Complementando a declaração de sexta, Marcio Pochmann, mais uma vez, comete o seguinte atentado à inteligência:
O mito da tributação elevada no Brasil
"(...) No Brasil, a cada R$ 3 arrecadados pela tributação, somente R$ 1 termina sendo alocado livremente pelos governantes. Isso porque, uma vez arrecadado, configurando a carga tributária bruta, há a quase imediata devolução a determinados segmentos sociais na forma de subsídios, isenções, transferências sociais e pagamento dos juros do endividamento público. Noutras palavras, R$ 2 de cada R$ 3 arrecadados só passeiam pela esfera pública antes de retornar imediata e diretamente aos ricos (recebimento de juros da dívida), às empresas (subsídios e incentivos) e aos beneficiários de aposentadorias e pensões.
Assim, o uso da carga tributária bruta no Brasil se transforma num indicador pouco eficaz para aferir o peso real da tributação. Talvez o mais adequado possa ser análises sobre a carga tributária líquida, que é aquela que, de fato, indica a magnitude efetiva dos impostos, taxas e contribuições relativamente ao tamanho da renda dos brasileiros, pois é com essa quantia que os governantes conduzem (bem ou mal) o conjunto das políticas públicas.
Nesse sentido, a tributação elevada é um mito no Brasil. A carga tributária líquida permanece estabilizada em 12% do PIB já faz tempo. O que tem aumentado mesmo são impostos, taxas e contribuições que, uma vez arrecadados, são imediatamente devolvidos, o que impede de serem considerados efetivamente como peso da tributação elevada. "
A conclusão atinge os píncaros do cretinismo, qual seja, se tirarmos as despesas do governo, a carga tributária não é elevada.
Fora isto cabe notar que, em primeiro lugar, tributar e depois distribuir NÃO é um jogo de soma zero. Só seria se a tributação fosse "lump-sum", isto é, que não causasse distorção, Isto, porém, está longe de ser verdade , em particular no Brasil. Ou seja, há todas as perdas de bem-estar (os tais triângulos de Harberger) associadas à tributação em excesso à arrecadação efetiva e, portanto, aos benefícios das tranferências.
Segundo, há custos reais associados à tributação que vão além dos triângulos de Harberger. No Brasil, onde, segundo o Grão-Mestre da Ordem da Cretinice, a carga tributária líquida se mantém em 12% do PIB, as empresas gastam 2600 homens-hora/ano para se manterem em dia com preenchimento de guias, procedimentos burocráticos para pagamento de impostos, acompanhamento da legislação dos 27 códigos de ICMS, mais IPI, Cofins, PIS, IR, CSLL, etc, etc.
Ou seja, esta historinha de carga líquida esconde debaixo do tapete todos os custos associados à carga tributária bruta.
Em breve teremos que excluir o Pochmann da competição de "Cretino do Ano" em nome de um mínimo de justiça. Graças a ele o índice de Gini do cretinismo nacional se aproxima perigosamente de um, e não por falta de cretinos...
53 comentários:
Marcio Potzman virou hors-concours!
Ah ah ah ah
Ele merece!
Deus do ceu!!!! Eu tenho medo desse pessoal. Serio. quando chegarem ao poder, e quiserem por em pratica suas ideias, estaremos todos ferrados!!
Alex, por gentileza me permita uma pergunta: qual foi a instituicao criminosa que conferiu a este senhor um diploma de economia?
Em todo caso, gracas aos ceus que ele nao e' medico. Ja' imaginaram a mortandade caso ele fosse um cirurgiao?
Alias, Alex, eu to muiiiito desconfiado que o dito cujo frequenta este blog. Mas assina com um pseudonimo...
Pra terminar, eu tenho uma sugestao para diminuir a carga tributaria: fechar os bancos mais cedo.
Um grande abraco
Kleber S.
É mesmo inacreditável. Estou cada vez mais convencido que só pode ser sacanagem. É uma imensa pegadinha do Faustão...
Alex na época que começou o regime de cambio flutuante,qual o principal objetivo do BC ao lançar títulos atrelados ao cambio,não era melhor emitir em reais esses títulos?
ABS Fábio.
Entao jah que o Ponchman quer aumentar a carta tributaria liquida, entao por que nao comecar cortando subsidios e transferencias?
Sobre o Rodrik, acho que vale a pena ver os comentários do DeLong:
Session 1: Dani Rodrik (2008), "The Real Exchange Rate and Economic Growth." Some notes:
Let me ask two questions. First, a general question: the Balassa-Samuelson fact tells us that economy-wide productivity growth is predominantly growth in the efficiency of making tradeables. What's wrong with taking what Paul Romer has been telling us for thirty years seriously, and saying that this is simply a corollary to the Paul Romer view of the world? Of course learning-by-doing and other effects matter, and of course they matter more in those industries which are the centers of technological progress--which are the tradeables?
