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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O Império da Falta de Sentido

Foram vários comentários interessantes dos leitores. Não sei se conseguirei fazer justiça a todos.Sem dúvida, não há qualquer noção de trade-off nas análises campineiras/heterodoxas/”keynesianas de quermesse”. Quase tudo se resolve (ou não) por vontade política (ou ausência dela, quando não se resolve, já que o “Estado” é sempre dominado pelo interesse dos “rentistas”). Em geral o problema de todas estas propostas me parece ser a existência de mais objetivos que instrumentos. Em outros casos variáveis endógenas são tratadas como exógenas, às vezes...

Comentários de leitores

Para facilitar a discussão reproduzo abaixo três comentários. Volto em outro post.PedroSugestão para post, relacionada ao tema "por que devemos combater a desindustrialização, quer ela exista, quer não".O Luciano Coutinho repete há anos um mantra sobre macroeconomia e política industrial, resumida num texto escrito, se não me engano, em 2002.Na tentativa de defender P.I., ele divide regimes macroeconômicos em dois tipos: os benignos (juros baixos e câmbio desvalorizados, que permitiriam P.I. eficiente) e os malignos (juros altos e - advinhe - cambio...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Pequeno esclarecimento

Uma nota aos freqüentadores do blog. O artigo abaixo é muito parecido com o post anterior. Acontece que eu preciso escrever a cada duas semanas para a Folha e não é sempre que me vêm idéias novas. Além disto, o tema é bacana e eu achei que valia a pena dividir com o público leitor do jornal, que não necessariamente é o mesmo do blog (imaginem só, milhões de leitores ávidos pelos meus artigos; quem diz que economista não sonha?).Como regra, tudo que sai na Folha, sai também no blog. Aí ficou repetitivo. Mas prometo buscar uns assuntos novos para...

“Doença holandesa” ou amnésia?

Dizem que o Brasil não tem memória. Não sei se é verdade, nem é este o meu assunto, pois hoje quero discutir um outro caso de amnésia: a que afeta os economistas e líderes empresariais que, com grande fanfarra, anunciaram aos quatro ventos a morte iminente (e prematura) da indústria brasileira vitimada pela “doença holandesa”. Os suspeitos de sempre proclamavam há pouco que a taxa de câmbio abaixo de R$ 2,00 faria a indústria perder participação no PIB, além de inibir os investimentos privados (apesar do barateamento dos bens de capital), e que...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Os profetas da desindustrialização e a encarniçada defesa da realidade

Destaco abaixo alguns excertos das profecias acerca da iminente destruição do parque industrial brasileiro. Volto depois para comentá-las.Câmbio, internacionalização e desindustrializaçãoA opinião é de empresários, aliás, de grandes empresários: o câmbio está levando o Brasil a uma desindustrialização. Não confundir o processo que os empresários estão apontando com a internacionalização da empresa brasileira, a qual, já vinha ocorrendo e ganhou força nos últimos anos em função de uma importante reestruturação empresarial ocorrida no país.(...)Seja...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Agora eu entendi...

Vejam este trecho da entrevista do Grande Inquisidor do IpeaComo se pisa no freio, já sabemos. Como se pisa no acelerador?Estamos vivendo um ciclo de expansão da economia fundado nos investimentos. Temos hoje uma poupança enorme. A dívida pública no Brasil é de 43%, 44% do PIB (Produto Interno Bruto). É dívida, mas é crédito. Esse dinheiro está circulando. O desafio nosso para sustentar o crescimento é fazer o deslocamento, com cuidado, do que está hoje na ciranda financeira para o investimento produtivo. Isso não se faz, necessariamente, somente...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Lições do Bom Livro

“O que Deus fará mostrou ao Faraó. Eis que sete anos vêm; haverá fartura grande em toda a terra do Egito. E levantar-se-ão sete anos de fome atrás deles; e será esquecida toda fartura na terra do Egito (...) E agora veja o Faraó um homem entendido e sábio, e ponha-o sobre a terra do Egito (...) e aprovisione a terra do Egito nos sete anos de fartura (...) E será o alimento como reserva, para o povo, para os sete anos de fome (Gênesis, 41, 28-37)”.José entendia naquela época mais de política fiscal (isto é, dos gastos e da receita do governo) do...