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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A opção nuclear

O título é chamativo, reconheço, mas vida de colunista é uma disputa permanente pela atenção dos 18 leitores, que hão de me perdoar por um pouco de sensacionalismo na manchete, desde que consiga me redimir, como espero, no corpo da coluna.

A opção nuclear do título refere-se às chamadas medidas de “núcleo” da inflação, a que quase ninguém, exceção feita aos analistas profissionais, costuma prestar muita atenção, talvez com bons motivos em condições normais, isto é, bastante distintas daquela que vivemos hoje.

Um problema comum em economia é achar contrapartidas nos dados para alguns conceitos, cuja definição é bastante precisa. Inflação, por exemplo, consiste no aumento persistente do nível geral de preços, acepção que dá ênfase a dois elementos: persistência e abrangência.

De fato, se todos os preços da economia aumentassem, digamos, 1% num determinado período e permanecessem estáveis daí em diante, não poderíamos, a rigor, falar em inflação. Da mesma forma, se uns poucos preços aumentassem de forma persistente, mas com os demais se mantendo constantes, também não se trataria de um fenômeno inflacionário.

No entanto, em ambos os exemplos (extremos, usados apenas para ilustrar o tema), os índices de preços capturariam os aumentos, sem fazer a distinção requerida pela teoria. Na prática, ao analisar o comportamento dos índices de preços, analistas precisam distinguir entre movimentos persistentes e temporários, assim como entre aumentos generalizados e localizados.

A utilização das medidas de núcleo de inflação é uma técnica que permite lidar com o problema. Trata-se de definir uma medida de inflação que seja menos afetada por fenômenos transitórios (ou localizados), possibilitando ao analista um entendimento menos “poluído” do que ocorre no front inflacionário.

Não há, é bom dizer, uma definição particular que consiga lidar com todas as dificuldades. Em alguns casos costuma-se excluir do cálculo um conjunto predeterminado de bens e serviços (nos EUA, alimentos e combustíveis; no Brasil, alimentos e preços administrados pelo governo), considerados a priori mais voláteis ou menos sujeitos à dinâmica de mercado.

Em outros casos não há um conjunto predeterminado de bens e serviços; apenas são excluídos da conta aqueles preços que mais caíram ou subiram num período particular, também sob a suposição de se tratarem de preços mais voláteis, que não configurariam um verdadeiro processo inflacionário. Outra técnica ainda altera os pesos dos produtos no índice de preços, atribuindo ponderação maior para os menos voláteis e menor para os mais voláteis.

É necessário esclarecer que não se trata de “expurgar” a inflação para reduzir indevidamente a responsabilidade do BC pela estabilidade de preços, mas sim de permitir – atento às limitações do instrumento – uma distinção mais nítida entre fenômenos passageiros e localizados e os persistentes e generalizados, estes fonte de maior inquietação.

Em particular, se a inflação é alta, mas os núcleos são bem menores, é bem provável que a elevação de preços seja passageira, ou resultante de pressões localizadas; por outro lado, caso a inflação seja baixa, mas os núcleos não, a indicação é bem mais preocupante.

No caso do Brasil, não apenas a inflação é alta, mas os núcleos (temos 5 versões deles!) conseguem ser ainda maiores, sugerindo que as tensões são mais sérias do que as reveladas pela simples leitura do IPCA. Enquanto este apontava para uma inflação de 5,86% nos 12 meses até setembro, a média dos núcleos indicava um número na casa de 6,22%, provavelmente mais representativo da “verdadeira” inflação nestes tempos de interferência governamental sobre os preços.


O corolário da opção nuclear é, portanto, simples: apesar do governo insistir no contrário, seu controle da inflação é bem mais frágil do que aparenta.