Second, a specific question for Dani, who continues here to pursue his long-run plan of making space for social democracy in a neoliberal age. Dani: You are cautious. You don't want to push it far enough to say that--at least with a relatively-autonomous, technocratic state apparatus, at least for emerging-markets economies--the industrial-policy arguments against which Charles Schultze carried out an intellectual police action in 1984 in this room are correct. You identify market failures, and then you say that direct subsidies to neutralize them run into problems of implementation, and conclude that depressing the value of your currency is the best strategic intervention that a government can undertake. There must be a strongly-held theory of modes of government failure underlying your conclusion. What is it?
How do you keep undervaluation going for long? It produces, as we saw in Europe at the end of the 1960s and as we see in China now, rather a lot of inflation. What are the long-run costs of that inflation? Is there a link between the success of European development in the 1950s and 1960s and the long period of prolonged high unemployment in the 1970s and 1980s?
Sendo o Brasil o país da impunidade, esse cretino vai se safar de mais essa. Estivéssemos em um lugar um pouco mais sério, uma sandice dessas não ficaria impune e essa cara já teria perdido o emprego. O Pochmann não duraria 3 segundos no setor privado (se conseguisse ser contratado), mas como o chefe dele é o Unger, toda e qualquer cretinice está isenta de maiores conseqüências, a não um eventual elogio ou honraria de seus superiores.
Alex, está na hora de fundar o blog "Testando os Limites" separado deste. E talvez até fundar uma seção especial só pro Pokemon, pra não prejudicar a obra de outros beluzzos e conceições. Material não vai faltar. Especialmente enquanto o dinheiro público sustentar centros de deformação econômica, onde "teses" de economia são aprovadas sem sequer possuírem um trade-offzinho bem formulado, mas cheias de análises "críticas"...
Abs!
Regio
"o Grão-Mestre da Ordem da Cretinice"
Alex, este o melhor titulo conferido a esse Pokemon.
O chato desse papo é que alguns economistas de verdade ficam a merce da gestão do pokemon... ou então é a morte! Como Giambiagi, Tourinho...
G.Howe
Alex até que o argumento do Pochmann esta certo. Gastos como saúde educação,INSS são gastos obrigatórios ,não tem que ser considerado gasto e sim investimento.O que eleva a carga tributaria do Brasil é a Selic e a alta abertura econômica brasileira.
Alex o que você acha da quebra do Lehman Brothers?
Estamos vendo o FED agir corretamente não salvando os bancos.Até Greenspan reconhece que para essa crise é deixar o mercado resolver sozinho,EUA pode viver uma nova estagflação que nem a dos anos 70 se o FED manter o juros a 2%,ele terá que escolher entre a rescessão e a inflação.
Economistas como Frank Shostak, Christopher Mayer, Lew Rockwell, Robert Blumen, Jeff Scott do Wells Fargo Bank alertaam sobre a política monetária expansionista do FED e seus efeitos.
Legal Ricardo:
Agora vamos chamar o pagamento de juro de "investimento em credibilidade"; o gasto com pessoal de "investimento em capital humano"; o gasto com aposentadorias de "investimento na terceira idade (à vezes não tão terceira)" e concluir que não pagamos impostos no Brasil.
A próxima vez que você for à Fiesp eu sugiro que você exprima esta idéia a todos os presentes...
Vocês têm certeza de que o Pokemon não é um personagem como o "Agamenon" do Casseta?
ta bom, gostaria de ver se alex, faria a s mesmas criticas a joelmir betim, seria joelmir um idiota ?
Uma crise gigantesca comendo la fora, milhoes de questoes em torno dela e ao inves de discuti-las fica-se fzndo piadinhas a respeito dos outros.
Ficam se divertindo chamando POchmann de feio, bobao, pokemon, quermesseiro, melequento e afins.
O blog agora eh humoristico, tanto pelas bobagens do POchman como no post anterior (o dos 70% pro governo) qt pelas interpretaçoes forçosamente distorcidas do tipo "se tirarmos as despesas do governo, a carga tributária não é elevada."
(O blog eh seu vc faz o que quiser, Alex. É só uma sugestão, até pra não pegar mal pra vc)
Olhai'o', pessoal! O Pocunaima esta' REALMENTE frequentando este blog com pseudonimo. O comentario um pouco mais acima o comprova.
Foi uma pena que os quermesseiros de plantao nao quiseram comprar acoes do Lehman Bros quando eu ofereci. Agora ja' era.
Alex, sabe o que a vaca falou quando estava indo para o brejo? WaMuuuuuuuuuuuu...
Agora a crise propriamente dita dita efetivamente comecou. As bolas da vez sao WaMu e os insurers de CDSs. Neguinho vai ter que rebolar pra pagar os claims advindos do passamento do Lehman. Como misery likes company, em outubro teremos mais um apertaozinho na liquidez bancaria quando a tigrada comecar a recomprar os muni-bonds conforme acordo com o Cuomo. A musiquinha do Queens vai tocar ('we will, we will rock you!').
Mas a coisa vai ficar meeeeesmo preta quando os amigos do blog comecarem a ver o nome "Wachovia" frequentar a midia com maior insistencia.
E nao se esquecam do dia de hoje. Nos todos vimos 'history in the making'.
Um abracao de quebrar costela
Kleber S.
ta bom, enqunato espero a analise sobre joelmir, aproveita e me diga se o Scheinkman e um idiota tambem.
