A crise econômica trouxe de volta ao debate o papel da política fiscal no arcabouço geral de política econômica brasileira. Ao contrário de episódios anteriores, nos quais o choque externo também implicava deterioração das condições fiscais do setor público, desta vez a dívida pública caiu bruscamente, graças à criticada política de acumulação de reservas (e derivativos cambiais) por parte do Banco Central, que gerou um imenso ganho de capital a partir da desvalorização da moeda, cumprindo seu papel de “seguro” no caso de crise.
Assim, ao invés de sermos forçados, como de hábito, a uma forte contração fiscal nas pegadas da crise internacional para compensar o efeito da desvalorização sobre a dívida, podemos hoje discutir a conveniência de adoção de uma política fiscal anticíclica para mitigar os efeitos da “marolinha” sobre o Brasil.
No entanto, apesar da melhora no quesito dívida pública, uma análise mais cuidadosa revela um conjunto ponderável de entraves ao uso mais ativo da política fiscal, essencialmente por conta da forte expansão do gasto corrente.
De fato, nos últimos cinco anos o PIB per capita brasileiro se expandiu à taxa média de 3,2% ao ano, seu melhor desempenho desde 1980. Em que pese a aceleração do crescimento durante o auge cíclico da economia mundial, os gastos públicos não pararam de aumentar. Pelo contrário, entre 2003 e 2008 o gasto federal primário se elevou de 15,1% para 17,6% do PIB, aumento este concentrado nos gastos correntes e financiado pelo crescimento rápido da arrecadação que, no mesmo intervalo, se ampliou em 3,7% do PIB.
Este padrão foi colocado em xeque, porém, pela queda severa da arrecadação a partir do agravamento da crise externa. Parece claro agora que as receitas federais irão se reduzir como proporção do PIB, ao mesmo tempo que a elevação real do salário mínimo e, talvez, os aumentos salariais a serem concedidos ao funcionalismo, contribuirão para elevar o gasto corrente.
Esta combinação perversa já ameaça a meta fiscal deste ano. Assim, não por acaso, a exemplo do que observamos em meados de 2007 quando da definição da meta de inflação para 2009 (4,5%, porém, como escrevi à época, permitindo ao BC buscar um número mais baixo, desde que as condições macroeconômicas permitissem e a Lua se alinhasse a Escorpião, mas apenas se a migração das borboletas birmanesas não fosse prejudicada pela menstruação das lhamas) vivemos um caso de ambiguidade “desconstrutiva”. A meta, dizem, ainda equivale a 3,8% do PIB, podendo ser reduzida, se usados o Programa Piloto de Investimentos e o Fundo Soberano, mas talvez não, ou sim, quem sabe?
A triste verdade é que o comportamento do governo durante a expansão gerou o problema. Tivéssemos, a exemplo do que fez o Chile, poupado as receitas cíclicas, ao invés de usá-las para aumentar o gasto corrente – cuja redução futura é quase impossível num ambiente de baixa inflação – o acanhado espaço hoje disponível para expansão do investimento público seria bem maior.
E é justamente o investimento quem teria melhores condições de desempenhar um papel anticíclico. Enquanto um aumento permanente do gasto público implica uma elevação futura equivalente dos impostos, reduzindo o gasto privado corrente, gastos temporários requerem menor expansão da carga e, portanto, têm efeito depressivo menor sobre o dispêndio privado.
Infelizmente, a conta da expansão descontrolada do gasto corrente está sendo cobrada agora. Resta esperar que aprendamos a lição a tempo do próximo ciclo econômico.
(Publicado 18/Mar/2003)
139 comentários:
Ei Alex, acho que na proxima a gente aprende a fazer politica anticiclica, ne?
Se nao aprender, a gente tenta de novo.
"O"
Cabeça-de-planilha é sempre Cabeça-de-planilha, não Alexandre?
Acho engraçado você atacar os gastos públicos(é claro que eles devem ser racionalizados), mas omitir-se sobre o principal deles: os dispêndios com juros. Ou eles não pressionam o orçamento do governo?
Prezado Alex,
Desculpe-me por utilizar este espaço, mas vou divulgar:
Estudei com o prof. Adolfo da UCB e no dia Data: 28/03/2008 (Sábado) das 14:00 às 18:00 horas teremos o IV ENCONTRO DE PENSADORES LIBERAIS. Poderíamos contar com a sua preciosa presença?
Marcos
"Acho engraçado você atacar os gastos públicos(é claro que eles devem ser racionalizados), mas omitir-se sobre o principal deles: os dispêndios com juros. Ou eles não pressionam o orçamento do governo?"
Principal? Em que sentido?
O gasto de juros deduzido a inflação equivaleu a... 1,9% do PIB no ano passado (em 2007 atingiu monumentais 2,5% do PIB).
No mesmo período o gasto primário federal (deduzida a inflação) foi 17,5% (2007) e 17,7% (2008) do PIB. Destes, aposentadorias foram 7,1% do PIB em 2007 e 6,9% em 2008.
Já o funcionalismo (três níveis) custa 13% do PIB...
Não preciso de planilha para saber qual é o principal dos gastos. Mas acho que você precisa aprender a pesquisar antes de papaguear cretinices. Fique lá com o mascate que promove este tipo de coisa...
Por que alguém faria graduação em engenharia e depois graduação em economia??? São os tipos que frequentam o blog do Nassif...
Sr. Paulo, não concorda que a redução do pagamento de juros passaria exatamente pela redução de dívida e consequentemente redução do déficit do governo? Qual a opção? Calote ou reduzir o juros? E a inflação meu amigo?
"P"
"E é justamente o investimento quem teria melhores condições de desempenhar um papel anticíclico."
Keynesianos sempre argumentando que é so o estado gastar mais (seja em investimento ou cortes de impostos).
Em tempos de crise é hora do governo poupar não gastar,pode fazer um programa de estimulo fiscal desde que isso não gere deficit.
"Em tempos de crise é hora do governo poupar não gastar,pode fazer um programa de estimulo fiscal desde que isso não gere deficit."
Como está o clima na Dimensão Z? Os prados verdejantes, aquela fartura de comida...
KEYNES E O MITO DA LOIRA DESLUMBRANTE
Imagine o amigo da cara cambada que na sexta-feira voce saia ccom os colegas do escritorio para o habitual happy hour. Ai', bem ao seu lado chega uma loiraca gostosissima e comece a dar em cima de voce. Bem-casado e fiel voce faz de conta que ao esta' acontecendo. Ela insiste. Pede que voce lhe acenda o cigarro, e carinhosamente segura a sua mao durante o ato. Os colegas, atonitos, morrem de inveja. Voce continua fingindo que num ta' nem ai'. A uma certa altura, neguinho cochicha para o outro ao lado que voce pode "nao ser do ramo". Voce escuta e fica tremendamente incomodado. Ate' que nao da' mais pra disfarcar. Bom, ai' nao tem outra saida que nao convida-la para irem a um lugar "mais discreto", nao e' mesmo?
Assim e' com os governos de paises com economia em deep shit. Desde Schacht ate' hoje. Nao tem outra alternativa politica, cumpadres. E' gastar ou gastar, quer queira quer nao queira. Keynes e' entao desenterrado pro que der e vier.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
Kleber,
lembro de um comentario seu dizendo que só faltava o Ben sair comprando titulos de longo prazo.
Agora não falta mais nada:
Fed to buy up to $300B long-term Treasury bonds
http://finance.yahoo.com/news/Fed-to-buy-up-to-300B-apf-14680154.html
MGLI
"Acho engraçado você atacar os gastos públicos(é claro que eles devem ser racionalizados), mas omitir-se sobre o principal deles: os dispêndios com juros. Ou eles não pressionam o orçamento do governo?"
A resposta eh nao.
Gastos com juros nao pressionam o orcamento do governo, pois gastos com juros nao podem ser mudados, pois gastos com juros estao fora da alcada do governo, pois representam obrigacoes contraidas no passado.
Eh dificil entender isso, ou vai querer comer um pouco mais de grama?
Se voce nao gostar de gastar com juros, existem duas saidas. A primeira, eh dar um tiro na cabeca, mas eu nao recomendo porque gera uma externalidade negativa para o coitado que tiver que limpar a explosao de bosta. A segunda eh PAGAR A DIVIDA. Jumento que nao deve, nao paga juros. E para pagar a divida, existe um unico jeito: gerando superavits.
A vida eh assim, voce pode nao gostar, ou ateh viver em negacao, mas existe o certo (como o Tio "O" agora) e o errado (voce). Voce estah errado, eu estou certo. Eh da vida. Ninguem falou que o mundo era justo. Tem sujeito que nasce com soldadinho com estilingue, outros com bazuca.
Repita comigo: "Quem nao gosta de pagar juros, gera superavits para quitar a divida."
Ou a formulacao equivalente: "Quem nao gosta de pagar juros e nao quer gerar superavits, ou estah mentindo, ou eh burro demais para formular um pensamento coerente". Ou ambos, caso do nachifre.
"O"
Na primeira aula de Macroeconomia é ensinado que o aumento dos gastos do governo,aumenta o crescimento do PIB.
Se o governo aumenta o gasto com funcionalismo,ele está aumentando o crescimento da economia.
40 bilhões de aumento para funcionário público ou 40 bilhões para o PAC,não altera o crescimento porque o efeito é o mesmo.
"O gasto de juros deduzido a inflação equivaleu a... 1,9% do PIB no ano passado"
Esse método "deduzido da inflação" é desculpa para economista dizer que o gasto com a Selic é baixo,o que importa é o gasto nominal.
Sr. "O",
isso é válido para todos os países, exceto um, o da jaboticaba. Nesse país, uma parte significativa da dívida pública é ainda indexada à Selic e, portanto, o Bacen, ao manejar a taxa de juros, está fazendo também política fiscal, ainda que finja que não tem nada a ver com o peixe. E mesmo a parcela da dívida não diretamente indexada à Selic está indiretamente indexada pois as variações na Selic possuem forte impacto sobre os preços de mercado dos títulos pré-fixados ou atrelados a índices de preços.
Sobre o assunto, cabe um comentário sobre o post anterior do Sr. Alex (o que estamos celebrando mesmo?): apesar da perda de bem-estar manifestada na forma de desemprego, aumento da pobreza etc, é sim de se comemorar a oportunidade ímpar que a história está nos dando de desatrelar a dívida pública da taxa Selic, aberração que deveria ter sido evitada quando da adoção do Plano Real.
MGLI
Pois e', o bandidinho do Billy the Ben atacou de novo. Resolveu monetizar geral. Com a inflacao dando sinais de vida novamente.
Tomaticamente os juros dos 10-year bonds despencaram uma barbaridade, e o dolar foi para a sarjeta.
Hoje em dia a 'sabedoria' economica esta' em prever o que o governo vai fazer, e nao como o mercado vai se comportar. Ta' certo isso?
Curioso que no dia 9, a keynesiana EU declinou apelos barakistanos de jogar mais dinheiro na fogueira. Amigao, quando os politicos europeus se recusam a keynesiar, e' porque a situacao ta' muito preta.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
PS: Po, o tio "O" ta'quita', hein, cumpadres? E' isso ae, xumbo na jumentada, tio!
"Na primeira aula de Macroeconomia é ensinado que o aumento dos gastos do governo,aumenta o crescimento do PIB."
Pois é. E quem passou da primeira aula aprende que não é bem assim. Que contabilidade nacional é uma coisa e que macroeconomia (que considera o comportamento das pessoas e empresas) é algo bem mais sofisticado. Pena que você só viu a primeira aula...
"Esse método "deduzido da inflação" é desculpa para economista dizer que o gasto com a Selic é baixo,o que importa é o gasto nominal."
Legal. Isto quer dizer que se aumentarem seu salário em 25% com inflação a 30% você fica mais feliz do que no caso de aumentarem seu salário em 5% quando a inflação é zero.
É... Dá pra ver que você não passou da primeira aula mesmo...
Já temos o Jumento de Ouro do dia!
"Nesse país, uma parte significativa da dívida pública é ainda indexada à Selic e, portanto, o Bacen, ao manejar a taxa de juros, está fazendo também política fiscal, ainda que finja que não tem nada a ver com o peixe. E mesmo a parcela da dívida não diretamente indexada à Selic está indiretamente indexada pois as variações na Selic possuem forte impacto sobre os preços de mercado dos títulos pré-fixados ou atrelados a índices de preços."
