar hiperinflação ser uma mentira deslavada. Nós PODEMOS trocar inflação mais alta por mais emprego, esse é o ponto'."
Pollyanna, Pollyana... Â história não te ensinou nada mocinha? Você sabe que nos anos 70 quem tentou explorar esta troca terminou com inflação mais alta e crescimento mais baixo?
Quem sabe o Zimbabwe cresça pra caramba?
"Para achar que a inflação crescerá descontroladamente, é preciso supor que o coeficiente da inflação passada na CP é igual a 1 (inércia total). E isso não é verdade em lugar nenhum, logo, podemos trocar emprego por inflação."
Na verdade para que a inflação suba continuamente basta que o coeficiente de resposta do BC (na determinação da taxa nominal de juros) à taxa de inflação seja menor do que 1, isto é que o Princípio de Taylor não seja seguido.
Como mostrado por Clarida, Jordí e Getrler [Monetary POlicy Rules and Macroeconomisc Stability: Evidence and Some Theory, QJE 115, (Feb 2000)], o coeficiente de resposta do Fed à inflação entre 1960 e 1978 era 0,86, indicando uma política monetária acomodatícia. Resultado: a inflação vem de menos de 2% no começo dos anos 60 para 6% (inflação cheia e núcleo) no início dos anos 70 (pré-crise do petróleo) e atinge a bagatela de 15% em 1980 (núcleo 12%, para não vir com conversinha que era o petróleo, nhé, nhé, nhé)...
Pós-78 o coeficiente subiu para 1,72. resultado: a inflação dos últimos 10 anos rodou em torno de 2,5% aa (núcleo ao redor de 2,1%aa).
Agora, mocinha, vá pegar o livro do Mankiw e estudar um pouco. Quem sabe você até se cura da cretinice.
Na verdade para que a inflação suba continuamente basta que o coeficiente de resposta do BC (na determinação da taxa nominal de juros) à taxa de inflação seja menor do que 1, isto é que o Princípio de Taylor não seja seguido.
Aí você já está supondo coeficiente da inflaçao passada igual a 1. Eu sei que é difícil, mas a diferença entre a inflação só se estabilizar num nível maior e aumentar descontroladamente é sutil (na verdade não é, mas pra você parece).
Quanto ao petróleo, sim, ele tem culpa. E essa medida de núcleo só exclui preços de energia, ignorando os repasses de custos de energia para todos os outros produtos que tenham como insumo.... energia! Eu sei que você não é muito bom com essa história de repasse, pelo que eu tenho visto nos jornais...
Outra coisa, naquela época havia sindicatos fortes, que conseguiam aumentos grandes de salários, o que aumentava a inércia, e depois do Reagan não mais.
Boa Alex,não entendo nada de marketing/propaganda etc... mas será que se a turma da quermesse souber que um paper deles (Clarida, Jordí e Getler) se chama The science of monetary policy: a new Keynesian perspective (muito bom por sinal) eles se interessam em ler...eu ainda tenho esperança de "salvar" alguns.Deve ter bom aluno,imagino eu, que escolhe a UFRJ,Unicamp,etc...por falta de aviso e/ou de capacidade financeira. abs RN
Nossa, temos um campineiro por aqui.
Alex,
O problema da Poliana eh que ela estah tomando um coeficiente de forma reduzida, o autoregressivo na taxa de inflacao, como algo estrutural. Eh erro primario mesmo. Violacao grotesca da critica de Lucas.
Pois o coeficiente autoregressivo na taca de inflacao eh funcao da estrutura da economia, em particular, da funcao resposta do banco central.
"O"
Alex quem leu Any Rand sabe que o coletivismo é o pior inimigo do homem.
São Paulo, sozinho, responde por mais de um terço do total do país. Somando-se as participações dos quatro estados do Sudeste, temos que 56,5% do PIB nacional são oriundos dessa região. Por outro lado, somando a contribuição do Norte e do Nordeste, temos que apenas 18,1% do PIB são provenientes dessas regiões. Em outras palavras, o Sudeste carrega a economia do país nas costas.
No Amapá e Roraima, por exemplo, o peso governamental chega a impressionantes 42,4% e 54,1%, respectivamente. Em São Paulo, em contrapartida, esse número é de 9,1%, bem mais aceitável.
O Dinheiro do contribuinte paulista deveria ir para São Paulo,não para Norte/NE.Por isso que cada estado deveria ser independente.
Me espanta um liberal não defender o federalismo.
"Mas Kleber, qual economista das topifaive tem culpa nessa bagunca toda? Um nome, por favor? "
Alan Greenspan...
http://ideas.repec.org/top/top.econdept.html
Ah, o Mankiw eu já li do começo ao fim há muito tempo. Vou retribuir com uma dica de leitura pros comentaristas:
http://papers.nber.org/papers/w14818
This paper argues that hysteresis helps explain the long-run behavior of unemployment. The natural rate of unemployment is influenced by the path of actual unemployment, and hence by shifts in aggregate demand. I review past evidence for hysteresis effects and present new evidence for 20 developed countries. A central finding is that large increases in the natural rate are associated with disinflations, and large decreases with run-ups in inflation. These facts are consistent with hysteresis theories and inconsistent with theories in which the natural rate is independent of aggregate demand.
Alex, vc comeceu o Simonsen? Se sim, como ele responderia a esses anonimos?
Bruno
"Aí você já está supondo coeficiente da inflaçao passada igual a 1. Eu sei que é difícil, mas a diferença entre a inflação só se estabilizar num nível maior e aumentar descontroladamente é sutil (na verdade não é, mas pra você parece)."
Aí eu faço minhas as palavras do "O": "O problema da Poliana eh que ela estah tomando um coeficiente de forma reduzida, o autoregressivo na taxa de inflacao, como algo estrutural. Eh erro primario mesmo. Violacao grotesca da critica de Lucas."
De fato, eu falo sobre o coeficiente de resposta do BC à inflação. Isto, por sua vez, determina o o coeficiente da inflação passada sobre a futura. E, quanto aos "sindicatos fortes, que conseguiam aumentos grandes de salários, o que aumentava a inércia", o motivo pelo qual não conseguiram depois de 1978 não se chamava Ronald Reagan, mas sim Paul Volker.
A diferença é sutil, mas acho que até você percebe.
Quanto a ler o Mankiw, eu obviamente queria dizer ler e entender o Mankiw, coisa que certamente não ocorrreu.
Acho que o problema foi na sua formação,teoria econômica americana não pode ser aplicada no Brasil.
Brasil tem um problema de inércia inflacionária,querer deixar a inflação a 2% é perda de tempo,primeiro porque o custo social e econômico seria muito alto porque o Brasil teria que elevar mais ainda a taxa de juros,desemprego aumentaria.
É gozado dizer que não existe relação entre desemprego e inflação.
Bruno:
Com mais paciência do que eu tenho e, muito provavelmente, com uma boa dose de matemática também.