Alex, esse Ricardo é um heterônimo que você criou para manter o clima de zoação nesses posts que trazem uma patifaria seguida de outra, não é não?
Esse porkman já caiu nisso que você disse, não tem mais graça citar tanta estupidez. A competição com os que são apenas limitados, preguiçosos, desorientados, mal intencionados e etc. ficou muito desigual. Não levem a mal o exagero de adjetivos, mas corre-se o risco de se passar por trouxa quando se contesta objetivamente tanta barbaridade.
Alex,
Conhece a Teoria Austriaca dos Ciclos Economicos? ( http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=142 )
Se sim, voce conhece alguma teoria que explique melhor a atual crise que vive a América, do que essa?
O livre mercado ´jamais teria como produzir uma crise desta magnitude.
queria que se possivel, voce comentasse este assunto.
um abraço!
Alex se você fosse um dia na FIESP falar sobre as políticas econômicas do BC você iria ver como a população brasileira não aprova.
Se você tivesse uma conversa com Amando Monteiro e Paulo Skaf veria que a política do BC é errada e a população não aprova.
Escondido no meio da idiotice toda da declaração do Pochmann tem um detalhe que eu acho que está passando desapercebido.
Ao listar os gastos que supostamente não são gastos, ele diz que os RICOS recebem os pagamentos de juros da dívida pública. Isso é MAU CARATISMO.
Primeiro, é impossível saber quem recebe esses pagamentos. Segundo, se forem realmente os "ricos", porque tal fato merece menção?
Prezados, o Pochman não é respeitado atualmente por nenhuma escola heterodoxa séria que eu conheça, dos novos-keynesianos aos neo-pós (ou seria anti?) ricardianos, inclusos ai os ultra-sraffianos de esquerda reformados, sem esquecer da escola da síntese monetarista pré-leninista.
Então, Alex, vc como um sujeito inteligente que eu sei que é, use seu tempo criticando heterodoxos de envergadura (eles existem, vc o sabe), criticando "gente grande" e mantenha o seu blog interessante como sempre foi.
Um grande Abraço
"ta bom, gostaria de ver se alex, faria a s mesmas criticas a joelmir betim, seria joelmir um idiota ?"
Eh uma pergunta ou pergunta retorica?
Ricardo:
Acho que você ainda não entendeu. Obviamente a Fiesp não vai gostar de nada do que eu digo (ou escrevo). Mas você tem a ilusão que eles vão gostar da sua defesa do aumento da tributação.
Vá conversar com o Paulo Skaf e sugira a ele que a proposta do Marcio Pochmann de aumentar a carga tributária para 60-70% é do caramba... Vão te correr de lá a pauladas...
A única coisa que me faz falta neste post é o link para o original. Sem o link (ou um printscreen quando o negócio é realmente vergonhoso como este aí) fica parecendo que você inventou. Não dá pra acreditar que alguém realmente disse isso.
Anônimo (23:37):
E como é que eu vou saber o que os "heterodoxos sérios" (eu sei, eu sei, é um oxímoro, mas veio entre aspas) pensam se não vejo nenhum deles criticando as posições do Pókemon, Sicsú e a turminha atualmente ocupada em minar o Ipea?
Sinceramente, para mim é tudo a mesma coisa. A menos, é claro, que eles se diferenciem, coisa com a qual não parecem terrivelmente preocupados no momento, não?
Abs
Alex
Anônimo:
Eu não vi nem o Joelmir Beting, nem o Zé Alexandre defenderem carga tributária de 60-70% do PIB, nem que a atual carga tributária é baixa porque, se descontarmos os gastos, o que sobra é menor...
Aí pergunto: eles por acaso defenderam isto sem que eu soubesse?
Aliás, você tem algum exemplo de uma potencual cretinice proferida por algum deles?
Se não tem, por que pergunta?
A pedidos, segue o link (para assinantes do UOL ou da Folha):
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1409200808.htm
Alex,
não seria hora de denunciarmos ao Ministério Público as declarações do Pochmann? Mal uso de dinheiro público... crime contra a economia popular... sei lá, nosso código civil deve ter algum artigo que nos permita levar esse senhor a responder pelo que diz - tendo em vista o cargo que lamentavelmente exerce...
Luiz
Ao invés de bater no Pochmann, bem que vc podia tentar explicar a atual crise à luz das teorias ortodoxas paleo-liberais.
Como inserir os argumentos de Modligliani-Miller no momento atual?
As ferramentas ainda são as teorias de assimetria de informação e outros pilares da micro neoclássica?
E na parte macro, o que um Paul Davidson teria a dizer?
F.
F:
Acho que é assimetria de informação "all around". Seleção adversa no crédito, moral hazard na originação de hipotecas e na securitização, agravada por falha na fiscalização.
Quanto à parte macro, acho que o Paul Davidson não teria nada a dizer além de papaguear sobre "tempo, incerteza e contratos".
Abs
A
Alex meu professor de Macro criticou o FED subir o juros pois só vai agravar a crise bancaria.Quando o FED corta o juros ou mantém ele incentiva o aumento da inflação ,para controlar a inflação vai ter subir mais o juros,causando uma recessão maior.Essa política de Bernanke vai contra os princípios dos Neoclássicos que defendem a estabilidade monetária,meu professor é PHD em Chicago ele comenta que a maioria dos professores lá são contra a política do FED de cortar muito o juros pois atrapalha a estabilidade monetária.
