Chavez Price Caps Spark Panic Buying of Coffee, Toilet Paper
Venezuelan President Hugo Chavez’s move to expand price controls this week sparked panic purchases by consumers, leading to shortages of everything from coffee to toilet paper.
People are buying more than they need to stock their homes and resell the products at a profit in the black market, Food Minister Carlos Osorio said yesterday on state television. The authorities are visiting stores to ensure the availability of regulated products, he said.
“I’m buying everything that’s on the price control list that’s going to be regulated,” retired schoolteacher Elena Ramirez, 56, said in an interview at a Dulcinea supermarket in Caracas where she bought 12 packages of toilet paper, each with four rolls. “Everyone is in the same game. It’s madness.”
Under regulations that took effect on Nov. 22, the government can fix the price of 15,000 goods in an attempt to slow inflation that reached 26.9 percent in October, the highest in the Western Hemisphere. Chavez immediately ordered a freeze on the price of 18 personal care items ranging from toothpaste to deodorant until mid-January to prevent monopolies from “ransacking the people.”
(...)
“The law of supply and demand is a lie,” Karlin Granadillo, the head of a price control agency set up to enforce the new regulations, said yesterday on state television. “These are not arbitrary measures. They are necessary.”
26 comentários:
Eles estão no caminho certo, uma pena que seja o caminho do abismo. É uma linha direta e certa.
Depois vocês reclamam do Oureiro e do Bresser...podia ser bem pior!
Eu acho que eles deveriam chamar o pessoal da Unicamp para ajudar a confiscar os bois no pasto. Aqui no Brasil esta experência foi muita proveitosa. Poderíamos também exportar (sem direito a devolução!) o pessoal da FGV-SP para que eles implementem um plano sério de congelamento de preços.
Saudações Rubro-negras.
M.
Os contra-revolucionários sempre se escoram na pequena burguesia para bloquear a revolução... Triste ver a pequena burguesia mandar o lumpen às favas em troca de papel higiênico!
Hegeliano
Alex
Não sou especialista. Acompanho por curiosidade e para entender o modelo.
Não que seja pouco o que o post informa. Mas el fundo chino-venezuelano [troca de petróleo por financiamento chinês] é de arrepiar.
PDVSA informa uma produção anual de 2,4 milhões de barris/dia. A Energy Information Administration (EIA) diz que são 1,7 milhão b/d.
Pesquisem um preço médio do barril e façam as contas.
Hoje, a Venezuela tem o compromisso de enviar para China 430.000 b/d. Como ninguém teve acesso ao contrato, nada se sabe a respeito do valor de troca desse petróleo. O governo diz que é a preço de mercado, mas não mostra os números. Para se ter uma noção, a China fechou com a Venezuela um contrato de fornecimento de minério de ferro, também em troca de financiamentos, a um preço que é sempre US$ 20/ton inferior a um preço marcador, que, no caso, é o da Vale.
Estima-se, pois os balanços da PDVSA simplesmente não informam, que a dívida acumulada na petroleira está na casa dos US$ 30 bilhões e que essa grana toda não foi investida em aumento de produção. Mesmo os números oficiais de produção não sofreram alteração nos últimos anos.
O deputado da oposição venezuelana Miguel Ángel Rodríguez perguntou na semana passada porque PDVSA teve de pedir ao BANDES (Banco de Desarrollo) U$S 1.381 milhões para cobrir «pagos de regalía e impuestos, costos de producción y refinación de los volúmenes de crudo y productos derivados despachados». Chávez, como de costume, respondeu que Rodruguez é um esquálido.
O que mais contou Rodriguez
Juntando as partes e tentando entender o negócio da China:
Desde 2008 até o final de 2011 deveriam ter ingressado na Venezuela, em troca de petróleo, US$ 28,252 bilhões. O deputado fez essa conta com base em preços de mercado. Em declaração recente o Ministro do Planejamento Jorge Giordani deixou escapar que desses ingressos foram gastos, até hoje, US$ 6 bilhões. A pergunta do deputado Rodrigues:
“Eso indica que hay un faltante de US$ 22.251.769.000 millones. ¿Dónde están? ¿Esta es la cifra que nos dio un servicio eléctrico de calidad, carreteras de primera, producción soberana de alimentos para no depender de las importaciones? ¿Es la cifra que nos dio un país seguro donde se respetan los DDHH? Si ese monto faltante no fue al desarrollo nacional, ¿dónde está?
