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quarta-feira, 6 de março de 2013

Morre Chávez, descanse em paz

Hugo Chávez, o valentão participante de um golpe militar fracassado nos anos 1990, eleito presidente com uma bandeira de lei e ordem, para depois se transformar em um populista clássico da vertente ‘idiota latino-americano’, foi um dos políticos mais daninhos da história recente da América Latina. 

Sua estratégia para se manter no poder seguia algumas das principais lições castristas: um regime de exceção pode se perpetuar se conseguir exilar os intelectuais, os empreendedores, os inconformistas e os não-vagabundos do país. Quando entendeu que o principal obstáculo a seu projeto de governar por várias décadas era a classe média e os empreendedores, não economizou esforços para destruir a classe média de seu país. Para assustar os judeus, mandou tropas de choque invadirem com metralhadoras a creche judaica em Caracas. Para assustar os empreendedores, ameaçava expropriar e expropriava. Para assustar os servidores públicos, mandava publicar listas de eleitores opositores ao regime e cobrava juras de fidelidade à ‘revolução’. Para assustar a classe média em geral, dava de ombros com os altos níveis de violência e criminalidade em seu país. Para controlar os principais focos de poder, fez pouco caso da destruição da capacidade produtiva da petroleira estatal, PDVSA, aparelhada por batalhões de petralhas. Para deixar claro a todos que liberdades individuais e democracia eram valores repelentes para ele, Chávez nunca mediu esforços para ajudar a ditadura castrista usando o erário, e uma coleção de outros ditadores além-mar receberam ao menos apoio diplomático, de Assad a Mugabe. 

No âmbito da economia, também fracassou monumentalmente. Apesar de grande alta nos preços de petróleo (fora eleito em parte devido à crise que seu país passava com a baixa do petróleo em fins dos 1990s), não conseguiu expandir produção nem poupar parte significativa dos ganhos com a alta. A economia venezuelana durante todo seu governo não conseguiu escapar da inflação alta nem cresceu rapidamente. De 1998 até 2012, a economia venezuelana cresceu 3 por cento ao ano, enquanto Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru cresceram entre 4.1 e 5.8 por cento ao ano (dados do IMF/WEO de outubro de 2012, variável PIB per capita PPP). 

 Por essa ficha corrida, descanse em paz.

78 comentários:

É no mínimo incompleto avaliar a contribuição do Chavez, a ponto de dizer que o cara foi daninho, sem sequer mencionar a situação política da Venezuela antes dele e compará-la uma prospecção de como será o cenário político depois dele.

Não estou dizendo que o cara é bom. Só que a análise fica meio simplista usando os argumentos padrão de que ele era um ditador escroto. Parece um texto do Reinaldo Azevedo, que joga pra plateia que já sabe o que quer ouvir.

Um bom texto teria uma análise um pouco mais cuidadosa - no mínimo, rebatendo argumentos daqueles que falam que, longe de imperfeito, o Chavez pode ter uma influência democrática importante ao transferir poder e renda para setores que antes eram excluídos do cenário político.

Perfeito "O".

Sem mais delongas

Um exemplo de figura similar seria o Getúlio, no primeiro governo. Apesar de instituir uma ditadura, o regime dele não era tão menos democrático assim que a república velha. Teve perseguições e torturas diversas, provavelmente pior que o chavez. Mas a influência deste governo para o Brasil não foi necessariamente negativa por causa disso. Em 40 anos de república antes dele, não havia voto feminino e os trabalhadores eram largamente excluídos por um govern rent-seeking. A CLT e o salário mínimo, por mais que distantes do ideal microeconômico liberal, podem num contexto real dar poder de barganha aos mais pobres.

Uma coisa interessante de se olhar, mas q infelizmente não tenho comigo, é um gráfico da evolução da escolaridade média no Brasil ao longo do século XX. Se bem recordo, dá pra ver que os progressos depois da ditadura do Getúlio são significativos, quando comparados à quase estagnação antes (depois páram novamente na ditadura militar).
Abs

Caro B10,

Eu não disse sobre o que eu espero que aconteça simplesmente porque não tenho uma opinião formada. Minha intuição é que o dano é muito provavelmente permanente, considerando o legado de Perón e similares. Mas existem exceções, então fico com aquilo que eu sei, e se o Reinaldo Azevedo concorda comigo, isso é sinal que ele sabe desse assunto.

“O”

“Uma coisa interessante de se olhar, mas q infelizmente não tenho comigo, é um gráfico da evolução da escolaridade média no Brasil ao longo do século XX. Se bem recordo, dá pra ver que os progressos depois da ditadura do Getúlio são significativos, quando comparados à quase estagnação antes (depois páram novamente na ditadura militar).”

Então você não se recorda bem, porque Getúlio foi péssimo também para a educação.

Sinto vergonha de ter uma presidente que abraça este ideário e participa na tentativa de transformá-lo em mártir. Tamos f´didos mesmo.
Pô B10, você acha incompleta a avaliação do finado? Ele não merece nada além do "já vai tarde e torço para que a Venezuela perceba que foi péssimo". Estamos em 2013 não em 1960, deveríamos (Brasil e Venezuela) estar livres desse tipo de idiotia.
Maradona

"Então você não se recorda bem, porque Getúlio foi péssimo também para a educação."