Bernanke deveria ter deixado o juros em 5,25% ou aumentar para níveis de 6% para depois baixar o juros,iria haver quebra quebra de bancos mais depois com a inflação controlada,o juros iria cair possibilitando a recuperação do mercado.Você aparenta defender regulação.Regulação é a mesma coisa que controlar credito , uma coisa que não funciona.Poderia se discutir uma maior flexibilização do mercado financeiro depois dessa crise .
Leia o artigo do Robert Gordon sobre a crise as raízes da crise do sub-prime.
"Did Liberals Cause the Sub-Prime Crisis?
The idea started on the outer precincts of the right. Thomas DiLorenzo, an economist who calls Ron Paul "the Jefferson of our time," wrote in September that the housing crisis is "the direct result of thirty years of government policy that has forced banks to make bad loans to un-creditworthy borrowers." The policy DiLorenzo decries is the 1977 Community Reinvestment Act, which requires banks to lend throughout the communities they serve.
The Blame-CRA theme bounced around the right-wing Freerepublic.com. In January it figured in a Washington Times column. In February, a Cato Institute affiliate named Stan Liebowitz picked up the critique in a New York Post op-ed headlined "The Real Scandal: How the Feds Invented the Mortgage Mess." On The National Review's blog, The Corner, John Derbyshire channeled Liebowitz: "The folk losing their homes? are victims not of 'predatory lenders,' but of government-sponsored -- in fact government-mandated -- political correctness."
Last week, a more careful expression of the idea hit The Washington Post, in an article on former Sen. Phil Gramm's influence over John McCain. While two progressive economists were quoted criticizing Gramm's insistent opposition to government regulation, the Brookings Institution's Robert Litan offered an opposing perspective. Litan suggested that the 1990s enhancement of CRA, which was achieved over Gramm's fierce opposition, may have contributed to the current crisis. "If the CRA had not been so aggressively pushed," Litan said, "it is conceivable things would not be quite as bad. People have to be honest about that."
This is classic rhetoric of conservative reaction. (For fans of welfare policy, it is Charles Murray meets the mortgage mess.) Most analysts see the sub-prime crisis as a market failure. Believing the bubble would never pop, lenders approved risky adjustable-rate mortgages, often without considering whether borrowers could afford them; families took on those loans; investors bought them in securitized form; and, all the while, regulators sat on their hands.
The revisionists say the problem wasn't too little regulation; but too much, via CRA. The law was enacted in response to both intentional redlining and structural barriers to credit for low-income communities. CRA applies only to banks and thrifts that are federally insured; it's conceived as a quid pro quo for that privilege, among others. This means the law doesn't apply to independent mortgage companies (or payday lenders, check-cashers, etc.)
The law imposes on the covered depositories an affirmative duty to lend throughout the areas from which they take deposits, including poor neighborhoods. The law has teeth because regulators' ratings of banks' CRA performance become public and inform important decisions, notably merger approvals. Studies by the Federal Reserve and Harvard's Joint Center for Housing Studies, among others, have shown that CRA increased lending and homeownership in poor communities without undermining banks' profitability.
But CRA has always had critics, and they now suggest that the law went too far in encouraging banks to lend in struggling communities. Rhetoric aside, the argument turns on a simple question: In the current mortgage meltdown, did lenders approve bad loans to comply with CRA, or to make money?
The evidence strongly suggests the latter. First, consider timing. CRA was enacted in 1977. The sub-prime lending at the heart of the current crisis exploded a full quarter century later. In the mid-1990s, new CRA regulations and a wave of mergers led to a flurry of CRA activity, but, as noted by the New America Foundation's Ellen Seidman (and by Harvard's Joint Center), that activity "largely came to an end by 2001." In late 2004, the Bush administration announced plans to sharply weaken CRA regulations, pulling small and mid-sized banks out from under the law's toughest standards. Yet sub-prime lending continued, and even intensified -- at the very time when activity under CRA had slowed and the law had weakened.
Second, it is hard to blame CRA for the mortgage meltdown when CRA doesn't even apply to most of the loans that are behind it. As the University of Michigan's Michael Barr points out, half of sub-prime loans came from those mortgage companies beyond the reach of CRA. A further 25 to 30 percent came from bank subsidiaries and affiliates, which come under CRA to varying degrees but not as fully as banks themselves. (With affiliates, banks can choose whether to count the loans.) Perhaps one in four sub-prime loans were made by the institutions fully governed by CRA.
Most important, the lenders subject to CRA have engaged in less, not more, of the most dangerous lending. Janet Yellen, president of the San Francisco Federal Reserve, offers the killer statistic: Independent mortgage companies, which are not covered by CRA, made high-priced loans at more than twice the rate of the banks and thrifts. With this in mind, Yellen specifically rejects the "tendency to conflate the current problems in the sub-prime market with CRA-motivated lending.? CRA, Yellen says, "has increased the volume of responsible lending to low- and moderate-income households."