E isto só acontece no Brasil, não é mesmo? Na Dimensão Z os BCs não afetam a estrutura a termo da taxa de juros.
Na Dimensão Z também, a parecela pré e IPCA da dívida brasileira não passou de 2% e 11% da dívida interna em 2002 para 26% e 24% em 2008, nem a parcela indexada à Selic caiu de 55% para 29%.
"Nesse país, uma parte significativa da dívida pública é ainda indexada à Selic e, portanto, o Bacen, ao manejar a taxa de juros, está fazendo também política fiscal, ainda que finja que não tem nada a ver com o peixe."
Nada a ver. Nos temos uma politica fiscal prociclica porque nosso gasto primario eh prociclico. Esse eh o problema de nossa politica fiscal. Falar que a politica monetaria afeta o resultado fiscal eh tergiversar. Por exemplo, quando qualquer banco central imprime moeda/baixa juros, gera inflacao de ativos, e eventualmente maior arrecadacao de impostos sobre ganhos de capital. Pela sua logica, entao qualquer politica monetaria eh politica fiscal tambem. E voce nao foi a lugar nenhum.
"E mesmo a parcela da dívida não diretamente indexada à Selic está indiretamente indexada pois as variações na Selic possuem forte impacto sobre os preços de mercado dos títulos pré-fixados ou atrelados a índices de preços."
Isso eh verdade para todos os paises tambem. E voce nao foi a lugar nenhum ainda.
"Sobre o assunto, cabe um comentário sobre o post anterior do Sr. Alex (o que estamos celebrando mesmo?): apesar da perda de bem-estar manifestada na forma de desemprego, aumento da pobreza etc, é sim de se comemorar a oportunidade ímpar que a história está nos dando de desatrelar a dívida pública da taxa Selic, aberração que deveria ter sido evitada quando da adoção do Plano Real."
E por que voce acha que uma queda da SELIC causaria a desatrelacao de nossa divida publica dessa taxa? Qual a logica? Nao nego a possibilidade que exista alguma logica nisso, apenas nao posso ver. Havendo divida, vao existir titulos atrelados ao dolar, a SELIC ou prefixada. Por motivos que qualquer observador dos ultimos 30 anos do Planeta Terra consegue ver, a proporcao da divida atrelada ao dolar eh melhor que seja pequena. Entao a questao eh se a maior parte da divida vai ser ligada a SELIC ou a juros prefixados. E se nao houver uma reducao da divida ou uma mudanca na sustentabilidade das contas publicas, nao vejo como aumentar a proporcao de prefixados sem aumentar o custo da divida.
Agora, existem outros meios que voce pode diminuir a proporcao de SELIC, mas atraves de regulacao. Veja o que o Gustavo Franco escreveu. E eu nao consigo ver argumento algum que tal objetivo eh mais facil de ser alcancado com a economia caindo no abismo, as contas fiscais explodindo na tinta vermelha, e uma equipe economica peso-pluma e jogando contra (e o ministro com o babador todo sujo de papinha de banana com aveia).
"O"
Hehehe, eu realmente me divirto com esses comentários. É isso aí Tio "O", no mercy, às vezes só a rudeza constrói.
Kleber, não vou mais poder te ajudar nas mandingas. Saí de Angola, o diamante despencou e várias operações foram fechadas. Agora vou trabalhar na Bahia.
abs, BobFields
Bem-vindo à terrinha Bob! E não se preocupe, que na Bahia também dá pra fazer mandinga.
Abs
Alex
Alex é preciso entender que a política fiscal tem que se ajustar aos ciclos econômicos.
Se as receitas do governo caem,ele vai ter que cortar gastos para manter um nível de superavit,o governo pode até fazer uma política fiscal anticíclica,desde que essa expansão não afete o superavit nominal e o governo não emita títulos públicos.
EUA não pode fazer política fiscal anticíclica porque ele não fez a lição de casa no passado,EUA com uma Divida/PIB alta,deficit crescendo deveria se preocupar em cortar gastos para reduzir o deficit.
Alex a política correta do FED seria subir o juros nesse momento.
Logo em seguida, o ouro, que estava caindo mais de 1%, passou a subir 2%, as ações de mineradoras de ouro que caíam 4% passaram a subir 8%, o euro sobe 3,5%, e a inflação implícita de 10 anos sobe 10%.
É o reflation!!!!
E o que será dos pobres que não têm como se proteger da inflação?
http://www.federalreserve.gov/newsevents/press/monetary/20090318a.htm
"Entao a questao eh se a maior parte da divida vai ser ligada a SELIC ou a juros prefixados. E se nao houver uma reducao da divida ou uma mudanca na sustentabilidade das contas publicas, nao vejo como aumentar a proporcao de prefixados sem aumentar o custo da divida. "
Eu estava relendo o que eu escrevi, e acho que nao fui claro, nem pensei a fundo. Durante um periodo de crise, a tendencia eh que a proporcao de SELIC AUMENTE - exatamente o oposto do que nosso amigo soltando rojao quer.
Em termos de oferta de titulos publicos, como a crise aumentou a inclinacao da curva de juros, os juros prefixados sao agora mais altos - e provavelmente vao ficar mais altos ainda - que a SELIC.
Em termos de demanda, o efeito eh o mesmo. Com mais incerteza, a demanda por titulos prefixados tende a se contrair tambem.
Resumindo, tanto demanda quanto oferta parecem apontar para uma maior selicacao da divida publica brasileira.
Espero nao ter chovido em sua quermesse...
"Se as receitas do governo caem,ele vai ter que cortar gastos para manter um nível de superavit,o governo pode até fazer uma política fiscal anticíclica,desde que essa expansão não afete o superavit nominal e o governo não emita títulos públicos."
Acho que as regras da aritmética da Dimensão Z também são diferentes. Se o objetivo é MANTER um certo superávit e as receitas estão caindo, não há MATEMATICAMENTE como aumentar a despesa. Mas eu não fico surpreso qe o Ivo não saiba matemática; afinal de contas ele não sabe economia também.
"EUA com uma Divida/PIB alta,deficit crescendo deveria se preocupar em cortar gastos para reduzir o deficit."
E, para não perder o hábito, os dados também estão errados. Acabei de ver estes números: os EUA partem de uma relação dívida-PIB na casa de 40%, a mais baixa entre os principais países desenvolvidos (verdade que não chequei o Canadá).
"Alex a política correta do FED seria subir o juros nesse momento."
Seria a correta para jogar o país numa depressão, na mesma linha da recomendação de política fiscal do Ivo. Só funciona na Dimensão Z....
a inflação implícita de 10 anos subiu 10%,só hoje.Como ficam os pobres nessa história dos EUA?
O FED já anunciou novas medidas para reaquecer o mercado de crédito, um trilhão tudo isso com o velho IMPOSTO INFLACINARIO.
FRUTA QUI CAIU!
O jogo anda bruto por aqui! Excelente!
Para o cumpadre que perguntou sobre cumequi ficam os pobres com a inflacao do Billy: vao todos em fila indiana para atras da horta, ajudar a Luzia.
Pro outro cumpadre que acha que gastar dinheiro com aumento do funcionalismo e' "crescimento": um Jumento de Plutonio com pedestal de Cesio 133 pra voce.
Pra quem acha que o Billy ta' certo em comprar titulos do tesouro: eu te invejo, cumpadre, ter o privilegio da ignorancia deve ser uma delicia. A vida seria muito mais facil. Alfafa e' muito mais barata do que file'.
Ao Tio Alex: a macumba angolana e' tiro-e-queda, tio, temos uma pa' de exemplos recentes tratados aqui no blog. Nao se esqueca do Nenem Prancha e sua frase lapidar sobre o campeonato bahiano.
Ao tio "O": a papinha de banana com aveia esta' no babador porque o menino a cuspiu fora, tio. Ele tava louco mesmo era por uma alfafinha...
Mas sabem mesmo o que eu acho maravilhoso em Economia: e' a total falta de consenso entre os economistas. Ha' tambem uma grande diferenca em relacao aos engenheiros. E' no tocante aos jumentos. Os 'nossos' jumentos aprendem com o passado. Os 'jumentos economicos' nao. Ha' um sem-numero de idiotas bostejando na midia tanto brasileira como barakistana, receitando formulas reconhecidamente falidas do passado como solucoes presentes. O Braz Asneira - alem do Patif, e' claro - seria um grande expoente tupi. Ta' bom, Csifu tambem, so' pra nao melindrar ninguem.
Hoje fui jantar com uns amigos 'liberals'. Um deles citou o 'grande' economista Bob Reich, ex-ministro do Clinton, que veio 'a tv dizer que "se um banco e' too big to fail, e' porque o governo nao regulou adequadamente o tamanho dessas instituicoes; deveriamos portanto te-los menores no futuro". Eu disse entao que gosto demais do Reich, um verdadeiro guia para mim, pois TUDO o que ele fala esta' errado. Por isso, sempre que tenho alguma duvida, procuro saber o que ele pensa a respeito. Ora, cambada, se a grana dos 6 maiores bancos estivesse pulverizada em 60 bancos menores, o buraco seria ainda maior, pois teriamos muito mais custo fixo, num e' verdade? Considerando que todos os bancos fizeram a mesma bobagem imobiliaria, nao ha' porque desconfiar que a relacao equity agregada / calote agregado seria diferente da atual, certo? 6 fodidoes nao sao melhores nem piores do que 60 fodidinhos, num e' mesmo?
Pra comecar a estancar o chorrilho acho mais e' que deveriamos botar o Billy na cadeia.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
"os EUA partem de uma relação dívida-PIB na casa de 40%"
Onde vc leu isto?
"Onde vc leu isto?"
http://www.cbo.gov/ftpdocs/99xx/doc9957/Historicaltables09-web.XLS
O número exato para final de 2008 é 40,8% do PIB.
"a inflação implícita de 10 anos subiu 10%,só hoje.Como ficam os pobres nessa história dos EUA?"
Ivo:
não chute. Eu sei que na Dimensão Z a realidade se adequa aos seus desejos, mas no planeta Terra (em particular na Bloomberg) a inflação implícita para os EUA entre anteontem e ontem se comportou como mostrado abaixo.
18/3 19/3
1 ano -0.1281 -0.0893
2 anos -0.6907 -0.6431
5 anos 0.4263 0.4230
10 anos 1.2208 1.2363
30 anos 1.8074 1.8212
Como se pode ver, sinais de completo descontrole inflacionário na Dimensão Z...
"Ao Tio Alex: a macumba angolana e' tiro-e-queda, tio, temos uma pa' de exemplos recentes tratados aqui no blog. Nao se esqueca do Nenem Prancha e sua frase lapidar sobre o campeonato bahiano."
Era justamente em Neném Prancha que eu estava pensando.
E o Tricolor, jogando mal, ganhou mais uma fora: 1x0 no Defensor em pleno Centenário.
TIO
O da Prancha dizia que o campeonato "acabaria empatado". That's NO good, Tio. Quer um exemplo? Voce gostaria que o suino da Avenida seja moido e enlinguicado em Recife, ou um empatezinho estaria de bom tamanho? Empate o baralho, certo?
Mas quem entende do riscado e' o BobFields. Veja ae o que voce pode fazer no seu novo contexto geografico, hein, Bob?
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
"http://www.cbo.gov/ftpdocs/99xx/doc9957/Historicaltables09-web.XLS"
Para o http://www.treasurydirect.gov/NP/BPDLogin?application=np
o buraco é mais embaixo:
11 trilhões us$ ( > 75 % gdp ).
xxxxxxxxxxxxxxxx
"TOO BIG TO FAIL"?
The Financial Times economics editor Martin Wolf warned in Friday's column of the dangers of our present course. He said:
"If large institutions are too big and interconnected to fail... then talk of maintaining them as “commercial” operations... is a sick joke. Such banks are not commercial operations; they are expensive wards of the state and must be treated as such.
The UK government has to make a decision. If it believes that costly bail-out must be piled upon ever more costly bail-out, then the banking system can never be treated as a commercial activity again: it is a regulated utility – end of story. If the government does want it to be a commercial activity, then defaults are necessary, as some now argue. Take your pick. But do not believe you can have both. (Martin Wolf, Big risks for the insurer of last resort, Financial Times)
Há controvérsias, claro, mas sem falência não há concorrência.