Como eu disse, seriam progressos depois de Getúlio - especificamente, entre a ditadura do Getúlio e a ditadura militar. O sentido era que a ditadura era ruim, mas o legado em termos de maior participação política das classes mais baixas pode ser positivo caso a situação anterior fosse tão ruim quanto.

Mas já adianto sua crítica e concedo que, sem muito mais cuidado na análise, não dá pra atribuir uma coisa à outra. Fica como uma sugestão. O ponto é que democracia de jure é diferente de democracia de facto, e talvez a passagem do Chavez pela Venezuela possa ajudar a se atingir o segundo caso. Pelo menos essa é a esperança.

Só pra deixar claro: eu compartilho sua antipatia pelo Chavez e pelas medidas dele. Mas estou tentando colocar as coisas em perspectiva para tentar ter uma opinião um pouco mais completa.

Caro B10: o "O" foi até pouco rigoroso nas críticas ao caudilho Chavez. "Chavez ter uma influência democrática (ainda mais, importante?)?"
"Teve perseguições e torturas diversas, provavelmente pior que o Chavez." Comparar o ruim com o pior? Para os dias atuais o Chavez é receita antiga populista que só é aceita em países menos esclarecidos. O difícil de entender é a Argentina aceitar o populismo da família governante atual (a Argentina era - ainda é - mais escolarizada que o Brasil). É um caso sociológico a ser estudado.
Em 1998 o petróleo estava em US$11,75 o barril, hoje perto de 100. Em 1998 a Venezuela produzia 3,48 milhões de barris dia, hoje 2,72. A inflação lá é mais de 20% (com artificialismos em preços, inúmeras taxas de câmbio, todas artificiais). Perseguir a imprensa acontece só em países pequemos como o Equador. Fazer isto na Argentina e na Venezuela? É pena que o mundo ainda tenha pessoas tão demagogas e ignorantes sendo acreditadas no mundo livre. Isto só é aceitável na Coréia do Norte, em Cuba, na ignorância do fundamentalismo religioso.
Felizmente o Lula, inteligente que é, buscou o Meirelles e o Palocci (que foi detonado, não por suas ideias, mas por suas fraquezas).

Getúlio foi uma das piores coisas que aconteceu ao Brasil, e Chaves à Venezuela. Não é o caso de comparar o "antes" com o "depois", mas o que poderia ter acontecido nesses anos AO INVÉS do Chaves (por exemplo, com um governo do Quico ou da Chiquinha).

Eu só acho que poderíamos ter contribuído para cessar o sofrimento do líder bolivariano. Já que Einstein e o Sírio estavam fora de consideração, apesar de favoritos do politburo nacional, poderíamos ter oferecido o hospital evangélico e sua famosa UTI.

"Então você não se recorda bem, porque Getúlio foi péssimo também para a educação. "

Isso mesmo. Veja o gráfico 7 do trabalho do Thomas Kang.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-41612011000300004&script=sci_arttext#grf07

os intelectuais??
esses caras quase sempre são a favor dos governos populistas..
o livro "o manual do perfeito idiota latino americano" fala disso também...

Não sei se entendi bem o sentido de "eleito com bandeira de lei e ordem para depois se transformar em um populista clássico", mas em 1998 ele já pregava a refundação da Venezuela: um novo regime baseado em uma nova constituição. E já se apresentava como salvador da pátria, apelando a Bolívar, ao antimperialismo etc.

O (Irineu de Carvalho Filho),

Você não se sente patético com seus argumentos ideológicos baratos?

Numa boa, quando leio seus artigos eu me lembro da minha juventude socialista desinformada, só que com sinal invertido.

E o pior de tudo é quando vejo em você um historiador frustrado, sinto pena de você (tanto pela frustração quanto pela péssima qualidade de suas publicações nesta área).

Alexexandre, tira o O ou Irineu porque ele estraga teu blog!

De verdade, todo mundo que comento fala exatamente a mesma coisa...

O coeficiente Gini (muito graças a Chavez) da Venezuela é uma categoria melhor que o do Brasil.. mas não, não mencionemos isto.. o que importa é a produtividade da petroleira dele.. risos

Um amigo me telefonema da Venezuela. É impossível avaliar a comoção popular. Até os que estão comemorando, comemoram com cara de luto. Mas há verdades e verdades, realidades e realidades, a do "O" é uma verdade real, absoluta, incólume, eterna e inaudita! Não é para o povão venezuelano!

queda de 50% na taxa de pobreza, desemprego caiu pela metade, GDP per capita e taxa de alfabetização dobraram.. só sendo muito doente pra ser contra o governo dele

Leonardo,
Obrigado, seu gráfico corrobora com a minha tese. A taxa de matrícula era baixíssima no início do governo do Getúlio (o gráfico só mostra 1933, então tou tomando isso como proxy da escolaridade na república velha). Depois do estado novo, esta taxa começa a subir. Isso indica que tem algo de diferente no modelo político antes do Getúlio e depois do Getúlio, não?

Na verdade, o gráfico mostra também que a taxa de matrículas aumentou, ainda que um pouquinho, durante o período do Getúlio. Pode-se argumentar que teria aumentado mais ainda se ele não tivesse tomado o poder. Mas será? Se a república do café com leite era capaz disso, porque a taxa de matrícula era tão pequena em 1933?