Yellen is hardly alone in concluding that the real problems came from the institutions beyond the reach of CRA. One of the only regulators who long ago saw the current crisis coming was the late Ned Gramlich, a former Fed governor. While Alan Greenspan was cheering the sub-prime boom, Gramlich warned of its risks and unsuccessfully pushed for greater supervision of bank affiliates. But Gramlich praised CRA, saying last year, "banks have made many low- and moderate-income mortgages to fulfill their CRA obligations, they have found default rates pleasantly low, and they generally charge low mortgages rates. Thirty years later, CRA has become very good business."
It's telling that, amid all the recent recriminations, even lenders have not fingered CRA. That's because CRA didn't bring about the reckless lending at the heart of the crisis. Just as sub-prime lending was exploding, CRA was losing force and relevance. And the worst offenders, the independent mortgage companies, were never subject to CRA -- or any federal regulator. Law didn't make them lend. The profit motive did.
And that is not political correctness. It is correctness."
http://www.prospect.org/cs/articles?article=did_liberals_cause_the_subprime_crisis
ABS Caio
Caio:
Se você quer bancar o liberal, sugiro reler o artigo do Gordon: ele NÃO sustenta sua tese.
Quanto à regulação, bem, há mais de 30 anos economistas neoclássicos conhecem problemas associados à assimetria de informações (o artigo seminal "The Market for Lemons" é do George Akerloff, que foi meu professor em Berkeley e prêmio Nobel).
Há questões associadas à assimetria de informações entre banco e depositante, entre tomador e banco, entre banco e supervisor por vários canais.
Diz a boa teoria econômica (não a religião) que em tais situações há papel para regulação (mecanismos de incentivos). Falta de regulação/supervisão dá nisso que estamos vendo e a autoridade monetária fica manietada porque falhou no aspecto de estabilidade financeira.
O que falo de regulação não é em relação a ausência,mais uma regulação que permita as livres trocas.
Greenspan não consegue ver benefício algum de uma maior regulação do setor. Ele escreve: “Qualquer restrição normativa às estratégias e às táticas de investimento dessas entidades (que é o que fazem os regulamentos) limitaria a assunção de riscos, que é parte integrante da contribuição dos fundos de hedge para a economia global e, principalmente, para a economia dos Estados Unidos”.. Greenspan então pergunta: “Por que circunscrever o vôo das abelhas polinizadoras de Wall Street?” Essa questão é levantada por aquele que atuou como regulador no mais importante mercado do mundo durante quase duas décadas. Ele deve saber do que está falando, pois conhece as limitações do governo de dentro.
Se você da um look nos artigos de Thomas Sowell ele fala que o FED criou muitas regras para proteger investidores .O mercado foi obrigado a procurar fontes alternativas de investimentos.
Segundo que no laboratório de econometria fiz pesquisas junto com um grupo e um professor,a regressão que agente fez comprova o erro da política monetária do FED.
Liberais reconhecem que há falhas no mercado,mais quando o governo intervem só piora as coisas.
Tem uma história do Bill
A CRISE DA ECONOMIA AMERICANA
Bill comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares
financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Bill passou a valer 1,1
milhão de dólares. Aí, um banco perguntou pro Bill se ele não queria
uma
grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como
garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os
800.000
dólares.
Com os 800.000 dólares. Bill, vendo que imóveis não paravam de
valorizar,
comprou 3 casas em construção dando como entrada algo como 400.000
dólares.
A diferença, 400.000 dólares que Bill recebeu do banco, ele
comprometeu:
comprou carro novo (alemão) pra ele, deu um carro (japonês) para cada
filho
e com o resto do dinheiro comprou tv de plasma de 636 polegadas, 43
notebooks, 1634 cuecas. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do
Bill,
sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito.
Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis
estavam caindo. As casas que o Bill tinha dado entrada e estavam em
construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham liquidez
O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar
outras casas e revender com lucro. Fácil....parecia fácil. Só que todo
mundo
teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Bill pagava começaram
a
subir (as taxas eram pós fixadas) e o Bill percebeu que seu
investimento em
imóveis se transformara num desastre.
Milhões tiveram a mesma idéia do Bill. Tinha casa pra vender como
nunca.
Bill foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das
3
casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender,
mais as
prestações dos carros, as das cuecas, dos notebooks, da tv de plasma e
do
cartão de crédito.
Aí as casas que o Bill comprou para revender ficaram prontas e ele
tinha que
pagar uma grande parcela. Só que neste momento Bill achava que já teria
revendido as 3 casas mas, ou não havia compradores ou os que havia só
pagariam um preço muito menor que o Bill havia pago. Bill se danou.
Começou
a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das 3
casas que
ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de
milhões de especuladores iguais a Bill.
Bill optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os
bancos
que não quiseram acordo. Bill entregou aos bancos as 3 casas que
comprou
como investimento perdendo tudo que tinha investido. Bill quebrou. Ele
e sua
família pararam de consumir
Milhões de Bills deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam
feito baseado nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os
empréstimos de milhões de Bills em títulos negociáveis. Esses títulos
passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos
Bills
esses títulos começaram a valer pó.
Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos
estavam
disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos,
mas
também em bancos europeus e asiáticos.
Os imóveis eram as garantias dos empréstimos mas esses empréstimos
foram
feitos baseados num preço de mercado desse imóvel, preço que despencou.
Um
empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares e
de
repente passou a valer 300.000 dólares e mesmo pelos 300.000 não havia
compradores.
Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava,
como
os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões
de
Bills atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de
bilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou.
Com a inadimplência dos milhões de Bills, os bancos pararam de
emprestar por
medo de não receber. Os Bills pararam de consumir porque não tinham
crédito.
Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem
tinha
crédito não queria dinheiro emprestado.
O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é
sentimento, é
medo. Mesmo quem pode, pára de consumir.
O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas
de
juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a
injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo
Bush
lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do
imposto de renda pago, visando incrementar o consumo porém essas ações
levam
meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e, até
agora
não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão.
O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas.
Até
que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma
economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar
suas
economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o
Bear
Stearns, amanheceu, na segunda feira última, quebrado, insolvente.
No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado
pelo
JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear
foi
vendido para o JP Morgan por 2 dólares por ação. Há um ano elas valiam
160
dólares. Durante esta semana dezenas de boatos voltaram a acontecer
sobre
quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O
mercado e as pessoas seguem sem saber o que esperar na próxima
segunda-feira.
O que começou com o Bill hoje afeta o mundo inteiro. A coisa pode estar
apenas começando. Só o tempo poderá dizer o que vai acontecer...
Tudo isso por um simples erro de política monetária.
E' evidente que regulacao e' indispensavel. E' uma pena que ela nao seja feita norteada por principios gerais, mas muitas vezes defendendo pontos de vista nao-generalizados, como tambem casuisticamente. Por exemplo, a legislacao comum trata razoavelmente bem de conflitos de interesse. No entanto este principio foi completamente ignorado quando se aceitou a simbiose negativa entre mortgage originators e securitizers. O conflito de interesses neste caso era muito obvio para ser ignorado. Deu no que deu. Outro instrumento que conduz a moral hazard, e que ja' esta' a ponto de trazer mais destruicao em massa e' o CDS. O credit insurance torna o credor menos exigente na concessao do credito. Muito CFO por ai' considera que uma vez o debito esteja segurado ele esta' no ceu. Gracas a esta crenca esta ai' o Fed na duvida cruel se salva a AIG ou nao. Um minimo de regulacao consistente teria evitado esses dois macro problemas.
Abracao
Kleber S.
FED deve deixar a AIG quebrar,função do BC é controlar inflação não crise.
O Fed tambem tem o mandato de defender o nivel de atividade economica, por mais incrivel que isso possa parecer. Particularmente eu acho que ele deveria deixar quebrar porque a AIG se meteu na mesma situacao que todas as outras instituicoes financeiras por aqui, ou seja exposicao demasiada a subprime e CDS. Salvar a AIG isoladamente nao faria sentido etico nenhum, e nao ha' dinheiro disponivel para salvar todo mundo. A situacao por aqui esta' parecida com a do Terceiro Mundo de antigamente, onde se fazia uma tremenda folia bancaria, que posteriormente tinha um fabuloso custo fiscal pra por a casa em ordem. Como os governos nao tinham meios pra aguentar a barra, a festa virava hiperinflacao. E' a mesmissima situacao que os US vivem agora.
abracao
Kleber S.
Alex o presidente Lula chegou a pedir conselhos econômicos a diretoria do BC?
Ou ele tinha ouvia sua equipe de "quermesseiros"?
Alex,como já me apresentei moro no Chile há um tempo,sempre que da acompanho as noticias do Brasil.
Recentemente vejo o Ministro Guido falando que o Brasil tem reserva em dólar,esta mais solido que no passado.Aqui no Chile os economistas estão mais "lights" em relação aos impactos da crise na economia.Brasil se preocupa muito em ter reservas em dólares,Chile ele não valoriza muito ter reservas em dólares.Ele optou por uma política fiscal mais rigida .Se eu não me engano a divida/pib é de 7% do PIB e o governo mantém um superavit fiscal próximo de 2% do PIB (não sei se estou correto você deve estar mais por dentro).
Em tópicos recentes vê que você defende privatizações,aqui no Chile eu vejo que o governo não estaria disposto a privatizar as estatais na areá de mineração.
Na verdade o mandato de todos os BCs que conheço (incluisve o brasileiro) inclui a fuñção de preservação da estabilidade financeira.
Obviamente, o significado preciso disto é matéria para debate, mas, vamos nos lembrar, BCs apareceram, em primeiro lugar, como emprestadores de última instância.
Porque bancos vivem de descasar depósitos e aplicações, são, por definição suscetíveis a episódios de pânicos, nos quais mesmo bancos com bons ativos (mas ilíquidos) podem quebrar por falta de liquidez.
Daí a criação do emprestador de última instância, para instituições com problemas de liquidez (não de solvência) contra bons colaterais.
O problema agora passa a ser diferenciar "solvência" de "liquidez" e o que pode ser um "bom colateral", mesmo porque a determinados preços de mercado um banco é solvente e seus ativos são bons colaterais e a outros preços são insolventes e seus colaterais são lixo tóxico...