Eu não conheci o Simonsen, Em 1989 fui, acompanhando meu chefe (Geraldo Gardenalli), visitá-lo na GV do Rio e este foi todo meu contato com ele (matou uns 15 cigarros e umas quinze xícaras de um café abominável em pouco mais de uma hora). Não me recordo mais dos tópicos da conversa, mas guardo um exemplar autografado do Simonsen & Cysne (acabei de checar a data: 30/11/89)
"Alex quem leu Any Rand sabe que o coletivismo é o pior inimigo do homem."
Quem leu Ayn Rand merece o prêmio Nobel da Paz.
Ou , pelo menos, uns 10 anos a menos no Purgatório.
"É gozado dizer que não existe relação entre desemprego e inflação."
É mesmo Pollyana e veja só quem disse isto:
"Já reparou como é difícil estabelecer qualquer relação quantitativa entre aumento da inflação e aumento do emprego?"
Foi você! Eu vejo uma relação entre o hiato do produto (portanto desemprego) e inflação, mas você diz que não.
O que eu (e todo economista sério) digo é que não há esta relação no longo prazo, isto é, que inflação não acelera o crescimento. Crescimento de longo prazo depende de acumulação de fatores e progresso tecnológico.
E isto vale tanto ao Sul como ao Norte do Equador.
Alex,
"Crescimento de longo prazo depende de acumulação de fatores e progresso tecnológico."
Acontece que no longo prazo todos estaremos mortos.
Lembranças, Keynes
Com certeza alex, a diferença é que não existe pecado ao sul do equador, então vc pode ferrar o povo no curto prazo. Marcos
Alex Any Rand inspirou muitos economistas como Friedman,Greenspan.
Quem lesse Any Rand não defenderia um pacote de resgate do sistema financeiro,bancos como CIT,BOFA conseguem financiamentos no mercado,não pegam poque o dinheiro do governo é mais barato.
O problema da Poliana eh que ela estah tomando um coeficiente de forma reduzida, o autoregressivo na taxa de inflacao, como algo estrutural. Eh erro primario mesmo. Violacao grotesca da critica de Lucas.
Não, não e não. Isso quem faz é quem toma o coeficiente autoregressivo como igual a 1 a priori, que é JUSTAMENTE o que eu estou criticando. Quem toma o coeficiente igual a 1 é quem acredita que a inflação vai sempre se acelerar (não é o meu caso, mas o do Alexandre).
Se esse coeficiente for menor do que 1, como todas as evidências mostram claramente, então podemos trocar inflação por mais emprego. Se esse coeficiente muda, é ÓBVIO que muda, mas só teremos inércia total em regimes muito particulares, e NUNCA tivemos inércia muita alta sem sindicatos fortes o suficiente para indexar salários.
Tentar usar a crítica de Lucas pra me rebater é risível, e regimes de política nem mudam a toda hora, quanto mais nos EUA.
Tem outras pessoas que estão na discussão além de mim, você está me atribuindo coisas sem eu ter dito.
Vou passar a assinar.
Lucrécio.
"Acontece que no longo prazo todos estaremos mortos."
Ah, mas que frase original! Pobre Keynes. Quando usou a frase se referia a como tratar dos ciclos econômicos (acreditava que a longo prazo preços eram flexíveis, portanto a economia em depressão eventualmente se recuperaria, mas até lá, "estaremos todos mortos"), não do crescimento. Como a quermesse não consegue diferenciar crescimento de ciclos produz bobagens como a proferida acima.
Quanto ao crescimento de longo prazo, sugiro dar uma olhada no que tem ocorrido há um tempinho, ali desde a Revolução Industrial. Parece que o capitalismo vem se dando bem, acumulnado fatores e promovendo progresso técnico...
"Com certeza alex, a diferença é que não existe pecado ao sul do equador, então vc pode ferrar o povo no curto prazo. Marcos"
Já temos um Jumento de Ouro hoje? Ainda não?
Então um Jumento de Ouro para o Marcos na categoria "quis ser engraçadinho, mas falei merda".
Olha que o gabriel vai ficar com inveja...
"Não, não e não. Isso quem faz é quem toma o coeficiente autoregressivo como igual a 1 a priori, que é JUSTAMENTE o que eu estou criticando. Quem toma o coeficiente igual a 1 é quem acredita que a inflação vai sempre se acelerar (não é o meu caso, mas o do Alexandre). "
Errado Poliana. Já foi explicado lá que o coeficiente a que me referi está na função de reação do BC. Se for menor do que um gera um coeficiente da inflação passada sobre a presente MAIOR que um, poranto uma taxa de inflação que se acelera indefinidamente (ou até a política monetária mudar)
"Se esse coeficiente for menor do que 1, como todas as evidências mostram claramente, então podemos trocar inflação por mais emprego. Se esse coeficiente muda, é ÓBVIO que muda, mas só teremos inércia total em regimes muito particulares, e NUNCA tivemos inércia muita alta sem sindicatos fortes o suficiente para indexar salários. "
Mesmo com o coeficiente da inflação passada sobre a futura menor que um continua não havendo uma troca persistente de inflação por crescimento. A inexistência da troca não vem da função de reação, mas da curva de Phillips. Volte ao Mankiw...
"Já reparou como é difícil estabelecer qualquer relação quantitativa entre aumento da inflação e aumento do emprego?"
Foi você! Eu vejo uma relação entre o hiato do produto (portanto desemprego) e inflação, mas você diz que não.
O que eu quis dizer é que essas variáveis são independentes, ou seja, não há porque pensar que para se conter a inflação se deve reduzir o emprego. Principalmente se o aumento de preços decorrer de choques de oferta.
Não há nada parecido com uma taxa de desemprego "natural" no mundo real, como o paper do Ball mostra (aliás, ele diz que ela existe, mas muda tão frequentemente, de acordo com a DEMANDA AGREGADA, que não serve pra muito).
Lucrécio.
PS: Ah, e quanto aos sindicatos, eles não reduzem o emprego se a demanda estiver forte, como pode-se ver na década de 50 nos EUA.
"Alex Any Rand inspirou muitos economistas como Friedman,Greenspan."
Acredito que os inspirou tanto que sabiam até escrever o nome dela...
Aliás, vejo como o Greenspan tem sido um crítico contumaz dos pacotes de resgate. Sem dúvida, a influência da Ayn Rand.
"É gozado dizer que não existe relação entre desemprego e inflação."
e
"O que eu quis dizer é que essas variáveis são independentes, ou seja, não há porque pensar que para se conter a inflação se deve reduzir o emprego."
são afirmações mutuamente exclusivas Poliana. Escolha uma e fique com ela...
Prezado Alex S.,
quanto à minha frase, ela era realmente muito original quando a coloquei pela primeira vez.