Não tenho as respostas, mas acho que são boas perguntas.

"queda de 50% na taxa de pobreza, desemprego caiu pela metade, GDP per capita e taxa de alfabetização dobraram.. só sendo muito doente pra ser contra o governo dele"

Babou, babão.

(a) A queda na taxa de pobreza foi generalizada, em toda a América Latina e aconteceu no passado quando o preço do petróleo subiu.

(b) Desemprego caiu devido ao preço do petróleo, não quer dizer nada. Ainda assim, continua bem alto.

(c) GDP per capita não dobrou. Apenas cresceu 3% como mencionei no post enquanto em outros países da America Latina cresceu mais rápido. Em outras palavras, é incontestavel que os anos Chávez foram anos em que a Venezuela ficou para trás em relação a seus vizinhos latino-americanos.

(d) “Taxa de alfabetização dobrou”? Hahaha tu és muito imbecil e inumerado para acreditar nisso. Como pode ter dobrado, era menos que 50% antes de Chavez chegar?!? Não sejas idiota.


“O coeficiente Gini (muito graças a Chavez) da Venezuela é uma categoria melhor que o do Brasil.. mas não, não mencionemos isto.. o que importa é a produtividade da petroleira dele.. risos”

Sim, se o principal negócio de seu país é a indústria petroleira, não existe nada mais importante que a produtividade dessa indústria. Se não fora por Chávez, a Venezuela deveria estar chegando perto dos 30,000 dólares de renda per capita, produzindo 50% mais petróleo do que produzia antes de Chávez chegar ao poder.

“Não sei se entendi bem o sentido de "eleito com bandeira de lei e ordem para depois se transformar em um populista clássico", mas em 1998 ele já pregava a refundação da Venezuela: um novo regime baseado em uma nova constituição. E já se apresentava como salvador da pátria, apelando a Bolívar, ao antimperialismo etc.”

Ele se elegeu com o voto da classe media porque ele prometia lei e ordem. Ouvi isso de vários venezuelanos, inclusive de alguns que votaram nele em 1998. Mas talvez você possa argumentar que o discurso de lei e ordem não é inconsistente com ‘populista clássico’.

"só sendo muito doente pra ser contra o governo dele".
Cara, se vc olha pro Chaves, ouve o que ele diz e não tem pena dos venezuelanos vc é um tapado.
Daniel

“os intelectuais??
esses caras quase sempre são a favor dos governos populistas..”

Conheço alguns intelectuais que deixaram a Venezuela devido ao Chávez, inclusive professores universitários de engenharia, fisica alem de economia. Talvez você esteja confundindo ‘intelectual’ com ‘professor de ciências humanas’…

“O difícil de entender é a Argentina aceitar o populismo da família governante atual (a Argentina era - ainda é - mais escolarizada que o Brasil).”

Chegaste atrasado no debate. A educação na Argentina é um horror – os portenhos perdem do Brasil e Colômbia no PISA (e perdem de goleada do Chile, mas nenhuma surpresa aqui). Mais alguns anos e até o Peru vai passar na frente da Argentina.

To achando q se algum populista desses jogar uma palavrinha ao pé do ouvido do B10, leva!

" Talvez você esteja confundindo ‘intelectual’ com ‘professor de ciências humanas’"

mas essa é a (deturpada) definição não é?

Geralmente, esse povo da esquerda bolivarista faz a distinção entre intelectuais e intelectuais de direito. O ultimo é tido com certo preconceito...

Desconfio que o B10 andou lendo o Acemoglu & Robinson e ‘quase’ entendeu.

É interessante comparar o crescimento do PIB per capita PPP da Venezuela com outros países emergentes produtores de petróleo, de 1998 até 2012 para ter uma medida do tamanho do desastre que foi Chávez.

Angola............ 7.9%
Azerbaijão........12.8%
Colômbia.......... 4.4%
Equador ...........4.5%
Irã................5.3%
Mexico.............3.2%
Cazaquistão........9.1%
Omã................4.3%
Rússia.............7.7%
Venezuela..........3.0%

"Não é o caso de comparar o "antes" com o "depois", mas o que poderia ter acontecido nesses anos AO INVÉS do Chaves (por exemplo, com um governo do Quico ou da Chiquinha)."

Acontece que no mundo real, da política, não existe "o que poderia ter sido".
A situação política da Venezuela estava dada quando Chavez apareceu, e seu sucesso junto às camadas pobres (ainda que possa tê-las prejudicado) fala muito sobre como eram as outras opções.

Tanto é que a oposição só chegou perto da vitória quando passou a reconhecer avanços nos governos Chavez e amenizou o discurso.

Estamos tratando de política, não de um modelo com 2 variáveis...

"O" , prepare-se p o B10 e seus pares. Nessa sua comparação de PIBs , vc controlou para o amor acumulado dos súditos p seus lideres . Amor deriva U mas nao está no PIB. Volta p escola "O"! : )

"Estamos tratando de política, não de um modelo com 2 variáveis..."

Em política muito é acidente histórico.

Por exemplo, se Rafael Caldera não fosse fraco, Chávez não teria sido indultado de seus crimes e estaria ainda na cadeia em 1998.