Para dificultar um pouco mais o problema, pode ser que esta diferença dependa precisamente da decisão de concessão de auxílio: se concedido os preços dos ativos (usados como colateral) se recuperam e, simultaneamente, o banco é solvente e o colateral é bom; senão, o banco é insolvente e o colateral não presta.
Nem sempre teremos esta situação de equilíbrios múltiplos (ouso dizer que na maior parte dos casos não teremos), mas os poucos parágrafos que escrevi acima dão uma pálida idéia das complicações enfrentadas pelas autoridades na decisão acerca de resgatar ou não determinada instituição financeira
A notar também decisões deste tipo também podem encorajar o comportamente imprudente de instituições financeiras (o famoso problema de risco moral), embora eu tenda a vê-lo mais como um problema relativo a bondholders, já que a prática - em casos de resgate - tem sido deixar o shareholder sem um puto...
Em suma, é um problema pra lá de complicado, no qual a última coisa que cabe são palavras de ordem do tipo "tem que deixar quebrar", etc, etc.
Isto não quer dizer que tenha que resgatar, mas que cada caso tem que ser analisado tanto no seu mérito como no que respeita às suas consequências para o futuro de sistema (de risco sistêmico a risco moral).
Abs
Alex
Fernando:
Se é verdade que o Chile andou bobeando na condução da política monetária, na política fiscal dá aula e não apenas na América Latina.
Se não me engano o primário roda a bem mais que isso: as receitas do cobre não foram gastas, mas poupadas e o que se discute agora é usar parte do rendimento desta poupança (não o principal) para alguns gastos.
A solidez econômica se ancora, pois, na política fiscal e depende menos de reservas (mesmo assim o BC chileno está de volta ao mercado). No Brasil, onde a política fiscal é mais fraca, a solidez tem que se apoiar mais nas reservas, qual seja, na transformação do setor público em credor líquido em moeda estrangeira.
A notar que, mesmo no caso chileno, este arranjo prescindiria da manutenção da Codelco em mãos estatais: bastava definir uma estrutura de concessão, tributação e royalties que permitisse que o governo chileno, ao invés de vender seguro, comprasse seguro.
Abs
Alex
De fato no ano passado ele bombeou liquidez,mas no ano passado eu me lembro que o BC brasileiro errou.
Você acha que as taxas de juros do Chile pode ir para 8% ou mais para se controlar a inflação?
MISSÃO DO BCB -
Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro nacional.
Alex não sei se você viu a entrevista do Mantega na Globonews hoje.Segundo ele com uma possível crise de crédito la no exterior ,deve diminuir a oferta aqui dentro.Ele garantiu que em uma falta de crédito la fora ele vai aumentar o crédito interno ,além disso outra brilhante idéia dele foi que a inflação ficou mais baixa que o mercado previa portanto o governo deve aumentar o crédito para compensar a desaceleração provocada pelo BC.
A imagem que me vem a cabeça quando observo o FED socorrendo os bancos e seguradoras quebradas, é a de alguem em frente a uma represa que esta cheia de furos. Ao tampar um buraco com uma mão, para impedir uma inundação, outro aparece e ela tem de usar a outra mão. Então outro buraco aparece, e ela usa um pe. Outro buraco, e a cabeça é usada. Até que a represa estoura e vai tudo pro espaço!
Essa crise é fruto de um ciclo economico causado pela politica de juros baixos do FED que financiou por muito tempo negocios que jamais deveriam sair do papel. Negocios que cresceram sob bases de areia e foram se espalhando pelo resto da economia.
Estes negocios deveriam quebrar para serem corrigidos, e para que a economia retome o rumo correto, com um sistema monetario seguro e um sistema de preços que nao desoriente os agentes e seus investimentos.
O maximo que o governo pode fazer hoje, é dar mais cachaça para o bebado, retardando a chegada da ressaca. Mas a ressaca vai chegar, mais cedo ou mais tarde.
Ainda não vi uma explicação melhor para esta crise, do que a TEORIA AUSTRIACA DOS CICLOS ECONOMICOS.
Alex Benjamin Steinbruch criticou a subida de juros do BC.
""diante de todas as situações favoráveis para o país, temos de ser cautelosos, mas não podemos ser covardes. Até agora o Brasil foi covarde na maneira de encarar a sua posição diferenciada".
Para Steinbruch, o Banco Central foi "extremamente conservador" na política de juros altos e perdeu a oportunidade de permitir que a iniciativa privada intensificasse os investimentos. "Agora não adianta lamentar o tempo perdido. Mas temos que ter cuidado daqui para frente. Me causa ojeriza saber que os juros podem ser elevados novamente. O exemplo que o governo está dando para nós empresários é que devemos ficar sentados em cima do caixa. No mesmo ponto que o governo cobra investimentos para a iniciativa privada, o exemplo que ele dá é de extremo conservadorismo".
"Estamos nos posicionando como se fôssemos o país do passado, que teve o impacto da crise completamente diferente do que estamos tendo hoje. Se a gente não tomar iniciativas corajosas, no sentido que o governo desempenhe suas funções e DAR CERTA COBERTURA para a iniciativa privada, nós não vamos chegar a lugar algum".