Quanto à quermesse, não tenho culpa do que as mentes diminutas fizeram da minha teoria. Parafraseando Marx, posso te afirmar com categoria que "não sou pós-keynesiano".
Aproveito para comentar o ponto levantado por você. Me admira realmente que saiba o contexto em que tal frase foi colocada na GT. Vê como uma formação ampla, como a que vc teve, é importante, independentemente de qual rumo o profissional vá seguir na vida?
Quanto aos preços flexíveis, como vc o sabe, nunca acreditei que fossem capazes de conduzir a economia para o eq de pleno emprego, nem no longo prazo. Daí a importância da política econômica.
Ah se eu soubesse o que viria. Como me arrependo de ter suposto salários rígidos no curto prazo. Como me arrependo de ter colocado o capítulo 13 antes do 14. Como me arrependo ter ter publicado o capítulo 12 (deplorável).
Enfim, o futuro de minha teoria está nas mãos dos pós-keynesianos, e não adianta lavá-las.
Abc, Lord
Não fui eu que escrevi a primeira sentença. Sério.
Lucrécio.
Só pra enriquecer com dados:
http://delong.typepad.com/sdj/2009/04/union-strength-unemployment-and-the-great-depression.html
Lucrécio.
PS: Quem é Poliana?
Alex os bancos podem muto bem se financiar no mercado,preferem dinheiro do governo porque é mais barato.
Se você estudou a historia da economia americana verá que todas as crises que apareceram o livre mercado solucionou.
Alex você quando faz pesquisas econométricas,ja teve problemas com servidores,algoritmos?
“Anônimo disse...
O Lara Resende virou quermesseiro? Se trocassem seu nome no trabalho abaixo para o do Belluzzo, não faria a menor diferença em termos de abordagem.
http://www.usp.br/feaecon/media/fck/file/Lara%20Resende%20Em%20plena%20crise.pdf”
Já havia lido este texto na época que saiu. Inclusive foi publicado no Valor em 09-01-2009. Discordo totalmente do Anônimo. Acredito que tem gente já misturando o termo “quemesseiro” com heterodoxo, sendo o primeiro uma ramificação deste. Assim como existe os ortodoxos do outro lado que ainda não demos nome, apesar de que estes não ganham a proporção da fama dos quermesseiros. O juliano é um exemplo claro... Quanto ao texto do Lara Resende, tudo bem que ele faz uma série de afirmações e não tenta provar nada matematicamante, são afirmações baseadas na percepção dele, mas entendo que o objetivo do texto é exatamente fornecer um resumão da crise até aquele momento, e na minha humilde opinião foi um dos melhores resumões que ja tinha lido. Acredito que essa diversidade é importante. Imagine o quanto de material tem naquele texto para um ortodoxo pegar e testar. Daria pra fazer uma série de papers... O que o Lara Resende fez acredito que contribua nesse sentido, não tem nada de quermesseiro. Temos que distinguir o quermesseiro do heterodoxo sério (sobra pouco, mas existe). O que acha, Alex? E os demais?
Abraço!
Quando Paul Voucker fez a política de desinflacionar a economia americana,o desemprego aumentou? Sim para níveis de 11%,isso é que da em seguir manual do Blanchard,Mankiw,crie sua própria teoria.
"Quando Paul Voucker fez a política de desinflacionar a economia americana,o desemprego aumentou? Sim para níveis de 11%"
Eu não conheço Paul Vouker, mas talvez se refira a Paul VoLker... Sim, o desemprego foi a 11% em 1982 e dois anos depois estava abaixo da média pós-choque do petróleo. Neste meio tempo trouxe a inflação de 14% para 4% (e 8% na período 73-78), preparando os EUA para um longo período de prosperidade.
Quanto a criar minha própria teoria, noto que o Banco Central do Brasil no período 2003-2006 trouxe a inflação de 16% para 3% REDUZINDO o desemprego de 12,3% para 10%. Milagre? Não, apenas a aplicação da boa teoria econômica, em particular a que enfatiza o papel da gestão de expectativas no processo de desinflação.
Desinflacionamos mais que o Volker, com menor sacrifício de atividade, não porque fôssemos mais inteligentes que ele, mas sim porque tínhamos acesso a ferramentas que ele não dispunha, em particular toda o instrumental do regime de metas. Aliás, isto está no manual do Blanchard, Mankiw, etc,etc, etc, mas não no blá-blá-blá "tempo-incerteza-contratos" que vocês quermesseiros copiam.
Gabriel o que é ortodoxo para você?
Para mim é alguém que defenda o livre mercado,Os Neokeynesianos acreditam que o governo é o messias salvador da pátria,que vai "Nos Salvar" da crise fazendo imensos pacotes fiscais e o BC vai imprimir dinheiro sem lastro para evitar a deflação.
Essa crise bancária é uma "marolinha",EUA já viveu crises semelhantes no passado e o livre mercado solucionou.
E ai galera, alguém deu uma olhada no mais novo "estudo" do IPEA sobre concentração bancária?
"Olhem bem a diferenca do angu americano e do europeu. As casinhas que estao sendo devolvidas pelos subprime sao concentradas na California, Las Vegas, Florida, Arizona. Lugares onde sempre ha' procura. Entao quando o neguinho abre o bico, o banco leva um hair cut, mas com o devido desconto sempre da' pra salvar algum. Mas e ai', primos, tem alguem no auditorio do Tio Alex que queira comprar uma casinha na Letonia? Na Polonia? Ou quem sabe na Romenia? Nao? Entao acho que os lenders estao f_didos e NAO pagos. " (Kleber S. - 15/11/2008)
"...Pessoas que querem comprar sua primeira residência subitamente começaram a entrar em disputas com especuladores imobiliários de lugares tão distantes como a Espanha e a Alemanha. Em fevereiro, as vendas superaram as registradas no pico do boom, com algumas casas recebendo mais de 50 ofertas e sendo vendidas acima dos preços pedidos. 'Vou atrás de mercados que estão em baixa', afirma o aposentado Rich Lehrer, autoproclamado 'investidor em mercados emergentes', de Wilimington, Carolina do Norte, que quer comprar várias propriedades na área. 'Espero conseguir rendimentos melhores para o meu dinheiro'...Algumas das mesmas regiões que levaram o mercado imobiliário americano para o abismo começam a dar sinais de vida. As vendas na costa do Golfo do México da Flórida, na Califórnia (principalmente nos arredores de Los Angeles) e na região metropolitana de Las Vegas cresceram mais de 80% em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado." (VALOR ECONÔMICO - 08/04/2009)
Lucrécio (ou é Pollyana?)
Dá uma olhada neste capítulo da nova ediçao do livro do Mankiw. Pode ser de utilidade
http://www.worthpublishers.com/html/staticcontent/nonstandard/include/1429218878/Mankiw7e_CH14.pdf
Abrs,
A
". Crescimento de longo prazo depende de acumulação de fatores e progresso tecnológico."