Obrigado Alex,
Voltar ao Brasil é sempre bom, o problema é que eu estava gostando de ter receitas em dólar.
Eu ia mencionar a frase lapidar mas o Kleber se antecipou. Aliás o João Saldanha jura que a frase é dele.
Gostaria de agradecer também a recomendação do livro "Guns, germs and steel", excelente.
abs, BobFields
Humberlito(Borges) dá aula de jogar futebol, isso ninguém duvida. Mas pelo visto ele pode até dar aulas de Economia em uns sujeitos que frequentam nesse blog.
P.P.
"EUA partem de uma relação dívida-PIB na casa de 40%, a mais baixa entre os principais países desenvolvidos (verdade que não chequei o Canadá)."
É alta para um país desenvolvido,o correto deveria ser uma divida/pib de 20%,infelizmente na gestão bush (agora a de obama)todos seguiram/seguem a receita Keynesiana de aumentar gastos se o correto seria cortar.
Essa política do FED de imprimir dinheiro para comprar títulos podres,vai piorar ainda mais a situação,até você é conta a política de quantitative easing.
",o correto deveria ser uma divida/pib de 20%"
Por que? Por que não, digamos, 18%, por todas suas implicações cabalísticas?
O curioso é que veio de 25% para 40% sob o governo Reagan, que seria qualquer coisa, menos keynesiano, voltando para 33% do PIB sob o governo Clinton. Aliás, chamar o governo Bush de keynesiano...
"O curioso é que veio de 25% para 40% sob o governo Reagan, que seria qualquer coisa, menos keynesiano, voltando para 33% do PIB sob o governo Clinton. Aliás, chamar o governo Bush de keynesiano.."
Todos esses governos são Keynesianos,Reagan era conservador de direita com algumas idéias liberais,Clinton era Keynesiano (foi ele que pressionou as agencias a concederem financiamentos para pessoas com crédito duvidoso)sua parte positiva foi que houve um superavit fiscal.
Bush foi o pior de todos,o governo americano era superavitário ele o tornou deficitário.Greenspan no governo Bush baixou demais as taxas de juros temendo um desaquecimento por causa da bolha de 2000.
Agora Bernanke com a idéia de imprimir dinheiro para comprar títulos podres,ele ao invez de gastar 1 trilhão emprestando aos bancos (antes) poderia compra esses títulos podres.
Alex
O q o sr achou do contigenciamento de recursos do orçamento/2009? Eu achei contra-cíclico ( contra o ciclo de queda de juros ).hehehehehehehehe
RN
The Consumer Price Index for All Urban Consumers (CPI-U) increased 0.5 percent in February, before seasonal djustment, the Bureau of Labor Statistics of the U.S. Department of Labor reported today. The February level of 212.193 (1982-84=100) was 0.2 percent higher than in February 2008.
Q engraçado, o IPCA dessazonalizado está na casa de 0,55%, o CPI dessazonalizado é 0,5%...
"Todos esses governos são Keynesianos,Reagan era conservador de direita com algumas idéias liberais"
reagan keynesiano só na Dimensão Z Ivo. Pelo menos nao tente tirar da reta, não é mesmo?
"Q engraçado, o IPCA dessazonalizado está na casa de 0,55%, o CPI dessazonalizado é 0,5%..."
Só que um está em 0,2%; o outro em 5,9% nos últimos 12 meses...
Gabriel disse...
Por que alguém faria graduação em engenharia e depois graduação em economia??? São os tipos que frequentam o blog do Nassif...
Gabriel, não generalize não, eu fiz exatamente isso e nem leio o mascate.
LB e vou deixar de ser anomimo de agora em diante...
ADIVINHEM QUEM ESCREVEU
"It is not the ownership of production goods whose acquisition is important to the State. If the State is able to decree the total amount of resources dedicated to the increase of these goods, and also the RATE OF AWARD FOR THEIR OWNERS, it will have fulfilled everything which is necessary. The necessary measures of socialism can additionally be introduced gradually and without a break with the common traditions of society".
A- Braz Asneira
B- Ruiz Patif
C- Jao Keynes
D- Ze' Goebbels
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
Kleber S,
KEYNES E O MITO DA LOIRA DESLUMBRANTE
"Assim e' com os governos de paises com economia em deep shit. Desde Schacht ate' hoje. Nao tem outra alternativa politica, cumpadres. E' gastar ou gastar, quer queira quer nao queira. Keynes e' entao desenterrado pro que der e vier."
Kleber, mas então o Nicholas não gasta porque tem a Carla Bruni que ainda tá ocupando todo o tempo dele.
A Angela não gasta por que além de pão dura, feia, enfezada também não gosta de loiras.
Berlusconi não gasta por que já não tem o que gastar.
O Sapateiro não gasta por que não sabe como.
Os portugas nem se fala, tão pensando inclusive em vir todos para o Brasil de novo.
Ou o problema é exatamente outro, eles não sabem como fazer para tirar as regras que amarram a UE que impedem que os membros saiam de certos limites de endividamento.
E principalmente como não são um único país como os EUA, China, Japão não podem sair por ai gastando, nem mesmo com uma loira exuberante, o que pode fazer com que a recuperação demore mais.
"É alta para um país desenvolvido,o correto deveria ser uma divida/pib de 20%"
Dos ricaços, USA é o sexto com maior dívida relativa ao pib. Canadá está em quinto na relação abaixo:
Rank Order - Public debt
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2186rank.html
Os números não são atuais. Os arapongas deles já foram mais eficientes. As coisas pioraram muito nos últimos meses. Em todo caso, o quadro dá uma idéia dos argolados.
Seis ricaços estão no quinto "melhor" ranqueado, todos com mais de 60% do pib. Isso parece confirmar o ditado do povão: quem não deve não tem. Mas tem fodidos e bem na foto nos dois extremos do quadro.
Repito que o tesouro reconhece onze trilhões de dívida agora em março/09. É só consultar em http://www.treasurydirect.gov/NP/BPDLogin?application=np
isso dá mais de 75 % do pib.
As ações de salvamento do time de Obama oscilam entre emitir dívida (déficit projetado de 1.75 tri), se achar quem compre, ou emitir cash for trash. Ambas vão levar o barrakistão a disputa de algum troféu com o Zimbabwe.
The Consumer Price Index for All Urban Consumers (CPI-U) increased 0.5 percent in February, before seasonal djustment, the Bureau of Labor Statistics of the U.S. Department of Labor reported today. The February level of 212.193 (1982-84=100) was 0.2 percent higher than in February 2008.
Corrigindo meu comentário anterior:
Q engraçado, o IPCA SEM dessazonalização está na casa de 0,55%, o CPI SEM dessazonalização é 0,5%...
Só que um está em 0,2%; o outro em 5,9% nos últimos 12 meses...
É porque a economia brasileira demorou bem mais pra enfraquecer... dã
"Reagan keynesiano só na Dimensão Z Ivo. Pelo menos nao tente tirar da reta, não é mesmo?"
Reagan não era liberal na Linha do Friedman,se ele fosse liberal não aumentaria a divida pública de 25% para 40%,isso é um ato Keynesiano.
Para a quermesse de Berkeley,MIT como pode ate ser normal a divida aumentar divida PIB de 25% para 40% é um ato "liberal".
"Reagan não era liberal na Linha do Friedman"
Ah, tá... veja isto:
Friedman served as an unofficial adviser to Ronald Reagan during his 1980 presidential campaign, and then served on the President's Economic Policy Advisory Board for the rest of the Reagan Administration. In 1988, he received the National Medal of Science and Reagan honored him with the Presidential Medal of Freedom. "
http://en.wikipedia.org/wiki/Milton_Friedman
Ivo: de joelhos, no milho. Agora! Repita: sou burro, metido, e ignorante, mas prometo que vou melhorar...
De fato você não estudou sobre o liberalismo (sou membro do IL).
O fato do governo aumentar a dívida pública de 25 para 40% já não é considerado liberal,houve reformas importantes que Reagan fez (abriu a economia americana).... .
Ivo:
Pare de falar bobagem e se renda às evidências.
Você disse que o Reagan (junto com Tatcher, um bastião do liberalismo) não era liberal na linha de Friedman, Eu mostrei que o Friedman foi conselheiro e membro do governo dele. Em breve você vai dizer que o Friedman não era um liberal na linha de...Friedman.
O Reagan aumentou a dívida porque acreditou na conversa que cortando os impostos arrecadara mais, i.e., acreditou na curva de Laffer e na bobagens do pessoal supply-sider. Tem zero de keynesianismo nisto. Em bom português chama-se barbeiragem.
ATENCAO PARA O DETALHE
O Tio Alex ta' certo quando cita 40 % como divida publica do Barakistao. Este e' o OUTSTANDING DEBT. O valor muito maior mencionado por um cumpadre em post acima leva em conta "interagency debt", que e' o debito contabil entre departamentos do governo federal.
Um abraco de quebrar costela
PS: Para quem quer estudar consequencias praticas da aplicacao ortodoxa da politica economica keynesiana, sugiro que se leiam publicacoes reportando a PE do Terceiro Reich. Por isso o conselho do neguinho que vos fala e' largar mao dessa merda de intervencao governamental. Comeca-se assim e termina-se mal, muito mal.
"O fato do governo aumentar a dívida pública de 25 para 40% já não é considerado liberal"
Essa é uma discussão boa.
No Brasil antigo se dizia:
“nada mais parecido com um saquarema do que um luzia no poder”
ou
"Nada mais conservador do que um liberal no poder"
Se fazer a dívida pública subir é o critério, o governo FHC e sua equipe estariam fora do baralho. O crescimento exponencial da dívida só foi domado no governo "liberal" que lhe sucedeu. (pronto, fiz uma provocação)
De fora também ficariam Mário Simonsen, Pastore, Delfim, Langoni e outros iguais, porque quando passaram pelo poder, empinaram grandes papagaios de dívidas. Bulhões enxugou, neste sentido é o único, mas criou a CM, que até hoje empesteia o pensamento financeiro nacional. A festejada estrela Roberto Campos foi ministro (pasmem liberais!) do PLANEJAMENTO; ele também foi fundador do BNDE no passado; ajudou os militares criarem estatais, só aderiu a moda de falar mal delas quando de fora começou soprar vento favorável. De cabo a rabo os governos militares foram dominados por economistas de extração liberal, foi o período de mais forte intervenção direta do estado na economia. E todos eles juntos, "liberais" nas idéias econômicas, apoiaram uma ditadura política de fato.
Apoio a ditadura política, diga-se, não é privilégio de liberal tapuia. No Chile de Pinochet, os meninos de chicago fizeram um laboratório de ensaio para as idéias que consagraram mais tarde Thatcher e Reagan. Friedman visitou seus pupilos no Chile para dar benção ao que faziam, com direito a uma visita ao ditador.
Os homens não escolhem o mundo onde guiarão seu destino.
Agora a provocação está completa.
Pensando bem, é bobagem ficar exclamando: espelho, espelho meu, existe alguém mais liberal do que eu!
Ideologia não enche barriga de ninguém.
Nos anos 70, do alto da sua malandragem oriental, o comuna Deng Xiaoping sacou que não importa a cor do gato, importa que cace rato. Deixou ideologia de lado, reformou a economia do seu país. Se fosse vivo, teria visto ela virar, em trinta anos, a segunda economia planetária.
Vem aí um tsunami com epicentro na economia mais liberal do planeta. Não dá para perder tempo discutindo se foi ou não liberal suficiente. Haverá efeito político da sacudida sobre as idéias. Já deu. Quem imaginaria ver instituição financeira estatizada no EUA? Lembrem-se, Keynes foi apenas um liberal que se reciclou para novos tempos.
Alex,
Mas se o Reagan, Clinton, Bush eram todos keynesianos, entao que melhor elogio para o keynesianismo, pois desde os anos 80, os EUA sao o pais rico com melhor performance economica de longe (crescimento de produtividade mais alto, desemprego mais baixo, crescimento economico mais alto).
"O"
Desculpa voltar tanto no tempo assim, mas "O":
"Gastos com juros nao pressionam o orcamento do governo, pois gastos com juros nao podem ser mudados"
É isso mesmo? O Governo não leva em conta a montanha de juros que paga na hora de fazer orçamento? E faz isso pq são gastos "passados" que estão "fora da alçada"?