Quanto ao pré Chávez, a Venezuela foi o país latino-americano que menos fez reformas macroeconômicas, as tais chamadas neoliberais. Por isso mesmo, já tinha inflação alta antes de Chávez chegar.

O militarismo é herdado diretamente do caudillo Juan Vicente Gómez.

O anti-americanismo de esquerda também tem longa história naquele país (vide Carlos Andrés Pérez, isso mesmo).

o blog do drunkeynesian fez uma boa sintese dos dados.

Pra resumir, os anos Chaves foram bons pra economia do país, mas poderia ter sido muuuito melhor

Os 2 melhroes resultados foi no indice de gini e extrema pobreza, porisso aquela multidão no velorio

"Por exemplo, se Rafael Caldera não fosse fraco, Chávez não teria sido indultado de seus crimes e estaria ainda na cadeia em 1998."

Perfeito. Assim como, no dia em que o Duda Mendonça, ao vivo e a cores, disse que recebeu 10MM de dinheiros em um paraíso fiscal, tivessem pedido o impeachment do malandro de Garanhuns, a dona presidenta não estaria aí. Covardia é intrínseca nestas bandas!

O sucesso do país agora é medido pelo crescimento do PIB. Só

Não importa o passado do país, não importa a situação política, não importa índice de desigualdade de renda, educação, saúde, nada.

Agora sim eu entendo porque falam que a economia americana está se recuperando fortemente (dado a maxima do DJ) enquanto o numero de moradores de rua de NYC bate maxima histórica.

O populismo produz danos de longo prazo para o processo democrático, porque impede sucessores de proporem medidas ue favoreçam o crescimento de longo prazo. A Venezuela, assim como de certa forma o Brasil, estão amarrados no assistencialismo. É claro que o assistencialismo gera resultados de curto prazo, mas também é fato que ele é usado para manipular o eleitor e atapalha o crescimento de longo prazo. A Dilma é vítima da politicagem do Lula e vai ser novamente vítima de sua falta de coragem de alterar os rumos atuais. Na Venezuela, a coisa vai ser muito pior. Vinte anos para digerir esse tolo do Chaves (sem querer dizer com isso que seus opositores sejam muito melhores).

Abraços

continua ignorando o indice gini melhor que o brasileiro, mesmo com o paleoliberalismo de lula

Fatores do crescimento econômico no longo prazo: 1) produtividade dos fatores; 2) tecnologia e inovação; 3) poupança; 4) capital humano; 5) oferta de mão-de-obra; 6) oferta de recursos naturais; e 7) instituições (regras do jogo). Um pouco de Solow, Romer, Marshall e North não faria mal a ninguém. Aos que falam tanto no Gini, não custa lembrar que em Cuba, Coréia do Norte e Albânia o índice deve ser próximo de zero, mas e daí? De que adianta todos serem pobres? Queremos uma sociedade totalitária?

"Desconfio que o B10 andou lendo o Acemoglu & Robinson e ‘quase’ entendeu."

Eu ainda não li o Why Nations Fail, se é a este livro que você está se referindo. Espero ansioso sua ajuda me apontando estas falhas, para que eu possa aprender um pouco mais. Em que sentido, ao ter levantado as hipóteses acima, eu contrario Acemoglu e Robinson?

Sempre bom aproveitar uma oportunidade para aprender!

“continua ignorando o indice gini melhor que o brasileiro, mesmo com o paleoliberalismo de lula”

Eu não reconheço os números de Gini da Venezuela. Nem eu nem ninguém na profissão. Move on.

A venezuela ta mais fudida que o Brasil. E isso nao e pouco!

“O sucesso do país agora é medido pelo crescimento do PIB. Só”

És débil mental.

“Não importa o passado do país, não importa a situação política, não importa índice de desigualdade de renda, educação, saúde, nada.”

Quem disse isso, ó besta?

“Eu ainda não li o Why Nations Fail, se é a este livro que você está se referindo. Espero ansioso sua ajuda me apontando estas falhas, para que eu possa aprender um pouco mais. Em que sentido, ao ter levantado as hipóteses acima, eu contrario Acemoglu e Robinson?”

Contrariar Acemoglu e Robinson não é um problema tão grave, a meu ver.

Eles compram muitos dos memes da esquerda latino-americana. O comentário que você fez poderia ter saído da pena deles.

Chavez é um perfeito exemplo dos tiranetes responsáveis pela péssima fama que tem a América Latina no mundo civilizado relativamente aos governantes.
Era um cruzamento de Mussolini com o palhaço Chaves do seriado. Somente um povo semi analfabeto e atrasado pode apoiar um sujeito como Chavez.
Infelizmente essa é a sina dos povos latino americanos inclusive, é claro, os bananeiros.
Alguém disse que não há democracia quando a maioria do eleitores é dependente do governo.
Morreu tarde. Azar do inferno.

Décio

"O comentário que você fez poderia ter saído da pena deles."

Então, o que foi o seu comentário anterior?
"Desconfio que o B10 andou lendo o Acemoglu & Robinson e ‘quase’ entendeu."

Não me resta alternativa senão pensar que não passou de um ataque ad hominem sem fundamento.

Essa discussao aqui ta medonha... O post anterior do Alex, muito melhor do que este do O (Irineu), acabou ficando meio ofuscado por esta palhacada...