Perfeito,mas em certos casos para haver progresso tecnológico,tem que ter política industrial,reserva de mercado.
Brasil poderia usar o BNDES para desenvolver a informática,Luciano Coutinho tentou fazer uma reserva de mercado para a informática.Se uma política industrial com reserva de mercado for implementada no Curto prazo pode funcionar.
No Brasil temos exemplo de sucesso tecnológico como a Petrobras.
Setor de veículos no Brasil é um exemplo de política industrial bem sucedida.
"Setor de veículos no Brasil é um exemplo de política industrial bem sucedida."
Sem dúvida. Quando o setor está bombando consegue dinheiro barato "para aumentar capacidade"; quando o setor está f(...) consegue subsídio.
É, nada mais bem sucedido.
Juliano, estava com preguiça de escrever, mas vamos lá. Ok em relação ao livre mercado, não acho que seja apenas isso, mas ok. Em relação ao que tinha dito é que quando frases são ditas a torto e direito acaba-se tornando dogmatismo religioso. Dizer "Essa crise bancária é uma 'marolinha',EUA já viveu crises semelhantes no passado e o livre mercado solucionou", é absurdo, mas pela fé alguém conseguiria acreditar sem qualquer questionamento nessa afirmação. Por isso, quermesse às avessas. Mas vamos tentar melhorar, todo nós um dia chegaremos lá... Abraço!
Carro no Brasil é barato e a qualidade é excelente comparado aos americanos.
A redução no IPI alavancou as vendas e a arrecadação subiu.
Eu tenho uma dúvida para tirar com você sobre política industrial.Uma nova reserva na informática poderia desenvolver mais a indústria?
Sozinho o Brasil não consseguria ter uma indústria de ponta,uma política indusrial com auxilio do BNDES poderia alavancar o setor.
A lei da informática não deu certo porque foi mal arquitedada.
gabriel,
tá maluco? Reserva de mercado de informática?
Automóveis? A indústria automobilística só passou a produzir carros decentes depois da abertura do mercado brasileiro às importações.
Jumento de Ouro com direito discurso da Maria da Conceição Tavares na cerimonia de entrega.
abs, BobFields
"Carro no Brasil é barato e a qualidade é excelente comparado aos americanos."
Sugiro um debate entre o gabriel e o juliano. Seria a versão do duelo "meias vivarina" x "facas guinsu". O Casseta e Planeta e o Pânico acabariam saindo da programação por não conseguirem enfrentar a concorrência. Só não vale os dois fazerem uma aliança pragmática contra a realidade.
Ah, Alex, ajudando o juliano, a Ayn Rand foi muito útil ao Greenspan, pois ensinou a ele que ele existia. Ajudando ainda mais o juliano... se quer defender uma causa, não coloca o Greenspan como ligado a ela... queima o filme!!
"Tentar usar a crítica de Lucas pra me rebater é risível, e regimes de política nem mudam a toda hora, quanto mais nos EUA. "
Acho que o seu problema de formacao eh mais grave que eu pensava anteriormente. Eu tenho que comecar a nao sobreestimar a formacao de nossos quermesseiros.
Vamos explicar:
O meu ponto eh que estimar o processo estocastico da inflacao eh irrelevante a questao da existencia de um trade-off entre inflacao e emprego. Pois o tamanho do coeficiente autoregressivo da inflacao eh um coeficiente de forma reduzida. Se a politica monetaria for conduzida de forma a manter a inflacao baixa, a inflacao vai tender a zero ou a sua meta e PORTANTO, nao vai ter uma raiz unitaria.
Entretanto, se a politica monetaria nao responder aos choques de inflacao, entao o processo inflacionario se torna explosivo, e portanto vai ter uma raiz unitaria.
Isto eh, se o conselho do Poliana fosse ouvido (nao eh ouvido, pois pessoas inteligentes com boa formacao de economia corretamente concordam que tal ideia nao deve ser levada a serio), o processo de inflacao tornaria-se explosivo, anulando qualquer beneficio polianico de deixar a inflacao alta.
A prova deste pudim obviamente estah naquele terreno que os heterodoxos se recusam a percorrer: os dados --- a evidencia empirica fortemente rejeita a possibilidade que inflacao mais alta gere melhor crescimento, ou menor desemprego, ou maior emprego no MEDIO prazo, alem de existir um bocado de evidencia convincente que inflacao alta reduz o crescimento.
Finalmente, o Poliana citou o texto bem tentativo do Ball sobre histerese no desemprego. Pois bem, histerese no desemprego implica que a taxa de desemprego tenha uma raiz unitaria. Eu vendo minha casa e compro uma Ferrari para o Poliana se ele me oferecer uma evidencia convincente que taxas de desemprego tenham raizes unitarias. Boa sorte, polianinha.
"O"
"Carro no Brasil é barato e a qualidade é excelente comparado aos americanos."
Eu so posso dizer o seguinte: WTF!!!
Vacilo total mermao!
PIG
"Carro no Brasil é barato e a qualidade é excelente comparado aos americanos."
Boa essa piada. Nao soh carro no Brasil eh caro, como tambem eh de baixa qualidade, e a industria automobilistica brasileira soh existe em sua forma atual devido ao altissimo nivel de protecao tarifaria.
Sim, sabemos jogar futebol, tocar samba e muitas outras coisas mais, mas nos nao sabemos produzir automoveis a custo e qualidade competitivas globalmente.
Achei que não fosse necessário, mas subestimando a inteligência de alguns aqui, ao anônimo das 20:54 de 08-04-2009 que disse "Sugiro um debate entre o gabriel e o juliano": espero que você tenha notado que existem 2 pessoas com o mesmo nome aqui e que enquanto um dispara milhares de coisas antes de raciocinar, o outro sou eu... E no caso, foi comigo que o juliano se "ofendeu" por eu tê-lo citado num comentário acima. Se houver mais alguém distraído por aí, reparem que o meu nome sempre aparece em maiúsculo e, pelo menos aqui, em azul. Não confunda alhos com bugalhos, ok? Abraço!
O que define o maluco é a capacidade de ver "amarelo" e dizer que é "azul" repetidamente.
Petrobras sucesso tecnológico? Petrobras é um sucesso de compra de tecnologia. SBM, Halliburton, Subsea7, Modec, Technip e muitas outras que o digam. Com este boom do petróleo no Brasil, me diga quantas empresas estão DESENVOLVENDO tecnologia nacional no setor?
Reserva de mercado para informática? Já houve e foi um desastre completo.
O que faz a criatura pensar que seria diferente desta vez? Em algum lugar do mundo política de reserva de mercado já conseguiu outra coisa que não engordar a conta bancária de algum amigo do rei, em detrimento da plebe?
O que dói é saber que tá cheio desse tipo de demente nos altos escalões da Banânia, doido pra achar uma oportunidade de fechar tudo de novo, de estatizar tudo de novo.