Que explicação é essa meu caro?
Oi Luiz. Não generalizei. Não disse "todos que fazem graduação em engenharia e em seguida fazem graduação economia lêem o mascate". Eu quis dizer que isso não faz sentido hoje em dia. Eu dei uma olhada no seu perfil, o que me permite admitir que não sei como era em sua época. Pode ser que fizesse sentido sim. Hoje a graduação é o que menos importa. Quem fez engenharia já tem uma boa base de cálculo. Depois já pode emendar um mestrado em economia. Se o aluno sentir dificuldade na ANPEC por conta das outras matérias, existem ótimos cursinhos dados pela FIPE, IBMEC, etc, que capacitam o aluno entre março e outubro para o exame. O que é passado é mais do que o suficiente. Além do que, existem ótimos engenheiros que assim fizeram e são ótimos economistas. Fazer graduação em engenharia, fazer graduação em economia, para depois fazer mestrado é perda de tempo na MINHA opinião. E economista sem mestrado não é economista de verdade (meu caso, por exemplo)... Abraço!
Com uma rapidez nada usual, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou ontem por absoluta maioria lei que permitirá ao governo americano recuperar quase a totalidade dos US$ 165 milhões pagos em bônus a executivos e funcionários da seguradora AIG.
A decisão, aprovada pela ampla margem de 328 votos contra 93, prevê o recolhimento para o fisco de 90% do total dos bônus pagos a executivos que trabalhem em empresas que tenham recebido ajuda estatal.
oooops
SÃO PAULO - O Banco do Brasil fechou 2008 como a instituição financeira mais rentável das Américas. Utilizando a relação retorno sobre patrimônio líquido (ROE), o banco estatal aponta uma rentabilidade de 32,5% no ano, segundo estudo elaborado pela Economatica.
No ranking, que avalia 20 instituições, ainda aparecem outros três bancos brasileiros. O Bradesco tem o segundo maior retorno da região, de 23,6%. O Itaú figura em quinto lugar, com rentabilidade de 21,5%, e o Santander Brasil aparece em 12º, com 5,4%.
O correto seria separar SP do Brasil assim como Minas... .
Cada recurso deveria ir para seu estado,isso evitaria uma o "excesso de gasto público" do governo.
acho que tb não é assim. ou a política fiscal desses últimos anos de bonança não permitiu que ocorresse uma razoável redução da dívida pública? nem todo o aumento da arrecadação foi direcionado para gastos públicos, uma boa parte dele virou superávit primário. e é graças a uma dívida pública sob controle que hoje se pode falar em reduzir o aperto fiscal para enfrentar a crise sem que isso cause o burburinho que causaria até pouco tempo atrás.
BB É O MAIS RENTÁVEL DO CONTINENTE
Entre os 20 bancos mais lucrativos das Américas, o Banco do Brasil é o mais rentável, segundo a pesquisa da Economatica. A consultoria usou um índice que contempla a proporção da rentabilidade em relação ao patrimônio.
No caso do BB, o índice atingiu 32,5%. Em seguida vêm o Bradesco (23,6%), o American Express (23,6%), o Santander Chile (21,8%) e o Itaú (21,5%). O Santander Brasil fica em 8º lugar no ranking de rentabilidade, com 12,6%.
O MEGA-BANCO ESTATAL BB É MUITO MAIS RENTÁVEL QUE TODOS OS OUTROS BANCOS DO CONTINENTE....
QUEM AQUI ESTAVA DEFENDENDO A PRIVATIZAÇÃO DO BB???
Isso é um "tapa na cara" dos ortodoxos que falam que o BB é ineficiente.
Pelo que sei sobre a administração Reagan, ele foi guiado pela turma do supply side economics, que acreditava que um corte de impostos melhoraria tanto a economia que a arrecadação do governo subiria e por idéias como as do Friedman, de que cortar impostos reduziria a arrecadação, sim, mas seria, como o Kleber diria, "tirar a cerveja do refrigerador", forçando o governo a cortar gastos. O problema é que parece que apareceu um maluco na porta da casa com um isopor vendendo cerveja fiada... como acontece muitas vezes no mundo real.
O maior problema prático de política fiscal anticíclica (eu acho que seria a ideal) é que convencer político a gastar o que não tem é fácil, o difícil é convencer a não gastar o que tem... ainda mais se o argumento for atenuar uma crise no futuro que pode só vir com seu sucessor.
"O MEGA-BANCO ESTATAL BB É MUITO MAIS RENTÁVEL QUE TODOS OS OUTROS BANCOS DO CONTINENTE....
QUEM AQUI ESTAVA DEFENDENDO A PRIVATIZAÇÃO DO BB???
Isso é um "tapa na cara" dos ortodoxos que falam que o BB é ineficiente."
Já mostrei isto antes, mas tem gente que não aprende, então mostro de novo...
"Agência Estado
07:22 BB: LUCRO LÍQUIDO CONTÁBIL DO 4º TRIMESTRE DE 2008 É RECORDE
São Paulo, 19 - O lucro líquido contábil do Banco do Brasil no quarto trimestre de 2008, de R$ 2,944 bilhões, é o maior da história para um período de três meses, superando o recorde anterior de R$ 2,347 bilhões registrado no primeiro trimestre do ano passado. O resultado foi possível graças às mudanças no cálculo de ativos e
passivos dos fundos de pensão, que geraram um resultado não recorrente de R$ 1,318 bilhão.
No último dia 23, o BB anunciou que a contabilização de parte dos ganhos atuariais não reconhecidos no plano de aposentadoria somava R$ 5,326 bilhões. A contabilização das perdas chegou a R$ 1,259 bilhão e a dos efeitos fiscais ficou negativa em R$ 1,546 bilhão. Com o reforço no resultado ocasionado por essas
mudanças, a instituição decidiu fazer ainda uma provisão adicional de R$ 1,7 bilhão para perdas da carteira de crédito."
Olhe só que eficiência...
Caro Alex, uma vez mais você deu um choque de realidade em nós leitores. Mas Alex, você disse que aumentar os gastos correntes equivale a aumentar os impostos na mesma quantia no futuro. Ora, eu dei uma olhada no ARRA (lei do estímulo fiscal de Obama) e pelo que vi, aquilo lá tem pouco investimento pesado para infra-estrutura, é mais gasto com educação, saúde, corte de imposto, ajuda a estados e municípios (etc...)! E o sr. Paul Kurgman elogiou isso tudo, oras, eu me pergunto e lanço essa provocação a você: Não está Obama fazendo quase tudo errado, como fez Lula?
Muito Obrigado
DU
ps: meus estudos sobre aquele tema vão satisfatoriamente empolgantes. Agradeço o auxílio.
Shabbat Shalom
Acho que foi o Kleber por que ele não assinou, mas la vai:
"PS: Para quem quer estudar consequencias praticas da aplicacao ortodoxa da politica economica keynesiana, sugiro que se leiam publicacoes reportando a PE do Terceiro Reich. Por isso o conselho do neguinho que vos fala e' largar mao dessa merda de intervencao governamental. Comeca-se assim e termina-se mal, muito mal."
Vide o Patriot Act, e tudo o que o George W. Bush fez e deixou de herança, essa sim maldita para todo o mundo.
Alguém disse...
"Nos anos 70, do alto da sua malandragem oriental, o comuna Deng Xiaoping sacou que não importa a cor do gato, importa que cace rato. Deixou ideologia de lado, reformou a economia do seu país. Se fosse vivo, teria visto ela virar, em trinta anos, a segunda economia planetária."
Essa semana em São Paulo com um visitante chinês ele fez um comentário nesse mesmo sentido, de o senhor Deng ao dirigir o carro CHINA ligava a seta para a esquerda mas virava o carro para a direita, foi assim que ele mudou tudo sem mudar nada, provavelmente aproveitou a experiência do Chile e multiplicou por bilhão.
"KEYNES FOI APENAS UM LIBERAL QUE SE RECICLOU PARA NOVOS TEMPOS"
Jumento de Uranio com pedestal de Radium para voce, amigao. Tu num sabe nada, num ta' cum nada. Leia, carissimo, leia muito. E depois, feche os olhos e repita comigo;
"Eu sei que sou assim, mas eu hei de melhorar".
LB
Desculpe eu ter esquecido de assinar. Nao e' do meu feitio postar mensagens anonimas.
Para julgar o Patriot Act espere alguem matar 3.000 brasileiros de uma tacada so', quem sabe com algum parente ou amigo dileto no meio, ta' legal? Ai' entao voce estara' melhor posicionado para emitir julgamento. Eu quase voei no Flight 94, mas tive que antecipar minha viagem por uma semana, e forcei um subordinado meu a mudar sua reserva feita para aquele voo naquele dia, o que evidentemente salvou sua vida. Por 5 anos nao consegui dormir na noite do dia 10 para o dia 11 de setembro. Entao nao fale asneira sobre o que voce nao viveu. Assim continuaremos a nos respeitar mutuamente como sempre.
Fiquei de saco cheio.
Sem mais comentarios por hoje.
Kleber S.
Eduardo disse...
"...Mas Alex, você disse que aumentar os gastos correntes equivale a aumentar os impostos na mesma quantia no futuro. Ora, eu dei uma olhada no ARRA (lei do estímulo fiscal de Obama) e pelo que vi, aquilo lá tem pouco investimento pesado para infra-estrutura, é mais gasto com educação, saúde, corte de imposto, ajuda a estados e municípios (etc...)! ...
... Não está Obama fazendo quase tudo errado, como fez Lula?"
Eu ainda sou pequenininho, mas acho que a idéia do Keynes era o governo compensar, provisoriamente, a retração da demanda devida ao choque negativo de confiança. Investimento em infra-estrutura cai nessa categoria de gastos não permanentes. Mas a ajuda a estados e municípios também, se for para cobrir a queda da arrecadação para abaixo do padrão histórico ou de "normal".
Quanto a gastos com saúde e educação, o governo não deveria ser nem pró, nem anti-ciclico, mas manter os gastos num nível constante, compatível com as necessidades da população, e não utilizá-los para "estabilizar" keynesianamente a economia, pois têm caráter permanente. Mas o nível de gastos com saúde e educação "adequado" para os Democratas para é maior do que o dos Republicanos, e acho que é isso que explica os aumentos no pacote. Politicamente, é mais fácil passar esse tipo de medida misturando-a ao bolo do pacote anti-crise.
Pessoalmente, meu instinto diz que essas medidas de estímulo fiscal não serão muito efetivas, pois os recursos produtivos da economia são especializados. Você não compensa facilmente perda de empregos nas montadoras e bancos com aumento de vagas na construção civil. Neguinho devia se concentrar em resolver o pepino no sistema financeiro. Aí, fica mais fácil para os recursos produtivos voltarem a ser empregados onde são mais eficientes.
Chucky
MGLI disse:
"Chucky, outra coisa vou concordar com o Kleber S.: Quem tem que fazer propaganda dizendo que cobra 0,5% ou 0,25% para aplicar no Tesouro direto não é o governo, mas quem está concorrendo com os bancos."
Discordo. Nenhum banco ou corretora de porte (com recursos para propaganda em larga escala) tem incentivo a fazer propaganda do TD, pois vai canibalizar produtos próprios que cobram taxa de administração. Os bancos que cobram até 0,5% no TD o fazem ou porque são estatais ou porque trabalham em nichos mais competitivos. Neste último caso, seus clientes do TD podem migrar facilmente para outra corretora que cobre taxas mais baixas. Eles praticam taxas baixas para evitar essa perda dos clientes. Os bancões tem clientes mais "cativos", e podem cobrar taxas proibitivas no TD com pequeno risco de perda de correntistas.
Quem teria incentivo para divulgar o TD é o Tesouro, que racharia com o investidor a taxa de administração que deixou de ser cobrada, via taxas de juros menores.
Chucky
"Mas Alex, você disse que aumentar os gastos correntes equivale a aumentar os impostos na mesma quantia no futuro"
Eu, na verdade, disse algo um pouco diferente Eduardo. Um aumento PERMANENTE de gastos deve ser compensado por um aumento PERMANENTE de impostos, cujo valor presente seja igual ao valor dos gastos. Para botar números, um aumento permanente de $ 10/ano no gasto deve virar um aumento de $ 10/ano nos impostos (em valor presente), reduzindo o consumo corrente em 10/ano.
