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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Domingo deprimente

Comeu demais? Está passando mal?
Um vomitório pode lhe fazer bem.
Leia então no pasquim governista do zio Mino, o último artigo de TietaCiro Gomes, agora indignadao com a Petrobrás.

9 comentários:

Meu Deus, que texto lamentável.

Simplesmente não faz o menor sentido.

Esse é o nível de debate em torno de questões econômicas/estratégicas no Brasil.

Alexander Forsberg.

Alexander,

Nao gostou, se mata, animal.

"O"

E tem ainda o artigo sobre o IPEA. Estamos definitivamente virando a Rússia.
Dantas

Alex,

os únicos a comemorarem a nova formula de aumento de preços foram os especuladores.

Ninguém no governo quis se colocar na posição do setor produtivo com mais essa incerteza.

"less is more"

E com essa agora: Selic a 10,25%? será?

Que monte de merda, esse país ta perdido mesmo...

"... fui defensor do controle estatal da Petrobras..."

Parei deler aí !

"O" Anônimo,
Ciro Gomes entrou no seu tema de predileção mais recente. Não simpatizo com Ciro Gomes. Considero-o carismático e, como todo carismático, não reproduz o fato com precisão. Sua fala ou escrita tem mais forma e o conteúdo não precisa ser real.
Ele não me preocupa, pois minha aversão à hipocrisia funciona como um anteparo ao carisma dele. Era hipocrisia ele dizer que, eles, no caso ele dizia na primeira pessoa do plural – nós, haviam feito o Plano Real para que Fernando Henrique Cardoso realizasse as grandes reformas pelas quais o Brasil ansiava. Ora, o Plano Real foi feito para permitir que Fernando Henrique Cardoso se elegesse presidente. E depois Fernando Henrique Cardoso usou o Plano Real para aprovar a reeleição. As reformas que Fernando Henrique Cardoso faria ou talvez devesse dizer, desse suporte, eram as reformas de interesse dele como presidente da República.
Importa que pouco espero de Ciro Gomes e não sou tentado a ler o que ele escreve. Então não ia ler o artigo dele “A serviço de quem?quando fiz a primeira leitura deste seu post “Domingo deprimente” de segunda-feira, 28/10/2013.
Acabei lendo-o mais por falta do que fazer. Lá estava o Ciro Gomes. Com estilo grandiloquete, em geral sobre coisa nenhuma, ele, com frequência, chama atenção para a presença dele em qualquer momento da vida nacional. Os primeiros comentários indicavam que poucos entenderam para que serviria o artigo “A serviço de quem?.
Tenho colega que aplica com freqüência na Bolsa de Valores. Avesso ao risco, prefere trabalhar com ações de muita liquidez e no prazo médio, e só raramente no day trade. Se sugerem as ações das empresas de Eike Batista pela possibilidade de lucros exorbitantes, ele alega não conseguir dormir com as ações de Eike Batista. A aversão ao risco leva-o a pedir conselho de quem não é do ramo. Vai e volta e ele me pergunta sobre as ações da Petrobras. Ele não quer mexer com empresa do governo federal, pois avalia excessiva a interferência da presidenta Dilma Rousseff, mas há a noticia de variação do preço da gasolina.
Como o dinheiro é dele, eu argumento sem preocupação. Prevejo ganho da Petrobras elevado quando vier a produção do pré-sal. Ele contra argumenta que o problema da Petrobras com o preço da gasolina é de refino. Eu acrescento que há a previsão de funcionamento de novas refinarias e que ai então o ganho da Petrobras será muito alto. Ele quer, entretanto, é que se aumente o preço já da gasolina. Eu que vou à pé para o trabalho lembro para ele que o preço da gasolina repercute muito na inflação, seja pelo aumento do índice de preços, seja por representar custo de vários produtos, seja pela indexação que empurra a inflação para frente. O dilema para o governo é dar aumento agora, desonerando o caixa da Petrobras, mas repercutindo nos índices de preços, ou aguardar melhora na capacidade de refino e na produção de petróleo por parte da Petrobras onde mesmo com um preço ainda menor a Petrobras poderá auferir grandes lucros.
As discussões não se prolongavam e ele não comprava ações da Petrobras.
Não dei muita importância ao artigo de Ciro Gomes na parte em que ele censura a Petrobras por não aumentar o refino. Ocorre, entretanto, que na terça feira, 29/10/2013, eu vejo em chamada na capa do jornal Valor Econômico a seguinte notícia. “‘Gatilho’ para Petrobras é bem recebido”. E na quarta-feira, 30/10/2013, a noticia volta a ganhar espaço, e desta vez maior, na primeira página do jornal Valor Econômico. O título era “Aumento da gasolina com ´gatilho´ deve sair no dia 22”.
Agora, torna-se razoável Ciro Gomes criticar a Petrobras por não aumentar o refino. Importar a gasolina serve para a Petrobras exigir preço interno do combustível mais elevado. Tenho que reconhecer que apesar do velho estilo gongórico e auto elogioso, um tanto hipócrita e cabotino, Ciro Gomes me surpreendeu e junto com a reportagem no jornal Valor Econômico chamou-me atenção para o que até então me passara despercebido.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 08/11/2013