Recomendo a discussao de conjuntura que ta rolando por la...

“Não me resta alternativa senão pensar que não passou de um ataque ad hominem sem fundamento.”

B10, deixa de ser chatinho.

O que você disse sobre Chavez possivelmente gerando um aumento da voz e democracia de facto demonstraria mal entendimento da teoria daquele livro, se você o tivesse lido. Como não leu, recomendo, ainda que tenha seus defeitos, é um livro bem interessante que vale a pena digerir e chegar a suas próprias conclusões.

Poderia ter saido da boca de um dos autores porque eles não entendem a economia política e a história recente da América Latina. Alguns dos pontos mais fracos daquele livro dizem respeito à América Latina. Por exemplo, eles prevêem um futuro melhor para o Brasil do que para a Colômbia. A seção sobre o Brasil é muito fraca. É baseada em apenas uma referência bibliográfica e apologética do PT.

O B10 tentando virar estrela num debate sobre a Venezuela?

Ou escolheu errado o assunto para criar uma falsa polêmica ou não passa de mais um membro da falange dos militontos da idiota esquerda latino americana.

Pelo visto não é só a economia na Unicamp que é ruim, parece que a engenharia também não está formando bem e nem a PUC RJ salvou o menino...

"O",
Seu último comentário foi muito mais civilizado, obrigado.
Meu ponto não é e nunca foi uma defesa do governo Chavista. Só queria passar minha opinião de que o seu argumento é mais fraco por não contemplar o passado da Venezuela e implicações futuras do Chávez. Sem isso, seu texto fica unidimensional, óbvio, coisa que se escuta corriqueiramente em qualquer lugar.

Eu não sou e provavelmente não serei nenhum especialista em Venezuela. É bem possível que as práticas antidemocráticas de Chavez tenham uma influëncia péssima. A declaração do chefe militar lá dizendo que vai garantir a eleição do Maduro não sugerem um prognóstico bom no curto prazo. Mas aparentemente não dá pra descartar uma influência positiva nos moldes que citei.

Falar "seu argumento é parecido com Acemoglu, e Acemoglu não entende de América Latina, logo você está errado" não me parece uma boa forma de contrariar a hipótese que levantei. É um argumento de autoridade ao contrário. Ainda mais dado que você mesmo falou que não tem uma opinião formada sobre prognósticos da Venezuela.

Para quem ainda não sabe, quem manda na Universidade brasileira é a esquerdalha travestida de democrática e pró-pobre.

O Drunkeynesian trás um post sobre o chavismo bem mais interessante do que esse textículo do “O”.
http://drunkeynesian.blogspot.com.br/

Fora O (Irineu de Carvalho Filho) desse blog! Para de estragar isso aqui com seu viés ideológico barato.

E acho que o B10 tá muito correto, tanto no posicionamento quanto na humildade.

Você lá no blog no Nakedkeynesianism foi BEM mais chato (ou chatinho) e não se mancou. O cara tá querendo aprender.

E cá entre nós, quem é voc~e para falar do Acemoglu? Tenho pena...

B10,nao eh qualquer tipo de inclusao social que gera incentivos para o estudo/trabalho/inovacao/empreendedorismo...Desconfio que seja dificil encontrar alguma evidencia positiva do "legado" do Chavez...


Yankee

"B10,nao eh qualquer tipo de inclusao social que gera incentivos para o estudo/trabalho/inovacao/empreendedorismo..."

Isso mesmo.

Vale lembrar que programas como o Bolsa Familia que sao focalizados nos mais pobres possivelmente AUMENTAM a desigualdade de riqueza, via reducao da poupanca precaucional. O artigo do Tiago Berriel e Eduardo Zilberman sobre o BF eh um que vale a pena ler.

"O"

"Vale lembrar que programas como o Bolsa Familia que sao focalizados nos mais pobres possivelmente AUMENTAM a desigualdade de riqueza, via reducao da poupanca precaucional. O artigo do Tiago Berriel e Eduardo Zilberman sobre o BF eh um que vale a pena ler."

Bom ponto, e bom paper mesmo (já conhecia). Por outro lado, o paper também acha que bem estar e pobreza diminuem. Já que você está mencionando um contexto com imperfeição no mercado de crédito e poupança precaucional, vale pensar em o que aconteceria se o modelo incluísse investimentos em capital humano. Estou pensando na literatura de contratação sub-ótima de educação devido a restrições de crédito, trabalho infantil, etc. É possível que, ao deixar o limite de crédito menos binding, esta transferência aumente investimentos em capital humano.

Acho que não dá pra ir muito mais longe na especulação sem olhar pros dados. Se algum dia eu montar algumas tabelas e gráficos sobre isso, aviso.
Abs

Eu gostei do "Why nations fail" ate chegar no ultimo capitulo que eles fazem uma analise totalmente equivocada do Brasil, insinuando que Lula foi o grande responsavel pelo rompimento com o passado. Eu fiquei a ponto de escrever para os autores explicando um pouco do Brasil, mas deu preguica.

Se e' para elogiar ditadores como o B10, eu prefiro Hilter. O sucesso economico da alemanha nazista e' indiscutivel. Se Hilter tivesse morrido em 1939 seria um grande heroi da historia, como churchill frisou.