Um aumento TEMPORÁRIO de gastos também tem que ser compensado por um aumento equivalente de impostos, mas como o aumento de impostos será menor. Digamos que um aumento de $ 10 no gasto deste deva ser compensado por um aumento PERMANENTE de $1/ano nos impostos. Então hoje o efeito da política fiscal seria expansionista em $ 9 e, nos anos seguintes, contracionista em $ 1/ano.
No Brasil, o aumento de gasto corrente é, quase sempre, permanente (porque é salário ou aposentadoria - daí a referência a gastos "cuja redução futura é quase impossível num ambiente de baixa inflação"), portanto de baixa eficiência como política anticíclica.
NO caso dos EUA eu confesso que preciso olhar com mais detalhe, mas, pelo menos do jeito que está formulado, a ideia é um aumento TEMPORÁRIO de gastos, mesmo que sejam correntes (o orçamento lá não é tão engessado como cá). Se será temporário ou permanente, o tempo dirá.
Abs
Alex
Kleber,
Se eu já te respeitava pelo seus comentários e conhecimento, agora esse respeito aumentou mais ainda, pela sua educação e elegância.
Concordo com você e agradeço-lhe por ter dado valor ao respeito mutuo.
Peço-lhe apenas que um dia quando você estiver mais tranquilo possamos conversar sobre o ponto que eu queria colocar, quem sabe no Frangó com umas cervejas e coxinhas, ou em algum lugar nos EUA, em qualquer lugar que você escolha, my treat!
"Jumento de Uranio com pedestal de Radium para voce, amigao. Tu num sabe nada, num ta' cum nada. Leia, carissimo, leia muito".
Calma. Para quem contou a anedota da loura gostosa, já vi que você deixaria os amigos pensarem que você não é do ramo, só para mostrar a força das suas convicções.
Ler não basta. A universidade da vida é a melhor.
Nos anos 30 o capitalismo estava quebrado. Conheci pessoas que viveram aqueles anos. Era época de extremos, não havia muita coluna do meio. Tive tios que foram integralistas e outros comunistas. Meu pai casou cedo e tinha filhos para encher a barriga com coisas diferentes de ideologia. De berço aprendi a ser tolerante e democrata. Keynes agiu em socorro do que achava fundamental e que, naquele instante, estava arruinado: o capitalismo liberal.
Nesse sentido é que ele foi um liberal muito útil ao capitalismo. Não era do tipo que deixava os amigos pensarem que não era do ramo. Fez o que achou necessário e faturou os louros, ou melhor: a loura.
"Essa semana em São Paulo com um visitante chinês ele fez um comentário nesse mesmo sentido, de o senhor Deng ao dirigir o carro CHINA ligava a seta para a esquerda mas virava o carro para a direita".
O poder é assim, como violino, toma-se com a esquerda, toca-se com a direita.
No Chile os meninos de chicago fizeram alaúza, mas sequer proporam privatizar as minas de cobre. Se fizessem, receberiam umas pinochetadas. Eram super-hiper-plus liberais, mas não eram burros, como são alguns dogmáticos liberais. Aliás, todo dogmático tem algo de burro.
O folclore político narra a seguinte anedota:
Em 1989, perguntaram ao camarada Deng da sua impressão sobre os 200 anos da Revolução Francesa.
Ele respondeu que era cedo demais para uma avaliação completa das suas conseqüẽncias.
Quando a China foi unificada, a península itálica não estava sob domínio total romano, era ameaçada por Cartago; na Nova Inglaterra os povos viviam no neolítico. É uma nação anterior a Civilização Ocidental; subiram e desceram algumas vezes na sua existência e permaneceram; viram muitos outros que subiram, desceram e desapareceram.
Agentes do proto-capitalismo europeu de Veneza a visitaram e se impressionaram com os materiais que fabricavam. Um chamou a atenção: o papel; sobretudo para um uso especial que os chineses davam, o de servir de moeda. A novidade veio para o Ocidente e fez história.
A China em dos seus momentos de decadência, no século XIX, foi saqueada e humilhada com o uso de uma invenção sua: a pólvora. O ingleses, a grande potência da hora, impuseram no seu território o tráfico de drogas, com os mesmo métodos empregados nos morros cariocas, no tiro. Era o livre comércio para o liberais ingleses da época. Pensando bem, embora de forma quase sutil, é o livre comércio de hoje: manda quem tem pólvora.
Depois eu conto a história do tigre de papel.
Sobre a politica fiscal, existe um argumento bem convincente, e nao-keynesiano, a favor de aumentar gastos em infra-estrutura durante recessoes: em recessoes, o setor de construcao eh geralmente um dos que se contrai mais, portanto, o custo de se construir infra-estrutura estah em seu minimo durante recessoes. Um governo querendo construir infra-estrutura a um custo minimo vai gastar anticiclicamente em infra-estrutura.
"O"
Quem teria incentivo para divulgar o TD é o Tesouro, que racharia com o investidor a taxa de administração que deixou de ser cobrada, via taxas de juros menores.
Chucky,
Eu pensei no seguinte: E se o Banco Central emite uma resolução que transforma a poupança em alguma variante do investimento no tesouro direto? Tipo assim, a poupança passa a ser um produto Tesouro Direto. Isso não resolveria o problema? Tem a questão do financiamento imobiliário, é claro... Mas e essa ideia, tem futuro?
Gostaria de ouvir comentários...
Abs
Isso é que da ter aulas com o pessoal da Unicamp.Alex todo aumento de gasto temporário vai ser pago no futuro,aumentar gasto público via aumento de dívida é um aumento de imposto.
Só a quermesse defende aumento de gasto público com a situação fiscal atual dos EUA.Você mesmo aprendeu que a política fiscal deve ser sempre superavitária a qualquer nível de emprego e renda.
O PRANO B
E' uma mixordia de gastos e corte de impostos. Os gastos sao disparatados, um pouco de tudo pra patota do 'tax and spend'. Educacao aqui nao tem nada a ver com o governo federal. E' totalmente financiada pelo equivalente ao IPTU. Mas a tchurma do sindicato dos professores sempre da' um jeito de chantagear os presidentes para arrancar mais algum, que via de regra acaba em aumento de salarios. E' uma vergonha.
Um dos poucos consensos existentes neste pais no dia de hoje e' que o Prano B e' uma josta, e que nao vai resolver porra nenhuma.
CHUCKY
Uma pergunta: o que voce quer dizer com "juros mais baixos" no fim do seu ultimo post?
Mais uma observacao: aqui no Barakistao tambem temos Treasury Direct. Adivinha de quem o Brasul copiou a ideia? Pois bem, o Treasury Deprtament nao faz propaganda de porra nenhuma disso ae.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
PS: nao sei bem porque, mas no fundo, no fundo, tenho a impressao de que o Keynes era gay.
Kleber S disse...
"Educacao aqui nao tem nada a ver com o governo federal. E' totalmente financiada pelo equivalente ao IPTU. Mas a tchurma do sindicato dos professores sempre da' um jeito de chantagear os presidentes para arrancar mais algum, que via de regra acaba em aumento de salarios. E' uma vergonha."
Kleber, que bom seria se isso também fosse assim aqui, assim quem sabe o dinheiro não iria para financiar a USP, a Unicamp, a UFRJ, a UNB e outros tantos cabides de emprego, mas sim para a educação básica que seria responsabilidade das municipalidades, assim poderiamos até ter evitado o bolsa educação que acabou virando bolsa família (ou programa de eleição do PT).
Agora com a crise hipotecária comendo solta o IPTU de vocês (property tax) deve estar fazendo água faz um tempo.
Tenho ouvido relatos de amigos de que muitas escolas pelos Estados Unidos nos últimos 12 meses tem menos comida, menos material e etc.., essa injeção de dinheiro para as escolas não é tão ruim assim.
LB
LB
Ta' combinado!
Eu tenho realmente esse trauma de lidar com o assunto que tratamos acima.
Sobre o IPTU daqui, voce esta' muito certo, esta' miando. A solucao e' cortar custos, como em todo empreendimento. Amigao, o custo de um aluno por aqui e' qualquer coisa de exorbitante. O Brasil gasta quanto pode, o Afeganistao tambem, e assim deveria ser com o Barakistao. Com dinheiro federal, tambem se tem interferencia federal na educacao. Tudo o que um pais nao precisa e' ideologia se metendo nesse campo.
Um grande abraco, LB.
KEYNES LIBERAL?
Nao. Esse fulano era claramente nacional-socialista. Leia um dos comentarios que postei acima com a transcricao de um de seus textos em ingles. Prova maior nao pode haver.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
Kleber disse:
"...PS: nao sei bem porque, mas no fundo, no fundo, tenho a impressao de que o Keynes era gay."
De fato, o cara era gay. Li a biografia dele. Quando adolescente, estudou num daqueles internatos britânicos de elite, onde a viadagem rolava solta. O cara teve vários "namoradinhos", mandava cartinhas, etc...
Não obstante, o cara era um gênio, e tinha a cabeça aberta. Depois de adulto, enriqueceu, conheceu uma bailarina russa, se casou com ela, e largou a vida de veado. Aplicou à própria vida uma de suas máximas:
"Se as circunstâncias mudam, eu mudo minha opinião. E o senhor?"
(Nada contra os gays. Só estou enfatizando a mentalidade aberta do Keynes.)
Quanto aos juros baixos, casos o TD fique mais conhecido:
removendo os intermediários, os aplicadores pequenos ganham mais, aumentam sua propensão a poupar, reduzindo um pouco sua demanda. O BC pode trabalhar com uma taxa de juros ligeiramente mais baixa, e os custos do Tesouro caem. São efeitos pequenos, mas vão nesta direção.
Quanto à idéia de um Anônimo, de transformar a poupança num tipo de TD, acho desaconselhável. No cerne da existência da poupança está o crédito direcionado à habitação. Acho que a poupança deve ser desmontada à medida que o crédito direcionado se torne desnecessário. Neguinho tem que investir no TD diretamente, sabendo o que faz. Senão, o TD vira plano de pensão de velhinhos, e o governo sofre pressão para garantir o rendimento destes. O governo não tem que tutelar ninguém, apenas garantir um ambiente em que cada pessoa, bem informada, possa tomar suas próprias conclusões.
Chucky
Alexandre:
Voltando ao post original, eu nao vejo como e possivel nao aumentar o gasto publico em tempos de expansao. Talvez possa ser reduzido como % do PIB (aumento mais lento), mas politico e tudo a mesma merda em quase todo lugar. Veem grana e querem gastar.
E tome cuidado com essas suas ideias radicais (tipo considerar os ciclos economicos na hora de determinar quanto o Estado gasta a curto prazo), porque algum idiota pode sugerir um "fundo soberano." Ooops, too late.
PIG
ps: O Kleber escreveu um comentario usando um argumento que custos fixos dos bancos grandes eram menores. Kleber, mermao, a sua critica assume que houve integracao significativa apos os multiplos M&As em termos de processos e areas que involvem os tais custos fixos. Eu acho que isso nao e verdade. Quando Citi e Travellers merged, por exemplo, a prioridade foi por muito tempo capturar o cross-sell, o tal do one-stop bank. As tais das synergies eram muito maiores no revenue side que no custo. Os processos e custos associados nao foram integrados de nenhuma forma decente, ate onde eu sei (pode ter mudado nos ultimos dois anos, mas duvido!)
Uma grande parte da discussao economica na Internet, na imprensa, e em certos meios pseudo-accademicos e realmente deprimente.
Eu, que nunca estudei economia, fico deprimido. E uma discussao que vai mais ou menos assim: alguem que nunca estudou economia, que estudou pouquissimo, ou que estudou muito e nao aprendeu nada, faz uma afirmacao idiotica, as vezes apenas por causa de ignorancia benevolente, mas a maioria das vezes por razoes ideologicas.
Ai, os economistas (bem) treinados dao um cassete no idiota. E o debate e mais ou menos assim:
Economista bem treinado: Imbecil, ignorante, se voce pensar um pouco sobre o significado real dos conceitos que voce usa, sobre a sua relacao, e usar fatos ao invez de crencas, vai mudar de opiniao.