(Publicado 23/10/2013)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Domingo deprimente

Comeu demais? Está passando mal?
Um vomitório pode lhe fazer bem.
Leia então no pasquim governista do zio Mino, o último artigo de TietaCiro Gomes, agora indignadao com a Petrobrás.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Pandora

Quando os homens, criados por Prometeu, obtêm dele o fogo, põem em perigo o domínio dos deuses. Pandora, a mulher, é então criada e recebe, dentre outros presentes, a famosa caixa (na verdade uma ânfora) que não poderia ser aberta, mas que, obviamente, o foi, libertando todos os males que afligem a humanidade e a deixam à mercê dos deuses, permanecendo presa no fundo apenas a esperança. Tentação, queda e outros arquétipos fazem desta narrativa parte central da mitologia grega, ecoando, não por acaso, outras histórias de perdição.

E por que falo disto? Porque me parece claro que outra caixa de Pandora está para ser aberta, no caso com a renegociação das dívidas de estados e municípios, cujas consequências – se não tão severas quanto a queda da humanidade do seu estado de graça – ainda são graves o suficiente para preocupar qualquer analista minimamente atento.

Na segunda metade dos anos 90, como parte do esforço de estabilizar as finanças públicas, o governo federal reestruturou as dívidas de alguns estados e municípios. Estes se tornaram devedores da União pagando taxas bastante inferiores às que tomariam recursos no mercado. Em contrapartida, se viram obrigados a destinar parcela de suas receitas ao pagamento destas dívidas, o que os acabou forçando a gerar superávits primários, colaborando para o esforço fiscal do setor público como um todo.

(Se alguém notou o paralelo com a questão europeia, parabéns! É precisamente este tipo de arranjo que se tem em mente quando se fala de federalização das dívidas nacionais em troca de uma centralização da política fiscal na Zona do Euro).

Isto dito, a camisa de força resultante da reestruturação das dívidas subnacionais sempre foi um fator de desconforto para governadores e prefeitos, que, praticamente em seguida à assinatura dos contratos, buscaram formas de rever os acordos para obter espaço adicional para novos gastos. No entanto, sob pena de perderem as transferências federais, acabavam por se conformar, pelo menos por algum tempo.

Mais recentemente, porém, voltaram à carga, argumentando que a dívida seria “impagável”, já que teria continuado a crescer mesmo depois de todos os pagamentos efetuados até agora. Isto parece fazer sentido, pois a dívida de estados e municípios com a União renegociada sob a Lei 9496/97, que era R$ 154 bilhões no final de 2000, atingiu pouco mais de R$ 468 bilhões em agosto deste ano.

Apenas não se menciona que no mesmo período o PIB aumentou de R$ 1,236 trilhão para R$ 4,638 trilhões, ou seja, a dívida, que equivalia a pouco mais de 11% do PIB em 2000, agora corresponde a 8,6% do PIB. No caso específico dos estados, a dívida, correspondente a 15 meses de arrecadação em 2000, se reduziu para cerca de 10 meses em 2012. Por qualquer ângulo (correto) que se avalie o assunto, as dívidas são mais sustentáveis hoje do que eram no momento de sua reestruturação.

Apesar disto, o governo federal anunciou a intenção de rever os seus valores, aplicando retroativamente regras de correção mais favoráveis a estados e municípios, o que deve implicar forte redução do endividamento destes à custa de perdas para a União.

À parte a injustiça de transferir recursos dos brasileiros que não moram nos estados e municípios beneficiados pela reestruturação para aqueles que lá residem, a redução da dívida deve aliviar consideravelmente os respectivos tesouros, permitindo aquilo que sempre almejaram, isto é, voltar aos bons tempos em que não havia limites à gastança.

O superávit primário de estados e municípios, que já caiu de uma média próxima a 1% do PIB entre 2001 e 2008 para modestos 0,4% do PIB nos 12 meses até agosto deste ano, deve se reduzir ainda mais, acentuando o atual quadro de piora fiscal.


Saem da caixa estados e muncípios; fica presa a esperança de algum dia pormos em ordem as contas públicas.

Estados e municípios à solta

(Publicado 16/Out/2013)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Cachorro, raivoso, morde carteiro


Faz frio no Pólo Sul; o time do Íbis não vai ser campeão brasileiro; o leilão do pré-sal, conduzido sob as regras desenhadas por Dilma Rousseff e companhia, foi um fracasso

Já estou com saudades de semana passada, quando as discussões sobre política fiscal e procedimentos legislativos nos Estados Unidos geravam pelo menos manchetes interessantes.