Alex faz um favor aos leitores do seu blog, joga essa galera no doghouse, manda essas coisas de volta ao blog do Patif que é o lugar deles.
André Lima
Entretanto, se a politica monetaria nao responder aos choques de inflacao, entao o processo inflacionario se torna explosivo, e portanto vai ter uma raiz unitaria.
Isto eh, se o conselho do Poliana fosse ouvido (nao eh ouvido, pois pessoas inteligentes com boa formacao de economia corretamente concordam que tal ideia nao deve ser levada a serio), o processo de inflacao tornaria-se explosivo, anulando qualquer beneficio polianico de deixar a inflacao alta.
Bela tentativa, mas está errado. NADA faz a inflação "naturalmente" se auto-alimentar e crescer descontroladamente (pare de supor isso a priori, por favor), logo, se a inflação é causada por choques de oferta, por exemplo, ela vai retornar à trajetória.
Quanto a olhar os dados, basta ver quantos países no mundo em 9/04/2009 estão com a inflação alta e não se acelerando.
Outra diferença não muito sutil é essa entre aumento da inflação e aceleração da inflação, que nosso amigo "O" parece não compreender bem.
Lucrécio.
Mais uma coisa ao comentarista que citou o capítulo do Mankiw:
Quando você resolver sair da leitura de livros de graduação, leia isso aqui:
http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1312626
Explicar a inflação dos anos 70 só por meio da política monetária acomodatícia é insuficiente.
Lucrécio.
Pollyana,
Pra aprender lógica tem um livro simples.
How to Solve It: A New Aspect of Mathematical Method do G. Polia, custa uns US$ 12.50 na Amazon, vai ser o melhor investimento, principalmente por que vai te explicar:
Key Phrases - Statistically Improbable Phrases (SIPs): (learn more)
heuristic syllogism, accessible related problem, proposed problem try, simpler analogous problem, drop the other part, account all essential notions, introduce suitable notation, auxiliary problem, similar unknown, ambitious problem, auxiliary elements, incomplete proofs, familiar theorem, proposed theorem, heuristic reasoning, derive something, same unknown, whole hypothesis, rectangular parallelepiped.
LB
O disse:
"Mas Kleber, qual economista das topifaive tem culpa nessa bagunca toda? Um nome, por favor? Pelo menos no Planeta Terra que eu conheco, o mercado financeiro eh regido majoritariamente por MBAs..."
E olha que muitos deles são engenheiros e fazem o MBA assim que acabam a graduação.
LB
RN disse,
"Deve ter bom aluno,imagino eu, que escolhe a UFRJ,Unicamp,etc...por falta de aviso e/ou de capacidade financeira. abs RN"
RN, acho que no passado isso podia até ser verdade, mas hoje com cotas, pro Uni e todas essas bolsas que o pessoal de Garanhuns inventou acho que o pessoal que entra lá não são mais de esquerda de Ipanema ou festiva como se dizia antigamente no caso da UFRJ, mas fruto de uma deterioração do sistema eduacional.
Juliano disse:
"São Paulo, sozinho, responde por mais de um terço do total do país. Somando-se as participações dos quatro estados do Sudeste, temos que 56,5% do PIB nacional são oriundos dessa região. Por outro lado, somando a contribuição do Norte e do Nordeste, temos que apenas 18,1% do PIB são provenientes dessas regiões. Em outras palavras, o Sudeste carrega a economia do país nas costas.
No Amapá e Roraima, por exemplo, o peso governamental chega a impressionantes 42,4% e 54,1%, respectivamente. Em São Paulo, em contrapartida, esse número é de 9,1%, bem mais aceitável.
O Dinheiro do contribuinte paulista deveria ir para São Paulo,não para Norte/NE.Por isso que cada estado deveria ser independente."
Juliano o mesmo ocorre no Barakistão, a California é muito mais desenvolvida que o Maine, que o Tenesse, que o Arkansas que o Alaska.
No nosso caso nós não começamos a explorar o interior do Brasil até a construção de Brasilia, Roraima, Rondônia e Amapá eram quase inabitados até começar a construção da Transamazonica e achar o gas e o oleo de Juruá.
O problema é que gastamos mal o dinheiro do contribuinte e com o Congresso¸ Camaras Estaduais e Municipais que temos ainda vai levar um tempo para consertar.
Faz parte do custo Brasil, mas tenho certeza que tem muito cara morando em Davies na California que paga mais imposto para ajudar o pessoal que mora em Terra Alta em West Virginia.
LB
Alex disse....
"Quanto ao crescimento de longo prazo, sugiro dar uma olhada no que tem ocorrido há um tempinho, ali desde a Revolução Industrial. Parece que o capitalismo vem se dando bem, acumulnado fatores e promovendo progresso técnico..."
Alex não seja injusto nem generalize tanto, afinal as Soyux são melhores que as Apollo e mais eficientes que os Shuttle, os Tupolev carregam mais carga que qualquer jumbo, tudo bem que poluem mais também e ninguém consegui fazer uma arma mais barata e eficiente que os Kalishinikov, quem sabe se a USSR tivesse um Deng Xiao Ping ao inves do Gorba a industria russa de panelas, navios, fiats ultrapassados não teria progredido?
LB
O Odir Aguiar nos chamou de burros, Alex...
http://aeinvestimentos.limao.com.br/interatividade/aeinvest/audios!getPlayerAudio.action?destaque.idGuidSelect=B0925B3620594524B628883709798C17
Abraço!
Gabriel disse,...
"'Vou atrás de mercados que estão em baixa', afirma o aposentado Rich Lehrer, autoproclamado 'investidor em mercados emergentes', de Wilimington, Carolina do Norte, que quer comprar várias propriedades na área. 'Espero conseguir rendimentos melhores para o meu dinheiro'...Algumas das mesmas regiões que levaram o mercado imobiliário americano para o abismo começam a dar sinais de vida. As vendas na costa do Golfo do México da Flórida, na Califórnia (principalmente nos arredores de Los Angeles) e na região metropolitana de Las Vegas cresceram mais de 80% em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado."
Gabriel você conhece a Carolina do Norte?
Você conhece Wilmington (não é Wilimington)?
A economia da Carolina do Norte é quase que rural tirando a área dos Bancos Wachovia (que quebrou) e Ralley pra onde a IBM se mudou depois de sair de Boca Raton.
Quase não existem prédios, a grande maioria são casas sem muros ou quase sem muros, muitas feitas de madeira.
Grande parte da população é de "red necks", não é um mercado com grandes atrativos para especulação como Florida, California, Arizona, Novo México.
No caso da Florida, Novo México, Arizona você tinha muitas pessoas vendendo casas mais caras na região Norte e se mudando para o sul e oeste para economizar e viver com a diferença do valor da casa pequena e cara em Mahwah para mudar para uma casa mais barata e mais nova em Phoenix ou Tampa.