Imbecil, ignorante: Voce e um cabea de planilha, blah, blah, blah
Essa discussao e divertida muitas vezes, mas, memso sem saber economia, a mim parece ser obvio que ha muita coisa sobre o funcionamento da economia que os economistas nao entendem.
Se voce perguntar a um bom fisico ou matematico o que eles nao entendem, voce geralemente recebe uma resposta RELATIVAMENTE bem delineada, articulada, e que te da seguranca adicional sobre o que eles entendem. Nao que seja imutavel (o metodo cientifico nao admitiria isso), mas que eles entendem as implicacoes e limitacoes das teorias vigentes em suas respectivas areas.
O debate no meio economico leigo, ilustrado acima, nao deixa a gente concluir se os economistas tem um ponto de vista claro sobre as limitacoes da economia, mas que e obfuscado pelas idiotices, ou se falta claridade de pensamento aos economistas. Infelizmente, eu acho que as duas razoes sao validas!
Isso e importante (I kid you not). Principalmente quando a expressao da vez e "crisis of confidence." Como tax payer nos US, eu gostaria de ter alguma ideia de quanto o Bernanke ta chutando vs. quanto ele sabe o que esta fazendo.
PIG
"Só a quermesse defende aumento de gasto público com a situação fiscal atual dos EUA.Você mesmo aprendeu que a política fiscal deve ser sempre superavitária a qualquer nível de emprego e renda."
Errado.
Os únicos que talvez defendessem qye a política fiscal devesse ser sempre superavitária deveriam ser os reis da época do absolutismo monárquico, interessados em acumular tesouros a custa da população.
Hoje, há economistas que defendem, sim, orçamentos equilibrados (não superavitários) seja qual for o desempenho do PIB. Só que tem que saber o que isso significa. Significa o Estado gastar mais ou cortar impostos nos períodos de expansão (quando essas medidas são desnecessárias) e cortar gastos ou aumentar impostos logo na recessão (quando podem agravar a situação). Daí haver a defesa de boa parte dos economistas de políticas anticíclicas, ou mesmo "neutras" (não mexa nos impostos e ajuste os gastos pelo produto potencial, que os superávits e déficits surgirão naturalmente com os ciclos econômicos. A dificuldade prática de fazer isso é convencer os políticos de não gastarem nos momentos em que surge o dinheiro...
Alex por isso que eu falo que deveriamos ter o padrao ouro,ele evitava que o banco central "abusasse" do direito de imprimir moeda.
Bernanke ja emitiu 1 trilhao de USD emprestando ao mercado ,depois serão mais 1,5 trilhoes para comprar esses titulos podres,sem contar os 750 bi de Obama para salvar bancos.
Bernanke continua achando que o problema é de liquidez.
" Bernanke continua achando que o problema é de liquidez."
Já eu desconfio que ele sabe muito bem que não se trata disto. A este respeito eu sugiro a leitura da seguinte palestra do Bernanke:
Deflation: Making Sure "It" Doesn't Happen Here
http://www.federalreserve.gov/BOARDDOCS/SPEECHES/2002/20021121/default.htm
Tudo que ele está fazendo no campo da política monetária, inclusive a medida anunciada pelo FOMC esta semana segue o que ele disse em 2002. Pode não funcionar, mas eu duvido que uma brutal contração monetária provocada por um regime como o padrao-ouro ajudasse muito agora.
Ou, para colocar de outra forma: dar água para um subnutrido não vai resolver o problema, mas não deixá-lo beber me parece uma forma de acelerar a morte do infeliz...
Alex o FED pode jogar liquidez o quanto for ao mercado que não vai funcionar muito (temos o Japão como exemplo.
Jose Marcio Camargo Da PUC fala sobre isso,os investidores podem achar que o dolar é "papel pintado".O correto seria uma ação pontual para salvar o sistema financeiro,estatizar se for o caso.
"Alex o FED pode jogar liquidez o quanto for ao mercado que não vai funcionar muito (temos o Japão como exemplo."
Quer dizer que se você achar um faminto, nada de água para ele. Afinal de contas, não vai matar a fome...
No Japao funcionou? Creio que nao,o FED corre um risco de levar o dolar para o buraco.
Ja imanigou dolar servindo de papel higienico? Pois e a tendencia se Bernanke ficar usando essas politicas heterodoxas.
Ele usou essa tentativa no comeco de 2008 e nao funcionou.
Terceiro EUA precisa passar por uma correcao de "valores",aumentar nivel de poupanca,governo ajustar as contas.
Eu sei que e dificil para o Keynesiano entender isso,mas e a realidade.
"Eu sei que e dificil para o Keynesiano entender isso,mas e a realidade"
Eu sei que é difícil para alguém que não sabe economia entender, mas - como já expliquei algumas vezes - a questão é como teria o Japão se comportado se a política não tivesse sido implementada.
Neste meio tempo, curta os prados verdejantes da Dimensão Z. São bastante nutritivos para indivíduos da sua espécie...
VIIIIIIIIIIUUUU!
Eu juro que nao sabia da biografia do Jao Keynes! Mas como todo nacional-socialista que se preze, ele agasalhava!
Alias, minha experiencia pessoal diz que dancarinas russas tendem a ser um poco de vicios. Quantos filhos eles tiveram? Eles se parecem uns com os outros?
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
"Eu juro que nao sabia da biografia do Jao Keynes! Mas como todo nacional-socialista que se preze, ele agasalhava!"
Kleber, chamar o Keynes de nacional-socialista eh bem incorreto. Ele era sim um bom membro da elite britanica, assim como Churchill, pro-colonialismo and all.
Amigo Kleber, deixa eu fazer uma curta defesa do Keynes.
Ele trouxe modelos novos para economia que permitiram entender, ao menos parcialmente, o que não se entendia à sua época. A teoria clássica não explicava bulhufas da década de 30.
Não interessa se as idéias dele eram "certas" ou "erradas", a "verdadeira" realidade social ou não. Ele propôs um modelo que explicava alguma coisa que antes ninguém explicava - e assim avança a ciência. Suas críticas foram relevantes e a economia as incorporou - nem Lucas, nem Sarget existiriam sem Keynes (ou existiriam, mas só diriam trivialidades).
Seus modelos foram superados em diversos pontos? Sem dúvida. E daí? O problema não foi Keynes, que fez seu papel muito bem feito; foram os malas que usam seu nome em vão.
Já pensou se a Escola Heterodoxa de Aviação, radicalmente contrária à AirBus e seus cabeças de planilha, resolvesse fazer aviões socialmente responsáveis a partir de revisões críticas da obra de Santos Dumont? Será que o avião voaria baseado na historicidade condicionante da realidade social na qual o suposto cientista está inserido? Se o avião caísse, Santos Dumont seria uma besta?
Santos Dumont foi um gênio e o que ele disse determinou a história da aviação - o que não significa que a gente vá sair por aí voando de 14-bis, certo? O mesmo vale pro Keynes.
Deixe ele e sua bailarina russa em paz. O problema são os pseudo-keynesianos.
Abs a todos.
Kleber, maldito homofóbico,
O cara não teve filhos com a bailarina. Parece que tentaram, mas ela teve abortos, e não conseguiram.
Quanto ao nacional-socialismo do Keynes, o oposto é mais verdadeiro: durante a Depressão, o Comunismo grassava na Rússia e começava a ser considerado uma solução melhor para a sociedade do que o capitalismo, inclusive entre a elite intelectual. O fascimo também se expandia (Hitler reergueu a economia alemã, antes de afundá-la na guerra). A preocupação do Keynes na época, conforme documentado nas suas correspondências, era salvar o capitalismo liberal destas ameaças. E a única saída na época era a intervenção estatal, ainda que de uma forma mais suave do que a dos regimes alternativos.
Keynes era, sobretudo, um cara prático, não um dogmático. Teve vários envolvimentos com decisões políticas importantes, desde a 1a Guerra, e sabia como as coisas funcionavam na prática. Dogmáticos são os imbecis que aplicam suas prescrições ao pé da letra, sem avaliar o contexto.
Obs: a melhor biografia sobre o cara é a do Robert Skidelsky. Umas 850 páginas em paperback, a uns US$20,00.
http://www.amazon.com/John-Maynard-Keynes-1883-1946-Philosopher/dp/0143036157/ref=pd_bbs_sr_1?ie=UTF8&s=books&qid=1237815633&sr=8-1
Chucky
O governo está dando caráter de urgência aos estudos para definir medidas que evitem a migração em massa de investimentos em renda fixa para a caderneta de poupança.
No estágio atual do debate interno, as autoridades discutem duas alternativas: a indexação da poupança a um percentual da Selic, com a instituição da cobrança de Imposto de Renda (IR) a partir de um certo limite de depósito; ou o atrelamento das cadernetas à inflação (ao IPCA, o índice oficial de preços), acrescido de juros de 2% ou 3% ao ano.
O que garante que o governo não mexa na sua poupança?????
N A D A
Keynes nacional-socialista?! Doghouse nele, Alex!!!
Lições da Venezuela:
Among the highlights:
The current economic expansion began when the government got control over the national oil company in the first quarter of 2003. Since then, real (inflation-adjusted) GDP has nearly doubled, growing by 94.7 percent in 5.25 years, or 13.5 percent annually.
Most of this growth has been in the non-oil sector of the economy, and the private sector has grown faster than the public sector.
During the current economic expansion, the poverty rate has been cut by more than half, from 54 percent of households in the first half of 2003 to 26 percent at the end of 2008. Extreme poverty has fallen even more, by 72 percent. These poverty rates measure only cash income, and do not take into account increased access to health care or education.
Over the entire decade, the percentage of households in poverty has been reduced by 39 percent, and extreme poverty by more than half.
Inequality, as measured by the Gini index, has also fallen substantially. The index has fallen to 41 in 2008, from 48.1 in 2003 and 47 in 1999. This represents a large reduction in inequality.
Real (inflation-adjusted) social spending per person more than tripled from 1998-2006.
From 1998-2006, infant mortality has fallen by more than one-third. The number of primary care physicians in the public sector increased 12-fold from 1999-2007, providing health care to millions of Venezuelans who previously did not have access.
There have been substantial gains in education, especially higher education, where gross enrollment rates more than doubled from 1999-2000 to 2007-2008.
The labor market also improved substantially over the last decade, with unemployment dropping from 11.3 percent to 7.8 percent. During the current expansion it has fallen by more than half. Other labor market indicators also show substantial gains.
Over the past decade, the number of social security beneficiaries has more than doubled.
Over the decade, the government’s total public debt has fallen from 30.7 to 14.3 percent of GDP. The foreign public debt has fallen even more, from 25.6 to 9.8 percent of GDP.
Inflation is about where it was 10 years ago, ending the year at 31.4 percent. However it has been falling over the last half year (as measured by three-month averages) and is likely to continue declining this year in the face of strong deflationary pressures worldwide.
Alex,
O QUE achou do detalhamento do plano ontem ???
Não parece o melhor caminho, mas a essa altura isso não parece mais importante ..
Me parece que o importante é saber se vai ou não funcionar. O que acha ?
abraços
Teco
Keynes era um socialista fabiano, além de ter um casamento de fachada e participar de sociedades secretas. Mas de que forma isso influencia a qualidade da obra do bigodinho?
att,
TS
OVO DE COLOMBO!!!
O GENE DA CRISE: TITULOS PODRES
A SOLUÇÃO: O ISOLAMENTO DESSES TÍTULO (COMPRA)
O INICIO DA RECUPERAÇÃO COMEÇOU ONTEM.
MARCOS-DF
" Alex,
O QUE achou do detalhamento do plano ontem ???
Não parece o melhor caminho, mas a essa altura isso não parece mais importante ..
Me parece que o importante é saber se vai ou não funcionar. O que acha ?
abraços
Teco"
Ainda não consegui tempo para para escrever o que acho, embora tenha conseguido fazer umas contas interessantes que pretendo apresentar aqui para seus comentários.
Volto logo.
Abs
ALex
"Lições da Venezuela: "
Já tinha recebido este texto no meu e-mail.
Muito boa essa piada... Esses palhaços do CEPR conseguiriam racionalizar até uma bomba nuclear explodindo acidentalmente em Caracas.
A cara de pau é muito grande, tão grande que eles comparam o desempenho em 2008 com o desempenho em 2003, isto é, quando Chavez já estava no poder por 5 anos.