Sim. Os ingressos chinos vão diretamente para o BANDES e para o FONDEN, que são controlados discricionariamente por Chávez.
Tristeza e pena do povo venezuelano são os pensamentos que me vem a mente. E pensar que a meros 25 eramos nós que estavamos nessa situação ridícula. Não vai sobrar nada do país, exceto miséria e violência.
Só pode ser por isso que a PDVSA colocou o seu logo no carro de F1 do Barrichello, na corrida de Interlagos.
Não sei se marco "gostei" por ter acesso à notícia, ou "não gostei" pelo conteúdo que ela revela.
Do site da Petrobras
Informações sobre parceria na Refinaria Abreu Lima
Rio de Janeiro, 03 de outubro de 2011, Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras informa sobre a evolução das negociações para viabilizar a participação da PDVSA do Brasil (PDVSA) na Refinaria Abreu e Lima S.A. (RNEST).
Conforme Comunicado divulgado pela Companhia em 13 de setembro de 2011, as negociações estão em andamento, para que a PDVSA adquira 40% das ações da RNEST e se responsabilize por 40% da dívida já contraída junto ao BNDES.
Em 30 de setembro de 2011 a Companhia foi comunicada pelo BNDES que esse Banco considerou aceitáveis as garantias bancárias oferecidas pela PDVSA em substituição parcial a fiança prestada pela Petrobras ao contrato de financiamento. A aprovação está condicionada à apresentação dos instrumentos que formalizarão as garantias bancárias em termos satisfatórios ao BNDES.
A Petrobras negociou com a PDVSA a data limite de 30 DE NOVEMBRO de 2011 para que todas as tratativas necessárias para viabilizar o ingresso da PDVSA na sociedade sejam concluídas.
Todas as informações referentes à entrada da PDVSA como sócia na RNEST serão oportunamente divulgadas pela Petrobras.
http://www.petrobras.com.br/ri/Mobile/ShowMobile.aspx?id_materia=x+EuZSzWR4830HEMZnfszA==
Hojé é dia 28 de novembro. Acho que esta é a terceira "data limite" da Petrobras. O negócio foi fechado por Lula e Cháves em 2006. E fez a obra, orçada em inicialmente em US$ 4 bilhões e hoje com o custo estimado em R$ 20 bilhões.
Como está:
A Petrobrás quer que a PDVSA pague a parte dela, até agora coberta pela Petrobras, que seria de US$ 1,1 bilhão. Chávez avisou que só aceita pagar US$ 560 milhões.
Fianças da PDVSA ao BNDES:
"Em agosto, [PDVSA] apresentou como garantias de sua participação na refinaria fianças bancárias emitidas pelo China Development Bank, pelo Banco do Brasil (BB) e pelo Banco Espírito Santo (BES), no valor de R$ 4 bilhões. O banco estatal chinês assumiu 50% das garantias. O BES, 25%. O BB, que chegou a se retirar do grupo de fiadores, os demais 25%." (ESP, 06 de novembro de 2011)
Estimativas de custo final
Início: US$ 4 bilhões
Até setembro de 2011: US$ 20 bilhões
A ver.
É uma pena que os bolivarianos não decidam se jogar do alto de uma colina, dizendo que a gravidade também é uma mentira.
“The law of supply and demand is a lie,”
Não vou rir, isto acaba chegando por aqui.
Porque eles não fazem como o INDEC da Argentina ? Ou será que ja estão fazendo ?
Que sorte a nossa. Aparentemente o Brasil já se viu livre destes falastrões demagogos. Bem verdade que ainda existem alguns economistas que pensam (?) que elevação da taxa básica aumenta os custos, por consequência os preços e a inflação (vide Valor de hoje). Estudou na Suiça (será que foi economia?). Apesar dos jornais terem que dar espaço a contraditórios, o Valor está muito pouco rigoroso.
" Finalmente, o que diferencia a velha escola europeia em sua análise da atual situação da política econômica brasileira? Pensamos que não é por meio da política de taxa de juros que se deve corrigir o índice de preços, e também nada tem a ver com a inflação. Seria necessário baixar a taxa de juros progressivamente, chegando a cerca de IPCA + 2%, deixar o câmbio chegar ao novo equilíbrio do mercado sem intervenção do Banco Central, controlar a política de crédito, diminuindo a facilidade de crédito ao público para compras de produtos em setores que estão aquecidos. Nossa maior divergência teórica, entretanto, é na definição da inflação."