Que o leilão do pré-sal seria um fracasso retumbante, qualquer um poderia saber desde quando as novas regras de partilha foram estabelecidas alguns anos atrás (basta ler no noticiário que a presidente, então ministra "tecnocrata", estava no centro da operação). 

Menos de um mês atrás, ouvi de uma jornalista econômica que um membro da equipe econômica altivamente desdenhava da falta de interesse das principais companhias de petróleo pelo leilão do pré-sal (“Não é uma surpresa para mim. As companhias espernearam quando nós mudamos as regras”, justificava altaneiro).

E la nave va, vivendo seu experimento com a idiocracia.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Repetição e compromisso

Houve tempo que acreditei ser o único a me repetir nas colunas e bem que tentei me convencer que não era tão ruim quanto imaginava. Afinal, são textos de opinião e há diversas formas de expressá-las, assim como pessoas que não leram as versões anteriores e mais um tanto de argumentos para me livrar da sensação de enganar os 18 leitores. Hoje percebo que não era assim, o que – a bem da verdade – mais que uma justificativa, torna a repetição de certos temas praticamente uma obrigação.

Digo isto porque, ao abrir o jornal de segunda (no caso o Valor Econômico), me deparo com mais uma matéria reafirmando o interesse do governo em buscar novo canal com o setor privado, praticamente reprise da coluna publicada no mesmo jornal no dia 21/12/2012, a começar pelo título. A coluna original (se cabe aqui a expressão) já havia me motivado a escrever sobre a diferença crucial entre a postura favorável aos negócios e a favorável ao mercado.

Vejo, com tristeza, mas sem surpresa alguma, que o tema continua absolutamente atual.

Aparentemente o governo se mostra pasmado que sua estratégia de aproximação com o setor privado, expressa na redução da taxa de juros, desvalorização da moeda e concessão seletiva de incentivos fiscais, não tenha implicado aumento do investimento. Em particular as desonerações tributárias teriam resultado em mera elevação das margens de lucro, sem resposta da inversão.

Este desencanto, acredito, não se aplica aos 18 fiéis.

Quem leu meus comentários a respeito deste assunto à época deve (espero) ainda se lembrar da diferença conceitual (e prática!) entre políticas pró-negócio e política pró-mercado.

As primeiras visam favorecer interesses específicos de setores empresariais, e englobam favorecimentos diversos a segmentos que, de uma forma ou de outra, são eleitos para comandar a expansão da economia. Sem esgotar o assunto, incentivos fiscais, crédito em condições extremamente favoráveis, proteção contra competição externa (e mesmo interna) são alguns dos instrumentos mais conhecidos e não é difícil achar exemplos de sua aplicação mesmo antes do anúncio oficial da mudança da postura “a favor do setor privado”.

Também não é difícil perceber os incentivos que decorrem desta abordagem.

Do ponto de vista de qualquer empresa passa a ser mais interessante convencer o governo acerca de seu papel “essencial” ao desenvolvimento do país do que se preocupar em melhorar seu produto, ou aumentar a produtividade, ou buscar novos mercados. Tudo aquilo que faz da competição capitalista o motor último de crescimento torna-se secundário se os lucros podem crescer (como admitido pelo próprio governo) a partir de decisões tomadas em gabinetes.

Não por acaso, portanto, este tipo de política pode até gerar grandes empresas e lucros idem (favorecendo uns tantos amigos do rei), mas não configura uma estratégia de desenvolvimento sustentável.

Menos mal se alguma lição tivesse sido aprendida, mas a insistência na mesma matéria apenas sugere que, na falta de resultados positivos, a proposta governamental seja tão somente aumentar a dose do remédio, na vã esperança que o fracasso observado se origine da insuficiência da dose e não na natureza das políticas.

Em contraste, as reformas pró-mercado que poderiam favorecer a competitividade (simplificação de tributos, liberalização do comércio exterior, maior flexibilidade trabalhista, etc) continuam onde estiveram nos últimos sete anos: expostas ao mais cruel abandono.