É como se eu desse uma sova na minha mulher e meia hora depois falasse para ela: nao está tudo bem agora? Veja só... meia hora atrás tinha um cara batendo em você, agora não tem mais!
"O"
Alex,
Explique uma coisa para nós.
O FED está comprando a rodo títulos do tesouro federal para reduzir a taxa de juros de longo prazo do mercado.
No Brasil isso não apenas é proibido, mas configura até ato de improbidade.
A política do FED nesse caso está correta? Afora a questão legal, seria bom para a economia essa compra de títulos pelo BACEN?
PEDRO, CHUCKY, TIO "O" (?)
Eu nao sou homofobico nem homofilo. Eu to pouco me lixando pra o que o fulano faz em seu quarto. Mas a julgar pelo teor de sua escrita, eu achei que ele era bem enrustido. Um nacional-socialista enrustido, principalmente. Achei por isso que ele deveria ter outros "enrustimentos". E, curiosamente, estava certo.
Keynes pregava o controle estatal da economia, com manutencao da propriedade privada, e lucros controlados pelo estado. Isto esta' demonstrado de maneira inequivoca no excerpt que postei acima ha' uns dias atras.
Sobre o comentario do sucesso (fugaz) economico da Alemanha do NSDAP, resta esperar que o amigo leia com mais vagar os detalhes do que se passou em 1938. Nao foi bem a guerra que arrebentou o balao, nao. A guerra trouxe sobrevida ao modelo, com racionamento e expoliacao dos territorios ocupados.
Keynesianismo e' a nova roupagem com que os (ex?) marxistas se travestiram. Ja' que nao da' pedal pra estatizar a propriedade, bota-se o governo como "arbitro" e "guia", via grana parida em momento de crise aguda. Por isso um sonoro NAO a Keynes, Marx, Schacht et caterva.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
AIRBUS, em tempo
Por falar no dito-cujo, ninguem me tira da cabeca que o Airbus que se chocou contra o predio em Conconhas o fez justamente por causa do tipo de controle de voo da aeronave. Num 737 muito provavelmente nao ocorreria.
Outro abraco de quebrar costela
Kleber S.
Muito boa essa piada... Esses palhaços do CEPR conseguiriam racionalizar até uma bomba nuclear explodindo acidentalmente em Caracas.
Hahaha, muito boa...
No site do CPER tem um texto cujo título é Argentina: the crisis that isn´t.
Sem comentários.
Kleber,
1 - Você falou sobre um link em um dos seus posts que mostraria o carater nazi dos ditos do keynes. Procurei-o e não achei. Manda de novo?
2 - Que negócio é esse do controle de voô do Airbus? Eu sempre estranhei o fato de eles não terem tentado arremeter, mas atribuia isso a tendêcia atual de transformar os pilotos comerciais "burocratas do ar". Quer dizer, como não deu tempo de ler no procedimento se podia, o cara nao fez.
abrçs
André Lima
Alex,
Você chegou a ver o trabalho do Marcelo Carvalho do MorganStanley para justificar a sua projeçao de queda de 4,5% no PIB brasileiro neste ano?
Caso não tenha visto, te recomendo a não perder o seu tempo. Essa é a análise mais infantil de todos os tempos. Simplesmente um absurdo. Costumava respeitar as análises do Marcelo, mas me parece que o cara ficou louco. O que será que deram para ele?
Fazer projeção para o PIB utilizando um gráfico de dispersão, com alta variância em torno da média, com o PIB do Brasil e o mundial me soou no mínimo ingênuo.
Considerar que o consumo cairá 4,2% também é absurdo. será que o Marcelo e a sua equipe estão considerando o forte ganho real do salário mínimo este ano? Será que ele considera o impacto desse nos rendimentos decorrentes da previdência (1/3 do rendimento total de nossa economia)?
Resumindo: viajaram, o Marcelo e o restante de sua equipe.
Como vocês do Santander estão vendo o desempenho do PIB neste ano?
Abs
Caio Machado
Caro Caio,
Eu li o trabalho do Marcelo e discordo em algumas partes. Por exemplo, a trajetoria que eles colocaram para a SELIC nao faz sentido, pois eles tem a SELIC aumentando em 2010 apesar de nao terem pressoes inflacionarias no cenario.
Entretanto, o -4.5% eh bem razoavel. Basta termos contracoes no primeiro e segundo trimestre - e ao que tudo indica, a contracao do primeiro trimestre jah ocorreu, o que coloca a projecao do PIB para o ano na casa de uns -2% se a economia nao se recuperar mas nao piorar tambem.
Finalmente, o aumento do salario minimo nao faz p____ nenhuma com o consumo agregado. Quantos pontos percentuais do consumo agregado no Brasil vem de recipientes do salario minimo? Garanto que muito pouco, dada nossa desigualdade, informalidade etc. Lembre-se o consumo agregado NAO eh uma media aritmetica dos consumos individuais, mas sim uma media ponderada onde os ricos e a classe media sao super-representados.
"O"
"O",
O ajuste da salário mínimo recai forte sobre aqueles que recebem rendimentos da previdência, o que representa 1/3 do massa de rendimento brasileira. Além do mais, temos que considerar que a proporção de funcionários públicos também é elevada, e estes terão (ao que tudo indica)reajustes pomposos.
Se você considerar apenas a massa de rendimento do trabalho, de fato o salário mínimo fará pouca diferença.
Abs
Caio Machado
Alex, um historiador pergunta:
"Ora, como disseram muitos entendidos, é difícil aceitar que Madoff tenha sido o único autor desta vigarice. Como acreditar que grandes bancos, banqueiros suíços (os mais malandros do mundo), associações caritativas de grandes financistas, e tantos investidores experimentados, pentelhos com suas contas, com seu tempo livre de aposentados para escarafunchar o quadro das bolsas e dos dividendos, e até investigadores da SEC (por mais incompetentes que fossem), tenham caído numa esparrela armada por um só indivíduo, que durou décadas e, no fundo, parecia uma banal corrente, uma pirâmide, dessas que surgem em Lavrinhas e Itumbiara"?
Você teria uma explicação coerente para a indagação?
O que você acha dos que embarcam em esquemas de "correntes"; considera pessoas inteligentes e espertas ou daria para elas um troféu de alfafa para se sentirem felizes na dimensão Z?
"Se você considerar apenas a massa de rendimento do trabalho, de fato o salário mínimo fará pouca diferença."
Caro Caio, se voce tiver acesso a PNAD ou a POF, nao demora muito para vc calcular quanto da renda ou consumo estah concentrado em familias recebendo rendas que sao multiplos do salario minimo.
Se eu estivesse no meu escritorio, faria isso agora mesmo. Posso lhe garantir que eh uma proporcao pequena, mesmo contando os aposentados.
O aumento dos servidores publicos certamente eh mais lenha na fogueira, mas do jeito que a coisa estah indo, eu nao duvido que o governo pedale para tras sobre esse aumento (a arrecadacao fiscal de fevereiro foi absolutamente horrivel: -6% em termos nominais rel. a fevereiro do ano passado).
"O"
"O",
17% da massa de renda do Brasil é formada pela renda previdenciária do INSS. 82% é da massa de renda do trabalho e 1% é originada do Bolsa-Família e outros programas semelhantes.
Esses 17% da massa formados pela renda previdenciária deverão apresentar crescimento real em torno de 8,5% neste ano. Não é desprezível portanto.
Por isso, me soa sim exagerado colocar -4,2% de queda no consumo das famílias.
Abs
Caio Machado
Para o diretor do Banco Central chinês, o sistema monetário internacional deveria ter o objetivo de "criar uma moeda internacional que está desligada de países individuais e que consiga se manter estável no longo prazo e, dessa forma, remover as deficiências inerentes causadas pelo uso de moedas nacionais baseadas em crédito".
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/03/24/china-sugere-substituicao-do-dolar-em-reservas-internacionais-754965859.asp
Satisfeito Alex com a política de Bernanke vamos injetar liquidez no mercado? Daqui a pouco vão achar que o dolar e papel pintado.
Foi importante os EUA deixar o Lehman quebrar porque ele fez o papel da politica monetaria do FED baixando os índices de inflacao.Se salvassem o Lehman o dolar nao valorizaria do ,manteria a bolha de commodities jogando a inflação para cima.
"Foi importante os EUA deixar o Lehman quebrar porque ele fez o papel da politica monetaria do FED baixando os índices de inflacao.Se salvassem o Lehman o dolar nao valorizaria do ,manteria a bolha de commodities jogando a inflação para cima."
Puxa vida... Que bom. Se não fosse isto teríamos que nos preocupar em como trazer o núcleo da taxa de inflação nos EUA de 2,7% para 2,3% ao ano e talvez o Fed tivesse que desacelerar a economia.
Agora, com uma queda do PIB americano entre 2,5%-3,0% (e do mundo ao redor de 1%) podemos dormir tranquilos. Não teremos inflação.
É mais ou menos comemorar que, uma vez mortos, não temos que nos preocupar com uma pneumonia. Brilhante...
Jumento de Ouro, invicto!
"Puxa vida... Que bom. Se não fosse isto teríamos que nos preocupar em como trazer o núcleo da taxa de inflação nos EUA de 2,7% para 2,3% ao ano e talvez o Fed tivesse que desacelerar a economia."
Para uma inflacao que rodava os 5% aqui em junho.O FED conseguiu algo "magico" no ano de 2008,provocou um crescimento "artificial" do Brasil e Brics por causa da bolha de commodities,valorizou artificialmente o real (assim como outras moedas).
A quebra do Lehman corrigiu a inflacao que rodava os 5% aqui em 2008 pre Lehman,acabou com a valorização "artificial" de outras moedas.
Não havia mais espaço para os EUA salvar mais bancos.EUA salvou o CIT,AIG,2 agencias,Bear,Marry Lynch o Lehman foi o azarado,algum teria que quebrar,o Lehman era o que aprensentava risco sistemico menor do que os outros.
"Jumento de Ouro, invicto"!
Não são os aplicadores da corrente do Madoff que merecem tal título?
Você não tem nada para falar dos otários que embarcaram nessa canoa?
"A quebra do Lehman corrigiu a inflacao que rodava os 5% aqui em 2008 pre Lehman,acabou com a valorização "artificial" de outras moedas."
Ah, agora entendi. O Fed deixou a Lehman quebrar para resolver o NOSSO problema inflacionário... Bondade deles, não é mesmo? Puxa vida, se preocupar com a gente a ponto de levar o mundo à beira de Depressão.... Eu fico até emocionado.
"Você não tem nada para falar dos otários que embarcaram nessa canoa?"
Qual o seu problema? Entrou na corrente do Madoff? Vá reclamar pro Rebbe...
EUA não entrou em depressão,o Lehman tinha que quebrar depois dos EUA salvar o CIT,AIG,2 agencias,Bear,Marry Lynch o Lehman foi o azarado.
Difícil para um Keynesiano entender isso,a vantagem da crise é que os produtos aqui estão mais baratos.
Deflação é bom porque eleva o poder dos trabalhadores.
"Deflação é bom porque eleva o poder dos trabalhadores."
Principalmente os milhões que perderam seus empregos. Estes devem estar consumindo como nunca...
"Qual o seu problema? Entrou na corrente do Madoff?"
Eu não. Você entrou?
Se não entrou, qual é o mal de falar desses otários?
Se você é pródigo em qualificar de imbecil quem discorda de suas opiniões, devia estar tranquilo para taxar do mesmo quem caiu em golpe tão primário. Idiota em economia é antes de tudo quem perde grana em jogadas infantis,feito velhinhas de Lavrinhas ou Taubaté.
Você parece defender o capitalismo 171 de Madoff.
Perdeu porque existe pouca flexibilidade trabalhista aqui nos EUA,é só flexibilizar mais os direitos trabalhistas.
Voltando a questão do Lehman,se o Lehman não quebrasse a inflação dos EUA subiria,visto que a bolha de commodities e a valorização "artificial" das moedas obrigariam o FED a elevar o juros.
Detalhe gasolina aqui em junho/julho nos EUA atingiu 4 dólares,e a recessão rolando solta.