Os sinais na Florida e em Las Vegas são de total falta de movimento ainda, pois quem tem algo para vender não consegue e que quer comprar algo não está conseguindo financiar.
Isso já ocorreu várias vezes nos Estados Unidos, bolhas imobiliárias, mas elas eram mais regionalizadas e menores.
O Rich Lehrer por ser aposentado deve ter o dinheiro dele em 401K e ações, que mergulharam ou seja, como ele vai financiar a compra?
Se eu tiver falando besteira o Kleber pode quebrar minhas costelas ou o PIG pode me chamar de "mermão" mesmo não sendo carioca.
LB
Gabriel disse,
"Brasil poderia usar o BNDES para desenvolver a informática,Luciano Coutinho tentou fazer uma reserva de mercado para a informática.Se uma política industrial com reserva de mercado for implementada no Curto prazo pode funcionar.
No Brasil temos exemplo de sucesso tecnológico como a Petrobras.
Setor de veículos no Brasil é um exemplo de política industrial bem sucedida."
Gabriel vamos por partes:
1) Reserva de informática já foi tentado no passado, bem quando eu estava na faculdade e depois, resultado cade a SID, cade a ELEBRA, cade a SCOPUS, cade a DIGILAB, cade a MIPS, cade a MICROTEC, cade a HOUSTON, cade a SISCO (sim com S), cade ELGIN, cade a RIMA, cade a NOVADATA (depois que pegaram o amigo do Garanhuense fazendo esquema).
Quase todas quebraram a Scopus virou prestadora de serviço do Bradesco e uma das poucas que teve sucesso a Cyclades foi vendida por US$ 65 milhões de dolares depois que os donos se mudaram para o vale do silício, o resto quebrou.
Nós não temos uma fábrica de componentes, importamos tudo a Costa Rica não fez reserva e tem uma mega fábrica da Intel.
A Globo e o seu títere o jornalista mineir, discipulo do grande homem de imprensa Agamenon Mendes Pedreira e Ministro das Telecomunicações fez uma reserva de mercado e o nosso sistema de TV digital é igual ao japones em troca de uma fábrica de semicondutores.
Resultado a reserva nos deu um sistema que não tem grande base instalada ao inves do sistema americano ou do europeu e nós também não temos a fábrica de semicondutores, reserva dá nisso, fica o mico.
Agora olha só o setor de telefonia que até a pouco não tinha reserva em dez anos saimos de 6 milhões de celulares para 151 milhões.
Não sei se isso vai continuar com essa outra maracutaia Garanhuense Mineira que tá fundido a Oi com a Brasil Telecom, quem sabe o CADE faz algo, acho dificil por que o novo cara lá foi escolhido a dedo pelo pessoal de Garanhuns e não é mais o mesmo cara que estava lá na época que o Alex tava no BC.
Setor de veículos no Brasil se fosse bem sucedido nós vendiamos mais carros que a Hundyai e não é isso que está ocorrendo.
Gabriel eu acho que você merece vários jumentos de ouro em diversas categorias a primeira seria por "insistir no erro da reserva", mas eu deixo essa decisão para Kleber, O, PIG, Alex, Bob Fields e outros.
LB
Bob Fields disse,
"Automóveis? A indústria automobilística só passou a produzir carros decentes depois da abertura do mercado brasileiro às importações.
Jumento de Ouro com direito discurso da Maria da Conceição Tavares na cerimonia de entrega."
Eu estou lendo atrasado e não tinha visto o seu comentário, mais sucinto, mais direto que o meu, mas o seu jumento foi precioso, mas por favor coloca a veia portuga de frente pra ele fazendo o discurso de entrega pra ele tomar um banho com os perdigotos que ela expulsa ao falar.
LB
PIG disse,
Carro no Brasil é barato e a qualidade é excelente comparado aos americanos."
Eu so posso dizer o seguinte: WTF!!!
Vacilo total mermao!
PIG você é paulista, nasceu e foi criado no Bom Retiro, fez Cambridge, Berkeley e mora no vale do silício hoje em dia, Mermão?
LB
André Lima disse,
"Petrobras sucesso tecnológico? Petrobras é um sucesso de compra de tecnologia. SBM, Halliburton, Subsea7, Modec, Technip e muitas outras que o digam. Com este boom do petróleo no Brasil, me diga quantas empresas estão DESENVOLVENDO tecnologia nacional no setor?"
Excelente e tem a Schlumberger, a Dow, a Forex, etc...
Muito bem colocado.
LB
Para deixar bem claro:
Eu escrevi debate entre gabriel x juliano, pois o gabriel a quem me referi é o que escreve com primeira letra minúscula. O Gabriel (que posta em azul e com a primeira letra em maiúscula) é, na minha opinião, um dos melhores comentaristas daqui...
Luiz Brandao disse... "Gabriel você conhece a Carolina do Norte?
Você conhece Wilmington (não é Wilimington)?"
Conhecer não vem ao caso. Se você gosta de comentar, como diz o Alex, aprenda a ler primeiro. O que eu fiz foi pegar um comentário do Kleber de 2008 e comparar com uma reportagem do Valor dessa semana para mostrar que ele estava certo em suas palavras anteriores. Você pode perceber também que o mais importante do trecho é a parte que vem depois do que você está chamando a atenção. Aliás, mande um email para o Valor exigindo a correção da grafia, eu apenas colei o texto do site deles, ok?
Abraço!
Lucrécio-Pollyana,
Você leu mesmo o novo capítulo do Mankiw sobre a DAS-DAD que eu postei? Acho que talvez te ajude com tuas dúvidas. Vai devagar, passo a passo, nao dá quer aprender tudo de sopetao.
A
Ao anônimo das 15h35 de 9/04/2009: desculpe ter achado que você não havia notado e obrigado, mas não precisa exagerar, apenas saber que não estou sendo cotado para o jumento de ouro está ótimo.
Abraço!
Gabriel disse,
"Conhecer não vem ao caso. Se você gosta de comentar, como diz o Alex, aprenda a ler primeiro. O que eu fiz foi pegar um comentário do Kleber de 2008 e comparar com uma reportagem do Valor dessa semana para mostrar que ele estava certo em suas palavras anteriores. Você pode perceber também que o mais importante do trecho é a parte que vem depois do que você está chamando a atenção. Aliás, mande um email para o Valor exigindo a correção da grafia, eu apenas colei o texto do site deles, ok?"
Touché!
LB
A inflação aumenta a FCBF,basta vê os dados dos últimos trimestres para comprovar.
"Bela tentativa, mas está errado. NADA faz a inflação "naturalmente" se auto-alimentar e crescer descontroladamente (pare de supor isso a priori, por favor), logo, se a inflação é causada por choques de oferta, por exemplo, ela vai retornar à trajetória."
Isto está errado e eu vou mostrar em um post.
"A inflação aumenta a FCBF,basta vê os dados dos últimos trimestres para comprovar."