O prognóstico é simples e direto: nosso investimento continuará anêmico, com níveis muito aquém do necessário para acelerar de forma decisiva o ritmo de expansão sustentável do país. E, muito provavelmente, aparecerão novas reportagens acerca das outras tentativas de engajar o setor privado com o mesmo sucesso das até agora experimentadas.


Denunciar este enfoque não é desculpa para me repetir; é mesmo obrigação.

Novos canais com o setor privado...


(Publicado 9/Out/2013)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Os frutos do descaso

Deu muito o que falar a última capa da The Economist: depois da famosa foto do Cristo Redentor decolando como um foguete, símbolo de um país que parecia finalmente se reencontrar com o crescimento, agora se vê um projétil sem rumo, mais uma oportunidade perdida. Fã que sou da revista, desta vez vou discordar dela, embora não da mesma forma que o governo brasileiro, cuja incapacidade para entender críticas atinge níveis lendários.

Não creio que o Brasil estivesse de fato decolando naquele momento; na verdade, nosso pífio desempenho nos últimos anos é um reencontro, mas com a dura realidade: o crescimento brasileiro, ainda que visivelmente mais rápido entre 2003 e 2010, nunca foi sustentável, no preciso sentido de poder ser mantido indefinidamente sem causar desequilíbrios, tanto internos quanto externos.

De fato, ao decompor a expansão do PIB entre o aumento do emprego e a elevação do produto por trabalhador, não há como evitar uma triste conclusão: a maior parcela do nosso crescimento não resultou de fazermos mais coisas com os mesmo recursos, mas sim de empregar mais recursos para fazer as mesmas coisas.

Soa um tanto abstrato, mas alguns números podem ajudar. Entre 2003 e 2013 o PIB cresceu, em média, 3,8% ao ano; destes, 2,3% resultaram do aumento do emprego e apenas 1,4% da maior produtividade. E o que é pior: nos últimos anos a contribuição da produtividade tem sido decrescente. Mesmo se desconsiderarmos as flutuações cíclicas, menos de 30% do crescimento do PIB dos últimos 3 ou 4 anos advém do aumento do produto por trabalhador. Trata-se de expansão baseada na força bruta.

O esforço reformista no Brasil, que se manteve até o começo de 2006, trouxe frutos, mas estes parecem ter durado apenas até 2009, quando a contribuição do aumento da produtividade representou um impulso da ordem de 1,7% ao ano para o PIB (contra 2,4% ao ano advindos do emprego). Já nos últimos 12 trimestres até metade de 2013 a contribuição da produtividade se reduziu para 0,9% ao ano, enquanto a do emprego caiu para 2,2% ao ano.

Não é preciso um salto de imaginação para entender os entraves a este processo. A população em idade ativa (PIA) cresce cerca de 1% ao ano, o que implica limites muito claros à continuidade de uma estratégia que se ampare principalmente no aumento do emprego para a expansão do produto. Funciona bem quando a taxa de desemprego é alta, como era no começo do século, mas não pode ser mantida indefinidamente.

Já a produtividade, com boa vontade, tem crescido de 1% a 1,5% ao ano, o que significa que nossa velocidade de cruzeiro, dada a expansão da PIA, não pode ser muito diferente de 2% a 2,5% ao ano. O que a The Economist entendeu como um fracasso, em face de um crescimento mais vigoroso durante alguns anos, é apenas o reconhecimento dos limites existentes ao aumento do produto.

Como tenho insistido, não é esta a percepção que prevalece no governo (o que não chega a ser surpreendente, dada sua imunidade às críticas). Pelo contrário, todo arranjo de política econômica sugere que a visão oficial acerca da desaceleração é que se trata de fenômeno passageiro, resultado da crise externa, e que pode ser combatida com aumento do gasto e do crédito.