Mas tem melhores como o Park da Korea do Sul e Yew de Cingapura. Esses estao mais para despotas esclarecidos do que caudilos idiotas. Nao tem NENHUM idiota latino americano que merece qualquer respeito.

Ah, e só pra fechar com a discussão inicial, escolaridade e renda são correlacionados com participação em eleições na literatura que busca explicar por que eleitores votam (Wolfinger e Rosenstone 1980). Talvez este tipo de transferência, se levar a um aumento de educação ou renda entre os mais pobres, possa aumentar sua participação política.

Anos médios de escolaridade, 15+ anos, na Venezuela segundo o WB open data:
1975: 4.7
1980: 4.7
1985: 5.4
1990: 5.1
1995: 5.5
2000: 5.9
2005: 6.4
2010: 7.0
Não chega a ser um resultado fantástico. Nesse período, o Brasil sai de trás e ultrapassa a Venezuela. Mas o case de universalização da educação no Brasil é excepcional -- não ter o mesmo resultado não significa que foi tão ruim. Dada a estagnação relativa de 1970 até 1995, talvez o resultado do Chavez possa ser considerado bom. Mas precisaria entender muito mais pra ter uma opinião melhor.

Não sei por que agora no Brasil todos os comentários têm de ser perfeitamente simétricos.
Ora, se o autor não concorda com as políticas do Sr Chaves pra que irá escrever bem? Para ser justo? A faça-me o favor. Opiniões são opiniões, se vc quer ler sobre os dois lados então pesquise, mas querer que toda a análise seja perfeitamente simétrica cansa.

Boa Fernando, não só cansa como é improdutivo, principalmente para um debate público de verdade.

"Eu gostei do "Why nations fail" ate chegar no ultimo capitulo que eles fazem uma analise totalmente equivocada do Brasil, insinuando que Lula foi o grande responsavel pelo rompimento com o passado. Eu fiquei a ponto de escrever para os autores explicando um pouco do Brasil, mas deu preguica. "

Aquele ultimo capitulo eh uma merda ignorante. Eh o que acontece quando o sujeito quer saber de tudo. Eles citam uma unica obra sobre o Brasil e formam sua opiniao, e a expoem em um capitulo crucial do livro. Vai para a historia como 'erros de economistas'.

Existem vários intelectuais que defendem o comunismo; li sobre vários doutores, inclusive da USP, que acreditam neste sistema de governo.
Apesar da História ter demonstrado, sem desculpas e claramente, a ineficiência e iniqüidade de tal modelo.
Pol Pot, Stalin, Mao, dentre outros, verdadeiros monstros; as dezenas de milhões de vidas ceifadas, prematuramente, por eles e pelo sistema comunista testemunham, com sangue, o que intelectuais 'pés-na-pantufa' jamais vieram a ter a mínima dignidade de conhecer.


Meus caros,
"...Anos médios de escolaridade, 15+ anos, na Venezuela segundo o WB open data:
1975: 4.7
1980: 4.7
1985: 5.4
1990: 5.1
1995: 5.5
2000: 5.9
2005: 6.4
2010: 7.0
Não chega a ser um resultado fantástico. Nesse período, o Brasil sai de trás e ultrapassa a Venezuela. Mas o case de universalização da educação no Brasil é excepcional..."

Não conheço o caso venezuelano, mas conheço o caso brasileiro. Os anos médios de estudo da população de 15 anos ou mais tem pouca influência das políticas correntes devido a questões demográficas (você começa a educar determinada coorte. Quando esta passa dos 15 anos de idade, substituindo as pessoas velhinhas - pouco escolarizadas - que estão morrendo, o índice agregado médio muda pouco). Assim, uma melhoria educacional tem impactos lentos e de longo prazo - cada vez que uma coore mais educada substitui outra menos educada, o índice médio melhora um pouquinho até só sobrar coortes mais educadas.
É o que está acontecendo aqui no Brasil. Os impactos do FUNDEF são admiráveis e ainda vão acontecer durante muito tempo. Mas o presidente de plantão (lulla), cujo partido foi contra o FUNDEF, se apropriou muito dos efeitos deste.
Pois bem, a pergunta é, o que deste aumento da escolaridade média pode efetivamente ser devida ao Chavez (e não alguma política anterior)? Eu não sei a resposta, mas me parece excessivo vincular este aumento exclusivamente ao Chavez.
Saudações