"O" Anônimo,
Uma questão instigante neste post “Domingo deprimente” foi o que teria levado você a fazer a indicação do artigo “A serviço de quem? de Ciro Gomes. Instigante porque você apresentou o artigo, como se depreende do próprio título que você utilizou, para realizar a sua crítica a Ciro Gomes e ao que ele escrevera. Só que me parece que você já havia percebido a duplicidade de interesse da Petrobras. De um lado ela é uma empresa de frente da economia nacional, fazendo grandes investimentos e desenvolvendo tecnologia de ponta. De outro lado, ela busca tirar o maior lucro possível do consumidor brasileiro.
Enfim, eu creio que você compreendeu essa dualidade, que eu só dei atenção posteriormente. Qual teria sido a razão para indicar em tom crítico o artigo de Ciro Gomes se a análise de Ciro Gomes apesar de empostada está correta? Às vezes você dá-me a impressão de elogiar para fazer a crítica ou criticar para elogiar ou dizer do modo contrário ao que você pensa. Foi assim, por exemplo, que eu entendi a sua frase "O Jaélio certamente vai achar tudo lindo. Não gosto de acusar quando não tenho provas, mas o Jaélio fala e escreve como se teleguiado pelo João Santana" lá no post “Cachorro, raivoso, morde carteiro” de segunda-feira, 21/10/2013 e que pode ser visto no seguinte endereço:
http://maovisivel.blogspot.com.br/2013/10/cachorro-raivoso-morde-carteiro.html
Bem avalio que dentro desta couraça de pittbul ou rottweiler (Parece que este é o novo termo para bloguistas como você), que fica atacando todo mundo ainda há resquícios de generosidade. Generosidade que não quer se expressar de modo explícito e faz todo um contorno para se manifestar. Esta generosidade travestida de rottweiler pode talvez explicar o seu post seguinte “Pérolas do planejamento selvagem” de segunda-feira, 04/11/2013 (http://maovisivel.blogspot.com.br/2013/11/perolas-do-planejamento-selvagem.html), onde você aproveita para fazer uma crítica ao, aqui neste blog sempre motivo de chacota, José Luis da Costa Oreiro, mas trazendo uma frase dele que, no meu entendimento, parece bastante correta. Diz ele lá na parte que você transcreveu:
“Estamos vivendo um momento de realinhamento das taxas cambiais no mundo, invariavelmente isso vai afetar os salários. A redução do ganho real de salários, em torno de 20%, deve ser algo para ser feito em cinco, seis anos”.
É bem verdade que se trata de entendimento de leigo, e de leigo que defende a desvalorização da moeda, mas parece-me sem sentido fazer a crítica a alguém que faz a defesa da desvalorização do real e a defende de modo mais transparente possível, pois destaca o efeito que a desvalorização terá no salário.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 08/11/2013