O resultado é um descompasso crescente entre a demanda (anabolizada pelo governo) e a capacidade limitada de resposta do setor produtivo. Do lado dos produtos que não podem ser facilmente importados e exportados, isto implica pressões sobre preços, expressas na alta inflação de serviços. Já no que se refere aos produtos que podem ser comercializados, resulta em piora das contas externas, também visível nos números mais recentes.


Concluindo, nossa chance já havia sido perdida antes de 2009, quando, embalados pelo aumento extraordinário dos preços de commodities, decretamos o fim prematuro do esforço reformista. Colhemos agora os frutos deste descaso.



(Publicado 02/Out/2013)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Filhão!

domingo, 6 de outubro de 2013

Keynesianos de bunda de fora

Assim escreve Matias Vernengo, o keynesiano au naturel, no blog NakedKeynesianism:

Once one discounts the amounts held by the Federal Reserve and other federal agencies and trusts, like the Social Security Trust Fund, it is around 60% of GDP.

Fiquei curioso.

Gostaria de entender por que alguém em boa fé descontaria do cálculo a dívida nas mãos do Social Security Trust Fund (Fundo da Previdência Social).

Perguntei nos comentários de seu blog mas, previsivelmente, meu comentário não foi aceito. ainda estou esperando por uma resposta.

Por acaso Vernengo, o keynesiano nudista, acha que é ok dar o calote na previdência?

Ou Vernengo, o keynesiano naturista, simplesmente não pensou muito no assunto, escreveu o que lhe brotou na pouca telha, e agora finge que não é com ele?

It is Sraffa'n Roll!
 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O Bestiário

É possível um país fértil, rico em recursos naturais, herdeiro da civilização ocidental, em paz com seus vizinhos, livre de ameaças geopolíticas e com baixa densidade populacional fracassar e estagnar com uma renda per capita menor que 1/3 da renda per capita dos países na fronteira tecnológica? 

 O Brasil prova que sim. Não é fácil. Tanta mediocridade requer o esforço hercúleo de uma legião. Para dar crédito a quem merece, decidi desenvolver meu Bestiário. A lista é mutável e acredito vai expandir com a passagem do tempo. Meu plano é adicionar nomes à medida que a obra de nossos heróis chega à minha atenção. Como regra, apenas incluirei ao bestiário entidades ativas, dando sua contribuição, ainda que mínima, ao Brasil nos dias de hoje. Como pode notar, a lista é apartidária e não discrimina idiotas de colorações excluídas do poder. 

Por ora, esta é a minha lista: 

Zé Dirceu, L.G. Belluzzo, Dilma Vana Roussef, Guido Mantega, Ratinho, Marcio Holland, Luiz-Carlos Bresser-Pereira, Luis Nassif, Luciano 'Oi, OGX, reserva de mercado' Coutinho, Ricardo Lewandovski, José Antonio 'conflito de interesse' Dias Toffoli, Chico Buarque, Alexandre 'feitor de escravos' Padilha, Lula, José Sarney, Paulo Henrique Amorim, Sérgio 'Cavendish' Cabral, Fernando 'supositório' Collor, Maria da Conceição Tavares, Fernando 'coxinha' Haddad, Wilson Cano, José Luis 0reir0, revistas cientificas corruptas, Delfim Netto, Lei Rouanet, Gabrielli, Mino 'chapa-branca' Carta, Rodrigo Constantino, Eduardo Guimarães, Arno Augustin, Marina Silva, Nelson Barbosa, Jaélio Bezerra, Marco Aurélio 'chavez' Garcia, Marilena ‘copy and paste’ Chaui, Carlos Heitor 'bolsa ditadura + Manchete' Cony, Ricardo 'K.K.K.' Noblat, Olavo 'birther' de Carvalho, Renato Janine Ribeiro, Vladimir Safatle, Roberto Requião, Ciro 'rapariga' Gomes, Valdomiro Pinto, Caetano 'black bloc' Veloso, Aloisio Mercadante, Clever Mendes de Oliveira, SEPE, João Pedro MST Stédile, Corecon, Leda Paulani, Lindberg 'capacho' Faria, juiz Adriano Marcos 'marretada' Laroca, Luis 'greve = férias' Fux...