"O" Anonimo (06/03/2013 às 16:22),
Não gosto de Hugo Chavez desde quando ele aproveitou o descontentamento popular com a introdução no sistema tributário venezuelano do imposto sobre consumo de valor agregado, semelhante no modelo nosso ao ICMS que fora introduzido pelos militares no final dos anos 60, para dar o golpe que acabou por o levar ao poder. É uma avaliação apressada que eu faço: o político é contra o aumento da carga tributária, eu fico contra o político.
Considero, entretanto, que a avaliação que você faz dos políticos de que você não gosta é ainda muito mais ligeira do que a minha. E o seu comentário estendendo sobre a Argentina ainda pareceu-me menos fundamentada. Aliás foi o que eu achei também do seu post aqui no blog A Mão Visível quando da morte de Nestor Kirchner. (Ver meu comentário enviado 29/10/2010 às 13:47 para o post de sua autoria intitulado "Nestor Kirchner, descanse em paz" de quarta-feira, 27/10/2010 e que pode ser visto no seguinte endereço: http://maovisivel.blogspot.com.br/2010/10/nestor-kirchner-descanse-em-paz.html)
É preciso acompanhar mais de perto o teste do PISA. Talvez daqui a dez anos, a informação que o PISA venha a fornecer seja mais confiável.
Compare-se, por exemplo, Portugal, com o Chile. A diferença de 40 pontos a mais para Portugal, por mais que Portugal tenha melhorado a educação após a entrada do país na Comunidade Européia, parece ser um tanto irreal. Ao mesmo tempo, conhecendo a realidade dos dois países, parece ser pequena a diferença do Chile para o Brasil (37 pontos) (Ver a esse respeito o link: https://mypisa.acer.edu.au/images/mypisadoc/acer_pisa%202009%2B%20international.pdf).
Já o post “Mais que mil, vale um milhão de palavras” de segunda-feira, 09/04/2012, aqui no blog A Mão Visível é bastante informativo sobre a evolução da educação em inúmeros países. Nele é realmente visível o progresso de Portugal e Chile que talvez corrobore os dados do PISA, mas infelizmente a Argentina não aparece no quadro. (O link para o quadro aqui no blog é: http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/04/mais-que-mil-vale-um-milhao-de-palavras.html).
Penso que vale montar um quadro comparativo entre a Argentina, Portugal, Chile e Venezuela no que diz respeito a educação superior (de terceiro nível).
A informação sobre o percentual de alunos no nível superior pode ser vista no link indicado a seguir: http://data.worldbank.org/indicator/SE.TER.ENRR).
Deixo para mostrar o quadro em outra oportunidade. Em resumo faço duas observações. A primeira é para dizer que no ensino superior estão todos fazendo bonito, salvo talvez o Brasil. É preciso ver como estão os dados mais recentes do Brasil, pois lá os dados não estão disponíveis.
A segunda é que a Colômbia deve ser vista como um país modelo para estudo. É um país sem nada de excepcional, mas que vem melhorando. Na década de 80 e 90, foi o único país na América do Sul que não se preocupou com inflação. Lá a inflação ficou na faixa de 30% ao ano. Naquelas duas décadas, a Colômbia foi provavelmente o pais que mais cresceu na América do Sul. Em compensação lá foi onde a guerrilha mais prosperou. Na década seguinte eles acabaram com a inflação e com a guerrilha. Como eu tenho dito até que um economista prove com dados o contrário, a inflação é só um problema político.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 08/03/2013

"Ele se elegeu com o voto da classe media porque ele prometia lei e ordem. Ouvi isso de vários venezuelanos, inclusive de alguns que votaram nele em 1998. Mas talvez você possa argumentar que o discurso de lei e ordem não é inconsistente com ‘populista clássico’."

Continuo: não dá para entender o que você (ou seus amigos venezuelanos) quer dizer por lei e ordem. Ele dizia que iria manter o sistema republicano anterior? Que iria as bases do acordo Copei-AD que sustentavam o regime de então? Que não iria meter a mão no sistema econômico? Pergunto por que minha memória pode estar confundindo os períodos, mas eu tenho a impressão que ele deixou claro que iria botar abaixo o que existia e colocar algo bem diferente no lugar em termos de instituições, leis e políticas.

Mas, enfim, uma coisa é certa: o chavismo não segue as leis de sucessão que criou e não discerne governo de movimento ou de Estado. Se é isso ao que vc se refere, não tenho como discordar.

*Que iria manter as bases do acordo Copei-AD que sustentavam o regime de então?


Aproveito para perguntar, "O", sobre onde posso ler uma comparação das reformas liberalizantes do Carlos Andrés Pérez com as de outros países do continente na mesma época?

Os dois governos Perez foram bem diferentes entre si.

http://www.thedailybeast.com/articles/2013/03/07/why-hugo-chavez-was-bad-for-venezuela.html

"Os dois governos Perez foram bem diferentes entre si."

Sim, no segundo governo o pais estava falido, exatamente como consequencia de decadas de macroeconomia populista - nao diferente das politicas chavistas.

"Aproveito para perguntar, "O", sobre onde posso ler uma comparação das reformas liberalizantes do Carlos Andrés Pérez com as de outros países do continente na mesma época?"

Tente este aqui: http://www.iadb.org/en/research-and-data/publication-details,3169.html?pub_id=wp-348

Os dados subjacentes a este paper eram disponíveis na internet e atualizados, mas não encontrei-os.


“Continuo: não dá para entender o que você (ou seus amigos venezuelanos) quer dizer por lei e ordem.”

O que eu quis dizer é que ele era o candidato, homem-forte, que iria combater o crime e a corrupção. Pense no Enéas no Brasil. Hoje sabemos que a segurança pública piorou consideravelmente na Venezuela, mas já era ruim no final dos anos 90 e muita gente de classe média votou nele porque achava que ele resolveria este problema.

“Mas, enfim, uma coisa é certa: o chavismo não segue as leis de sucessão que criou e não discerne governo de movimento ou de Estado.”