Fica a dúvida:
does velha escola europeia = Maria da Conceição Tavares?
The Anchor
Simples, Cuba poderá retribuir a ajuda do "coroné" enviando edições do Granma!!!
Acho que o Oreiro anda te escutando, Alex. Olha isso:
"e o governo da presidente Dilma deseja realmente reduzir os juros no Brasil, sem comprometer a estabilidade da taxa de inflação, então o mesmo deve apresentar a sociedade brasileira um plano detalhado e consistente para eliminar as causas estruturais dos juros elevados no Brasil. Isso envolve uma radical desindexação da economia brasileira (incluindo preços administrados e salário mínimo), extinção dos títulos da dívida pública atrelados à Selic e mudança de verdade no mix de política macroeconômica com o estabelecimento de um teto para a taxa nominal de crescimento dos gastos de consumo e de custeio da administração pública em nível inferior ao crescimento projetado do PIB nominal."
Tá, é parte de um texto que tem besteiras no meio.. mas no coração ele tá se convertendo..
Att,
Joao Bosco
O problema nem é a heterodoxia em si ou ou uso de discricionariedade, mas a completa falta de ciência do passado até recente do fracasso de planos parecidos adotados no Co-irmão Brasil, e a falta de preocupação com a situação do povo venezuelano no médio prazo.
Isso é tentar combater uma questão econômico fazendo uso de meros artifícios políticos: http://goo.gl/kS7e2
Usam a desculpa do combate ao "monopólio e busca por preços justos", como se a questão da inflação venezuelana fosse apenas um problema de concentração e mark-up exagerado por parte dos ofertantes. É tentar jogar o eleitorado bolivariano contra quem produz, simplesmente isso.
Imagino quanto tempo será preciso para a Venezuela se reerguer minimamente após a devastação que o Chavismo causou por lá.
"“The law of supply and demand is a lie,”
Não vou rir, isto acaba chegando por aqui."
Já chegou e, como uma maldição, não conseguimos nos livrar. O que vc. acha que se ensina na Unicamp?
Alex, exemplo perfeito de estratégia política, chamada de socialismo bolivariano, sem fundamento econômico. Esse tipo de regime se mantem dadas as seguintes condições: 1) censura geral e irrestrita (alguém já ouviu falar em controle social da imprensa? É a mesma coisa); 2) congresso e judiciário de joelhos para o líder carismático; 3) pseudointelectuais na mídia e nas universidades cuja única função é a de justificar os absurdos do regime; e 4) a exploração do petróleo para manter a festa. Alguma semelhança com o Brasil?
Alex,
vc acha que a mudança da metodologia do IPCA é o mesmo fenomeno que vemos na Venezuela e no INDEC do jeitinho brasileiro ?
Afinal, o IBGE consegue colher bons frutos economicos (pgmto de cupom de NTN-B, arrecadação,etc..) e políticos no CP c/ um "atingir metas" nos pesos, certo ?
Pelo menos compram papel higiênico. e usam. Os outros fazem e mantem-no sujo. Mas sorriem o tempo todo, "não é comigo!"
"vc acha que a mudança da metodologia do IPCA é o mesmo fenomeno que vemos na Venezuela e no INDEC do jeitinho brasileiro ?"
Não, de forma alguma. O IBGE faz nova POF a cada 5 anos e ajusta os índices de acordo. Não há forma do IBGE saber a priori como a POF irá afetar a inflação e, mesmo que soubesse, não há motivo para não atualizar a estrutura de pesos periodicamente.
M.:
Talvez vc ainda não saiba, mas a Unicamp ja chegou à Venezuela ha um bom tempo. Através do Ipea, montaram um escritório de consultoria econômica numa das salas da PDVSA. Já já estarão tambem no Paraguai e na Argentina! Dos males, o menor: pelo menos os experimentos dessa turma estão no país do Chavez, Kirchner e Lugo. Pobres hermanos! Quem sabe até daqui uns 30 anos eles conseguem se recuperar da ação nefasta do pensamento "retrodoxo" incapaz de aprender com as suas próprias bobagens.
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