"A gente precisa de crédito e liquidez para a gente levar um pouquinho mais a frente a situação favorecida do Brasil".
"A minha preocupação ontem foi ver aonde estava o dinheiro da CSN. Em que bancos estrangeiros que a gente tinha a nossa posição. O conforto foi de saber que a maioria da nossa liquidez estava em bancos brasileiros como Banco do Brasil, o Itaú e o Bradesco. Do ponto de vista do sistema financeiro brasileiro não se ouve falar nada. Pelo contrário. A posição dos bancos brasileiros é exatamente a oposta ao que acontece lá fora."
Estão todos contra o BC ,Benjamin,o pessoal da FISP,CNI assim como toda população brasileira.Se o BC deixasse o juros para 11,25 poderíamos crescer mais.BC poderia fazer uma "vaquinha" para desvalorizar mais o cambio e facilitar as exportações dessas empresas.Quem mais perde com o cambio valorizado é os mais pobres pois essas empresas deixam de contratar porque vêem os lucros encolherem.
Eu fiz uma regressão que mostra a relação entre cambio e inflação que mostra que quando o cambio era desvalorizado a inflação ficava mais baixa e quando ele se valorizava a inflação ficava mais alta.
Exemplo foi em 2006 aonde o dólar fechou em 2.10 a inflação foi de 3% quando o dólar se valorizou em 2007/2008 a inflação aumentou.
Antigamente, falavam em controle de preços! era a cura para crise. Culpavam os empresarios e tabelavam os preços! A teoria economica e a realidade, refutaram esta politica boba. Hoje a nova moda dos desesperados intervencionistas (neoclassicos e cia) é "injetar liquidez", "conter a especulação"..."regular".."estatizar as empresas falidas"..
E tal como o controle de preços, o problema real vai sendo ignorado, e a crise vai sendo extendida alem do necessario, ate que se torne politicamente intoleravel empurra-la com a barriga.
Pobre Hayek, von Mises, Rothbard, Hoppe, ... escreveram tanto sobre as causas, consequencias e cura dos ciclos economicos, e hoje mais uma vez, estamos diante de um, e os mesmos erros (com novos rotulos) sao cometidos.
Ninguem me da uma explicação respeitavel de como tanta gente cometeu tantos erros ao mesmo tempo. Erros grosseiros, investimentos absurdamente errados , credito para quem nao tinha a menor condição de quita-lo etc. etc.
O orgulho vem antes da queda. Os neoclassicos tão cheios de si, estão cavando o tumulo do livre mercado. Estão perdidos e atribuindo ao governo a solução para a crise. "para evitar o pior", "pois deixar quebrar é coisa de liberal bobo.."
Alex,
O Chile tem outro probleminha que eh a tal de indexacao. Entao, apesar da politica fiscal responsavel, o custo da escorregada monetaria pode acabar saindo bem caro.
"O"
Alex me desculpe mais você é "um caso perdido",defender a intervenção do FED no mercado so atrapalha a saúde financeira da economia no longo prazo.O FED deveria controlar a inflação.Com a inflação controlada ele poderia baixar o juros ,baixando o juros a economia se recuperaria rápido.Esses choques monetários só aumentam a inflação no LP,que exigiria um aumento maior na taxa de juros.O FED criou um excesso de regulamentação aonde visava proteger o investidor,deu no que deu,mercado buscou outras alternativas de investimentos.Sem contar que a política monetária de Greenspan incentivou a busca por esse tipo de ativo.
Professor Bevilaqua que era um dos mais "ortodoxos" do BC tem essa mesma visão sua,ou de fato ele é um liberal "clássico" que sabe que toda interferência estatal na economia é ruim,como exemplo o FED?Se você fosse para Chicago teria outra visão de economia,meu professor de macro tem PHD la e tem um pensamento bem diferente do seu,você foi influenciado por muitos "neoquermesseiros" de la.
"Eu fiz uma regressão que mostra a relação entre cambio e inflação que mostra que quando o cambio era desvalorizado a inflação ficava mais baixa e quando ele se valorizava a inflação ficava mais alta."
Ricardo: poupe-nos de suas regressões. Você não tem capacidade para isso...
Caio,
Os economistas de Chicago estão perdendo a sua credibilidade cada vez mais.
A Universidade de lá ainda é e sempre será muito respeitada, mas diversas teorias lá produzidas já foram desmistificadas. Não existe mais a hegemonia que havia outrora.
Abs
Caio Machado
Obs: Ao meu ver, dizer que toda intervenção estatal na economia é ruim é puro preconceito ideológico. Recomendo que você abra mão um pouco das teorias de Chicago e estude um pouco mais Economia da Informação e os modelos de Assimetria de Informação.
Só mais uma...
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, defendeu nesta quinta (5) a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), proposta pela base governista no Congresso, para compensar a extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e arrecadar recursos ao setor de saúde previstos no projeto de regulamentação da Emenda 29.
Eu tambem acho otimo, afinal adoro pagar imposto...
É o armagedom.
G.Howe
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