Fala sério. Qual sua nova descoberta, que venezuelanos falam espanhol? O chavismo é equivalente a uma quadrilha. Chavez era o chefe. Durante seu governo dezenas de bilhões de dólares desapareceram em gastos off-budget. Ninguém sabe como foram gastos. Até a PDVSA deixou de ser auditada.

" Aquele ultimo capitulo eh uma merda ignorante. Eh o que acontece quando o sujeito quer saber de tudo. Eles citam uma unica obra sobre o Brasil e formam sua opiniao, e a expoem em um capitulo crucial do livro. Vai para a historia como 'erros de economistas'. "

Sem duvida, eu confesso que durante a leitura do livro fiquei imaginando como os autores iriam analisar o Brasil, afinal deram varios exemplos como Argentina e Colombia, mas quase nao se referiam ao Brasil. Argentina eles parecem ter feito uma analise correta, ja quanto a Colombia acho que se perderam.

Apesar da tese central do livro me parecer robusta, o entendimento do Brasil me fez questionar as outras analises do livro.

“Sem duvida, eu confesso que durante a leitura do livro fiquei imaginando como os autores iriam analisar o Brasil, afinal deram varios exemplos como Argentina e Colombia, mas quase nao se referiam ao Brasil. Argentina eles parecem ter feito uma analise correta, ja quanto a Colombia acho que se perderam.”

Tanto o Robinson quanto o Acemoglu têm um conhecimento do Brasil da mesma profundidade do leitor médio de Financial Times. Eu fiquei decepcionado com esta parte do livro, e sim, levanta suspeitas sobre a qualidade do resto da obra.

O problema dos defensores de chavez ou do comunismo é que a grande maiorira é da area de sociologia, historiadores e afins.. ou seja, quando se deparam com a grande questão de que eles tem que saber de economia para analisar governos, acabam falando idiotices como "ahh ele dividiu o dinheiro pros pobress" e lugares comuns que agente so encontra no telecurso 2000.. um grande exemplo é a professora da usp que debateu com o alex no jornal da cultura.. se na usp,ufrj,etc ja é essa pobreza intelectual imagina nas outras federais por aí..

É por esse contexto da Venezuela e a do Brasil é que acredito que democracia não serve para alguns países.

Simplesmente, em certos países, a maioria tente a consumir bem estar no curto prazo, deixando que o futuro se resolva.

Muitas vezes a população faz isso por ignorar, mas em diversos casos fazem isso por realmente só pensarem no bem estar do presente.

Ao Brasil se aplica essa afirmação.

Não foi só o "O" Anonimo que não gostou do livro do Acemoglu:http://mobile.thegatesnotes.com/en/Books/Personal/Why-Nations-Fail?WT.mc_id=03_1_2013_WhyNationsFail_tw&WT.tsrc=Twitter

Anônimo (16/03/2013 às 07:39),
Valeu a sua indicação da resenha de Bill Gates sobre o livro de Daron Acemoglu e James Robinson "The oirigins of Power, Prosperity, and Poverty - Why Nations Fail".
Aliás não entendi porque o link que você deixou fosse tão grande pois a resenha pode ser acessada também via o link com o endereço mais resumido como se vê a seguir:
http://www.thegatesnotes.com/en/Books/Personal/Why-Nations-Fail
Não li o livro, sou leigo em economia, mas alguns textos que li de Daron Acemoglu e James Robinson me pareceram muito pobres.
E a opinião de Bill Gates sobre economia para mim não tem muita relevância. Dou à opinião dele a mesma relevância que dou à opinião de, por exemplo, Einstein sobre religião ou sobre a Administração Pública. Agora concordo com os pontos abordados por Bill Gates na resenha que ele fez do livro de Acemoglu. Aliás, mesmo considerando que houve um pouco de corporativismo, ou talvez "esprit de corps", na defesa que Bill Gates fez de Carlos Slim em relação à comparação que Daron Acemoglu e James Robinson fazem do surgimento de Bill Gates e de Carlos Slim, penso que a defesa que Bill Gates faz de Carlos Slim está correta, ou pelo menos, trata-se de uma defesa com a qual concordo.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 16/03/2013

"O" Anonimo,
Um texto interessante sobre Hugo Chavez saiu no jornal O Tempo de Vitório Medioli. Vitório Medioli pode não ser considerado de direita, mas ele é certamente anti petista.
O texto intitula-se "Chavez não era o demônio" é de autoria de Murilo Rocha e saiu na quinta-feira, 07/03/2013. Não achei o link para o artigo no jornal O Tempo, mas ele pode ser lido no endereço a seguir:
http://www.manoelafonso.com.br/?conteudo=texto&tipo=Sala%20de%20Espera&texID=33289
Faço essa indicação em comentário destinado a você apenas para destacar que as análises das personalidades da história deveriam levar mais em conta o contexto de cada país. Você faz a crítica ligeira com base quase sempre em sua antipatia e dando botinada, mais a torto do que a direito, que mais revelam um perna de pau, mesmo quando o jogo é com a cabeça.
O artigo, ou melhor, a coluna de Murilo Rocha foi transcrita no Blog de Manoel Afonso. Não me parece que o conselho sirva para você, mas para muitos comentaristas aqui no blog, eu considero que vale a pena a leitura.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 16/03/2013

Irineu, o FMI sabe que voce escreve estas coisas. Voce vai acabar perdendo o emprego quem nem o Alex.