Preciso desabafar
Como é difícil formular progamas sociais nesse país, nossos mestrandos e doutorandos estão mais preocupados com Kalecki e com o que "Keynes realemente queria dizer". Eu até tento buscar informações com o IPEA mas é insuficiente. É uma pena.
"Se não entrou, qual é o mal de falar desses otários?
Se você é pródigo em qualificar de imbecil quem discorda de suas opiniões, devia estar tranquilo para taxar do mesmo quem caiu em golpe tão primário. Idiota em economia é antes de tudo quem perde grana em jogadas infantis,feito velhinhas de Lavrinhas ou Taubaté.
Você parece defender o capitalismo 171 de Madoff."
Realmente, para um analfabeto, não falar mal de quem perdeu dinheiro na pirâmide do Madoff pode parecer defender o capitalismo 171.
Para alguém que tem um mínimo de respeito à lógica (não é o seu caso, não se preocupe), parafraseando o imortal Juarez Soares, uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. Mas talvez você prefira a versão para colorir...
"Perdeu porque existe pouca flexibilidade trabalhista aqui nos EUA,é só flexibilizar mais os direitos trabalhistas."
Claro: o que está acontecendo é só uma giganteca epidemia de preguiça. (E não me refiro à variedade mental, da qual você padece).
"Voltando a questão do Lehman,se o Lehman não quebrasse a inflação dos EUA subiria,visto que a bolha de commodities e a valorização "artificial" das moedas obrigariam o FED a elevar o juros."
Pois é. Imagine se o Fed tivesse que subir juros. Poderia até causar uma recessão....
"Como é difícil formular progamas sociais nesse país, nossos mestrandos e doutorandos estão mais preocupados com Kalecki e com o que "Keynes realemente queria dizer". Eu até tento buscar informações com o IPEA mas é insuficiente. É uma pena."
Tem toda minha solidariedade.
Abs
Alex
Alex
Nada sobre as justificativas para a projeção do Morgan Stanley?
O que pensam os economistas do Santander?
Abs
Caio Machado
Você deve ter bons motivos para não formular uma opinião sobre Madoff. Ninguém é obrigado a passar recibo de otário, talvez seja seu caso.
Talvez não, mas você não irá passar recibo que estava na ponta da pirâmide, o que sinceramente não acredito, e por isso acho estranho você não condenar esses esquemas falsários e mostrar indignação com quem levianamente aplicou recursos de terceiros em trapaças. Se os banqueiros que embarcaram no episódio não são idiotas, resta a opção de coniventes.
O Financial Times alerta que inúmeros casos como o do incrível Bernie estão para ser revelados.
http://www.ft.com/cms/s/0/fd01b70c-1584-11de-b9a9-0000779fd2ac.html?nclick_check=1
Repito apenas a pergunta do historiador acima: o que leva um mercado cheio de gente esperta a cair em arapucas tão primárias?
É uma pergunta séria para compreensão dos fatos econômicos de nossa época.
ANDRE LIMA
Eu postei no comeco desta serie uma trecho de uma entrevista do Keynes. Desgracadamente nao anotei o website. Estava pesquisando informacoes sobre a string "keynes and schacht", via Google. Da proxima vez que citar alguma coisa vou ser mais cuidadoso e mencionar o site.
No caso do Airbus o negocio e' o seguinte. Se voce assistir ao tape no youtube, e cronometrar o tempo que o aviao levou para cruzar a pista dividindo pelo comprimento da mesma, voce verificara' que a aeronave perdeu nao mais de 10% da velocidade de pouso. Ora, amigao, aviao so' e' homologado para operacao comercial caso ele consiga parar EXCLUSIVAMENTE com o uso dos breques. Sem flaps nem reversores. Estes dispositivos sao acionados para economizar freio, nao sao nem necessarios nem suficientes para parar o aviao. A estoria da manete fora de posicao e' para ninar bovinos. O Airbus funcionam na base do fly-by-wire. Tudo funciona por contato eletrico e sensoreamento. O 737 nao. E' tudo na base da transmissao hidraulica. Alem disso, o Ab tem o software de controle que nao permite o overriding por parte do piloto, ou seja, ele "entende" uma certa sequencia de operacoes como "certa" e nao permite que o piloto retome controle manual. Na minha modesta opiniao um sensor qualquer falhou, possivelmente o da manete fatidica, o computador de bordo nao "entendeu" que o piloto queria parar, e tocou em frente.
Imagine o seu carro operando em cruise control. Voce acabou de ligar, mas de repente acontece uma coisa qualquer na sua frente e voce se ve forcado a parar. Voce nao quer que o processador do carro "pense" que voce e' um idiota que nao sabe o que esta' fazendo, e ignore o seu comando, certo? Ao pisar no freio, com ou sem cruise control on, voce quer mais e' que o veiculo pare, ta' certo? E' justamente isso que deveria ter acontecido com o Ab. O piloto pisou no freio, o aviao deveria ter parado e fim de papo. Caso o freio falhasse durante o acionamento por uma ruptura mecanica qualquer, o tape deveria ter registrado uma queda acentuada de velocidade, que cessaria posteriormente. Isso nao ocorreu. O bicho fez o touch down e continuou desembestado como se nada tivesse acontecido.
Um grande abraco
Kleber S.
"Você deve ter bons motivos para não formular uma opinião sobre Madoff. Ninguém é obrigado a passar recibo de otário, talvez seja seu caso."
E, pela sua lógica (perdão Aristóteles!), também devo ter perdido dinheiro na Enron, na bolha das ponto.com, assim como nos derivativos cambiais no Brasil (e na Coréia, e no México)...
É, ninguém é obrigado a passar recibo de otário, mas, pensando bem, acho que você acabou de fazê-lo.
Ao Marcos
Como diria uma música do Falcão, "Ou é ou deixa de é".
Você disse que deflação é boa porque o poder de compra do consumidor aumenta. Ao ser questionado pelo Alex, foi e disse que a culpa é das leis trabalhistas.
Ora, se tudo fosse flexível, os salários seriam ajustados com a deflação e ela seria neutra. Então, para o seu próprio efeito teoricamente benpefico, seria necessária alguma rigidez.
Deflação, em si, não é benéfica nem maléfica. Ela pode ser fruto de ganhos de produtividade ou de depressão. No primeiro caso, é sinal de algo benéfico, no segundo, de algo ruim. Não confunda Rita Lee com Ozzy Osborne!!!
PS: no início dos anos 90, caí no conto da Amway (uma fórmula mágica de enriquecer criando rede de consumo de produtos de limpeza). Perdi 50 dólares mais o dinheiro de umas fitas de treinamento, mais um dinheiro com produtos (eram caros, mas até que a qualidade era boa, menos mal), mas hoje sou muito grato a eles por terem me mostrado, de forma empírica e a um custo muito barato, a máxima do tio Milton de que "não existe almoço grátis".
Alex e so o governo dos EUA acabar com o salario minimo que resolve o problema do desemprego.
Voce nao acha que era demais nao salvar o Lehman? O governo salvou CIT,AIG,2 agencias hipotecarias,Merryl Lynch,Bear Stearns,resumindo todo o sistema financeiro,Lehman perto desses nao apresentava um risco sistemico muito grande.
Algum teria que "morrer" afogado,não dava para o governo salvar todos.A quebra do Lehman ajudou a corrigir os desequilibrios da economia americana,como inflacao alta,falta de poupanca,transacoes correntes.
"O",
Viu a taxa de desemprego hoje? A menor para meses de fevereiro desde o início da série, diminuição na taxa dessazonalizada (a que deve ser analisada). Daí eu pergunto. Cadê a justificativa para queda de 4,2% no consumo das famílias?
Desculpe o tom, mas corto o meu pau fora se o Brasil apresentar crescimento negativo neste ano.
Abs
Caio Machado
Caio:
Legal a veemência do comentário, mas - até por já ter sido assim veemente - sugiro um tom mais tranquilo.
Quando à PME, o resultado veio mesmo melhor que o esperado. Não quero ficar botando gosto ruim em tudo, mesmo porque também acho muito difícil que o consumo privado tenha desempenho negativo este ano (eu espero que a demanda doméstica, inclusive seu componente privado, ainda seja positiva este ano).
Isto dito, uma parcela relevante da queda do desemprego (falo com relação a Fev-08) veio de uma redução da taxa de participação (a razão entre PEA - população economicamente ativa - e PIA - população em idade ativa), sugerindo que fração da PIA decidiu não procurar emprego.
O ritmo de criação de emprego continua perdendo fôlego também.
Ainda assim (e este é talvez o melhor resultado da PME), a renda do trabalho segue crescendo, algo mais fraca, é verdade, mas num ritmo bastante decente. Isto deve contribuir para sustentar o consumo ainda alguns meses, cobrindo parte da distância até que redução dos juros reais comece a ter algum efeito mais visível.
Eu acho que o resultado do crescimento este ano deve ficar em torno de zero. Pode ser até negativo, mas a melhor descrição deste ano seria estgnação.
Não hipoteque, porém, o John Thomas (http://www.metrolyrics.com/isnt-it-awfully-nice-to-have-a-penis-lyrics-monty-python.html) neste tipo de coisa.
Abs
Alex
Alex,
Faço minhas as suas palavras, apesar de ser um pouco mais otimista quanto ao crescimento. De fato temos que notar a queda da PEA nesse número do desemprego hoje, mas é surpreendente a recuperação demonstrada no mercado de trabalho. Principalmente pelos dados do CAGED, que por sinal utilizo como ótimo indicador antecedente da própria PME.
Só para complementar o debate, lembro que a comparação que alguns analistas estão fazendo, simplesmente reproduzindo as respostas do PIB brasileiro em períodos passados às recessões na economia mundial no período atual, é, ao meu ver, descabida. Soa absurdo se fiar a uma projeção baseada nisso ( e somente nisso), porque as condições da economia brasileira hoje são totalmente diferentes. Só a capacidade de utilização de políticas anti-cíclicas, fato inédito, torna o momento atual muito diferente.
Mas é isso.
Abs
Caio Machado
"Desculpe o tom, mas corto o meu pau fora se o Brasil apresentar crescimento negativo neste ano."
Caro Caio Pinto, digo Caio Machado,
Voce quer acreditar em crescimento positivo no Brasil em 2009? Cof cof cof... Problema seu. Eu nao acredito. Nao chego aos -4.5% do Marcelo Carvalho, mas sinto-me bem confortavel na faixa dos -2 aos -3% e convido-lhe para voltar a essa discussao em marco de 2010 mas deixa o seu pirulito fora do assunto, ok?
Finalmente, por que voce tem tanta fe na possibilidade de fazermos politicas anti-ciclicas? Em que voce se baseia? Jah viu a arrecadacao fiscal em janeiro-fevereiro?
"O"
E vc ainda não foi demitido? Previu inflação alta em março e temos a maior deflação dos últimos 5 anos pelo IGP-M, o IPCA já está no chão e vem deflação por aí também. Pena que vc não sabe matemática básica, porque seria simples saber que teríamos deflação: dólar subindo 50% (1,5), com commodities cainda 50% (0,5), um pelo outro: 1,5 * 0,5 = 0,75. Queda de 25% dos preços. Mas para manter juros altos vale tudo, certo!? Até destruir a própria reputação...
"Pena que vc não sabe matemática básica, porque seria simples saber que teríamos deflação: dólar subindo 50% (1,5), com commodities cainda 50% (0,5), um pelo outro: 1,5 * 0,5 = 0,75. Queda de 25% dos preços. Mas para manter juros altos vale tudo, certo!? Até destruir a própria reputação..."
Bom, você não sabe nem matemática, nem economia. Para começar os preços de commodities não caíram 50%, mas 30%, o que já mata a sua conta (1.50*0.7=1.05).
Segundo, desde quando o Brasil só importa e exporta commodities? Os preços de produtos importados caiu 20%, i.e., 1.5*10.8= 1.2 (aumento de 20% em reais). O preço de bens exportados caiu 30% (ou seja, aumento de 5% em reais).
Os preços dos bens de consumo importados e exportados também só caiu 20% em dólar (portanto 20% para cima em cima em reais).
Quanto à minha reputação e ao meu emprego, não precisa se preocupar. Mas preocupe-se, e muito, com sua ignorância e mediocridade. Não costuma fazer bem.
"E vc ainda não foi demitido?"
Demitido foi o teu guru, o nachifre.
Postar um comentário