Prêmio Jumento de Ouro na categoria "você viu uma correlação por aí?"
"Bela tentativa, mas está errado. NADA faz a inflação "naturalmente" se auto-alimentar e crescer descontroladamente (pare de supor isso a priori, por favor), logo, se a inflação é causada por choques de oferta, por exemplo, ela vai retornar à trajetória. "
??
Besteira sua. Sugiro tentar se informar sobre a historia de um certo pais latino-americano, um tal de Brasil. Nao consigo imaginar que exista algum brasileiro humano vivo que acredite que inflacao nao se acelera quando a politica monetaria eh acomodaticia. Jah jumentos acreditam em cada bobagem, ne Lucrecio?
Na realidade, Lucrecio, discutir com voce eh como discutir com algum sujeito que acha que o Clube do Remo foi campeao brasileiro em 2008. Eh perda de tempo.
"O"
"http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1312626
Explicar a inflação dos anos 70 só por meio da política monetária acomodatícia é insuficiente. "
Nao entendi como que o artigo que voce citou ajuda o seu argumento...
"O"
Mr. O,
"..a inflação deste ano será aquela que eu digo que erá vai ser.."
Isso soa tão você..
"O":
O paper tenta explicar a gênese da política monetária acomodatícia. Certamente não nega que a política monetária acomodatícia (ou a tentativa de explorar a troca inflação x desemprego) foram responsáveis pela Grande Inflação.
Certamente quem citou não entendeu, porque de forma alguma apóia seu próprio argumento.
Abs
Alex
O Ipea tem um estudo interessante que mostra como o setor bancário contribui para a exclusão no Brasil.
http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/pdf/09_04_07_ComunicaPresi_20_Bancos.pdf
Bem, vou falar que eu acredito que haja trade-off, no curto prazo, entre inflação e desemprego.
O problema é que usar inflação para evitar desemprego é que nem usar drogas para ter euforia. A cada momento, pela atualização das expectativas (negar isso seria acreditar que todos os habitantes são que nem o Homer Simpson e acham sempre que a inflação será zero), você tem esse trade-off num nível mais alto de inflação. Então, se hoje alguém diz que é melhor inflação de 5% com menos desemprego que inflação de 4% com mais desemprego, se eu tenho inflação de 5%, amanhã os agentes vão esperar uma inflação maior que hoje (como ela será atualizada depende do modelo, se é por expectativas racionais ou adaptativas, etc, mas para o meu argumento basta dizer que elas o são). Então, amanhã eu vou estar pensando se quero uma inflação de 5% com desemprego ou 6% com menor desemprego, e esse trade-off só irá subir cada vez mais... até o momento em que a inflação for grande o suficiente para distorcer os incentivos para investimentos e acabar estagnando a economia... e aí estaremos no pior dos mundos!
É como um drogado que, a cada momento, precisa de uma dose maior para satisfazer sua necessidade até o momento em que cai no fundo do poço por causa do seu vício!
E é isso o que os modelos econométricos mostram quando acham raiz unitária para inflação sob política monetária acomodatícia!
"Bela tentativa, mas está errado. NADA faz a inflação "naturalmente" se auto-alimentar e crescer descontroladamente (pare de supor isso a priori, por favor), logo, se a inflação é causada por choques de oferta, por exemplo, ela vai retornar à trajetória."
Isto está errado e eu vou mostrar em um post.
Não, isto não está errado, e você não vai mostrar num post. NADA garante que a inflação vai crescer descontroladamente depois de um choque de oferta sem inércia total. Ler o paper original do Taylor ajudaria. (colher de chá: For these reasons an increase in interest rates to counteract the increase in the price level brought about by the oil shock would be inappropriate-despite
the literal interpretation of equation 1.)
O paper tenta explicar a gênese da política monetária acomodatícia. Certamente não nega que a política monetária acomodatícia (ou a tentativa de explorar a troca inflação x desemprego) foram responsáveis pela Grande Inflação.
Também não, pra variar, o paper mostra que a inércia inflacionária aumentou nos anos 70, e que a política monetária seguiu de perto uma regra de Taylor.
Lucrécio.
Nao entendi como que o artigo que voce citou ajuda o seu argumento...
Deve ser porque você não o leu...
Besteira sua. Sugiro tentar se informar sobre a historia de um certo pais latino-americano, um tal de Brasil. Nao consigo imaginar que exista algum brasileiro humano vivo que acredite que inflacao nao se acelera quando a politica monetaria eh acomodaticia. Jah jumentos acreditam em cada bobagem, ne Lucrecio?
Sim, isso mesmo...
Faltou falar da economia toda indexada, mas isso é besteira... Só rindo mesmo...
Ok, mais uma colher de chá:
“1. The dramatic acceleration of inflation between 1972 and 1974 can be traced mainly to three ‘shocks’: rising food prices, rising energy prices, and the end of the Nixon wage-price controls program. Each of these can be conceptualized as requiring rapid adjustments of some relative prices.
2. The equally dramatic deceleration of inflation between 1974 and 1976 can be traced to the simple fact that the three factors just named were not repeated. In other words, double-digit inflation went away ‘by itself.’
3. The state of demand thus had precious little to do with either the acceleration or the deceleration of inflation between 1972 and 1976. This is not to say that aggregate demand management was irrelevant to inflation, but only that its effects were minor compared to the supply shocks.
4. While the rate of inflation as measured in the CPI rose about eight percentage points between 1977 and early 1980, the ‘baseline,’ or ‘underlying,’ rate may have risen by as little as three percentage points. The rest of the inflationary acceleration came from ‘special factors.’
5. The initial impetus for accelerating inflation in 1978 came mainly from the food sector, with some help from mortgage interest rates.1 The further acceleration into the double-digit range in 1979 mainly reflected soaring energy prices and, once again, rising mortgage rates. Finally, mortgage interest carried the ball almost by itself in early 1980.
6. The 1970s really were different. Energy shocks are quite clearly a product of the brave, new post-OPEC world.2 Food shocks are not new. We experienced them in the 1940s, but somehow managed to get away without them in the 1950s and 1960s.”
Blinder (1982) based his historical analysis on the following conceptual framework (pp. 263-264), which we have edited here only slightly for brevity, to re-order the points, and to make the terminology more modern:
“7. At any given moment, there is a core inflation rate toward which the actual inflation rate tends to gravitate. This rate is determined by fundamental economic forces, basically as the difference between the growth rates of aggregate demand and aggregate supply.
8. On the demand side, many factors, including monetary and fiscal policy, influence the growth rate of aggregate demand. On the supply side, the fundamental long-run force is the trend rate of change of productivity, though occasional abrupt restrictions in aggregate supply (so-called supply shocks) can dominate the supply picture over short periods.
9. For empirical purposes, the core rate of inflation can be measured by the rate of change of prices exclusive of food and energy prices.
10. The headline inflation rate can deviate markedly from the core rate over short periods. Rapid increases in food or energy prices, which are largely exogenous, can push inflation above the core rate for a while. Conversely, unusual moderation or declines in food or energy prices can pull inflation below the core rate. There are other special one-shot factors as well. For example, the Nixon price controls played a major role in the 1973-75 episode.”
Lucrécio.
A estrategia quando acuado do quermesseiro eh citar algum link aleatorio para artigo do NBER e torcer para o blefe colar. Picareta esse Lucrecio... Deve estar tentando arrumar uma vaguinha no IPEA...
Mas essa estrategia eh super comum na academia engajada brasileira. Se voce pegar um artigo aleatorio da REP, o chique hoje em dia eh citar autores e artigos mainstream completamente fora de contexto. Os jumentinhos tentando subir na hierarquia devem se sentir orgulhosos de como seus peofessores debatem com os mestres do mal... A jumentada pode ateh tentar ler, mas duvido que entenda metade.
"O"
"Não, isto não está errado, e você não vai mostrar num post. NADA garante que a inflação vai crescer descontroladamente depois de um choque de oferta sem inércia total. Ler o paper original do Taylor ajudaria."
Vou mostrar que pode acontecer por conta de política monetária acomodatícia e quero ver você ajoelhando no milho, batendo no peito e prometendo melhorar...
A estrategia quando acuado do quermesseiro eh citar algum link aleatorio para artigo do NBER e torcer para o blefe colar. Picareta esse Lucrecio... Deve estar tentando arrumar uma vaguinha no IPEA...
Então só pra não perder o costume, vou citar mais.
Eu entrei nessa discussão sobre regra de Taylor pra mostrar como não é preciso ir muito longe pra ver muitas vezes o banco central não precisa ser muito contracionista para "debelar" a inflação, mas a regra é irrelevante, porque para valer o modelo você precisa pressupor a existência de uma "taxa natural de juros" neoclassica e algo do tipo, e a validade do efeito Fisher.
Num mundo menos artificial isso não faz sentido. Supondo que o governo ou emita mais moeda ou baixe diretamente a taxa nominal de juros (tanto faz para o argumento) para dar inflação voce precisa supor que a economia ja esta operando a plena capacidade e não há folga. Mesmo no caso improvável que isso ocorra há um pequeno problema que é que a inflação evidentemente reduz o juro real e portanto mostra que numa economia monetaria o governo afeta sim a taxa de juros real efetiva (isso até Wicksell achava).
http://ideas.repec.org/p/nbr/nberwo/0836.html
Lucrécio.
Eu não estou dizendo que não existe inflação de demanda, apenas que, de fato, se diante de uma expansão da economia o banco central subir os juros, realmente alguns gastos mais sensíveis aos juros (consumo de duráveis, investimento residencial) devem ser desestimulados. a queda no crescimento destes gastos autonomos , se persistente desestimulará o investimento induzido.
Mas isso só ocorrerá se o banco central quiser que ocorra. O banco central pode resolver manter ou até reduzir os juros . O importante é que a taxa de juros será aquela que o BC quiser. para os sraffianos a taxa de juros de curto é fixada pelo bacen e as de longo dependem fundamentalmente do que o mercado acha que vai acontecer com as taxas curtas no futuro. Logo, em ultima instancia o bacen controla a taxa de juros.
A tradicional curva LM e seus pseudo efeitos de crowding out parcial dependem da duas hipóteses:
1. a idéia exótica de que a oferta e moeda e crédito não se expande com o crescimento da economia
2. que o banco central não acomoda o crescimento da chamada demanda transacional de moeda
Nem a macro ortodoxa utiliza mais estas idéias. Todos os modelos do novo consenso ou nova sintese neoclassica fazem o banco central seguir alguma regra de taxa de juros e em geral nestas regras (como a de Taylor) o bacen tende a acomodar qualquer aumento da "demanda por moeda" enquanto o produto estiver abaixo do potencial , a não ser que a inflação esteja acima da meta . logo, embora aceitem 1), refutam 2)
Os Sraffianos refutam 1) e 2).
Lucrécio.
Mais uma verdade inconveniente:
“Mantendo provisoriamente a hipótese irrealista de uma oferta nominal de moeda exógena, vamos assumir agora que há algum desemprego e salários nominais são flexíveis mas não infinita e instantaneamente flexíveis. A lenta queda no salário nominal vai levar não apenas a uma queda corrente no nível de preços e a um aumento na oferta real de moeda e uma queda correspondente na taxa nominal de juros mas vai também quase certamente acarretar um processo de deflação. Essa deflação significará que, a despeito da queda da taxa nominal de juros, a taxa real de juros pode mesmo estar aumentando com efeitos adversos sobre investimento (e devedores em geral). Por isto, como Keynes (1936,capítulo 19) notou, flexibilidade do salário nominal, a não ser que seja instantânea, pode efetivamente fazer o equilíbrio de mercado no mercado de
investimento e poupança mais difícil, e daí pode levar a economia para longe do pleno emprego.
No entanto, no mundo real a taxa nominal de juros é determinada exogenamente pelas autoridades monetárias e esta sujeita a restrições políticas, institucionais, internacionais e de convenções (como mostrados por Kalecki e Kaldor, vide Pivetti(1991) e Moore(1988)) enquanto a a oferta nominal de moeda é em grande parte endógena. Isso significa que a taxa nominal de juros não é de forma alguma flexível no mundo real.
Sendo este o caso, salários nominais flexíveis certamente criariam problemas. A exogeneidade da taxa nominal de juros leva a oferta nominal de moeda a se tornar endógena , se contraindo junto com a folha de salários nominais e o nível de preços da economia, evitando qualquer mudança significativa na oferta real de moeda.”
Caro Lucrecio,
Eu realmente nao entendi ateh agora qual o seu ponto. Seja mais preciso, por favor.
Primeiro, voce veio com esse blablabla sobre o coeficiente autoregressivo da inflacao, e eu refutei o argumento como um erro primario de entendimento de macroeconomia, pois tal coeficiente eh um termo de forma reduzida e passivel de tomar qualquer valor dependendo da politica monetaria.
Depois, voce comecou a desenterrar citacoes, talvez querendo argumentar que politica monetaria acomodaticia nao teria efeito inflacionario. Tal ideia nao encontra respaldo entre economistas profissionais, banqueiros centrais, academicos no mundo inteiro, exceto em algumas ilhas de sabedoria em um pais de terceiro mundo que fala portugues, as tais quermesses.
Mas o meu ponto principal eh que o pouco de respaldo intelectual que havia a favor de politica monetaria acomodaticia foi completamente extinto depois dessa crise recente. O que se discute na academia, nas instituicoes multilaterais, nos bancos centrais hoje em dia eh que os paises que mais se arrebentaram nessa crise foram exatamente aqueles que pisaram no acelerador durante o boom. Se voce estivesse um pouquinho melhor informado saberia disso.
"O"
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